Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada pessoas, como vão?
Enfim...
Eu sou arromântica, mas não sei onde me encaixo.
Deixa eu explicar...
Eu nunca, desde minha infância, me apaixonei, nunca tive sequer um crush... Isso sempre me deixou muito mal.
Eu me achava super esquisita, e por um tempo até achei que eu podia ter alguma doença, até que eu conheci um garoto. Vamos chamar o "dito cujo" de M.
O M era um menino que estava na minha panelinha de amizades em 2016, nós não éramos muito próximos, mas nos davamos muito bem. Até que do nada, começamos a nos falar, e quando eu digo que nos falávamos, era todos os dias, ás vezes ficavamos de madrugada conversando por celular, e era muito bom.
Porém depois de um tempo, M disse que gostava de mim, e eu que nunca tinha me apaixonado, fiquei surpresa, até porque era a primeira vez que alguém demonstrava interesse em mim, e por impulso, disse que gostava dele também, apesar de não ser verdade naquele momento.
Depois de algum tempo juntos, eu comecei a "gostar" do M e isso me deixa "encucada" até hoje, já que eu não consigo definir se eu me apaixonei ou não, pois o que eu sentia era muito superficial para ser amor, mas profundo o suficiente para me machucar quando alguma coisa dava errado entre nós dois.
Enfim, isso passou e depois, eu nunca mais senti nada daquilo, nem mesmo algo parecido por um amigo ou desconhecido, até ano passado.
Em 2019, eu estava realmente disposta a descobrir o que eu tinha, então atirei para todos os lados, e tentei com uma garota.
Ela, a qual chamaremos de Evelyn, era minha amiga, mas o que eu senti por ela também não foi amor, comparado ao meu relacionamento com M, era ainda mais superficial, tanto que quando acabou, não fiquei nem um pouco sentida, mas era bom, bom o suficiente para tentar de novo se eu pudesse.

E essas foram as minhas experiências amorosas mais marcantes.
Vou adicionar algumas informações aqui: Amo romance, tanto que ele é o meu segundo gênero de livro favorito, meu sonho sempre foi me apaixonar, quero muito formar um casal com alguém um dia, e uma coisa dos meus relacionamentos é que depois que eles acabavam, era como se nunca tivessem acontecido, menos o primeiro com o M, ele me machucou muito, entrei até mesmo em depressão. Eu já tive vontade de namorar com alguns dos meus ídolos, rolou aquele coração batendo mais forte e tals (mas se acalmem gente, não sou nenhuma louca okay? Já passou).

Alguém sabe onde eu me enxaixo no espectro arromântico?

Sam escreveu:

Se você não tem certeza do que sentia, o termo que melhor lhe descreve atualmente parece ser o da quoirromanticidade. Uma confirmação deve partir de você.

Bom, nesse caso o termo que parece melhor me descrever, parece sim o da quoirromanticidade, mas o que me deixa confusa, é que somente nesse caso isso se encaixaria, já que nos meus outros relacionamentos eu sabia e sei exatamente o que sinto.

Sam escreveu:

Não estou dizendo ser o seu caso (por favor, não entenda errado): você considera a possibilidade de ter uma visão muito idealizada de romance? (...)

Não vou mentir não, eu já tive sim uma visão de romance muito idealizada, mas, foi apenas por um tempo, logo depois minha visão mudou, eu fiquei com muito nojo de quando eu via alguma coisa relacionada a romance, já que na época eu achava isso muito desnecessário, e mantive essa visão até 2018, quando conheci o M, que mudou minha visão novamente.  

Sam escreveu:

(...) Considera que talvez esteja classificando o que teve com o M como superficial porque está comparando com o romance ficcional?

 

Na verdade não, Eu sei que foi superficial porque tudo o que fazíamos juntos não era muito real, era como se nem estivéssemos lá, no mesmo lugar, vivendo a mesma coisa. Quando conversávamos, eu sentia como se eu estivesse fazendo qualquer coisa, não sei explicar direito kkk, mas foi algo assim.

Sam escreveu:

Sua depressão foi diagnosticada e tratada por algum profissional de saúde?
Você tem medo de se entregar a um relacionamento, como fez com o M, pensando que poderia sofrer tudo de novo?

Foi sim! fui a um psicologo e ele tratou e diagnosticou minha depressão, hoje vivo bem melhor .
Não não, eu me entreguei nos meus outros relacionamentos igualmente, mas o que eu sentia por cada um era diferente toda vez, isso me deixa bem confusa.

Sam escreveu:

Independente do termo que vier a adotar, espero que ele tenha mais a função de ferramenta para aprender do que de autodefinição (...)

Eu busco exatamente isso! auto conhecimento é muito importante para mim, e atualmente eu estou muito confusa com o que sinto, acho que adotar um termo que me descreve bem facilitará.
Aliás, com isso, acho que sei o termo que me descreve bem.
A arromanticidade fluida faz muito sentido, e obrigada aos seus questionamentos, graças a eles pude entender melhor o que eu sinto, vlw .

Legal saber que ajudei de alguma forma.
O fórum tá sempre aberto para quando precisar.