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kashmir
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MensagemAssunto: Atuando....   Atuando.... Empty14/11/2016, 16:41

Olá...
Pra falar de mim e tentar resumir....

Eu sou uma mulher de 34 anos, com um relacionamento de quase 14 anos (não casada no papel, nem com filhos nem nada assim, mas morando junto e dividindo cães :P ).

Não sei em qual categoria eu me encaixaria (na verdade, acho que excesso de categorização limita o que de fato é a experiência de (des)lidar com o sexo). Considerando que gosto muito de ter um companheiro, e que posso me sentir ocasionalmente atraída por alguém, talvez eu esteja próxima do que se chama 'demirromântico' (ou não, aprendi esses termos hoje...)

Não sei em que momento passei a me desinteressar por sexo. Por muito tempo, achei que meu desinteresse fosse devido ao fato de ter um relacionamento longo. Cheguei a romper e tentar outro relacionamento, mas meu interesse sexual não acendeu. Pelo contrário, me sentia pressionada a manter o sexo para sustentar o relacionamento. Foram dois anos de vida sexual ativa, porém, pra mim era sempre um work-to-do; em alguns momentos era só uma representação, e se meu tédio não era total, era porque estava muito ocupada representando, me policiando para ver se eu soava natural. Às vezes até achava a 'movimentação' divertida, mas não que a diversão viesse de um prazer sexual. sei lá, era como uma aula de spinning, se é que dá pra pensar assim.

Depois desse relacionamento de dois anos, voltei com meu antigo namorado, e com isso, me obriguei novamente a ter uma vida sexual ativa (embora menos ativa que com meu namorado anterior) por entender que não posso simplesmente privar meu namorado de sexo, e que ele certamente vai encontrar outros meios se não for comigo. Ele não faz a menor ideia disso, nem desconfia de como eu me sinto.

Incorporei o sexo à rotina. Não me pesa, é como se fosse mais uma das coisas que, apesar de não gostar, é preciso fazer, como trabalhar ou lavar o banheiro. Mas me incomoda bancar a atriz nessas horas, me incomoda ver como meu namorado faz de tudo pra me gradar sexualmente, e saber que será em vão. Quando eu peso na balança, parece que dói menos simplesmente fazer sexo como uma burocrata, que frustrar meu namorado com a perspectiva de que ele não me fará sentir um orgasmo - acredito eu, deve ser um peso difícil de carregar quando se gosta de sexo e se quer dar prazer a quem ama.

Se não houvesse demanda por sexo, eu teria o relacionamento mais feliz do mundo. Mas o que fazer? Não posso impor abstinência a quem me ama. Já pensei em abrir o relacionamento para que ele pudesse ter suas fuck-friends ou algo similar, mas infelizmente já sei que não tenho temperamento pra lidar com isso. Continuo optando pela representação. É chato, mas não me parece um sacrifício. Se sexo pra mim não é bom a ponto de fazer falta, por outro lado, não chego a me sentir violada ao praticá-lo. É mais uma sensação de indiferença em relação ao ato, somada à necessidade de fingir gostar que me incomodam. Como se eu estivesse perdendo tempo com algo inútil.

Mais algum ator/atriz profissional por aqui? Qual o preço de abrir o jogo para o parceiro?

Obrigada para quem leu até o fim sorrindo
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MensagemAssunto: Re: Atuando....   Atuando.... Empty14/11/2016, 17:01

kashmir escreveu:
Olá...
Pra falar de mim e tentar resumir....

Eu sou uma mulher de 34 anos, com um relacionamento de quase 14 anos (não casada no papel, nem com filhos nem nada assim, mas morando junto e dividindo cães :P ).
Oi! Seja bem-vinda, kashmir! bolo

kashmir escreveu:
Não sei em qual categoria eu me encaixaria (na verdade, acho que excesso de categorização limita o que de fato é a experiência de (des)lidar com o sexo). Considerando que gosto muito de ter um companheiro, e que posso me sentir ocasionalmente atraída por alguém, talvez eu esteja próxima do que se chama 'demirromântico' (ou não, aprendi esses termos hoje...)
Ninguém melhor do que vc mesma para verificar qual a classificação com a qual mais se identifica. Com base no seu relato, eu diria que vc é assexual romântica, pois em nenhum momento a vi falando que passou a sentir atração sexual a partir do momento em que conheceu e gostou do jeito de ser do companheiro.

