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 Escola sem Partido (Bertrand Russell)

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MensagemAssunto: Escola sem Partido (Bertrand Russell)   Escola sem Partido (Bertrand Russell) Empty26/7/2020, 09:42

Fonte: Bertrand Russel, "Por que os homens vão à guerra", Capítulo 5: "A Educação". Editora UNESP, 1ª edição (2014), São Paulo. Conforme publicado anteriormente no blog.


O poder da educação na formação do caráter e da opinião é muito grande e bastante reconhecido. As crenças genuínas de pais e professores, embora nem sempre os preceitos professados, são quase inconscientemente adquiridas pela maioria das crianças. E, mesmo que elas se afastem dessas crenças ao longo da vida, algo lhes permanece profundamente implantado, pronto para emergir em um momento de tensão ou crise. A educação é, em regra, a força mais poderosa a favor do que já existe e contra qualquer mudança fundamental: as instituições ameaçadas, enquanto ainda estão poderosas, tomam posse da máquina educacional e instilam o respeito por sua própria excelência nas mentes maleáveis dos jovens. Os reformadores revidam, tentando expulsar os oponentes de sua posição vantajosa. As crianças em si não são consideradas por nenhum dos lados; são apenas massa a se recrutar para um ou outro exército. Se as próprias crianças fossem consideradas, a educação não teria por objetivo fazê-las pertencer a este ou àquele lado, mas sim habilitá-las a optar inteligentemente entre os lados; teria por objetivo fazê-las capazes de pensar, e não fazê-las pensar o que seus professores pensam. A educação não poderia existir enquanto arma política se respeitássemos os direitos das crianças. Se respeitássemos os direitos das crianças, deveríamos educá-las de modo a lhes dar o conhecimento e os hábitos mentais necessários para formarem opiniões independentes; mas a educação, enquanto instituição política, empenha-se em formar hábitos e circunscrever o conhecimento de modo a tornar inevitável um único conjunto de opiniões.


[...]


É na história, na religião e em outros temas controversos que a instrução de hoje se mostra efetivamente prejudicial. Esses temas tocam os interesses que mantêm as escolas; e esses interesses mantêm as escolas para inculcar certos pontos de vista sobre esses temas. Em todos os países, a história é ensinada de modo a enaltecer o país: as crianças aprendem a acreditar que seu próprio país sempre esteve do lado certo e quase sempre vitorioso, que o país produz quase todos os grandes homens e que, em todos os campos, é superior aos outros países. Como são lisonjeiras, essas crenças se assimilam facilmente e é difícil que um dia sejam desalojadas do instinto por um conhecimento posterior.


Tomemos um exemplo simples e quase trivial: os fatos sobre a batalha de Waterloo são conhecidos em muitos detalhes e com minuciosa exatidão; mas os fatos ensinados na escola elementar serão totalmente distintos na Inglaterra, na França e na Alemanha. [...] Se os fatos fossem ensinados fielmente em ambos os países, não se fortaleceria o orgulho nacional na mesma medida, nenhuma das nações se sentiria muito segura da vitória na eventualidade de uma guerra e a disposição para guerrear diminuiria. É esse resultado que se precisa prevenir. Todo Estado quer promover o orgulho nacional e tem consciência de que isso não pode ser feito com uma história imparcial. Indefesas, as crianças aprendem distorções, supressões e sugestões. As ideias falsas sobre a história do mundo ensinadas nos vários países são de um tipo que encoraja o conflito e servem para manter vivo o nacionalismo fanático.


[...]


Exatamente a mesma coisa se aplica à religião. [...] Uma corporação religiosa existe pelo fato de todos os seus membros terem certas crenças definidas sobre assuntos cuja verdade é inverificável. Escolas dirigidas por corporações religiosas têm de prevenir que os jovens, curiosos por natureza, descubram que essas crenças definidas se confrontam com outras, não mais insensatas, e que muitos dos homens melhor qualificados para julgar acham que não há nenhuma evidência a favor de nenhuma crença definida.


[...]


