Olá! Bem, eu não sei exatamente o que vou escrever aqui, acho que nem tem como saber. Mas vamos lá:

Me chamo Rayane, tenho 15 e sou do RJ. Eu descobri há alguns meses sobre a assexualidade, por um amigo; estávamos conversando sobre namoro e sexo e ele me perguntou qual era a minha sexualidade, mas eu não soube responder. Ele me disse para procurar sobre os assexuais e ver se eu me identificava. Quando comecei a ler, foi libertador, senti como se fosse parte de algo no mundo e percebi que existiam pessoas como eu, não estava mais sozinha. Depois de pesquisar todos os tipos de assex, notei que sou arromântica, e conversei com um amigo sobre isso, ele achou muito bom eu ter encontrado meu lugar no mundo.

Eu nunca fui de guardar segredos da minha mãe, não por muito tempo, então conversei com ela sobre isso, e ela me disse que achava que eu era lésbica. Tudo bem ela achar isso, ela não era a única. Mas ela acabou contando pro resto da família, que começou a me julgar e falar que é só uma fase.

Com isso, comecei a duvidar da minha sexualidade, me vi obrigada a entrar no padrão da família, em ser como eles queriam que eu fosse. Eu me senti péssima por pensar assim, por ter deixado as pessoas me fazerem duvidar do que eu sentia. E então, eu decidi ignorar todos eles, só que ainda tenho problemas com isso. Eu meio que preciso sempre estar lendo sobre a assexualidade para ter certeza de quem eu sou.

Quando criança, prometi pra minha avó que me casaria e teria filhos antes dela morrer, já que a filha dela morreu e eu sou sua única neta. Só que, eu nunca me senti confortável com isso de ter filhos e  me casar, mas eu fiz uma promessa, e preciso seguir com minha palavra. Eu pensei em conversar com minha avó sobre isso, mas acho que ela não entenderia.

Bem, acho que já digitei muito, desculpa se ficou muita coisa pra uma apresentação. Então, acho que até. Se alguém quiser, pode me chamar no wpp, adoraria conversar, ou tentar; 021971340893.

Olá e seja bem-vinda Ray.

Não tenha vergonha de quem tu és
Pois todos encontramos alguém com que nos entenda.

E eu compreendo a dificuldade que a senhorita deve ter passado
Não é algo que você tenha que se incomodar
Se é o que realmente eres então não precisa ter medo

E sua avó vai entender
Porque ela te ama assim como sua família
E se você não quiser relações sexuais pode adotar uma criança ^^

e sobre sexualidade...eles não devem entender muito por ser algo diferente
Tenta dar uma chance as coisas irão melhorar

Qualquer coisa tem seus amigos pra lhe ajudar!
Se cuide!

Seja bem vinda Rayane
Que sorte ter um amigo compreensivo como esse.
Quanto a promessa com sua avó, não se sinta presa à ela. Aposto que ela ficaria muito mais satisfeita em ver vc feliz solteira e sem filhos, do que casada e com filhos, mas infeliz, "presa" a uma promessa feita quando vc era criança. (Até porque crianças não são maturas a ponto de decidir sobre isso.)

Espero que goste do fórum. ^^

Srta. Polvo escreveu:

Olá! Bem, eu não sei exatamente o que vou escrever aqui, acho que nem tem como saber. Mas vamos lá:

Me chamo Rayane, tenho 15 e sou do RJ. Eu descobri há alguns meses sobre a assexualidade, por um amigo; estávamos conversando sobre namoro e sexo e ele me perguntou qual era a minha sexualidade, mas eu não soube responder. Ele me disse para procurar sobre os assexuais e ver se eu me identificava. Quando comecei a ler, foi libertador, senti como se fosse parte de algo no mundo e percebi que existiam pessoas como eu, não estava mais sozinha. Depois de pesquisar todos os tipos de assex, notei que sou arromântica, e conversei com um amigo sobre isso, ele achou muito bom eu ter encontrado meu lugar no mundo.

Eu nunca fui de guardar segredos da minha mãe, não por muito tempo, então conversei com ela sobre isso, e ela me disse que achava que eu era lésbica. Tudo bem ela achar isso, ela não era a única. Mas ela acabou contando pro resto da família, que começou a me julgar e falar que é só uma fase.

Com isso, comecei a duvidar da minha sexualidade, me vi obrigada a entrar no padrão da família, em ser como eles queriam que eu fosse. Eu me senti péssima por pensar assim, por ter deixado as pessoas me fazerem duvidar do que eu sentia. E então, eu decidi ignorar todos eles, só que ainda tenho problemas com isso. Eu meio que preciso sempre estar lendo sobre a assexualidade para ter certeza de quem eu sou.

Quando criança, prometi pra minha avó que me casaria e teria filhos antes dela morrer, já que a filha dela morreu e eu sou sua única neta. Só que, eu nunca me senti confortável com isso de ter filhos e  me casar, mas eu fiz uma promessa, e preciso seguir com minha palavra. Eu pensei em conversar com minha avó sobre isso, mas acho que ela não entenderia.

Bem, acho que já digitei muito, desculpa se ficou muita coisa pra uma apresentação. Então, acho que até. Se alguém quiser, pode me chamar no wpp, adoraria conversar, ou tentar; 021971340893.

Primeiramente, seja bem-vinda. Rayane!

Faço minhas as palavras do Fernando:
"Quanto a promessa com sua avó, não se sinta presa à ela. Aposto que ela ficaria muito mais satisfeita em ver vc feliz solteira e sem filhos, do que casada e com filhos, mas infeliz, "presa" a uma promessa feita quando vc era criança."

Embora a administração daqui seja ruim, espero que possa fazer boas amizades por intermédio do fórum.

[]'s

Seja bem vinda, Rayane!

Que bom que essa descoberta fez você sentir essa sensação libertadora e ter encontrado, como você mesma disse, seu lugar no mundo.

Com relação às pessoas de sua família, creio ser difícil para eles compreenderem algo que foge do conhecimento comum que eles (e a maioria das pessoas) possuem.

No entanto, isso não deve ser fazer com que você se sinta obrigada a entrar no padrão da família se isso faz com que você se sinta agredida em sua essência. Você deve agir dentro daquilo que é a sua essência, caso contrário, você só estará se desrespeitando. E isso é, realmente, péssimo. Atue em harmonia com a sua essência.

Com relação à promessa que você fez à sua avó, realmente é como o Fernando disse perfeitamente:
"Quanto a promessa com sua avó, não se sinta presa à ela. Aposto que ela ficaria muito mais satisfeita em ver vc feliz solteira e sem filhos, do que casada e com filhos, mas infeliz, "presa" a uma promessa feita quando vc era criança."

Como você mesma disse, a ideia de casar e ter filhos lhe é desconfortável. Portanto, não faça isso só para agradá-la. Você estaria, com isso, trilhando o caminho da infelicidade.
Seguir com sua palavra, neste caso, seria apenas seguir com uma declaração que você fez numa época que não tinha condições para discernir sobre as coisas. Ela, com certeza, se quer a sua felicidade, vai te entender muito bem.

Abçs.