ATENÇÃO- vamos tentar debater civilizadamente para evitar que aconteça com este tópico o mesmo que aconteceu com o tópico sobre o aborto. Desmontem à vontade os argumentos uns dos outros, mas não xinguem o coleguinha, ok?

Qual é sua posição sobre as drogas e sua legalização? É a favor de legalizar apenas as mais leves, legalizar todas ou manter proibidas (continuar como está)?

Eu sou a favor da legalização da maconha, da cocaína e dos cogumelos e plantas alucinógenos, como a ayahuasca, a Amanita muscaria, o peyote e o Psilocybe cubensis, devido ao fato de serem drogas de menor potencial viciante.

Quanto às drogas mais viciantes e perigosas, em especial o crack (porque a heroína ainda não é um problema grave no Brasil), eu defendo a adoção de um programa semelhante ao programa adotado na Holanda para a heroína.Aliada à liberação do porte de armas para todo cidadão maior de dezoito anos sem antecedentes criminais (condicionado,é claro, à aprovação em um rigoroso teste psicológico), essa medida faria a criminalidade no Brasil cair a próximo de zero, pois os usuários não precisariam mais recorrer a traficantes para conseguir a droga, o que provocaria uma súbita falência no tráfico, e mais tarde, na criminalidade em geral, devido à extinção de sua principal fonte de renda.

E vocês? Deem suas opiniões, mas vamos tentar discutir o assunto de forma civilizada, e sem bater com o teclado na cabeça do coleguinha.

Rhoda Penmark escreveu:

Eu sou a favor da legalização da maconha, da cocaína e dos cogumelos e plantas alucinógenos, como a ayahuasca, a Amanita muscaria, o peyote e o Psilocybe cubensis, devido ao fato de serem drogas de menor potencial viciante.

Esses outros cogumelos e plantas são realmente proibidos no Brasil?

Vish, tem coisas bem polêmicas aí neste tópico. Criminalização, porte de arma e legalização.

Vamos por partes, primeiro as drogas.

Eu sou á favor de liberar drogas que o efeito não seja tão danoso, como a maconha e outras drogas de uso medicinal. Cocaína... Já acho mais complicado.

Temos que ver o espectro e a realidade brasileira como um todo. Não possuímos forças para interceptar todas as coisas que passam pelas nossas fronteiras. Muito por conta da extensão territorial, e muito pela falta de verba. E vamos combinar, também pelo dinheiro que o tráfico gira para os políticos do nosso país.

Agora o porte de armas.

Não temos maturidade o suficiente para ter porte. E também não temos educação o suficiente para o desarmamento completo, como o Japão por exemplo. Mesmo com algo rigoroso para adquirir a arma, as penas para homicídios no Brasil são muito brandas. Então meio que ficamos de mãos atadas quanto o assunto é o porte. Poderemos revidar com mais força a criminalidade? Sim. Mas é uma faca de dois gumes. Os fins não justificam os meios. Temos exemplos de países com porte de arma ou proibido com a criminalidade baixa, mas muito fora da realidade brasileira. Ter o porte de arma no nosso país é uma solução muito imediatista para um problema crônico do país, tampar o sol com peneira. E uma peneira bem esburacada.

Agora a criminalização.

Todos nós sabemos que a educação escolar brasileira é uma das piores. Mesma didática á séculos, mesmo sistema, tudo para fins de controle de massa. Para os nossos queridos políticos, está bom como está, aumentam o salário deles mesmos na mesma semana da copa. Ou abaixam o diesel e aumentam a gasolina e fica por isso mesmo.

Sabem quando que a Coréia se tornou a potência que é hoje? Depois da reforma estudantil. O professor tem o respeito que merece, e não é a pouca vergonha que é aqui.

Ou seja, tudo gira em torno da educação e conscientização.

Acho que maconha, cogumelos deviria ser liberado para uso medicinal, e até para uso pessoal também, só que em pequena quantidade claro, já outra drogas mais forte como cocaína, acho que isso só criaria um bando de doente viciado, diferente da maconha, que só prejudica com o uso constante, além de a coca ser muita mais forte no sentido vicio, podendo levar a pessoa a experimenta algo mais forte como o crack, alias o próprio crack deriva da coca, então coisa boa não é, então se vc já uso coca, a chance de vc usar o crack e se torna um zumbi é bem grande.

Thiago S. escreveu:

Sabem quando que a Coréia se tornou a potência que é hoje? Depois da reforma estudantil. O professor tem o respeito que merece, e não é a pouca vergonha que é aqui.

Pode me falar mais a respeito disto? Parece interessante.

Sou hiper a favor da legalização!! Movimenta a economia e será questão de saúde pública uma vez que será produzida maconha menos podre como a que temos no Brasil.


