Muito legal trazer essa discussão Sha!!!
Claro que é possível que fatores externos alterem a sexualidade de uma pessoa. Tirando minha assexualidade, acho que muito da minha indiferença em aproximação, toques, beijos e abraços teve a ver com minha falta de afetividade de meus pais na infância. Mas não posso afirmar.
Porém, minha opinião é que vem da genética mesmo e a pessoa já nasce. Vemos muitos indícios de crianças que já mostram todo um indício da qual não deixa dúvidas que ela terá tal comportamento.
Com a manipulação da genética, hoje já é possível escolher o sexo de uma criança, mas acho improvável a orientação.
Comparando com a religião, por exemplo, muitos pais já introduzem na vida de seus filhos desdes muito jovens a religião que eles querem. Na vida adulta alguns podem continuar seguindo e outros podem ir para outras religiões ou não acreditar em nada, isso é relativo.
A verdade é que ainda há muito preconceito e por essa razão, muitos preferem ficar no anonimato mesmo, seguindo as tradições.
Peço permissão para fugir um pouco do tema proposto, mas acho que tem a ver. Sou do meio da dança. O conceito de cavalheiro e dama já não está cabendo mais, pois em alguns ritmos como West Coast e Lind Rop não faz a menor diferença em quem são os pares, chamando-os simplesmente de condutor(a) e conduzido(a), pois tanto um(a) quanto o(a )outro(a) pode conduzir.
Ultimamente muitas mulheres tem adorado o conceito de conduzirem. Então dançarinas avançadas voltam às turmas mais iniciantes para aprenderem a conduzir. E agora, além dos professores, muitos alunos homens estão pegando gosto em serem conduzidos.
Para quem vê de fora, mulher com mulher dançando juntas, não é estranho, mas se verem dois homens dançando juntos, na hora já rola uma rotulação.
Os homens que dançam de mulher, ou melhor de conduzidos não são viados ou menos homens. É maravilhoso poder trabalhar os dois lados do cérebro.
Eu mesmo, a alguns meses, nos ritmos de forro, bolero, samba e zouk, tenho feito aulas como conduzido, e, não fico nem um pouco acanhado de aprender e fazer todos os enfeites sensuais que o ritmo exigir, pois assim eu posso ensinar para as mulheres. Não é meu objetivo ser professor de dança, mas já que conhecimento não ocupa espaço, quero me tornar um dançarino completo.
Enfim, se essa questão toda é genético ou não, para mim, o que de fato tem de prevaler é as pessoas serem elas mesmas.....mas.....infelizmente.....a liberdade não se veste bem, não tem bons modos e não liga para o que os outros vão dizer. Ser absolutamente livre tem um ônus que poucos estão dispostos a pagar.