Não sou uma pessoa ligada a rótulos, mas na adolescência senti a necessidade de me definir, comecei a ter algumas paixões, e quando notei que não era só por garotos ou garotas, descobrir a bissexualidade, foi quando comecei a ter acesso a mais informações sobre a sexualidade, e descobrir que podia me apaixonar independente do sexo ou identidade de gênero, e por muito tempo me definir como pansexual. É loucura isso, mas demorei a notar que a paixão o carinho, nada tinha a ver com “atração sexual”, foi só depois de algumas péssimas experiências com o sexo que refletir sobre o, A de Assexual.

Li muito, mesmo que encontra informações detalhadas seja bem difícil mesmo com a Internet, já que cada caso é um caso, passei muito tempo pensando e quando finalmente li sobre pessoas com histórias parecidas com a minha, eu sentir muito alívio, sou uma pessoa PANROMÂNTICA, por mais que ainda tenho medo de bater o martelo sobre isso, finalmente não estou desconfortável com minha sexualidade.

Amo as pessoas independente do sexo e identidade de gênero, mas só quero afeto, carinho, alguém para sonhar junto, andar de mãos dadas, sem a parte que tanto me desagrada que é o sexo.

Não sei se um dia vou conseguir contar sobre minha orientação para minha família, mas estou bem mais leve por não julgar que sou uma louca indecisa.

Sei que ter um relacionamento romântico vai ser muito difícil, talvez eu acabe sozinha com muitos gatos e está tudo bem.

Acho que a dissociação entre o afeto e o sexo é uma das características mais marcantes da assexualidade. Mesmo para as pessoas sem atração romântica - eu me considero assim, talvez em parte - são coisas evidentemente diferentes. É indiscutível que muitos nos consideram espécies de crianças por causa disso, e não deixam de ter uma certa razão. O que não tem cabimento é esperarem de nós o que nós não temos.

Já falei isso muitas vezes aqui nesse fórum, mas não acho que bater martelo sobre classificações seja uma coisa importante. Existe uma abertura muito grande e intencional nelas, que é preciso que nós não construamos caixinhas.

Agora, quanto a você, que bom que se sente bem. Espero que consiga - ou já tenha conseguido! - contar para a sua família, porque a compreensão das pessoas próximas é uma coisa muito importante. Mas de qualquer maneira, com sua boa atitude você deverá ter muito sucesso.