Sinceramente, eu não sei o que sou, mais...
Eu estou muito perdida e confusa e ainda na fase de aceitação (que tá um tanto complicadinha).
Sei lá, eu sinto como se tivesse que comprovar alguma coisa. Será que preciso beijar alguém? Transar? Preciso ir pra puta-que-o-pariu descobrir respostas?

Toda vez que chego perto da minha ex, por mais que nós já tenhamos nos acostumado, eu nem ligo mais de ter terminado, me sinto muito mal. Mal por saber que eu irei gostar de pessoas como ela, sexuais (e talvez alguns ninfomaníacos, iguais a ela), e que eu não terei fôlego, coragem e estômago sequer para beijar. Tenho pavor de ficar sozinha, sou a carência em pessoa, e me apego muito fácil às pessoas que me correspondem, chegando a criar até mesmo um forte vínculo emocional e espiritual.
Eu não preciso beijar a pessoa pra me sentir bem, esse apego já é o suficiente para mim, mas e a pessoa?
Tudo bem, sei e concordo plenamente que "a pessoa deverá entender, se realmente me ama", mas é estranho. Eu estarei oprimindo a pessoa, de certo modo. Complicado seria se a pessoa fosse monogâmica (sou monogâmica, mas aceito relações abertas), porque iria ficar completamente restrita de seus prazeres.
Mas tirando isso, que é menos importante para mim no momento, eu realmente ainda não consegui "desvendar os meus mistérios" e chegar à uma "Eureka!", e eu não faço a mínima ideia de como me descobrir.

Pensar em tudo isso tá acabando comigo!
A adolescência é fase de descobrimento e auto-aceitação, e preciso de ajuda. Não sei com quem contar, já que todos meus amigos ou são ninfomaníacos, ou nem sabiam o que era assexualidade, ou então acham que assexualidade não existe.
Can you all help me, please?

Cada um tem suas experiências, mas comigo não tem sido traumático assumir a assexualidade. Minha ficha demorou para cair, mas desde então tudo está tão mais fácil de levar. Vivi um bom tempo pensando que as pessoas com quem me relacionei não eram as "pessoas certas" para mim, mas que eventualmente uma hora alguém apareceria. Em alguns momentos me desesperei e fiz coisas que me renderam um bom arrependimento, mas que serviram para a construção do que sou hoje. Essa época era tão confusa pra mim. Sou assim como você, me apego bem fácil. E uma relação de amizade para mim já é o suficiente. Porém em algum momento na jornada eu entendi que se eu não fosse feliz por mim mesma, sozinha, ninguém traria essa felicidade permanente, ninguém é obrigado a ser pilar de felicidade para ninguém. Já me relacionei com alguns rapazes, mas não para provar algo a alguém, queria mesmo era provar para mim que uma hora seria bom. Fui pelo caminho errado, claro, estava confusa. Hoje consigo ver que pura e simplesmente não havia entendido os sinais. Resolvi tirar um tempo para mim e, assim, a ficha caiu.

Tenho amigas sexualmente ativas, e esse tipo de assunto sempre me constrangeu. Antes eu apenas permanecia em silêncio, hoje eu tenho a confiança em dizer "não me sinto confortável falando sobre isso" porque hoje, se elas perguntarem a razão, eu saberei dizer, saberei explicar.

Minhas dicas talvez seriam para que 1) você tente ouvir os sinais que seu corpo dá, que sua mente dá. Tente descobrir do gosta e do que não gosta. Às vezes as pessoas nem cobram tanto de nós, muitas vezes somos nós que queremos tanto fazer parte, encaixar, que deixamos de nos ouvir. Daí quando a ficha cai, tudo pra gente muda, mas muitos não notarão diferença alguma. 2) Não se force a nada querendo agradar a outra pessoa. Não vá pela cabeça dos amigos, nem hoje, nem nunca. A gente nunca sabe em qual esquina esses amigos deixarão de sê-lo. 3) Todos temos direito a privacidade, e ser amigo não quer dizer que você deva revelar seu íntimo se não o quiser. Você pode conseguir se abrir com sinceridade para eles, ou pode simplesmente dizer que está desconfortável com o rumo da conversa, se for confrontada. Dizer "não" é ótimo, tente. 4) Descubra o que te faz ser feliz por si mesma, o que te faz ter vontade de estar sozinha, e o que você gostaria de estar fazendo sozinha. Explore essas alternativas ao máximo. Se policie ao conhecer pessoas para não entregar de si além daquilo que a pessoa está disposta a segurar, aprenda a ler as pessoas. Você é propriedade de você mesma, você não deve a ninguém além do que você tenha interesse em oferecer, crie sua defesa, seja sua melhor advogada. Se ame como você é.