kashmir escreveu:
Não sei em que momento passei a me desinteressar por sexo. Por muito tempo, achei que meu desinteresse fosse devido ao fato de ter um relacionamento longo. Cheguei a romper e tentar outro relacionamento, mas meu interesse sexual não acendeu. Pelo contrário, me sentia pressionada a manter o sexo para sustentar o relacionamento. Foram dois anos de vida sexual ativa, porém, pra mim era sempre um work-to-do; em alguns momentos era só uma representação, e se meu tédio não era total, era porque estava muito ocupada representando, me policiando para ver se eu soava natural. Às vezes até achava a 'movimentação' divertida, mas não que a diversão viesse de um prazer sexual. sei lá, era como uma aula de spinning, se é que dá pra pensar assim.

Depois desse relacionamento de dois anos, voltei com meu antigo namorado, e com isso, me obriguei novamente a ter uma vida sexual ativa (embora menos ativa que com meu namorado anterior) por entender que não posso simplesmente privar meu namorado de sexo, e que ele certamente vai encontrar outros meios se não for comigo. Ele não faz a menor ideia disso, nem desconfia de como eu me sinto.

Incorporei o sexo à rotina. Não me pesa, é como se fosse mais uma das coisas que, apesar de não gostar, é preciso fazer, como trabalhar ou lavar o banheiro. Mas me incomoda bancar a atriz nessas horas, me incomoda ver como meu namorado faz de tudo pra me gradar sexualmente, e saber que será em vão. Quando eu peso na balança, parece que dói menos simplesmente fazer sexo como uma burocrata, que frustrar meu namorado com a perspectiva de que ele não me fará sentir um orgasmo - acredito eu, deve ser um peso difícil de carregar quando se gosta de sexo e se quer dar prazer a quem ama.

Se não houvesse demanda por sexo, eu teria o relacionamento mais feliz do mundo. Mas o que fazer? Não posso impor abstinência a quem me ama. Já pensei em abrir o relacionamento para que ele pudesse ter suas fuck-friends ou algo similar, mas infelizmente já sei que não tenho temperamento pra lidar com isso. Continuo optando pela representação. É chato, mas não me parece um sacrifício. Se sexo pra mim não é bom a ponto de fazer falta, por outro lado, não chego a me sentir violada ao praticá-lo. É mais uma sensação de indiferença em relação ao ato, somada à necessidade de fingir gostar que me incomodam. Como se eu estivesse perdendo tempo com algo inútil.
Desinteressar? Então um dia vc já se interessou por sexo? Sentia atração sexual e depois passou a não ter? Chegou a realizar exames hormonais?

kashmir escreveu:
Mais algum ator/atriz profissional por aqui? Qual o preço de abrir o jogo para o parceiro?
Definitivamente não é meu caso, no entanto talvez alguém se identifique com seu relato. piscando
Eu preferiria abrir o jogo. Há o risco de o relacionamento terminar... assim como há o de a pessoa compreender e tentar se chegar a um consenso! Viver uma mentira, enganando a pessoa de quem gosto? Eu não conseguiria.

kashmir escreveu:
Obrigada para quem leu até o fim sorrindo
Não tem de que. sorrindo
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MensagemAssunto: Re: Atuando....   Atuando.... Empty14/11/2016, 17:17

kashmir escreveu:
Se não houvesse demanda por sexo, eu teria o relacionamento mais feliz do mundo. Mas o que fazer? Não posso impor abstinência a quem me ama. Já pensei em abrir o relacionamento para que ele pudesse ter suas fuck-friends ou algo similar, mas infelizmente já sei que não tenho temperamento pra lidar com isso. Continuo optando pela representação. É chato, mas não me parece um sacrifício. Se sexo pra mim não é bom a ponto de fazer falta, por outro lado, não chego a me sentir violada ao praticá-lo. É mais uma sensação de indiferença em relação ao ato, somada à necessidade de fingir gostar que me incomodam. Como se eu estivesse perdendo tempo com algo inútil.
Romântico escreveu:
Desinteressar? Então um dia vc já se interessou por sexo? Sentia atração sexual e depois passou a não ter? Chegou a realizar exames hormonais?

