Larissa escreveu:

Manter amizades eu acho complicado tbm, fazer novas então nem se fala. Acho que tive uma amizade descompromissada  de fato, na minha infância, dessas que problemas são irrelevantes. De lá pra cá acabei me aproximando mais de algumas pessoas no tempo de escola e faculdade, mas nunca de uma maneira completa, eu sempre criava uma barreira como proteção. Desta época me sobraram poucos com quem tenho contato, a amiga que considero mais próxima mora em outro Estado e ainda conversamos eventualmente pq ela insiste. Sempre acho que estou incomodando quando procuro as pessoas, e se elas somem bate uma paranoia e já acho que a culpa foi minha que fiz ou falei algo errado.

Eu me identifico bastante com isso. Das minhas únicas 5 amizades atuais, apenas duas são pessoas geograficamente próximas. Tenho amizade com uma amiga de Sergipe desde 2007, um amigo de Minas desde 2009, uma garota com quem estudei no ensino médio entre 2010 e 2011, uma pessoa com quem fiz curso pré-vestibular em 2012 e um rapaz chileno que conheci pelo Tumblr e depois pelo Last.fm em 2013.

Em vários momentos eu já parei de falar com essas pessoas e retomei contato, por achar que minha presença na vida delas não fazia mais sentido e vice-versa. Ainda tenho meus momentos de achar que eu devo ficar totalmente sozinho e dane-se, mas penso que isso talvez fosse me fazer muito pior.

Larissa escreveu:

Desculpa, comentei seus comentarios pq me identifiquei muito.

Tem que se desculpar de nada Larissa! Fórum serve justamente pra compartilhar experiências Sinta-se livre pra comentar o que quiser.

neverland escreveu:

É o que comentei acima, gosto das redes sociais pra expressar opiniões, mas a troca de mensagens é mesmo bem seletiva e rápida. Meu WhatsApp, por exemplo, fiz para manter contato com meus familiares, que são pessoas que conheço duma vida toda então é algo que flui legal, mas manter uma conversa com amigo por muito tempo é difícil.
Tenho pânico de falar em público. Dei aulas em uma escola de inglês por dois meses e foi a treva. Dormia e comia muito mal por causa dessa sensação de estar em frente a várias pessoas.

Uso o facebook pra manter contato com pessoas próximas, nisso facilita, mas ficar lá o dia inteiro é algo que nunca consegui.

Entendo como se sentiu pelas aulas. Não chego a ter pânico de falar em público, mas não gosto mesmo. Se há algo que sempre detestei quando fiz faculdade são os famosos seminários. Não só não gostava de falar como muitas vezes percebia preguiça do professor de dar aula e daí colocava os alunos pra falar, o que rendia é claro um aprendizado de menor qualidade. Sempre preferi provas e trabalhos escritos.

Blair the Loveless escreveu:

Tem que se desculpar de nada Larissa! Fórum serve justamente pra compartilhar experiências Sinta-se livre pra comentar o que quiser.

Quanto ao que vc disse a respeito de sumir da vida das pessoas, eu penso nisso tbm, de não conseguir ser a amiga que essas pessoas que restaram tentando ser meus amigos merecem, aí eu acho que é melhor não fazer parte da vida delas, mas passa um tempo e me faz falta. Mas direto tenho pensamentos do tipo: Se eu morresse hj ninguém sentiria falta. Ah, e obrigada pelas palavras, isso de pedir desculpas é quase automático....rsrs..eu disse que sou meio paranoica e isso inclui achar que estou sempre incomodando

A-ninha escreveu:

Também tenho essa dificuldade de sair com os amigos ou até com a familia. Não gosto de badalação e isso sempre é questionado pelos meus amigos " Mas você não vai de novo?", "Você tem que sair de casa", "Você só pensa em trabalho/estudar", "Você precisa conhecer gente nova"... Odeio esse tipo de questionamento mas não é algo que consiga evitar.
Das vezes que vou a festas (mesmo que da familia) eu me sinto mal, não sei explicar mas aquela animação com musica alta, badalação e bebida não é pra mim. é como se a minha energia fosse se extinguindo com o passar do tempo ( faz sentido para vocês? ), em meia hora a minha vontade é ir para casa rs.
Não tenho dificuldade de falar com as pessoas, de ter amigos, mas é dificil querer sair por exemplo com a turminha do ensino médio em que todas estão casadas/namorando/com filhos os papos são outros e não temos muita coisa em comum ... é bem chato, mas é o que acaba acontecendo, mesmo que a amizade se mantenha é difícil manter vínculos em comum.

Realmente esses questionamentos são muito chatos. Me sinto hiper deslocada quando resolvo sair com os amigos ou ir em festas de familiares. Tudo isso faz parte de uma realidade que não é a minha e quando me vejo de certa forma "forçada" a participar, eu me sinto muito mal. O lance às vezes é interpretar e tentar seguir...

