Bom, hum, o termo aroace me apareceu muito recentemente — na verdade, praticamente me foi apontado por meus amigos através dos meus relatos. Não estou em busca de um rótulo, mas, sim, de me descobrir. Apesar de que estamos em constante mudança. Constantemente me sinto com defeito...

Nunca fui muito chegada a toques físicos, apesar de fantasiar com base nos romances que leio, e demonstrações de afeto tampouco. Em todos os momentos que já beijei alguém sempre senti um nervoso descomunal, e o ato em si me era muito estranho. Hoje em dia eu dispenso me submeter a isso novamente.

Relacionamentos nunca foram meu forte, mesmo comigo idealizando uma relação "perfeita", então, quando alguém se declarava eu meio que me "transformava" — falo isso mediante a forma como me sinto, digo, nesses momentos nada se passava pela minha cabeça. Eu não sentia absolutamente nada, mas dava uma chance torcendo para essa pessoa fosse capaz de me despertar algo. Só que depois de uns dias eu começava a me sentir mal e tinha crises de choro. Me sentia sufocada. Apenas senti algo como o amor romântico realmente duas vezes: ambas virtualmente. Na vida real nunca consegui tal feito.

Tudo o que li a respeito tem me trago tantas dúvidas... acho que só quero uma resposta para aliviar essa sensação incomoda no peito. Posso estar totalmente enganada, mas realmente me identifiquei com a parte cinza.

Olá! Você pode estar na área cinza, em algum espectro Ace, mas também pode ter autismo. O ideal é procurar se auto conhecer. A adolescência é um período que muita coisa pode acontecer e você acaba vivendo muita coisa. Não se limite a rótulos, mas viva sem se auto abusar se colocando em situações que não gostaria. As respostas vêm com o tempo, com muita reflexão e às vezes com ajuda profissional.

Lara escreveu:

Olá! Você pode estar na área cinza, em algum espectro Ace, mas também pode ter autismo. O ideal é procurar se auto conhecer. A adolescência é um período que muita coisa pode acontecer e você acaba vivendo muita coisa. Não se limite a rótulos, mas viva sem se auto abusar se colocando em situações que não gostaria. As respostas vêm com o tempo, com muita reflexão e às vezes com ajuda profissional.

Ah, uma coisa que percebo ter sido bem... resumido. Na parte em que me refiro a me relacionar fisicamente é algo que não só me é estranho como também minha vontade é baixa. Claro que tenho grandes curiosidades e penso em um dia experimentar, mas nas oportunidades que tive para por em prática percebia essa vontade já não existia mais. Ter um toque que não o meu próprio na prática não me é tão interessante quanto é na minha mente. É estranho por isso em palavras agora...mas é assim que é comigo. Ah! Obrigada pela resposta.

Lily escreveu:

Ah, uma coisa que percebo ter sido bem... resumido. Na parte em que me refiro a me relacionar fisicamente é algo que não só me é estranho como também minha vontade é baixa. Claro que tenho grandes curiosidades e penso em um dia experimentar, mas nas oportunidades que tive para por em prática percebia essa vontade já não existia mais. Ter um toque que não o meu próprio na prática não me é tão interessante quanto é na minha mente. É estranho por isso em palavras agora...mas é assim que é comigo. Ah! Obrigada pela resposta.

Oii, Lily !!! Tudo bom?
Eu tive uma experiência recente com toque físico vindo do sexo oposto, um bem besta, na mão e nas costas, mas que me esquivei como se fosse automático. O toque em si foi sentido como um choque e isso me deixou desconfortável. A retirada foi inconsciente. Isso também acontece com você?
Outra pergunta, é tranquilo quando você começa algum toque ou quando uma criança/alguém muito próximo tenta de abraçar? Para mim é.
Acho que esse é o primeiro passo para saber se é uma hipersensibilidade sensitiva ou algo mais relacionada a sexualidade.

PumpkinCake escreveu:

Lily escreveu:

Ah, uma coisa que percebo ter sido bem... resumido. Na parte em que me refiro a me relacionar fisicamente é algo que não só me é estranho como também minha vontade é baixa. Claro que tenho grandes curiosidades e penso em um dia experimentar, mas nas oportunidades que tive para por em prática percebia essa vontade já não existia mais. Ter um toque que não o meu próprio na prática não me é tão interessante quanto é na minha mente. É estranho por isso em palavras agora...mas é assim que é comigo. Ah! Obrigada pela resposta.

Oii, Lily !!! Tudo bom?
Eu tive uma experiência recente com toque físico vindo do sexo oposto, um bem besta, na mão e nas costas, mas que me esquivei como se fosse automático. O toque em si foi sentido como um choque e isso me deixou desconfortável. A retirada foi inconsciente. Isso também acontece com você?
Outra pergunta, é tranquilo quando você começa algum toque ou quando uma criança/alguém muito próximo tenta de abraçar? Para mim é.
Acho que esse é o primeiro passo para saber se é uma hipersensibilidade sensitiva ou algo mais relacionada a sexualidade.

Geralmente eu evito abraços porque não gosto muito, não me deixa desconfortável, grudar alguém em mim, na verdade, apenas me aborrece. A questão é que toque mais íntimos...como eu explico que tentei tem nem uma hora algo como toques íntimos e não senti nada? Não senti vontade. Não senti nada. Um grande vácuo e eu me sinto mais vazia que nunca me questionando o por que de eu não ter sentido...eu fingi gostar... fisicamente eu senti o frio no estômago, mas nada além disso.

Lily, eu tenho dificuldade até em receber massagem, fico muito, muito tenso, que dirá em receber abraços. Não que isto não seja possível, desde que eu namore um bom tempo e adquira bastante intimidante. Mas, sexo, nem pensar.

Zé Eduardo3 escreveu:

Lily, eu tenho dificuldade até em receber massagem, fico muito, muito tenso, que dirá em receber abraços. Não que isto não seja possível, desde que eu namore um bom tempo  e adquira bastante intimidante. Mas, sexo, nem pensar.

Muitos autistas também tem essas reações ao toque e só aceitam de quem tem muita intimidade. Por isso, é importante ao máximo se conhecer, analisar, conversar com outros Aces, autistas ou não e, até profissionais, se você se sentir à vontade.