Se analisarmos racionalmente a ideia do casamento, veremos que não passa de uma questão cultural impostas aos seres humanos, passada de geração a geração. As pessoas casam-se jurando um pacto eterno, porque não aprendem que podem ser felizes sozinhas e serem completas assim. Pra que “casamento”? Ate o seculo XIX, o casamento era apenas um acordo comercial entre duas familias. Hoje depois do capitalismo e o um pouco de mais de individualismo, entrou o fator romantismo.
Não somos capazes de amar todos igualmente? Venho observando que há dois fatores além do imposto pela sociedade:
1- Sexo (acasalamento ou prazer, quando o motivo é o ultimo pode haver traições)
2- Fraqueza humana(quando o indivíduo não sente-se completo, com auto-estima, amado por si, logo imagina que é falta de amor alheio)

Dizer que é por amor, é falácia visto que dizemos amar os amigos, pais. Seria o amor erótico apenas. Sem contar que é não tem um fim em si, firmar um pacto com um individuo, jurando sexo e amor eterno!! É bizarro se pensarmos na questão. Ademais tem o lance dos direitos civis que obriga o individuo a repartir os bens. Por qual razão? A troco de amor? De sexo? Nem os pais são obrigados a deixar herança aos filhos quando estes cumprem a maioridade. Enfim, penso que um dia quando as pessoas se questionarem o verdadeiro porquê do casamento, verão que estão sendo vitimas de pensamentos antigos, nenhum pouco racionais e evolutivos.

O que vocês pensam?

Responder esse post é um exercício de simplificação enorme,

Eu vou destacar apenas os seguintes pontos:
* Se as pessoas são naturalmente dependentes emocionalmente ou não é difícil saber, e não podemos tomar isso (a dependência) como um pressuposto.
* Acredito que as pessoas são desprovidas de certas capacidades de auto-satisfação emocional por necessidades do nosso próprio sistema social.
* O casamento não é uma instituição irracional. Ele existe porque tem importância efetiva para nossa sociedade e para os próprios indivíduos.
* Contudo o casamento é plenamente "racional" dentro de um modelo perfeito. E esse modelo não existe. Se tal fosse, não estaríamos discutindo sobre o casamento aqui.
* É bom notar que o que chamamos por casamento na verdade não existe para além das pessoas. É justamente um produto social, na contigência do tempo e do espaço. Varia de um local para outro, de um tempo para outro e entre os próprios indivíduos em particular.
» Isso é, o povo brasileiro no seu imaginário coletivo tem uma visão particular sobre o casamento. Que é diferente do britânico. E que por sua vez é diferente daquela pensava há 100 anos atrás. E Maria, que se casou com João, descobriu que eles possuem ideias totalmente diferentes sobre casamento.
* É justamente por essa "flutuação" que o casamento (o casamento que reconhecemos como tal) sempre esteve em crise (é papo furado essa história de que o casamento está entrando em crise... sempre esteve).
* Casamento no fim termina sendo apenas um ponto de referência. Algo em que as pessoas situam suas relações e por onde podem se relacionar com outras pessoas. Os casamentos diferem entre si porque as pessoas diferem em suas expectativas e maneiras de lidar com essa instituição.
* Algumas outras pessoas estão começando a situar seu mundo relacional fora do mundo conjugal. É esse é um processo não necessariamente linear. Hoje estamos vendo o surgimento de formas alternativas de relação. Mas nada impede que esse quadro mude, ao menos por enquanto.

Só uma observação. No seu post você faz basicamente aquilo que pontuei aqui. Você tem sua própria visão do que é casamento. E entre essas coisas está o "viver com alguém" em oposição ao "viver sozinho". Esse é um ponto muito importante. Porque essa crença faz parte dos mecanismos de reprodução ideológica do casamento.

Existe relação FORA do casamento. O casamento não é O nome dado à relação entre duas pessoas que se gostam. Da mesma forma que namoro, ficar, etc. são termos meramente conceituais e definem um "tipo" de relação em particular.

Existe vida (ou amor) fora desses conceitos socialmente reconhecidos e reproduzidos. As pessoas podem criar - e de fato criam - novas formas de se relacionar. Mas essa criação ainda é muito tímida, as pessoas sentem medo de pensar muito distante do casamento, geralmente apenas o adaptando a seus interesses mais imediatos.

Na atualidade o tabu do casamento está sendo quebrado. Recentemente até mulheres do Oriente Médio têm se recusado a casar.

No Brasil há muita liberdade nesse sentido, mas se você ama alguém e sente vontade de compartilhar a vida com essa pessoa, por que não casar?

Casamento não precisa necessariamente ser na igreja ou no cartório. A própria legislação reconhece um casal que apenas mora junto como uma união estável.

Por um lado eu reconheço a importância do casamento. Caso este modelo de interação social não existisse, muita coisa seria bem diferente hoje em dia. Nem vou citar que variações seriam porque obviamente tudo trata-se de especulação.

Por outro lado, eu observo o quanto o casamento falha em vários aspectos. Então o que motivaria as pessoas a manterem-se juntas mesmo quando percebem que aquela união é mais problemática do que se estivessem sozinhas? O amor? O medo da solidão? O compromisso feito perante Deus? Os filhos? Seja lá como for, eu não sei. Acho que é o tipo de coisa que você só entende quando vê de perto!

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