Luanna escreveu:

Cada um tem suas experiências, mas comigo não tem sido traumático assumir a assexualidade. Minha ficha demorou para cair, mas desde então tudo está tão mais fácil de levar. Vivi um bom tempo pensando que as pessoas com quem me relacionei não eram as "pessoas certas" para mim, mas que eventualmente uma hora alguém apareceria. Em alguns momentos me desesperei e fiz coisas que me renderam um bom arrependimento, mas que serviram para a construção do que sou hoje. Essa época era tão confusa pra mim. Sou assim como você, me apego bem fácil. E uma relação de amizade para mim já é o suficiente. Porém em algum momento na jornada eu entendi que se eu não fosse feliz por mim mesma, sozinha, ninguém traria essa felicidade permanente, ninguém é obrigado a ser pilar de felicidade para ninguém. Já me relacionei com alguns rapazes, mas não para provar algo a alguém, queria mesmo era provar para mim que uma hora seria bom. Fui pelo caminho errado, claro, estava confusa. Hoje consigo ver que pura e simplesmente não havia entendido os sinais. Resolvi tirar um tempo para mim e, assim, a ficha caiu.

Tenho amigas sexualmente ativas, e esse tipo de assunto sempre me constrangeu. Antes eu apenas permanecia em silêncio, hoje eu tenho a confiança em dizer "não me sinto confortável falando sobre isso" porque hoje, se elas perguntarem a razão, eu saberei dizer, saberei explicar.

Minhas dicas talvez seriam para que 1) você tente ouvir os sinais que seu corpo dá, que sua mente dá. Tente descobrir do gosta e do que não gosta. Às vezes as pessoas nem cobram tanto de nós, muitas vezes somos nós que queremos tanto fazer parte, encaixar, que deixamos de nos ouvir. Daí quando a ficha cai, tudo pra gente muda, mas muitos não notarão diferença alguma. 2) Não se force a nada querendo agradar a outra pessoa. Não vá pela cabeça dos amigos, nem hoje, nem nunca. A gente nunca sabe em qual esquina esses amigos deixarão de sê-lo. 3) Todos temos direito a privacidade, e ser amigo não quer dizer que você deva revelar seu íntimo se não o quiser. Você pode conseguir se abrir com sinceridade para eles, ou pode simplesmente dizer que está desconfortável com o rumo da conversa, se for confrontada. Dizer "não" é ótimo, tente. 4) Descubra o que te faz ser feliz por si mesma, o que te faz ter vontade de estar sozinha, e o que você gostaria de estar fazendo sozinha. Explore essas alternativas ao máximo. Se policie ao conhecer pessoas para não entregar de si além daquilo que a pessoa está disposta a segurar, aprenda a ler as pessoas. Você é propriedade de você mesma, você não deve a ninguém além do que você tenha interesse em oferecer, crie sua defesa, seja sua melhor advogada. Se ame como você é.

Você tem razão, obrigada por seus conselhos. Vou tentar ser feliz sozinha, primeiro!~ :flower:

Também estou em fase de auto-descoberta e olha que já estou com 25 anos e o fato de ser extremamente tímida so piora tudo. Confesso que esta situação me incomodou durante muito tempo principalmente pelo fato de que a maioria das meninas que estudaram comigo sempre foram precoces em termos de relacionamento e hoje a maioria ate já tem filhos e eu sequer tenho alguém. Hoje, tento não entrar nessas neuras e isso já não me incomoda tanto porque comecei a perceber que o que me incomodava era o fato de não fazer parte de um padrão seguido pela maioria e não necessariamente o fato de não ter ninguém. Enfim, ainda estou em um processo de aceitação mas acredito que já evolui bastante.

Fuyu~ escreveu:

Sinceramente, eu não sei o que sou, mais...
Eu estou muito perdida e confusa e ainda na fase de aceitação (que tá um tanto complicadinha).