Compartilho de quase tudo que fora dito no tópico.

Realmente, não nego que talvez a criação tenha uma grande influência nisso, mas não sei ao certo quão grande ela é, quais exatos outros fatores podem ou não definir esse maior ou menor grau de introversão.

E realmente, para quem é assexual/arromantico, sobra muito pouco o que falar, visto que a maioria só fala sobre tais temas. Antes falassem (mais) sobre comida, ainda dá para discutir um pouco mais e quem sabe discutir receitas e locais interessantes para ir. Mas noto que as pessoas não gostam de profundidade como um todo, até para discutir trivialidades como crimes, noticiário, ou o que for, não se sentem confortáveis ao jogar mais teorias e racionalizar o assunto (ainda que emocionalmente racionalizado).

E nem ouse falar que você não faz tais atividades, é taxado de homossexual, estranho, et, o que for. É sempre complicado conseguir a aprovação (de alheios), ainda que parcial-ínfima, do seu grupo de amigos ou colegas para te aceitar assim. E realmente, amizades distantes são as mais simples de manter, até porque, quando você não está com paciência para com a pessoa, basta fechar a aba do navegador, falar que vai dormir ou que vai fazer outra coisa. O nível de satisfação requerida é praticamente nulo, garantindo uma liberdade muito maior (síndrome de Elsa asusahuas)

Mas enfim, sim tenho dificuldades de manter amizades, muito também está atribuído a eu particularmente não ver tantos eventos na minha vida que sejam dignos/divertidos de compartilhar e dar mais valor a conversas construtivas, discutindo ideias e tópicos de forma didática/expositiva, sem medos e sem restrições éticas, sem taboos. O que é muito raro de alguém aceitar. Claro que tenho meus Hobbies, e gosto de falar com outros sobre eles, mas até esses tendem a ser relativamente restritos e complicados de achar tantos outros que queiram falar disso, além de ser um assunto que se exaure relativamente fácil, não vejo como manter uma amizade de longa data baseada apenas nisso. E se for mantida, certamente não será aprofundada "só por isso".


Sim... socializar é complicado. Complicado por uma incompatibilidade elevada com praticamente todos. E uma falta de vontade inapta minha de corrigir tal incompatibilidade, falta de vontade tal que eu sinto até orgulho de tê-la. Ainda mais ao tanto escutar o que os outros tem a dizer e quão eles se decepcionam com tais temas.

Wokgran X escreveu:

E realmente, para quem é assexual/arromantico, sobra muito pouco o que falar, visto que a maioria só fala sobre tais temas. Antes falassem (mais) sobre comida, ainda dá para discutir um pouco mais e quem sabe discutir receitas e locais interessantes para ir.
Mas noto que as pessoas não gostam de profundidade como um todo, até para discutir trivialidades como crimes, noticiário, ou o que for, não se sentem confortáveis ao jogar mais teorias e racionalizar o assunto (ainda que emocionalmente racionalizado).

Não me leve a mal Wokgran, de forma alguma quero invalidar tuas experiências pessoais no que diz respeito a conexões interpessoais, mas se TUDO o que seus amigos allosexuais falarem perto de você for sobre sexo/romance, você então está andando com as pessoas erradas. Não é como se o gosto por sexo ou propensão a romance fossem emburrecedores que isentam as pessoas de suas capacidades de raciocínio e conigção ou as tornam tão aficionadas de sexo/relacionamentos que o simples ato de conversar com elas sobre outros assuntos torna-se uma missão impossível. Aliás, inúmeras pessoas com quem já interagi na vida, extremamente versadas sobre uma pletora de assuntos distintos, eram allosexuais/allorromânticas.

Há muito do que se falar com pessoas, Wokgran. Se elas só sabem te abordar pra falar de sexo e relacionamentos e isso te incomoda, dê um basta e procure outros, com todo o respeito.

Wokgran X escreveu:

Complicado por uma incompatibilidade elevada com praticamente todos. E uma falta de vontade inapta minha de corrigir tal incompatibilidade, falta de vontade tal que eu sinto até orgulho de tê-la. Ainda mais ao tanto escutar o que os outros tem a dizer e quão eles se decepcionam com tais temas.

Qual seria exatamente o orgulho que você tanto exalta Wokgran? Aquele de criar uma barreira entre si e outras pessoas, não por dificuldades afetivas/emocionais, timidez ou simplesmente incompatibilidade de interesses, mas sim por uma presunçosa crença numa suposta superioridade intelectual sua para com os demais 'reles mortais'? Caso a resposta pra essa pergunta seja afirmativa, eu realmente lhe aconselharia a desconstruir isso pelo seu próprio bem.

Lembre-se de que há uma distinção entre conquistar auto-amor e auto-respeito, dessa forma protegendo-se de ataques alheios, e internalizar sentimentos de soberba para com os demais por conta de coisas aparentemente superficiais.