Tive curiosidade. Mas desde a primeira vez foi um sentimento 'ãããhnn.... era ISSO?' Como se nunca tivesse correspondido às expectativas. Tive alguns orgasmos nos primeiros anos, me masturbava e tudo, mas na maior parte era eu tentando me convencer de que aquilo DEVIA ser bom; tentei várias fantasias, situações exóticas, de tanto insistir tive algumas boas relações, mas em 99% do tempo sempre foi tédio e preocupação em não deixar o outro lado notar. Acostumei-me a representar, e assim sigo.

Não sei como se chega pra alguém depois de tantos anos e se diz: "Sabe, fazer sexo faz com que eu me sinta uma funcionária do DETRAN". Não sei como isso pode abalar a auto-estima do outro, nem as consequências para o meu relacionamento...


Última edição por Romântico em 28/6/2017, 20:27, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Correção da citação (foi usada incorretamente pela usuária).)
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MensagemAssunto: Re: Atuando....   Atuando.... Empty14/11/2016, 19:24

Seja bem vinda sorrindo bolo bolo
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MensagemAssunto: Re: Atuando....   Atuando.... Empty14/11/2016, 22:46

kashmir escreveu:
Olá...
Pra falar de mim e tentar resumir....

Eu sou uma mulher de 34 anos, com um relacionamento de quase 14 anos (não casada no papel, nem com filhos nem nada assim, mas morando junto e dividindo cães :P ).

Primeiramente, seja bem vinda  sorrindo  fatia de bolo  fatia de bolo


kashmir escreveu:
Não sei em qual categoria eu me encaixaria (na verdade, acho que excesso de categorização limita o que de fato é a experiência de (des)lidar com o sexo). Considerando que gosto muito de ter um companheiro, e que posso me sentir ocasionalmente atraída por alguém, talvez eu esteja próxima do que se chama 'demirromântico' (ou não, aprendi esses termos hoje...)

Não se preocupe muito com os rótulos, com o tempo você vai aprendendo e vendo no que se encaixa e com que definição de, certa forma, se sente melhor  sorrindo


kashmir escreveu:
 Não sei em que momento passei a me desinteressar por sexo. Por muito tempo, achei que meu desinteresse fosse devido ao fato de ter um relacionamento longo. Cheguei a romper e tentar outro relacionamento, mas meu interesse sexual não acendeu. Pelo contrário, me sentia pressionada a manter o sexo para sustentar o relacionamento. Foram dois anos de vida sexual ativa, porém, pra mim era sempre um work-to-do; em alguns momentos era só uma representação, e se meu tédio não era total, era porque estava muito ocupada representando, me policiando para ver se eu soava natural. Às vezes até achava a 'movimentação' divertida, mas não que a diversão viesse de um prazer sexual. sei lá, era como uma aula de spinning, se é que dá pra pensar assim.

Depois desse relacionamento de dois anos, voltei com meu antigo namorado, e com isso, me obriguei novamente a ter uma vida sexual ativa (embora menos ativa que com meu namorado anterior) por entender que não posso simplesmente privar meu namorado de sexo, e que ele certamente vai encontrar outros meios se não for comigo. Ele não faz a menor ideia disso, nem desconfia de como eu me sinto.

Incorporei o sexo à rotina. Não me pesa, é como se fosse mais uma das coisas que, apesar de não gostar, é preciso fazer, como trabalhar ou lavar o banheiro. Mas me incomoda bancar a atriz nessas horas, me incomoda ver como meu namorado faz de tudo pra me gradar sexualmente, e saber que será em vão. Quando eu peso na balança, parece que dói menos simplesmente fazer sexo como uma burocrata, que frustrar meu namorado com a perspectiva de que ele não me fará sentir um orgasmo - acredito eu, deve ser um peso difícil de carregar quando se gosta de sexo e se quer dar prazer a quem ama.

Se não houvesse demanda por sexo, eu teria o relacionamento mais feliz do mundo. Mas o que fazer? Não posso impor abstinência a quem me ama. Já pensei em abrir o relacionamento para que ele pudesse ter suas fuck-friends ou algo similar, mas infelizmente já sei que não tenho temperamento pra lidar com isso. Continuo optando pela representação. É chato, mas não me parece um sacrifício. Se sexo pra mim não é bom a ponto de fazer falta, por outro lado, não chego a me sentir violada ao praticá-lo. É mais uma sensação de indiferença em relação ao ato, somada à necessidade de fingir gostar que me incomodam. Como se eu estivesse perdendo tempo com algo inútil.