A repressão da livre indagação será inevitável enquanto o propósito da educação for produzir crenças ao invés de pensamento, enquanto o propósito for compelir os jovens a sustentar opiniões assertivas sobre assuntos duvidosos ao invés de deixá-los ver a dúvida e se sentir encorajados à independência da mente. A educação deve nutrir o desejo de verdade, não a convicção de que um credo em particular é a verdade. Mas são os credos o que mantém os homens unidos em organizações para a luta: Igrejas, Estados, partidos políticos. É a intensidade da crença em um credo o que produz a eficiência na luta: a vitória vem para quem sente a certeza mais forte sobre os assuntos nos quais a dúvida é a única atitude racional. Para produzir essa intensidade da crença e essa eficiência na luta, a natureza da criança é pervertida e seu modo de ver fica deformado pelo cultivo de inibições que são um obstáculo ao crescimento de novas ideias. Aquelas cujas mentes não são muito ativas apresentam como resultado a onipotência do preconceito; já aquelas cujo pensamento não pode ser de todo assassinado se tornam cínicos, intelectualmente desesperançados, destrutivamente críticos, capazes de fazer que tudo pareça tolo, incapazes de suprir os impulsos criativos que destroem nos outros.


[...]


A aceitação passiva da sabedoria do professor é fácil para a maioria dos garotos e garotas. Não implica nenhum esforço de pensamento independente e parece racional, porque o professor sabe mais do que os alunos; além disso, é uma maneira de ganhar a preferência do professor, a menos que ele seja um homem muito excepcional. Mesmo assim, o hábito da aceitação passiva será desastroso para a vida futura. É esse hábito que faz os homens procurarem um líder e aceitarem como líder quem quer que se estabeleça em tal posição. É ele que constrói o poder de igrejas, governos, bancadas partidárias e todas as outras organizações pelas quais os homens comuns são iludidos a apoiar sistemas antigos e prejudiciais à nação e a si próprios. É possível que não houvesse muita independência de pensamento, mesmo se a educação fizesse de tudo para promovê-la; mas certamente haveria mais do que hoje. Se o objetivo fosse fazer os alunos pensarem, em vez de fazê-los aceitar determinadas conclusões, a educação seria conduzida de um jeito bem diferente: haveria menos pressa na instrução e mais discussão, mais ocasiões para encorajar os alunos a se expressarem, mais tentativas de fazer a educação se ocupar de assuntos pelos quais os alunos sentissem algum interesse.



Última edição por Anders em 4/9/2020, 18:40, editado 3 vez(es) (Motivo da edição : Tirando os sublinhados, ficou exagerado.)
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MensagemAssunto: Re: Escola sem Partido (Bertrand Russell)   Escola sem Partido (Bertrand Russell) Empty3/8/2020, 02:30

Para complementar, do mesmo autor: "A causa fundamental do problema é que no mundo moderno os estúpidos são arrogantemente convencidos enquanto os inteligentes são cheios de dúvidas. Mesmo os inteligentes que acreditam ter 'a solução' são individualistas demais para se unirem a outros homens inteligentes de quem eles discordam em pontos menores" (The Triumph of Stupidity, 1933, no qual trata sobre a ascensão do nazismo. O texto em inglês, para quem se interessar: https://russell-j.com/0583TS.HTM. Vale muito a pena ler; se quiserem, posso traduzir).

Bertrand Russell arrasa.
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MensagemAssunto: Re: Escola sem Partido (Bertrand Russell)   Escola sem Partido (Bertrand Russell) Empty4/8/2020, 07:13

Tarsila escreveu:
Para complementar, do mesmo autor: "A causa fundamental do problema é que no mundo moderno os estúpidos são arrogantemente convencidos enquanto os inteligentes são cheios de dúvidas. Mesmo os inteligentes que acreditam ter 'a solução' são individualistas demais para se unirem a outros homens inteligentes de quem eles discordam em pontos menores" (The Triumph of Stupidity, 1933, no qual trata sobre a ascensão do nazismo. O texto em inglês, para quem se interessar: https://russell-j.com/0583TS.HTM.)

Li o texto. Pelo que entendi, a relação entre esse texto que você linkou, e os trechos que postei, é aquela parte que diz que a educação quer dar certeza sobre temas nos quais só é razoável ter dúvida, e que as pessoas menos espertas acabam se tornando preconceituosas dessa forma, certo? Ou seja, a escola enviesou os estudantes alemães na direção do nacionalismo, e o resultado foi a guerra? Me parece plausível.

