Tem alguém restrito?

Boa noite. Eu estou reescrevendo esse tópico pq o outro apagou (ódio). Eu queria aqui compartilhar minha visão e gostaria que vcs tbm compartilharem a de vcs.
Bom, perguntei se tem alguém restrito aqui pq acho mais fácil de elu se encaixar na minha visão mais fiquem a vontade pfvr, bom eu SEMPRE tive aversão ao sexo nunca gostei e nunca me interessei por isso, enquanto meus colegas só falam disso e até já praticam isso, nunca me encaixei nesse tipo de conversa não gosto de falar,ouvir, ver não gosto de nada literalmente nada sexual não vejo graça nisso, e é praticamente impossível achar alguém com essa visão e eu me sinto muito sufocada e sozinha por isso.
Quando me descobri assexual me senti extremamente acolhida com esse site mais depois me se ti sozinha dnv, pois vi que grande parte da comunidade é demi e não compartilha da mesma visão que eu, por exemplo alguns tem relação outros gostam de falar,ver e ouvir sobre e outros gostam de se masturbar e eu não me identifico com nada disso. Será que tem alguém nessa comunidade/mundo com a mesma visão que eu? Será que é impossível achar alguém assim?
Esse foi meu desabafo, obg por ler até aqui.
Espero que compartilhem sua visão cmg.
Boa noite!

Lklc, eu concordo que é mais comum de ver demissexuais do que assexuais estritos, mas isso é normal, pois como estamos em um espectro, tem os mais sexuais e os menos. Não sei se posso dizer que assexuais estritos são a minoria dos assexuais, mas eu acredito que sim (não estou usado nenhum estudo para colaborar com minha conclusão/opinião).

Não sei se me enquadro no aspecto do assexual estrito, porém eu consigo ver pontos de semelhança com você. Acho que o mundo é muito sexual e a atração que os outros sentem quando veem alguém não é algo que me ocorreu até hoje. Sexo não está no meu checklist da vida e me imagino morrendo sozinha, já que não pretendo fazer um allo ficar preso em um relacionamento comigo, o que não é o fim do mundo.

Mesmo dizendo isso, é algo que estou tentando aceitar ainda, desde que eu tenha amigos na minha jornada, tudo vai dar certo.

Pois ninguém consegue viver socialmente sozinho, a solidão acaba com qualquer pessoa.

É como Nikols comentou. Assexualidade é um espectro e um termo guarda-chuva, mas quantitativamente é difícil saber a proporção de estritos e demissexuais. Até porque ainda é tudo muito novo, as pessoas ainda estão se descobrindo e se definindo. Todo dia tem gente se descobrindo no espectro assexual, e tentando se definir.

Também vejo muito demissexual, até mesmo fora da comunidade assexual ativa. Mas alguns nem sabem direito o que é demi e só dizem para não serem sexualizados ou porque acham que é "bonito", ou mesmo na moda.

Lklc escreveu:

alguns tem relação outros gostam de falar,ver e ouvir sobre e outros gostam de se masturbar e eu não me identifico com nada disso. Será que tem alguém nessa comunidade/mundo com a mesma visão que eu? Será que é impossível achar alguém assim?

É dificil mesmo. Porque além da compatibilidade sexual, ainda tem outros fatores para manter uma relação. Dificilmente uma pessoa vai se encaixar exclusivamente em um termo. Por isso muitos falam sobre sexo, porque o espectro vai desde o interesse zero até o moderado em termos de sexo.

Em relações de amizade, basta ficar de fora da discussão e falar que não quer conversar sobre isso. Quando for outro assunto você entra na discussão de novo.

Já relacionamento amoroso, acredito que pode ter um "acordo" dentro dos limites de cada um. Se uma pessoa não quiser morrer sozinha, não adianta esperar que somente os outros se adequem a ela, e nem ela ter que se adequar desconfortavelmente aos outros. Mas ambos precisam ter vontade genuína e amor suficiente para combinarem a vida sexual. Se apenas um ceder, é receita para a infelicidade e um futuro rompimento. Essa é a minha visão.

Por exemplo no meu caso. Todos os meus melhores amigos são alossexuais e falam de sexo o tempo todo. Eu fico no meio deles mas não interajo quando estão falando de sexo. Continuo andando com eles e não deixaram de ser meus melhores amigos por isso. Eu só me estresso quando tentam enpurrar alguém para mim, achando que estão me fazendo bem kkk

Já em relação amorosa eu não me considero estrito, e também não sou sex-repulsed. Me considero gray-a pelo fato de sentir atração sexual, mas naturalmente não buscar pelo ato sexual. Consigo viver sem sexo normalmente. E pode ser condicional: se a parceira falar "não quero sexo pro resto da vida", pra mim tudo bem se tiver contatos físicos e carícias. E se falar "vamos combinar nossos limites na cama?", pra mim está ótimo. Mas nunca vou fazer atos sexuais com o mínimo de frequencia de um alossexual. Podem ser casos raros a depender da parceira, porque eu entendo que não tem que ser só do meu jeito, são duas pessoas que precisam encontrar o meio termo confortável para ambos.

Eu consigo me relacionar tanto com uma estrita quanto com demissexual. Mas sei que jamais daria certo com uma pessoa que não gosta de contato físico (beijos, carícias, afeto público etc) e nem com arromanticos.