O porte de armas eu não sou a favor, talvez meu pensamento mude um dia, mas por enquanto eu não acredito que traria mais segurança. Eu mesmo andaria só com medo na rua, pensando que qualquer um que estivesse ali poderia me matar a qualquer instante.

Ace Ventura escreveu:

Thiago S. escreveu:

Sabem quando que a Coréia se tornou a potência que é hoje? Depois da reforma estudantil. O professor tem o respeito que merece, e não é a pouca vergonha que é aqui.

Pode me falar mais a respeito disto? Parece interessante.

Depois da Guerra da Coréia, o país estava arrasado. Foi dessa época que surgiu a piada pejorativa de comer cachorro, pois infelizmente o pessoal só tinha grama e cachorro de rua para comer. Governo da Coréia investiu em ensino de base... E isso foi a diferença.



Em menos de 40 anos, a Coréia do Sul deixou o grupo dos países mais pobres do mundo para se tornar um dos mais avançados tecnologicamente. Um dos segredos do ''milagre'' sul-coreano foi priorizar a educação como política de governo. E a mentalidade é continuar o trabalho de modernização. A partir dos anos 1990, após atingir a universalização de um ensino de boa qualidade, o governo do país decidiu realizar uma nova reforma em seu sistema educativo a fim de aproveitar as oportunidades proporcionadas pela sociedade de informação. O objetivo é investir desde as escolas primárias a fim de colocar a sociedade sul-coreana – cuja renda per capita hoje é mais que o dobro da brasileira, mas menos do que um terço da americana – na vanguarda dos próximos avanços tecnológicos. O governo sul-coreano afirma que, no ano 2000, a primeira parte do projeto já foi cumprida: instalar pelo menos um laboratório de informática em cada escola primária e secundária do país. Segundo o governo, isso significa que há um computador para cada grupo de cerca de 17 estudantes no país. Além disso, o governo afirma que computadores pessoais foram distribuídos para 340 mil professores. Em uma tentativa de reduzir a vantagem dos mais ricos no acesso às novas tecnologias, alunos de baixa renda vêm recebendo aulas gratuitas para aprender a usar computadores.

Base

A nova estratégia sul-coreana tem um caráter notável por visar assimilar as últimas novidades tecnológicas ao sistema educacional. Mas os investimentos em educação já duram várias décadas, e os resultados ultimamente vêm aparecendo a passos de gigante. Após ter sido devastado por sucessivas guerras até a década de 1950, o país atingiu a universalização do ensino primário ainda nos anos 1970. Em 1980, tinha 16% dos jovens em idade de freqüentar o terceiro grau matriculados em cursos universitários. Dez anos depois, essa proporção era de 39%, e em 1996 chegaria a notáveis 68%. Mas nem só de quantidade vive o ensino sul-coreano: segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a qualidade dos professores é outra preocupação importante no país. O resultado é que os salários dos professores sul-coreanos atingem o patamar mais alto, em relação à renda per capita, de todos os países da OCDE (grupo que reúne 30 dos países mais ricos do mundo).

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2002/020819_educaro3.shtml

Thiago S. escreveu:

Interessante o vídeo, mas ele põe a questão de qualidade como função direta do investimento financeiro, o que não procede. Eu acredito que, se o Brasil gastasse o mesmo que a Coreia do Sul em educação, simplesmente desperdiçaríamos mais dinheiro, devido à corrupção e má-gestão.

Sou a favor da descriminalização de drogas tidas como leves, desde que o Estado tivesse o monopólio da venda ou que fizesse uma fiscalização pesadíssima em cima das lojas vendedoras.
Drogas pesadas, jamé, por questão de saúde pública.

Eu sou contra tudo que te tira do seu estado normal de consciência, que prejudique a sua saúde física e/ou mental e a dos outros também. Isso inclui todas as drogas ilegais, o tabaco, o álcool, ayuhasca, etc.

Para uso medicinal sim, eu liberaria tudo.

Bom lembrar que podemos (ou não) nos viciar em várias coisas como café, chocolate, jogo, sexo (não os aces, claro) e tudo mais que te dê prazer. Existem estudos que provam que o efeito é o mesmo das drogas. Só que com drogas ilegais todos viciam e não apenas alguns. (talvez a maconha seja exceção)

Rhoda Penmark escreveu:

Qual é sua posição sobre as drogas e sua legalização? É a favor de legalizar apenas as mais leves, legalizar todas ou manter proibidas (continuar como está)?

Sou a favor da liberação da maconha ou outras plantas naturais, principalmente para seu cultivo. Se as pessoas que fumam pudessem plantar sua droga, não precisariam roubar para comprar e manter o vício.
Drogas quimicamente manipuladas não sou a favor.

