| | Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) | |
| Autor | Mensagem |
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Jujudi Aprendiz
83 29/04/2018 27 Gênero :
| Assunto: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 14/5/2018, 21:16 | |
| Oioi! É a Ju de novo Estou com o propósito de postar pelo menos um tópico por semana. O de hoje é pra narrar uma experiência que tive no último domingo, ontem. Para encurtar a história, vou fazer um resumo básico de introdução. Segue: Minha família mudou de estado. Eu decidi permanecer no Rio de Janeiro. Este fim de semana ocorreu a mudança, e fui acompanhar a viagem. Na hora de retornar ao Rio, voltei sozinha com o motorista que levou a mudança. Esse motorista é um velho conhecido... foi primeiro grande amor da minha infância/pré-adolescência. Nós dois nos conhecemos na igreja com uns seis, sete anos. Não sei precisar quando comecei a gostar dele, mas lembro que esse sentimento me acompanhou por muitos anos... Cerca de seis, se não me engano. Conforme crescíamos e os hormônios da pré-adolescente começavam a fazer efeito, minhas fantasias em relação à um possível relacionamento com este rapaz se tornavam mais intensas. Nada de teor sexual, nunca nutri isso por ninguém, mas eu imaginava nosso primeiro beijo, minhas amigas - que também gostavam dele - morrendo de inveja e a surra que nossos pais nos dariam se descobrissem o pequeno pecado. Coisas de menina apaixonada. Infelizmente, nada saiu como nos meus doces sonhos. Nunca o beijei, senti inveja quando ele ficou com outra garota e não rolou surra nenhuma - o que é bom! Eu era tímida demais e ele só vivia no grupinho dos meninos. Não havia contato entre nós que possibilitasse qualquer interação significativa. MAS, ontem, o fdp me revelou que, naquela época, tinha muita vontade de ficar comigo. Minha resposta foi: E tu só fala 12 anos depois, porra?! (Mentira! Eu não falo palavrão ao vivo ) Minha mente super-mega-ultra-romântica tratou de estabelecer vários paralelos dignos de filme para essa falha de comunicação que afastou dois jovens corações enamorados - fofinho . Imagina que cena linda: um casal na faixa dos 20 anos, numa viagem de oito horas por vales verdejantes, conversando sobre um amor que nunca pôde florescer... Lágrimas brilham nos meus olhos! A cena só ficaria perfeita mesmo se o carro parasse no meio fio e, enfim!, essa paixão fosse consumada no banco de trás. No entanto, o carro não tinha banco de trás - era uma pequena caminhonete -, e, bem, quem está escrevendo aqui é uma mulher com fortes tendências assexuais e um pé no litorromantismo - acho que é assim que escreve . Então, não foi desse vez. Durante o trajeto o clima pesou entre nós. Sentimentos que não precisavam ser ditos para se fazerem presentes. Meu antigo amor se tornou um sexual com S maiúsculo. Eu percebi, até me interessei, mas na hora, não conseguia definir se o que sentia era o leve desejo que os demis comentam ou a curiosidade acumulada de anos lendo romances eróticos - sim, minha mente é bem suja O fato é, eu não conseguiria ir até o final. Não precisei tentar para saber. Simplesmente sabia. A ideia de alguém tocar meu corpo mais intimamente, de me segurar, de roubar meu espaço pessoal... não era excitante; era perturbador. Gostei de conversar com ele. Fiquei com muito frio ao descer a Serra de Teresopolis e ele me ofereceu o casaco; me senti especial. Porém, quando ele abria a boca ficava evidente a quantidade de desejo sexual que aquele corpo continha. Não posso acompanhar o ritmo de alguém assim e, agora, consigo entender porquê tem tanta gente aqui com medo de ficar só ou de sair de uma relação ruim com um alo. É assustador pensar que não conseguimos sentir o que eles sentem, né? De alguma forma, parece que perdemos algo, que tem uma pecinha faltando por dentro. Esses dias, cheguei à conclusão que quando eu e minhas amigas conversávamos sobre sexo, desejo, não falávamos a mesma língua. Pelo menos, não no mesmo sentido. É tipo