Lklc escreveu:

Será que é impossível achar alguém assim?
Esse foi meu desabafo, obg por ler até aqui.

Não é impossível, mas é difícil a compatibilidade exata. Não existe relacionamento perfeito. É preciso ter vontade de fazer a coisa dar certo em qualquer tipo de relação.

Muito obrigada pelas respostas.

Bom eu sou assexual romântica e as vezes nem romântica, eu sou sim aversa ao sexo com outra pessoa, porque não sinto atração sexual. No meu caso eu me masturbo, ainda sinto prazer comigo mesma e isso não desqualifica o caso de eu ser assexual. Mas sou restrita ao sexo, já desde umas experiências que eu tive nada boas, e ainda aos 26 anos, sei que tem jovens da minha idade mesmo assexual que não são mais virgens. Eu nessa idade já velhinha ainda sou e ficava me comparando muito mesmo sendo assexual não ter nenhuma experiência. E das vezes que tentei fazer sexo era só pra tá no padrão dessa sociedade que ainda ri das pessoas que não transam, eu mesma sem vontade nenhuma tentei. Uma coisa que aprendi que eu não preciso me sujeitar a fazer algo que vai trazer prazer ao outro e não a mim. Então nem penso nisso de querer a todo custo, sem eu sentir vontade me entregar a quem seja. No mais eu me irrito com músicas que hoje em dia é muito sexual, sendo que eu até escuto umas músicas espanhol que são assim, ou inglês e até consegui escutar, mas algumas brasileiras me irritam bastante.

Me identifico na sua fala. É muito bom te ver reconhecer seus limites e passar a respeitá-los. A sociedade nos cobra demais, e cabe a cada um de nós, nos conhecemos, saber nossas limitações, gostos, nossas formas de prazer que muitas vezes não está relacionada diretamente ao sexo. Musicas com apologia ao sexo também me incomodam bastante. Infelizmente não temos controle sobre isso.

Eu sou assexual arromântico e também restrito

Neto escreveu:

É como Nikols comentou. Assexualidade é um espectro e um termo guarda-chuva, mas quantitativamente é difícil saber a proporção de estritos e demissexuais. Até porque ainda é tudo muito novo, as pessoas ainda estão se descobrindo e se definindo. Todo dia tem gente se descobrindo no espectro assexual, e tentando se definir.

Também vejo muito demissexual, até mesmo fora da comunidade assexual ativa. Mas alguns nem sabem direito o que é demi e só dizem para não serem sexualizados ou porque acham que é "bonito", ou mesmo na moda.

Lklc escreveu:

alguns tem relação outros gostam de falar,ver e ouvir sobre e outros gostam de se masturbar e eu não me identifico com nada disso. Será que tem alguém nessa comunidade/mundo com a mesma visão que eu? Será que é impossível achar alguém assim?

É dificil mesmo. Porque além da compatibilidade sexual, ainda tem outros fatores para manter uma relação. Dificilmente uma pessoa vai se encaixar exclusivamente em um termo. Por isso muitos falam sobre sexo, porque o espectro vai desde o interesse zero até o moderado em termos de sexo.

Em relações de amizade, basta ficar de fora da discussão e falar que não quer conversar sobre isso. Quando for outro assunto você entra na discussão de novo.

Já relacionamento amoroso, acredito que pode ter um "acordo" dentro dos limites de cada um. Se uma pessoa não quiser morrer sozinha, não adianta esperar que somente os outros se adequem a ela, e nem ela ter que se adequar desconfortavelmente aos outros. Mas ambos precisam ter vontade genuína e amor suficiente para combinarem a vida sexual. Se apenas um ceder, é receita para a infelicidade e um futuro rompimento. Essa é a minha visão.

Por exemplo no meu caso. Todos os meus melhores amigos são alossexuais e falam de sexo o tempo todo. Eu fico no meio deles mas não interajo quando estão falando de sexo. Continuo andando com eles e não deixaram de ser meus melhores amigos por isso. Eu só me estresso quando tentam enpurrar alguém para mim, achando que estão me fazendo bem kkk

Já em relação amorosa eu não me considero estrito, e também não sou sex-repulsed. Me considero gray-a pelo fato de sentir atração sexual, mas naturalmente não buscar pelo ato sexual. Consigo viver sem sexo normalmente. E pode ser condicional: se a parceira falar "não quero sexo pro resto da vida", pra mim tudo bem se tiver contatos físicos e carícias. E se falar "vamos combinar nossos limites na cama?", pra mim está ótimo. Mas nunca vou fazer atos sexuais com o mínimo de frequencia de um alossexual. Podem ser casos raros a depender da parceira, porque eu entendo que não tem que ser só do meu jeito, são duas pessoas que precisam encontrar o meio termo confortável para ambos.

Eu consigo me relacionar tanto com uma estrita quanto com demissexual. Mas sei que jamais daria certo com uma pessoa que não gosta de contato físico (beijos, carícias, afeto público etc) e nem com arromanticos.

Lklc escreveu:

Será que é impossível achar alguém assim?
Esse foi meu desabafo, obg por ler até aqui.

Não é impossível, mas é difícil a compatibilidade exata. Não existe relacionamento perfeito. É preciso ter vontade de fazer a coisa dar certo em qualquer tipo de relação.

Também sempre convivi com quem fala sobre sexo normal, o problema começa quando tentam me empurrar pra alguém