Sim, depois de quase 40 anos de vida estou me descobrindo... Vivemos numa sociedade onde o sexo é hipervalorizado. Na adolescência usava roupas longas pra esconder o corpo. Não gostava de chamar a atenção mas nem por isso pude evitar os assédios. Sempre fui muito romântica, carente, apaixonada. Porém, não fantasiava relações sexuais. Depois de perder a virgindade aos 15, por insistência do namorado e por gostar muito dele, tive relacionamentos onde encontrava no sexo uma forma de conexão emocional, não de prazer. Fui casada por 3 vezes, mas foram casamentos curtos pois perdia logo o interesse no sexo, mesmo amando meu companheiro. Ficava muito confusa, achava que sofria de vaginismo, frigidez, achava que o problema estava no uso do anticoncepcional, do antidepressivo, do estress , da maternidade, da alimentação, do excesso de peso, dos hormônios, enfim, procurava sempre uma razão e nunca encontrava. Mesmo que tudo estivesse bem, não tinha vontade de transar. Quando pensava em começar me dava preguiça, sono, cansaço. Por várias vezes e por vários anos me sujeitei à relações sexuais apenas pra agradar meus parceiros e ficar em paz. Sempre que conversávamos sobre minha falta de interesse terminava em briga. Eu me esforçava mas nunca era o suficiente. Não que eu nunca tivesse sentido prazer ou tivesse orgasmo. Tive sim mas não foram muitos. Bem, meus 3 casamentos acabaram e um dos motivos foi a falta de sexo. Hoje estou sozinha a 2 anos e estou muito bem. Quando penso em arrumar um namorado logo desisto pois quando penso que terei que voltar a praticar sexo com frequência fico com sintomas de ansiedade. Agora que estou me descobrindo posso fazer as escolhas certas. Não adianta mais me envolver com alguém muito sexual pois sei que não corresponderei as expectativas. Estou feliz de estar me descobrindo, a partir de agora vou me respeitar mais.

O processo de se descobrir é sempre bom, independente da idade!
Que bom que você está bem e está em busca de se manter bem.
Seja bem-vinda!

Seja bem-vinda!

Você concluiu muito bem o seu relato, não vale a pena se sacrificar em prol de algo que você sabe que vai lhe fazer mal. Qualidade de vida é mais importante.

angela escreveu:

Sim, depois de quase 40 anos de vida estou me descobrindo... Vivemos numa sociedade onde o sexo é hipervalorizado. Na adolescência usava roupas longas pra esconder o corpo. Não gostava de chamar a atenção mas nem por isso pude evitar os assédios. Sempre fui muito romântica, carente, apaixonada. Porém, não fantasiava relações sexuais. Depois de perder a virgindade aos 15, por insistência do namorado e por gostar muito dele, tive relacionamentos onde encontrava no sexo uma forma de conexão emocional, não de prazer. Fui casada por 3 vezes, mas foram casamentos curtos pois perdia logo o interesse no sexo, mesmo amando meu companheiro. Ficava muito confusa, achava que sofria de vaginismo, frigidez, achava que o problema estava no uso do anticoncepcional, do antidepressivo, do estress , da maternidade, da alimentação, do excesso de peso, dos hormônios, enfim, procurava sempre uma razão e nunca encontrava. Mesmo que tudo estivesse bem, não tinha vontade de transar. Quando pensava em começar me dava preguiça, sono, cansaço. Por várias vezes e por vários anos me sujeitei à relações sexuais apenas pra agradar meus parceiros e ficar em paz. Sempre que conversávamos sobre minha falta de interesse terminava em briga. Eu me esforçava mas nunca era o suficiente. Não que eu nunca tivesse sentido prazer ou tivesse orgasmo. Tive sim mas não foram muitos. Bem, meus 3 casamentos acabaram e um dos motivos foi a falta de sexo. Hoje estou sozinha a 2 anos e estou muito bem. Quando penso em arrumar um namorado logo desisto pois quando penso que terei que voltar a praticar sexo com frequência fico com sintomas de ansiedade. Agora que estou me descobrindo posso fazer as escolhas certas. Não adianta mais me envolver com alguém muito sexual pois sei que não corresponderei as expectativas. Estou feliz de estar me descobrindo, a partir de agora vou me respeitar mais.

Seja bem-vinda.
Você não está sozinha. O mais importante de tudo é se autoconhecer para somente assim fazer escolhas que te tragam paz e satisfação. Fazer sexo por fazer só te causavam angústia e ansiedade. Então agora você sabe o que quer e pode fugir daquilo que não te faz bem.

Bem-vinda angela!
Muito bom ter compartilhado seu relado. E parabéns por estar firme e de bem consigo mesma.
Espero que continue se descobrindo e se amando cada vez mais

Seja bem vinda!
Sempre é tempo pra conhecermos melhor nós mesmos. =)

Boa tarde, Ângela

Sou também de São Paulo, tenho 46 anos e sou da área da educação. Tive também 2 casamento, um que me separei em 2005, outro que fiquei viúvo em 2020. Ao contrário da proposta do grupo, sempre fui muito aficionado por sexo, a todo instante, mas sempre considerei que era uma parte de um conjunto amplamente maior.