chegar em alguém e falar: Manga bonita. Aí a pessoa responde: É, manga é muito bom! Só que um fala da manga de camisa e o outro da manga fruta. Mas como todo mundo acha que está falando da mesma coisa, ninguém questiona se o sentido é o mesmo. Para mim, amor, atração, desejo foram palavras usadas em sentidos totalmente diferentes dos que minhas amigas usavam. Não fico mal por isso. Na verdade, é esclarecedor descobrir essa diferença; me faz sentir mais independente e autoconfiante, pois estou achando as respostas que procuro - mesmo que, a princípio, não sejam o que queria. Fiquei com o número do rapaz. Chamei ele para tomar um vinho, e ele me chamou para experimentar tequila. O porre ficou marcado, e a continuação dessa longa história parece estar garantida. Confesso que o fantasma da rejeição assombra meus pensamentos. Bem, não há muito o que se fazer nesse caso. Ainda assim gostaria de tentar, vai que dá certo... Eu queria ter deixado o tópico pequeno, só que gosto de falar pra cacete. Desculpas a galera que não curti textão. Até a proxima!! |
| | | Sam Admin
1756 03/04/2012 35 Gênero :
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 22/5/2018, 18:02 | |
| Gostei do seu jeito de escrever, vai ser legal acompanhar a história. "Se você ficar sozinho, pega a solidão e dança" (Três Dias, Marcelo Camelo) https://www.assexualidade.com.br/ |
| | | Jujudi Aprendiz
83 29/04/2018 27 Gênero :
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 23/5/2018, 00:05 | |
| - Sam escreveu:
- Gostei do seu jeito de escrever, vai ser legal acompanhar a história.
Obrigada! O problema é que o lithromantismo me atacou de novo. Fantasiei altos encontros com o rapaz, mas quando ele respondeu minhas mensagens o interesse se estinguiu. Ele já não parece tão legal, nem tão "possível"... Enfim, vida que segue |
| | | Romântico Admin
2516 16/04/2014 46 "O amor está acima da morte, assim como como o céu, do oceano" (Jean Baptiste Henri Lacordaire) Gênero :
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 23/5/2018, 03:18 | |
| - Jujudi escreveu:
- Oioi! É a Ju de novo
Estou com o propósito de postar pelo menos um tópico por semana. O de hoje é pra narrar uma experiência que tive no último domingo, ontem. Para encurtar a história, vou fazer um resumo básico de introdução. Segue: Minha família mudou de estado. Eu decidi permanecer no Rio de Janeiro. Este fim de semana ocorreu a mudança, e fui acompanhar a viagem. Na hora de retornar ao Rio, voltei sozinha com o motorista que levou a mudança. Esse motorista é um velho conhecido... foi primeiro grande amor da minha infância/pré-adolescência. Nós dois nos conhecemos na igreja com uns seis, sete anos. Não sei precisar quando comecei a gostar dele, mas lembro que esse sentimento me acompanhou por muitos anos... Cerca de seis, se não me engano. Conforme crescíamos e os hormônios da pré-adolescente começavam a fazer efeito, minhas fantasias em relação à um possível relacionamento com este rapaz se tornavam mais intensas. Nada de teor sexual, nunca nutri isso por ninguém, mas eu imaginava nosso primeiro beijo, minhas amigas - que também gostavam dele - morrendo de inveja e a surra que nossos pais nos dariam se descobrissem o pequeno pecado. Coisas de menina apaixonada. Infelizmente, nada saiu como nos meus doces sonhos. Nunca o beijei, senti inveja quando ele ficou com outra garota e não rolou surra nenhuma - o que é bom! Eu era tímida demais e ele só vivia no grupinho dos meninos. Não havia contato entre nós que possibilitasse qualquer interação significativa. MAS, ontem, o fdp me revelou que, naquela época, tinha muita vontade de ficar comigo. Minha resposta foi: E tu só fala 12 anos depois, porra?! (Mentira! Eu não falo palavrão ao vivo ) Minha mente super-mega-ultra-romântica tratou de estabelecer vários paralelos dignos de filme para essa falha de comunicação que afastou dois jovens corações enamorados - fofinho . Imagina que cena linda: um casal na faixa dos 20 anos, numa viagem de oito