Olá pessoal, tudo bem?    Estou a anotar em um caderninho todos os pequenos momentos de felicidade que tenho, por curiosidade mesmo. Também para aumentar minha percepção do que se passa à minha volta, além de valorizá-los e rememorá-los em um momento posterior da vida. Tive a ideia de propor essa interrogação quem sabe conhecer um pouco mais de outros. Não acompanho esse fórum com tanta veemência (assim como não acompanho quase nada na minha vida rs...), mas gosto fazer uma visita em alguns momentos. Até porque, pelo que vejo o ritmo de postagens anda bem reduzido, uma pena lastimátivel, sempre considerei os fóruns ótimos locais para troca de ideias, conversas, pensamentos, experiências, visões de mundo, etc...
A REFLEXÃO É OPCIONAL RS... PODE-SE PULAR PARA A PERGUNTA NO FINAL  
REFLEXÃO:[/color]
    As conversas com as quais nos deparamos no cotidiano são, na maioria das vezes, iguais. Além do mútuo interesse, cada um dos comunicadores expõe para o outro o óbvio de si, dentro daquele contexto específico. Quem dirá perguntar coisas como essa do tópico.. Não por menos, o mundo anda cada vez mais rápido. Mais e mais informações, novidades e necessidades. As pessoas precisam correr a passos largos. O tempo livre está sempre entre os apertados pequenos intervalos, e nesses, o que é desejável é relaxar para estar preparado para o próximo compromisso. Até que o último termine e então tenhamos o direito de dormir, porque dormir é o relaxamento necessário para o enfrentar tudo novamente. Da mesma cada, para mesma fábrica, pelo mesmo caminho...
    Para além desse meu aparentemente pessimismo, pronuncio-me de igual maneira para as relações interpessoais humanas (daí minha afinidade à esse fórum, não por me considerar x ou y, não gosto de rótulos). Essa necessidade herdada (talvez inconscientemente?) de nossos ancestrais, que vai desde uma sublime necessidade para estarmos a todo momento acompanhados por outros, mesmo para atos eminentemente individuais (pelo que parece com exceção de usar o banheiro rs..). Até para as sensações que resultam em vazios internos, consolados apenas por uma ideia de "outra metade" ou de prazer constante, o que alguns chamam de amor.
    Dentro do discurso poético que gostam de usar por aí. "-Procuro pessoas para uma compania sincera na vida, para amar e acompanhar nas dificuldades e alegrias." E todo o dizível de praxe, chego à uma opinião de que o auto-engamento é necessário para confortar a consciência humana. Satisfação egoísta, lutas desenfreadas dos ego, esgotamento emocional mútuo, traições, insatisfação, relações baseadas em mensagens subliminares para que o outro adivinhe os desejos pessoais, insinceridades consagradas como necessárias, co-dependência neurótica, aflições e uma solidão tão internalizada que consegue ser maior do que admite ser solitário. De qualquer maneira, como diria uma colega: "Uns beijinhos são bons, mas depois de um tempo enjoa, o que sobra são somente os orgasmos." ou outra frase que li da qual afirma que o que todos querem mesmo é chegar em casa depois de um dia cansativo, e sentir prazer. Ou o outro ao dizer que é deprimente uma vida focada em qualquer coisa que não "pegar uma diferente a cada semana".
   Bom, eu particularmente sempre vi isso como algo muito doentil. Até entendo que o meu descontentamento com a vida tenha feito isso. Porque quando criança minha mãe sempre respondia as minhas dúvidas dizendo que quando seria adulto as entenderia. Hoje, considero-me isso e o que entendo é que a única coisa diferente é que o adulto opta por suprimir a sua subjetividade, além incluir a palavra sexo como solução-fundo de quase todo problema (incrível como tudo é falta de sexo). Isto é tão prejudicial ao meu ver. Lembro-me dos tempos de inocência em que brincavámos, sorriámos e nos abraçávamos espontaneamente com qualquer gênero, aparência ou condição. Não haviam tantas regras, nem nenhum tipo de intenção ou restrição. Hoje, mesmo na mais usual conversa parece existirem conotações implícitas multilaterais, com significações atribuídas em um grande jogo. As vezes chego a pensar que ainda não amadureci, e ainda sou uma criança a olhar para o mundo. Contudo, sei que o mais provável é que seja justamente o contrário.
   Em minha pouca experiência de vida, tenho me deparado com as diversas faces apresentadas pelas palavras "prazer" e "felicidade" na boca e no pensamento alheio. O relacionamentos interpessoais e principalmente o sexo são substanciais para a maioria das pessoas. Porém, os que, por opção ou imposição (ou os dois), vivem fora dessa corrente quase obrigatória, precisam naturalmente encontrar alternativas de prazer para se sentir bem.
   Para solucionar isso sem me submeter à regra do jogo, nem adentrar em um melancólico desestímulo de viver, optei por aceitar a condição de "fictícios" todos esses sentimentos e ideias que cultivei da vida. Isto implica em não haver mais tristeza ao não vivê-los nos tempos presentes, pois sei que não nasceram para esse mundo, cada ujm deles possui o seu próprio universo distinto. E quanto à um "sentido da vida", ao invés de pensar estar incompleto, vejo-me como um inteiro. Dessa forma, prefiro por como sentido maior uma espécie de transcendência em mim mesmo (pois é inesgotável e auto suficiente). Nas palavras de Fernando Pessoa, viver cada momento como o que nunca foi vivido, é estar aberto a eterna novidade do mundo, e no meu caso, também de mim mesmo.