Rhoda Penmark escreveu:

Aliada à liberação do porte de armas para todo cidadão maior de dezoito anos sem antecedentes criminais (condicionado,é claro, à aprovação em um rigoroso teste psicológico)

Não tenho uma opinião totalmente formada. A princípio acho que o porte tem de ser para quem precisa para manter a segurança municipal, estadual ou federal como os policiais em geral. Quanto à populaçao civil, o entendimento tem mudado e está sendo liberado para qualquer pessoa adquirir uma arma para se ter a posse, ou seja, guarda-la dentro de casa.

Sou A FAVOR DA LEGALIZAÇÃO, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO dos meios de produção de drogas. Durante alguns anos tive a experiência de trabalhar com dependentes químicos e gostaria de expor a minha opinião:

1° A Guerra as Drogas: A Guerra as drogas teve seu ápice durante a gestão de Ronald Reagan como presidente dos EUA, políticas de enfrentamento e tolerância zero com as drogas foram implementadas  no país e em combates a cartéis na Colombia, Bolívia e outros países, os resultados foram catastróficos.

2° Nós podemos classificar as drogas de acordo com seu potencial de dependência, risco a saúde do usuário e risco social, neste caso devemos atentar que temos drogas com alto potencial de dependência como o Tabaco e Álcool liberados e drogas com baixíssimo potencial de dano e dependência como a Canabis proibidas.

3° Drogas sempre existiram e sempre vão existir, as proibições geraram apenas uma coisa: MORTES.
Desde cedo estudamos História com uma finalidade "se estudam os erros do passado para que possamos compreendê-los e não repeti-los no futuro", a proibição das drogas levou a guerras, conflitos e mortes ao longo dos anos:
- Guerra do Ópio na China
- Lei Seca nos EUA
- Luta contra os Cartéis na América Latina
- Guerra de Facções no Brasil

Na contramão a isto, países que adotaram uma política liberal obtiveram resultados positivos, tendo a redução do consumo e maior acesso aos que procuram tratamento por adicção.

4° "Uma droga leva a outra", a grande falácia dos proibicionistas, se há uma droga que age como porta de entrada, esta é o ÁLCOOL (legal e liberado), o álcool é utilizado mais massivamente no âmbito recreativo, é ALTAMENTE TÓXICO (existe overdose de álcool e a abstinência de álcool é uma das mais pesadas, inclusive com a presença de "Delirium Tremens"). Por se acessível e recreativo, o álcool acaba diminuindo a censura e a racionalidade, muitos dependentes começaram a usar cocaína pois esta, anestésica, corta o efeito do álcool e permite que se "aproveite a noite" por mais tempo e sem cansaço.

5° Restrição e não proibição, no Brasil temos um ótimo exemplo com o Tabaco, o Tabaco é uma droga muito mais pesada que a Maconha por exemplo, pois tem um potencial de dependência e dano maiores. A política antitabágica no Brasil foi eficiente: Restringiu os lugares de uso e orientou sobre o dano.
O papel do Estado não deve ser o de dizer o que você deve fazer e sim de orientar: Algo do tipo: "Olha você quer fumar cigarro, ok? Saiba que os riscos são esse, este e aquele. Use por sua conta e por favor use em espaços restritos pois não queremos que incomode os demais". Ou seja, o indivíduo deve escolher e arcar com as consequências de sua escolha.

6° Arrecadação de impostos: Alcool e Tabaco tem alíquotas altíssimas, pagam impostos que serão revertidos a políticas públicas e movimentaram a economia, a liberação de outras drogas gerará empregos e movimentará a economia. Já pararam para pensar quantos funcionários Ambev, Souza Cruz e Philip Morris possuem no Brasil? Eles guerreiam entre si? A única guerra que vejo é publicitária e econômica. Proibição aumenta a violência, como já citado anteriormente (lei seca americana... etc)

7º Nós aces, geralmente sofremos por não nos adequarmos a um padrão imposto, ou seja, o que a sociedade tem com minha preferência por bolos? Rsrs. Enfim... devemos respeitar as escolhas de cada um, o ser humano deve ser livre para fazer suas escolhas e aguentar suas consequências. Se eu ou qualquer um escolhe se drogar, o problema é individual.

8° Qualidade... a droga ilegal ela é muito mais danosa do que a droga legal. Ao comprarmos um maço de cigarros ou uma garrafa de bebidas, conhecemos o percentual de substâncias que estão presentes e pode-se fazer uma pesquisa mais detalhadas em sites. Nas drogas ilegais substâncias desconhecidas são misturadas tornando-as muito mais perigosas.

9° Quanto a drogas de alta periculosidade como Crack acabam desaparecendo, substâncias como essas são proibidas pois não são consideradas drogas recreativas e sim venenos, mas elas não se sustentam sozinhas, elas acabam desaparecendo em países onde há legalização, isto por que o controle de qualidade e a regulação é mais pesada.

Acho que escrevi demais...
Mas sou a favor do direito de escolha SEMPRE.