Mais algum ator/atriz profissional por aqui? Qual o preço de abrir o jogo para o parceiro?

Bom, durante algum tempo eu "atuei" também, minha história é bem parecida com a sua. Em primeiro lugar porque eu não sabia que meu desinteresse poderia ser considerado algo normal e em segundo lugar meio que pra não "ferrar" com o relacionamento, embora mesmo eu cedendo muitas vezes houveram muitas brigas e pressões em relação ao sexo. Até que eu finalmente descobri o que havia comigo e assumi quem eu sou e não me "forço" mais a fazer o que de fato eu não quero, independente de se a pessoa vai me largar ou não por isso.  feliz  língua

Quanto a abrir o jogo para o parceiro, acho que é algo interessante. Afinal, se você faz para agradar, porque algumas vezes ele não pode abrir mão para te agradar? rs' Se você não se sente mal com a prática, só é indiferente pra você, converse com ele, até porque vocês estão em um relacionamento duradouro já e acho que nesse caso pode ser um pouquinho mais fácil abrir o jogo. Apenas tenha certeza do que você realmente é antes disso  sorrindo

kashmir escreveu:
Obrigada para quem leu até o fim sorrindo
Imagina, todo relato e experiência é muito bem vinda sorrindo bexiga
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MensagemAssunto: Re: Atuando....   Atuando.... Empty17/11/2016, 21:03

Seja bem vinda!

Sobre abrir o jogo ou não, eu tentaria, não sei como exatamente faria isso, em uma relação de tanto tempo, mas tentaria abrir o jogo sim. De qualquer forma, essa é uma decisão que só você pode tomar, pense no que é melhor pra você.
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MensagemAssunto: Re: Atuando....   Atuando.... Empty28/6/2017, 17:25

kashmir escreveu:
Incorporei o sexo à rotina. Não me pesa, é como se fosse mais uma das coisas que, apesar de não gostar, é preciso fazer, como trabalhar ou lavar o banheiro. Mas me incomoda bancar a atriz nessas horas, me incomoda ver como meu namorado faz de tudo pra me gradar sexualmente, e saber que será em vão. Quando eu peso na balança, parece que dói menos simplesmente fazer sexo como uma burocrata, que frustrar meu namorado com a perspectiva de que ele não me fará sentir um orgasmo - acredito eu, deve ser um peso difícil de carregar quando se gosta de sexo e se quer dar prazer a quem ama.

Hm... Essa culpa e esse medo de frustrar pessoas de que gosta é algo pesado. Eu já frustrei tanta gente... Mas foi negando sexo, e não fazendo e fingindo que gostava. Eu não conseguiria atuar assim, me faria muito mal. Como eu não sou romântico, nem nunca namorei nem transei, não tenho muito o que "compartilhar" sobre relacionamentos. Mas me parece que essa sua angústia cresce secretamente. Como qualquer tipo de conflito, me parece melhor tentar resolver antes que torne-se inevitável uma erupção explosiva... O que você acha?
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MensagemAssunto: Re: Atuando....   Atuando.... Empty28/6/2017, 17:33

kashmir escreveu:
Não sei como se chega pra alguém depois de tantos anos e se diz: "Sabe, fazer sexo faz com que eu me sinta uma funcionária do DETRAN". Não sei como isso pode abalar a auto-estima do outro, nem as consequências para o meu relacionamento...

Pera, pera... Não se fala assim, de cara direto. Seria chocante. Claro que depois de vários anos fica difícil de resolver, torna-se um jogo de pega-varetas. Mas sei lá... Talvez ir atuando menos e menos até um dia ele se incomodar e perguntar o que ele está fazendo de errado? Aí você diria que ele não fez nada de errado, só que você não gosta? Eu não sei... Não sei bem qual é seu objetivo. Você quer só parar de fingir que gosta? É o que eu entendi. Parece que você não tem lá muito problema em liberar o corpo para ele usar. Só não quer ter que atuar... Você acha que sem a atuação, só com o corpo, ele não ficaria satisfeito?
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