horas por vales verdejantes, conversando sobre um amor que nunca pôde florescer... Lágrimas brilham nos meus olhos! A cena só ficaria perfeita mesmo se o carro parasse no meio fio e, enfim!, essa paixão fosse consumada no banco de trás. No entanto, o carro não tinha banco de trás - era uma pequena caminhonete -, e, bem, quem está escrevendo aqui é uma mulher com fortes tendências assexuais e um pé no litorromantismo - acho que é assim que escreve . Então, não foi desse vez. Durante o trajeto o clima pesou entre nós. Sentimentos que não precisavam ser ditos para se fazerem presentes. Meu antigo amor se tornou um sexual com S maiúsculo. Eu percebi, até me interessei, mas na hora, não conseguia definir se o que sentia era o leve desejo que os demis comentam ou a curiosidade acumulada de anos lendo romances eróticos - sim, minha mente é bem suja O fato é, eu não conseguiria ir até o final. Não precisei tentar para saber. Simplesmente sabia. A ideia de alguém tocar meu corpo mais intimamente, de me segurar, de roubar meu espaço pessoal... não era excitante; era perturbador. Gostei de conversar com ele. Fiquei com muito frio ao descer a Serra de Teresopolis e ele me ofereceu o casaco; me senti especial. Porém, quando ele abria a boca ficava evidente a quantidade de desejo sexual que aquele corpo continha. Não posso acompanhar o ritmo de alguém assim e, agora, consigo entender porquê tem tanta gente aqui com medo de ficar só ou de sair de uma relação ruim com um alo. É assustador pensar que não conseguimos sentir o que eles sentem, né? De alguma forma, parece que perdemos algo, que tem uma pecinha faltando por dentro. Esses dias, cheguei à conclusão que quando eu e minhas amigas conversávamos sobre sexo, desejo, não falávamos a mesma língua. Pelo menos, não no mesmo sentido. É tipo chegar em alguém e falar: Manga bonita. Aí a pessoa responde: É, manga é muito bom! Só que um fala da manga de camisa e o outro da manga fruta. Mas como todo mundo acha que está falando da mesma coisa, ninguém questiona se o sentido é o mesmo. Para mim, amor, atração, desejo foram palavras usadas em sentidos totalmente diferentes dos que minhas amigas usavam. Não fico mal por isso. Na verdade, é esclarecedor descobrir essa diferença; me faz sentir mais independente e autoconfiante, pois estou achando as respostas que procuro - mesmo que, a princípio, não sejam o que queria. Fiquei com o número do rapaz. Chamei ele para tomar um vinho, e ele me chamou para experimentar tequila. O porre ficou marcado, e a continuação dessa longa história parece estar garantida. Confesso que o fantasma da rejeição assombra meus pensamentos. Bem, não há muito o que se fazer nesse caso. Ainda assim gostaria de tentar, vai que dá certo... Eu queria ter deixado o tópico pequeno, só que gosto de falar pra cacete. Desculpas a galera que não curti textão. Até a proxima!! Interessante o seu relato... aguardo o próximo capítulo! hehe Porém, é interessante que reflita se vale mesmo a pena prosseguir com esse sujeito, já que um relacionamento entre sexual e assexual, via de regra, é bem complicado, por natureza. Talvez, conhecendo outras pessoas (por intermédio do fórum ou não) mais parecidas com vc, a chance de um final feliz para a protagonista da história seja maior. ------ Confira os tópicos selecionados, na barra lateral direita do Fórum! |
| | | Bia hosH Aprendiz
51 16/04/2018 24 Gênero :
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 23/5/2018, 07:51 | |
| Gostei de que compartilhou, vc é muito corajosa. Só não deixe se enganar pelos seus sentimentos e n deixe q ele faça oq quiser c vc. Vc ja sabe, os interesses são diferentes... mas talvez seja a melhor escolha q ja fez. Estamos aki p qlqr coisa q precisar conversar. Enviado pelo Topic'it |
| | | Nocturna Acabei de chegar!
7 30/04/2012 49
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 7/6/2018, 14:48 | |
| - Jujudi escreveu:
- Sam escreveu:
- Gostei do seu jeito de escrever, vai ser legal acompanhar a história.