Eu ainda não entendo muito sobre o nazismo, mas quero entender. Por isso, lerei num futuro próximo o livro "Eichmann em Jerusalém - Um relato sobre a banalidade do mal", escrito pela Hannah Arendt. Só não li ainda pois não dei sorte de encontrá-lo junto com outros do meu interesse nas compras que fiz na Estante Virtual, de forma que eu pudesse pagar um frete só. Você já chegou a ler esse que mencionei agora?
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MensagemAssunto: Re: Escola sem Partido (Bertrand Russell)   Escola sem Partido (Bertrand Russell) Empty8/8/2020, 21:06

Os dois textos se relacionam, sim, na questão do nacionalismo fanático e do preconceito. Mas, além disso que você comentou, eu vejo relação em outros dois pontos:

(1) a partir de uma educação que não faz as pessoas questionarem, apenas terem certezas, desenvolve-se também adultos que não estão dispostos a questionarem as próprias ideias e unirem-se a outros de quem eles discordam em certos pontos em prol de um bem comum.
(2) na consequência de se aceitar sempre cegamente a palavra do professor (a figura de autoridade - em teoria, ao menos - na escola) se aceitaria também, na vida adulta, a palavra de outras figuras de autoridade sem questionamento, ainda que isso fosse prejudicial a si mesmo e aos outros.

E não li Hannah Arendt, mas também tenho muito vontade, pois, pelo pouco que sei através de comentários de outras pessoas, ela me parece muito sóbria, muito objetiva e "cirúrgica" nas suas análises. É a impressão que eu tenho pelo menos.
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MensagemAssunto: Re: Escola sem Partido (Bertrand Russell)   Escola sem Partido (Bertrand Russell) Empty10/8/2020, 05:42

Tarsila escreveu:
(1) a partir de uma educação que não faz as pessoas questionarem, apenas terem certezas, desenvolve-se também adultos que não estão dispostos a questionarem as próprias ideias e unirem-se a outros de quem eles discordam em certos pontos em prol de um bem comum.
(2) na consequência de se aceitar sempre cegamente a palavra do professor (a figura de autoridade - em teoria, ao menos - na escola) se aceitaria também, na vida adulta, a palavra de outras figuras de autoridade sem questionamento, ainda que isso fosse prejudicial a si mesmo e aos outros.

  1. Eu não sei se algum dia da minha vida vou ver as pessoas sabendo ceder racionalmente para chegar a um consenso, a um cenário ganha-ganha. Por exemplo, a Wikipédia tenta reger-se pelo consenso, mas é uma batalha diária, requer muito esforço, e se funciona, é só porquê trolls, avacalhadores, intransigentes, trapaceiros, emperradores e tergiversadores acabam sendo banidos da comunidade mais cedo ou mais tarde. Acho que seria excessivamente otimista crer que um dia, em escala nacional, as decisões seriam tomadas em consenso; mais provável começar uma Guerra Civil. Estou falando isso pois me lembrei de certas utopias políticas de democracia direta que as pessoas mencionaram naqueles protestos de 2013. Acho que consenso é algo que só dá pra alcançar em grupos pequenos aonde não haja muita diferença entre os membros.
  2. Eu também não sei se algum dia da minha vida vou ver a maioria das pessoas sendo capazes de decidir suas vidas por si próprias, ao invés de ficarem esperando o Estado decidir (mal) e fazer tudo (malfeito) pra elas. Acabo achando que é utópico também.

Não sei se meu pessimismo nesses dois pontos é culpa minha ou do Russell... Ou seja, não sei se eu é que sou cínico e decepcionado com o ser humano, ou se o autor é que é muito otimista e sonhador.


Tarsila escreveu:
E não li Hannah Arendt, mas também tenho muito vontade, pois, pelo pouco que sei através de comentários de outras pessoas, ela me parece muito sóbria, muito objetiva e "cirúrgica" nas suas análises. É a impressão que eu tenho pelo menos.