Não se preocupe tanto com classificações... estas servem apenas para orientar. Mais importante é aprender mais sobre si mesma e se aceitar bem assim.

Fuyu~ escreveu:

Sei lá, eu sinto como se tivesse que comprovar alguma coisa. Será que preciso beijar alguém? Transar?

Vc não precisa provar nada a ninguém. Se um dia sentir vontade, beije, transe... caso contrário, não faça nada disso. Afinal a vida é sua, e não dos outros.

Fuyu~ escreveu:

Preciso ir pra puta-que-o-pariu descobrir respostas?

Não, porque elas estão dentro de vc.

Fuyu~ escreveu:

Toda vez que chego perto da minha ex, por mais que nós já tenhamos nos acostumado, eu nem ligo mais de ter terminado, me sinto muito mal. Mal por saber que eu irei gostar de pessoas como ela, sexuais (e talvez alguns ninfomaníacos, iguais a ela), e que eu não terei fôlego, coragem e estômago sequer para beijar.

Bom... sexuais são a imensa maioria da população, então terá que aprender a lidar com isso. E poderá procurar um(a) companheiro(a) assexual... quem sabe até mesmo por intermédio deste site (A2) venha a conhecer alguém.

Fuyu~ escreveu:

Tenho pavor de ficar sozinha, sou a carência em pessoa, e me apego muito fácil às pessoas que me correspondem, chegando a criar até mesmo um forte vínculo emocional e espiritual.

Não condicione a sua felicidade à companhia de alguém. Como bem disse a Luanna, procure descobrir coisas que vc gosta de fazer sozinha, o que a faz feliz por si mesma.

Fuyu~ escreveu:

Eu não preciso beijar a pessoa pra me sentir bem, esse apego já é o suficiente para mim, mas e a pessoa?
Tudo bem, sei e concordo plenamente que "a pessoa deverá entender, se realmente me ama", mas é estranho.
Eu estarei oprimindo a pessoa, de certo modo. Complicado seria se a pessoa fosse monogâmica (sou monogâmica, mas aceito relações abertas), porque iria ficar completamente restrita de seus prazeres.

Um relacionamento entre assexual e sexual é bastante complicado. Uma alternativa é o relacionamento aberto, porém nem todo mundo aceita essa ideia.
Ideal é vc procurar quem seja compatível com vc, e a (as)sexualidade é uma característica importante (embora isso não signifique que, necessariamente, vc se dará bem com qualquer assexual).

Fuyu~ escreveu:

Mas tirando isso, que é menos importante para mim no momento, eu realmente ainda não consegui "desvendar os meus mistérios" e chegar à uma "Eureka!", e eu não faço a mínima ideia de como me descobrir.
Pensar em tudo isso tá acabando comigo!

Não sei quais os mistérios que vc ainda busca desvendar, mas no que for possível ajudar, pode criar tópicos no fórum ou mandar mensagens privadas...

Fuyu~ escreveu:

A adolescência é fase de descobrimento e auto-aceitação, e preciso de ajuda. Não sei com quem contar, já que todos meus amigos ou são ninfomaníacos, ou nem sabiam o que era assexualidade, ou então acham que assexualidade não existe.
Can you all help me, please?

Maybe you need new friendships...
You can teach who wants to learn (about assexuality) and ingnore who ridicules you.

É Fuyu, a vida não é tão fácil quanto parece não é mesmo? Minha mãe sempre diz que "a vida é fácil, nós que complicamos", me identifico contigo na dificuldade que tens tido para se aceitar (dificuldade GIGANTESCA por sinal) sempre tive dificuldade em me aceitar porque sou diferente dos demais da cabeça aos pés e quero me encaixar a qualquer custo, ja fiz diversas merdas por conta disso, so não me encaixo em relação ao fácil relacionamento, não consigo me apaixonar por ninguém, nunca, como isso é difícil pra mim. Mas enfim, quero que saiba que não esta sozinho e nem nunca estará, embora longe estamos contigo, forte abraço

Romântico escreveu:

Fuyu~ escreveu:

Sinceramente, eu não sei o que sou, mais...
Eu estou muito perdida e confusa e ainda na fase de aceitação (que tá um tanto complicadinha).

Não se preocupe tanto com classificações... estas servem apenas para orientar. Mais importante é aprender mais sobre si mesma e se aceitar bem assim.