Obrigada! O problema é que o lithromantismo me atacou de novo. Fantasiei altos encontros com o rapaz, mas quando ele respondeu minhas mensagens o interesse se estinguiu. Ele já não parece tão legal, nem tão "possível"... Enfim, vida que segue Gostei bastante de ler a sua história, lembra-me muito de mim própria! Aliás, não seremos gémeas desencontradas? Já passei por algo muito semelhante. Passei anos a fantasiar com um rapaz que voltei a encontrar mais tarde e quando algo podia ter acontecido, percebi bem que prefiro a fantasia à realidade. De qualquer forma, desejo-lhe mesmo muito boa sorte e fico a aguardar os desenvolvimentos! Quem sabe, convosco até pode mesmo correr bem! |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 7/6/2018, 20:25 | |
| Seu relato confirma que você é extremamente romântica. Eu sou arromântico e não fico fantasiando com essas coisas, mas já vi gente fantasiando assim comigo, e por isso consigo entender vocês. - Jujudi escreveu:
- Esses dias, cheguei à conclusão que quando eu e minhas amigas conversávamos sobre sexo, desejo, não falávamos a mesma língua. Pelo menos, não no mesmo sentido.
É tipo chegar em alguém e falar: Manga bonita. Aí a pessoa responde: É, manga é muito bom! Só que um fala da manga de camisa e o outro da manga fruta. Mas como todo mundo acha que está falando da mesma coisa, ninguém questiona se o sentido é o mesmo. Para mim, amor, atração, desejo foram palavras usadas em sentidos totalmente diferentes dos que minhas amigas usavam. Isso é interessante. Eu já notei que muita coisa que achei que era brincadeira, era sacanagem ou era realmente sério. Também, quase ninguém sabe definir essas coisas que você citou, pois as pessoas normalmente têm vergonha de conversar abertamente sobre isto. Não é só com você. - Jujudi escreveu:
- Fiquei com o número do rapaz. Chamei ele para tomar um vinho, e ele me chamou para experimentar tequila. O porre ficou marcado, e a continuação dessa longa história parece estar garantida. Confesso que o fantasma da rejeição assombra meus pensamentos. Bem, não há muito o que se fazer nesse caso. Ainda assim gostaria de tentar, vai que dá certo...
Cadê o link do próximo capítulo? |
| | | karymalinha Acabei de chegar!
11 29/04/2018 38 Gênero :
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 8/6/2018, 14:20 | |
| eu não faria... pelo que vc descreveu o cara transpira sexo. e realmente, pelo menos pra mim, não só perturbador, mas é nojento ter alguém invadindo meu espaço, achando fofinho o casal... dividir o mesmo copo, mesmos talheres, a mesma toalha de banho, trocar chicletes no beijo... Pelo amor de Deus, é insuportável! queria que fosse fácil não sentir, mas não tem como. só correr do contato mesmo. |
| | | Jujudi Aprendiz
83 29/04/2018 27 Gênero :
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 9/6/2018, 19:08 | |
| - Bia hosH escreveu:
- Gostei de que compartilhou, vc é muito corajosa. Só não deixe se enganar pelos seus sentimentos e n deixe q ele faça oq quiser c vc. Vc ja sabe, os interesses são diferentes... mas talvez seja a melhor escolha q ja fez. Estamos aki p qlqr coisa q precisar conversar.
Enviado pelo Topic'it Quando se é romântica é fácil se deixar levar pelo primeiro palpitar do . Mas quando se é ace o tum-tum tem que andar de mãos dadas com cérebro, porque se não a gente se enfia numas roubadas que, olha... só Deus... Obrigada pelo comentário, espero que veja minha resposta. |
| | | Jujudi Aprendiz
83 29/04/2018 27 Gênero :
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 9/6/2018, 19:13 | |
| - Nocturna escreveu:
- Jujudi escreveu:
- Sam escreveu:
- Gostei do seu jeito de escrever, vai ser legal acompanhar a história.
