Oi!
Eu li o roteiro e tenho algumas observações a fazer.
De acordo com o texto, a Julia tem 35 anos. A meu ver, o desconforto dela e a maneira como ela se expressa encaixariam melhor em uma mulher de no máximo 25-27 anos.
Tem algumas palavras e expressões que não funcionam muito bem. As palavras "solteirona" e "encalhada" estão ultrapassadas. Não faz sentido uma criança em um shopping ir até ela e questionar se ela é encalhada, assim como, o pai perguntar: "Quando vamos conhecer alguém que você ame?". Talvez, faria mais sentido: "Tem alguém especial na sua vida? Quem sabe no trabalho?" ou "Conheceu alguém especial?". Outro trecho estranho é a Julia pensando: "A pergunta que estive evitando a partir do momento que entrei na puberdade e no momento que saí também". Acho que soaria mais verossímil se usasse a palavra "adolescência" ao invés de "puberdade". Algo como: "A pergunta que evitei a adolescência inteira" ou "durante a adolescência" ou, ainda, "A pergunta que evito sempre que tenho a oportunidade" ou "A pergunta que evito sempre".
O mais provável é que ela ouça cobranças na forma de perguntas ou comentários desnecessários sobre namoros ou encontrar "aquele alguém especial" desde a adolescência de todos os lados, pais, avó, tias, amigas.
O que me incomodou no roteiro foi a falta de presença de espírito da protagonista - o que para mim atesta que ela está na casa dos vinte e poucos anos - e a hostilidade boba das supostas amigas. Eu gostaria de ver a Julia dar uns cortes nas pessoas e responder as besteiras que falam para ela. Não faz sentido pra mim ela acreditar que precisa justificar estar solteira. Acho que eu quero uma Julia afrontosa haha
Boa sorte no seu trabalho!