Fuyu~ escreveu:

Sei lá, eu sinto como se tivesse que comprovar alguma coisa. Será que preciso beijar alguém? Transar?

Vc não precisa provar nada a ninguém. Se um dia sentir vontade, beije, transe... caso contrário, não faça nada disso. Afinal a vida é sua, e não dos outros.

Fuyu~ escreveu:

Preciso ir pra puta-que-o-pariu descobrir respostas?

Não, porque elas estão dentro de vc.

Fuyu~ escreveu:

Toda vez que chego perto da minha ex, por mais que nós já tenhamos nos acostumado, eu nem ligo mais de ter terminado, me sinto muito mal. Mal por saber que eu irei gostar de pessoas como ela, sexuais (e talvez alguns ninfomaníacos, iguais a ela), e que eu não terei fôlego, coragem e estômago sequer para beijar.

Bom... sexuais são a imensa maioria da população, então terá que aprender a lidar com isso. E poderá procurar um(a) companheiro(a) assexual... quem sabe até mesmo por intermédio deste site (A2) venha a conhecer alguém.

Fuyu~ escreveu:

Tenho pavor de ficar sozinha, sou a carência em pessoa, e me apego muito fácil às pessoas que me correspondem, chegando a criar até mesmo um forte vínculo emocional e espiritual.

Não condicione a sua felicidade à companhia de alguém. Como bem disse a Luanna, procure descobrir coisas que vc gosta de fazer sozinha, o que a faz feliz por si mesma.

Fuyu~ escreveu:

Eu não preciso beijar a pessoa pra me sentir bem, esse apego já é o suficiente para mim, mas e a pessoa?
Tudo bem, sei e concordo plenamente que "a pessoa deverá entender, se realmente me ama", mas é estranho.
Eu estarei oprimindo a pessoa, de certo modo. Complicado seria se a pessoa fosse monogâmica (sou monogâmica, mas aceito relações abertas), porque iria ficar completamente restrita de seus prazeres.

Um relacionamento entre assexual e sexual é bastante complicado. Uma alternativa é o relacionamento aberto, porém nem todo mundo aceita essa ideia.
Ideal é vc procurar quem seja compatível com vc, e a (as)sexualidade é uma característica importante (embora isso não signifique que, necessariamente, vc se dará bem com qualquer assexual).

Fuyu~ escreveu:

Mas tirando isso, que é menos importante para mim no momento, eu realmente ainda não consegui "desvendar os meus mistérios" e chegar à uma "Eureka!", e eu não faço a mínima ideia de como me descobrir.
Pensar em tudo isso tá acabando comigo!

Não sei quais os mistérios que vc ainda busca desvendar, mas no que for possível ajudar, pode criar tópicos no fórum ou mandar mensagens privadas...

Fuyu~ escreveu:

A adolescência é fase de descobrimento e auto-aceitação, e preciso de ajuda. Não sei com quem contar, já que todos meus amigos ou são ninfomaníacos, ou nem sabiam o que era assexualidade, ou então acham que assexualidade não existe.
Can you all help me, please?

Maybe you need new friendships...
You can teach who wants to learn (about assexuality) and ingnore who ridicules you.

Muito obrigada pelos seus conselhos, foram muito úteis ^^ (e de cair a ficha)

Douglas C. escreveu:

É Fuyu, a vida não é tão fácil quanto parece não é mesmo? Minha mãe sempre diz que "a vida é fácil, nós que complicamos", me identifico contigo na dificuldade que tens tido para se aceitar (dificuldade GIGANTESCA por sinal) sempre tive dificuldade em me aceitar porque sou diferente dos demais da cabeça aos pés e quero me encaixar a qualquer custo, ja fiz diversas merdas por conta disso, so não me encaixo em relação ao fácil relacionamento, não consigo me apaixonar por ninguém, nunca, como isso é difícil pra mim. Mas enfim, quero que saiba que não esta sozinho e nem nunca estará, embora longe estamos contigo, forte abraço

Obrigada~
Força pra tu também conseguir se aceitar e um abraço de urso \o/

Fuyu~ escreveu:

Muito obrigada pelos seus conselhos, foram muito úteis ^^ (e de cair a ficha)

Que bom! Não tem de que!
Precisando é só chamar...