Obrigada! O problema é que o lithromantismo me atacou de novo. Fantasiei altos encontros com o rapaz, mas quando ele respondeu minhas mensagens o interesse se estinguiu. Ele já não parece tão legal, nem tão "possível"... Enfim, vida que segue Gostei bastante de ler a sua história, lembra-me muito de mim própria! Aliás, não seremos gémeas desencontradas? Já passei por algo muito semelhante. Passei anos a fantasiar com um rapaz que voltei a encontrar mais tarde e quando algo podia ter acontecido, percebi bem que prefiro a fantasia à realidade. De qualquer forma, desejo-lhe mesmo muito boa sorte e fico a aguardar os desenvolvimentos! Quem sabe, convosco até pode mesmo correr bem! Kkkkkkkkkkkkkkkk Minha gêmea!!! Nas fantasias tudo pode ser controlado: os acontecimentos, nossas reações, as reações do outro... Quando se chega na realidade e dá de cara com a imprevisibilidade da vida, só há duas opções: se arriscar ou deixar de lado. Quando se é lithromantico há três opções: se arriscar, deixar de lado ou continuar fantasiando. Eu optei por deixar de lado e fantasiar com meus personagens literários. Aliás, vc se identifica como lithromantica? |
| | | Jujudi Aprendiz
83 29/04/2018 27 Gênero :
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 9/6/2018, 19:27 | |
| - Ace Ventura escreveu:
- Seu relato confirma que você é extremamente romântica. Eu sou arromântico e não fico fantasiando com essas coisas, mas já vi gente fantasiando assim comigo, e por isso consigo entender vocês.
- Jujudi escreveu:
- Esses dias, cheguei à conclusão que quando eu e minhas amigas conversávamos sobre sexo, desejo, não falávamos a mesma língua. Pelo menos, não no mesmo sentido.
É tipo chegar em alguém e falar: Manga bonita. Aí a pessoa responde: É, manga é muito bom! Só que um fala da manga de camisa e o outro da manga fruta. Mas como todo mundo acha que está falando da mesma coisa, ninguém questiona se o sentido é o mesmo. Para mim, amor, atração, desejo foram palavras usadas em sentidos totalmente diferentes dos que minhas amigas usavam. Isso é interessante. Eu já notei que muita coisa que achei que era brincadeira, era sacanagem ou era realmente sério. Também, quase ninguém sabe definir essas coisas que você citou, pois as pessoas normalmente têm vergonha de conversar abertamente sobre isto. Não é só com você.
- Jujudi escreveu:
- Fiquei com o número do rapaz. Chamei ele para tomar um vinho, e ele me chamou para experimentar tequila. O porre ficou marcado, e a continuação dessa longa história parece estar garantida. Confesso que o fantasma da rejeição assombra meus pensamentos. Bem, não há muito o que se fazer nesse caso. Ainda assim gostaria de tentar, vai que dá certo...
Cadê o link do próximo capítulo? Extremamente romântica mesmo! Mas meu romance costuma acontecer só no campo das ideias. Às vezes, invejo os arromânticos. Não que os ache melhor ou coisa de outro mundo, apenas gostaria de saber como é levar a vida sem sentir estes sentimentos que, frequentemente, só dão dor de cabeça... Esse é um pensamento meu e pode estar equivocado, mas entendo da seguinte forma: O sexual romântico está em um ponto; o assexual arromântico está em um ponto oposto; e o assexual romântico está em algum lugar entre os dois. Esse "meio termo" é chato, porque, falando grossamente, você pode se apaixonar, mas não consegue transar... O que sobra dessa história? Um coração partido e rios de questionamentos sobre "E se eu fosse sexual? E se eu fosse arromântica? E se eu não fosse do jeito que eu sou?" Já tem um tempo que acompanho suas postagens aqui no fórum. Seus posts são sempre sobre questões interessantes... Quero tirar um momento para conversar com você. Pode ser? PS.: Aqui esta o próximo capitulo: https://assexualidade.forumeiros.com/t3981-uma-possivel-assexual-capitulo-final#55595 |
| | | Jujudi Aprendiz
83 29/04/2018 27 Gênero :
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 9/6/2018, 19:36 | |
| - karymalinha escreveu:
- eu não faria... pelo que vc descreveu o cara transpira sexo. e realmente, pelo menos pra mim, não só perturbador, mas é nojento ter alguém invadindo meu espaço, achando fofinho o casal... dividir o mesmo copo, mesmos talheres, a mesma toalha de banho, trocar chicletes no beijo... Pelo amor de Deus, é insuportável! queria que fosse fácil não sentir, mas não tem como. só correr do contato mesmo.