PERGUNTA:
   Essas visões paralelas da vida exigem atitudes igualmente diferentes dos que a enfrentam.
   Uma vez li um trecho de um artigo sobre um escritor/filósofo contemporâneo que escreveu algo do tipo: a soma de todas essas pequenas felicidades fazem existir a felicidade maior. Eis a pergunta, no dia a dia, quais pequenas felicidades os fazem sentir cada momento como sendo único??? Ou, perguntado de uma maneira menos poética, quais são os prazeres individuais encontrados por vocês para viverem as pequenas felicidades da vida?

Quando você manda uma referência e alguém entende.
Ou quando alguém curte uma música que você acha que ninguém além de você conhece.
Falar bem dos gatos,ouvir miado de gatos,cheirar gatos,admirar gatos.
Jogar videogames.
G A T O S.
A zueira.
Comer doces.
Ter certeza que você não arruinou a vida de nenhum inocente.
Não ter DST.
Ser bom em alguma coisa.
Não depender de ninguém.(embora isso eu não sinta ainda).
Finalmente entender algo extremamente complexo,como matemática,ou um outro idioma.
As coisas que te davam prazer durante a infância?
Saber que você não deixa um desejo (como o sexual)controlar sua vida.

Era isso que você queria?

Yur1 escreveu:

Quando você manda uma referência e alguém entende.
Ou quando alguém curte uma música que você acha que ninguém além de você conhece.
Falar bem dos gatos,ouvir miado de gatos,cheirar gatos,admirar gatos.
G A T O S.
A zueira.
Comer doces.

Concordo... principalmente GATOS!!! *•*
Gatos, sem dúvida, fazem a vida valer a pena kkkk
Amo muito gatos ^ㅅ^
Gatooos!!!  

Bom, no trabalho, eu costumo me sentir muito bem quando eu saio do serviço com a sensação de que o dia rendeu, com a sensação de que eu consegui produzir o que eu tinha me proposto a fazer e o resultado final foi satisfatório, isso gera uma "pequena felicidade" que vai se somando a outras como o reconhecimento por parte dos seus colegas/chefe e etc...

Em casa, são várias coisas diferentes, por exemplo, agora eu tenho 20 dias de férias para descansar (outra "pequena felicidade"). Mas no dia-a-dia, são coisas bem banais como saber que o mangá que eu gosto e acompanho acabou de lançar um novo capítulo, a série de TV que eu gosto terá uma nova temporada estreando esse final de semana ou uma franquia de video game que eu curta tenha acabado de lançar um jogo novo ou uma banda que eu admiro esteja prestes a lançar material inédito. Algumas coisas são ainda mais banais como estar prestes a dormir e perceber o quão macia e confortável a minha cama é, ver a chuva caindo, brincar com um gato ou um cachorro, comer alguma coisa que eu goste, olhar as estrelas e tentar identificar constelações, planetas, ajudar meus pais com alguma coisa, etc...

Essa lista definitivamente não termina, muitas vezes aprender algo novo já é uma "pequena felicidade" pra mim. Acho que isso mostra como felicidade é algo subjetivo :lol!:

Bem, as pequenas coisas que me fazem feliz??

Eu fico muito feliz quando termino de arrumar meu quarto e vejo que fico bem organizado.
Também fico muito feliz quando termino uma atividade ou trabalho do colégio antes do prazo, ou quando finalmente entendo um assunto em que eu estava com dificuldade.
Fico imensamente satisfeita ao fazer um desenho e ver que ficou bom, depois pego e comparo com meus antigos, percebendo que melhorei.
Quando consigo fazer tudo que planejei para fazer no dia.
Quando pesquiso e aprendo assuntos que gosto, como algumas coisas de psicologia.

Fico extremamente feliz quando escrevo algo e quando vou ler, percebo que fico muito bem escrito! Quando leio uma fanfic muito boa, quando tenho longas conversas sobre Harry Potter, quando vejo vídeos falando sobre como Hunter x Hunter é um anime ótimo, bem feito e nada clichê!!
Quando escuto músicas e vejo imagens que me deixam inspiradas para escrever ou desenhar.
Quando vejo imagens ou AMVs dos meus shipps e personagens favoritos!!
Quando faço uma capa boa para minhas fics, quando recebo comentários e favoritos nas histórias!!

Tem muitas outras coisas, peguei alguns que consegui me lembrar agora... Mas acho melhor parar antes que vire um texto enorme kkkkk :P