Concordo quando você fala sobre a supervalorização do seco na sociedade. Eu mesmo tinha esse pensamento (em partes, como disse acima). Mas de um tempo pra ca minha ideia mudou totalmente. Desde 2011 sou portador de uma doença que afeta a potência sexual, diabetes, que chegou a ponto de me prejudicar muito. Na condição atual que estou, somente o implante de uma prótese traria uma reviravolta á situação. Mas esse não seria o problema pelo contrário, foi o que de fato me fez refletir sobre o que realmente é importante na vida ... continua ...

Pela bondade de Deus, tive una pessoa ao meu lado que colocou o amor acima de tudo e, quando comecei a apresentar os primeiros sinais da doença em 2019 e propus terminar nosso casamento por achar q ela merecia o melhor, ela ficou ao meu lado dizendo que o melhor ela já tinha.

Depois que ela partiu, comecei a sentir o peso da sociedade em relação a este problema. O sexo passou a não ser o importante, já que, em toda minha vida,o cuidado, o estar junto, o carinho, a vida a dois, podendo dormir juntos e cuidando de alguém que se quer para uma vida esteve sempre em primeiro lugar.

Acontece que, a partir daí, do encontro pessoas que (desculpe a franqueza), se o homem não tem um pau extremamente duro, sempre, ele perde qualquer outra qualidade. E na verdade, sou muito mais que isso ... por isso, fiquei totalmente descrente e perdi as expectativas em procurar alguém, pois acredito que é possível sim ser feliz sem colocar o sexo acima de tudo ...

Daí resolvi mudar meu jeito de pensar e agir ... é mais importante ter ao seu lado alguém q priorize, assim como eu, ser feliz, viver juntos, em cumplicidade e harmonia, valorizando os momentos, o cuidado mútuo, o carinho, a dedicação, do que o compromisso de um bom desempenho sexual, porque isso acaba ou diminui expressivamente, mesmo para aqueles que pensam diferente ... o q fica mesmo é o q realmente importa.

angela escreveu:

Sim, depois de quase 40 anos de vida estou me descobrindo... Vivemos numa sociedade onde o sexo é hipervalorizado. Na adolescência usava roupas longas pra esconder o corpo. Não gostava de chamar a atenção mas nem por isso pude evitar os assédios. Sempre fui muito romântica, carente, apaixonada. Porém, não fantasiava relações sexuais. Depois de perder a virgindade aos 15, por insistência do namorado e por gostar muito dele, tive relacionamentos onde encontrava no sexo uma forma de conexão emocional, não de prazer. Fui casada por 3 vezes, mas foram casamentos curtos pois perdia logo o interesse no sexo, mesmo amando meu companheiro. Ficava muito confusa, achava que sofria de vaginismo, frigidez, achava que o problema estava no uso do anticoncepcional, do antidepressivo, do estress , da maternidade, da alimentação, do excesso de peso, dos hormônios, enfim, procurava sempre uma razão e nunca encontrava. Mesmo que tudo estivesse bem, não tinha vontade de transar. Quando pensava em começar me dava preguiça, sono, cansaço. Por várias vezes e por vários anos me sujeitei à relações sexuais apenas pra agradar meus parceiros e ficar em paz. Sempre que conversávamos sobre minha falta de interesse terminava em briga. Eu me esforçava mas nunca era o suficiente. Não que eu nunca tivesse sentido prazer ou tivesse orgasmo. Tive sim mas não foram muitos. Bem, meus 3 casamentos acabaram e um dos motivos foi a falta de sexo. Hoje estou sozinha a 2 anos e estou muito bem. Quando penso em arrumar um namorado logo desisto pois quando penso que terei que voltar a praticar sexo com frequência fico com sintomas de ansiedade. Agora que estou me descobrindo posso fazer as escolhas certas. Não adianta mais me envolver com alguém muito sexual pois sei que não corresponderei as expectativas. Estou feliz de estar me descobrindo, a partir de agora vou me respeitar mais.

Seja bem-vinda!
Que o fórum a ajude no processo de autoconhecimento.

Oi Ângela!

Tive uma experiência próxima a sua, tb fui casada com um halo (mas 1 vez já foi demais para mim, rsrsrs).
Tive 1 filho.  Mas o que era uma suspeita, se fez cada vez mais óbvio.  Sou Ace. Hoje com 41 tb estou nessa fase de descobrimento.

Seja bem vinda!

Obrigado pelo relato Angela. Me identifiquei muito. Estou em busca de uma parceira que preze mais o afeto, o relacionamento, que o sexo. Espero encontrar apoio nesta comunidade.

Muito legal o seu relato, de fato é um texto que tem muito em comum com muitos deste forum, vejo relatos de mulheres que passam uma vida inteira sendo ACE sem saber, pensando ser somente um desinteresse por tempo de casamento, penso que daqui a algum tempo mais e mais mulheres terão a sua coragem.. Parabéns!