Caraca, da forma que você descreveu soa nojento mesmo Acho que meu problema é essa história do "O que aconteceria se eu tentasse...?" Mas desisti antes de realmente acontecer algo. Um relacionamento entre nós dois seria complicado demais, exigiria demais de ambos. Além do mais, o rapaz - que é pra lá de sexual! - tem uma fila de mulheres dispostas a fazer o que eu não faria. Deixa ele se divertir com elas que eu vou comer meus bolos em paz |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 9/6/2018, 23:25 | |
| - Jujudi escreveu:
- Extremamente romântica mesmo! Mas meu romance costuma acontecer só no campo das ideias. Às vezes, invejo os arromânticos. Não que os ache melhor ou coisa de outro mundo, apenas gostaria de saber como é levar a vida sem sentir estes sentimentos que, frequentemente, só dão dor de cabeça...
Esse "meio termo" é chato, porque, falando grossamente, você pode se apaixonar, mas não consegue transar... O que sobra dessa história? Um coração partido e rios de questionamentos sobre "E se eu fosse sexual? E se eu fosse arromântica? E se eu não fosse do jeito que eu sou?" Hahaha, foi mal se minha sinceridade te incomodar, mas fiquei muito feliz quando descobri que era assexual arromântico, pois notei que minha situação poderia ser pior: eu poderia ser assexual romântico! No meu caso, todas as "dores de cabeça" que tive foram causadas por outras pessoas que não respeitaram minha forma de ser, não por mim próprio. Não é que eu não tenha passado por nenhum problema, veja bem. Mas a minha sensação de culpa pelas situações sumiu imediatamente. Eu também tenho dificuldade em entender o que é o amor e como acontece. Tenho aumentado a minha compreensão progressivamente. - Jujudi escreveu:
- Já tem um tempo que acompanho suas postagens aqui no fórum. Seus posts são sempre sobre questões interessantes... Quero tirar um momento para conversar com você. Pode ser?
Obrigado. Já te mandei uma mensagem privada, podemos conversar sim, adoraria! |
| | | Nocturna Acabei de chegar!
7 30/04/2012 49
| Assunto: Re: Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) 14/6/2018, 03:07 | |
| - Jujudi escreveu:
Kkkkkkkkkkkkkkkk Minha gêmea!!! Nas fantasias tudo pode ser controlado: os acontecimentos, nossas reações, as reações do outro... Quando se chega na realidade e dá de cara com a imprevisibilidade da vida, só há duas opções: se arriscar ou deixar de lado. Quando se é lithromantico há três opções: se arriscar, deixar de lado ou continuar fantasiando. Eu optei por deixar de lado e fantasiar com meus personagens literários. Aliás, vc se identifica como lithromantica? Grande abraço de volta e as minhas desculpas pela demora em responder! É tão verdade o que escreveu! De facto, para mim é tudo tão complicado, as emoções envolvidas, as dúvidas, a rotina que mata o interesse... Como costumo dizer, precisava de encontrar alguém com quem quisesse estar mais do que preciso de estar sozinha (e que obviamente também quisesse estar comigo! ) e isso nunca aconteceu e, com esta idade, agora sei bem porquê e porque é que não vai acontecer. Hoje em dia aceito que prefiro mil vezes as minhas fantasias perfeitas, sim com personagens fictícios, a uma realidade extremamente complicada e imperfeita. Sim, definitivamente! Aliás desde miúda que me apercebi disso, desenvolvia paixonetas por colegas e quando as amigas tentavam empurrar, fazer as coisas acontecer, eu recuava imediatamente e perdia de todo o interesse. Acho que sempre gostei muito mais da ideia de estar apaixonada, do romance, do que de alguém em particular. Embora tenha acontecido, mais tarde, uma vez ou outra querer efectivamente um relacionamento romântico, mas depois entra a parte ace e dá tudo em nada! |
| | | | Uma possível assexual: o retorno (Senta que lá vem história) | |
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