Depois que eu lê-la, irei citar os trechos que eu achar pertinentes, então acho que você poderá ter mais certeza sobre como é a escrita dela, se quiser conferir. Por enquanto não tenho previsão, pois ainda não tenho o(s) livro(s)...
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MensagemAssunto: Re: Escola sem Partido (Bertrand Russell)   Escola sem Partido (Bertrand Russell) Empty12/8/2020, 12:11

ANDERS
Por acaso li o livro da Arendt.
Se fosse resumir numa linha, eu diria que a reportagem (de que o livro é consequência) aborda o problema da burocracia (porque o nazismo era também um governo e não só uma filosofia), para mostrar que havia uma impensável normalidade do fenômeno nazista.
Normalidade porque exterminar as minorias era política publica na Alemanha. E consequentemente ser exterminado era assumido ,sem resistência, pelos judeus.

Ainda sobre essa tragédia histórica, leia "Todesfuge" poema de Paul Celan.
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MensagemAssunto: Re: Escola sem Partido (Bertrand Russell)   Escola sem Partido (Bertrand Russell) Empty12/8/2020, 19:08

Frank_Hase escreveu:
Se fosse resumir numa linha, eu diria que a reportagem (de que o livro é consequência) aborda o problema da burocracia (porque o nazismo era também um governo e não só uma filosofia), para mostrar que havia uma impensável normalidade do fenômeno nazista.
Normalidade porque exterminar as minorias era política publica na Alemanha. E consequentemente ser exterminado era assumido ,sem resistência, pelos judeus.

Ou seja, é um livro que se ocupa com o "nazismo real", e não com o "nazismo teórico"... Entendi?

Frank_Hase escreveu:
Ainda sobre essa tragédia histórica, leia "Todesfuge" poema de Paul Celan.

Eu não entendo alemão! Posso lê-lo traduzido?
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MensagemAssunto: Re: Escola sem Partido (Bertrand Russell)   Escola sem Partido (Bertrand Russell) Empty13/8/2020, 12:51

Anders escreveu:
Frank_Hase escreveu:
Se fosse resumir numa linha, eu diria que a reportagem (de que o livro é consequência) aborda o problema da burocracia (porque o nazismo era também um governo e não só uma filosofia), para mostrar que havia uma impensável normalidade do ...

Ou seja, é um livro que se ocupa com o "nazismo real", e não com o "nazismo teórico"... Entendi?

Frank_Hase escreveu:
Ainda sobre essa tragédia histórica, leia "Todesfuge" poema de Paul Celan.

Eu não entendo alemão! Posso lê-lo traduzido?


Sim.. O nazismo na prática mesmo. É uma boa maneira de descrever sim, aquele livro.

Sobre ler o poema no original, é realmente desnecessário!
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MensagemAssunto: Re: Escola sem Partido (Bertrand Russell)   Escola sem Partido (Bertrand Russell) Empty23/8/2020, 14:19

Anders escreveu:

  1. Eu não sei se algum dia da minha vida vou ver as pessoas sabendo ceder racionalmente para chegar a um consenso, a um cenário ganha-ganha. Por exemplo, a Wikipédia tenta reger-se pelo consenso, mas é uma batalha diária, requer muito esforço, e se funciona, é só porquê trolls, avacalhadores, intransigentes, trapaceiros, emperradores e tergiversadores acabam sendo banidos da comunidade mais cedo ou mais tarde. Acho que seria excessivamente otimista crer que um dia, em escala nacional, as decisões seriam tomadas em consenso; mais provável começar uma Guerra Civil. Estou falando isso pois me lembrei de certas utopias políticas de democracia direta que as pessoas mencionaram naqueles protestos de 2013. Acho que consenso é algo que só dá pra alcançar em grupos pequenos aonde não haja muita diferença entre os membros.
  2. Eu também não sei se algum dia da minha vida vou ver a maioria das pessoas sendo capazes de decidir suas vidas por si próprias, ao invés de ficarem esperando o Estado decidir (mal) e fazer tudo (malfeito) pra elas. Acabo achando que é utópico também.

Não sei se meu pessimismo nesses dois pontos é culpa minha ou do Russell... Ou seja, não sei se eu é que sou cínico e decepcionado com o ser humano, ou se o autor é que é muito otimista e sonhador.

Eu concordo. Fiz aquelas minhas observações, mas tenho consciência de que elas caminham muito mais pelo lado meramente teórico. Então, sim, podem ser consideradas utopias.
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