Blair the Loveless escreveu:

Não me leve a mal Wokgran, de forma alguma quero invalidar tuas experiências pessoais no que diz respeito a conexões interpessoais, mas se TUDO o que seus amigos allosexuais falarem perto de você for sobre sexo/romance, você então está andando com as pessoas erradas. Não é como se o gosto por sexo ou propensão a romance fossem emburrecedores que isentam as pessoas de suas capacidades de raciocínio e conigção ou as tornam tão aficionadas de sexo/relacionamentos que o simples ato de conversar com elas sobre outros assuntos torna-se uma missão impossível. Aliás, inúmeras pessoas com quem já interagi na vida, extremamente versadas sobre uma pletora de assuntos distintos, eram allosexuais/allorromânticas.

Há muito do que se falar com pessoas, Wokgran. Se elas só sabem te abordar pra falar de sexo e relacionamentos e isso te incomoda, dê um basta e procure outros, com todo o respeito.

Segundo minha experiência, esse tipo de assunto se dá pelo fato das pessoas gostarem de conversar sobre eventos da vida de maneira geral e superficial. Eu particularmente não gosto da superficialidade em si, mas ainda assim, é fácil notar que a maior parte das conversas (usuais) vai começar ou rodear entre temas de relacionamentos de forma generalizada hora que isso é algo tão central na vida das pessoas. Pode ocorrer do tema ser outro, hobbies (dos quais dificilmente batem com os que tenho) ou noticiário comum (política, crises, assaltos, etc). O último eu adoraria ter uma conversa mais aprofundada, com argumentos dos dois lados, debates construtivos, levantamento de hipóteses e cenários (gosto de fazer isso com praticamente qualquer tema), mas noto certa indisposição das pessoas para tal tipo de linha de argumentação. Vejo muito que tirando seletos amigos que tenho online, as pessoas que me cercam na vida real normalmente não querem ir além do raso (existem exceções). E, para ficar no raso, é muito cômodo apenas ficar citando o que ocorre na vida pessoal delas, o que quase sempre cai em relacionamentos amorosos (ou familiares, ou comentários sexuais dos quais eu preferiria não escutar... mas enfim).

E não é que isso faça parte da minha "roda de amigos escolhidos", digo isso quanto as pessoas comuns que nos cercam, seja família estendida, colegas de trabalho ou classe, pessoas de maneira geral que por algum motivo você convive e não tem como dar um "chega pra lá" justo sem se queimar naquele devido ambiente. Mas certamente tal tipo de conversa, ainda quando se foca muito em qual o nível de experiência que cada um tem com relacionamentos e troca estrita de fatos pessoais se torna até excludente para aqueles que não os praticam. Quantas vezes já escutei pessoal do trabalho falando que "homem mesmo não deixa de fazer tal coisa" ou até chefe fazendo inúmeras piadas sexuais que beiram o nojento e querendo aprovação por minha parte... Enfim. Isso causam problemas de conexão invariavelmente. Fecham a porta inicial para tais pessoas.

Blair the Loveless escreveu:

Qual seria exatamente o orgulho que você tanto exalta Wokgran? Aquele de criar uma barreira entre si e outras pessoas, não por dificuldades afetivas/emocionais, timidez ou simplesmente incompatibilidade de interesses, mas sim por uma presunçosa crença numa suposta superioridade intelectual sua para com os demais 'reles mortais'? Caso a resposta pra essa pergunta seja afirmativa, eu realmente lhe aconselharia a desconstruir isso pelo seu próprio bem.

Lembre-se de que há uma distinção entre conquistar auto-amor e auto-respeito, dessa forma protegendo-se de ataques alheios, e internalizar sentimentos de soberba para com os demais por conta de coisas aparentemente superficiais.

Orgulho pois muitas vezes quando coloco na balança todos os fatores, dados pelos que contam, romance não parece lhes fazer sequer bem. Posso/devo/espero estar errado, mas sei que existem muitos casos onde isso é verdade e a pessoa força o romance/sexo/filhos mais por dogma social do que por vontade própria (e parte do problema mora em querer falar isso e não poder, pois é socialmente inadequado). Sempre gosto de lembrar do antigo programa televisivo "Linha Direta" nesses momentos, onde boa parte dos casos eram causados por problemas que nasceram em relacionamentos, dentre brigas/traição/gravidez e outros.

Não acho que ser assexual/arromântico seja sinônimo de ser superior intelectualmente. Mas julgo que há um interesse por parte de muitos de se manter ignorante sobre os assuntos como um todo, incluindo o próprio romance/sexualidade, talvez por comodidade, talvez por medo? E acabo sim por julgar sobretudo aqueles que tem todas as ferramentas a mão e insistem em não racionalizar tais assuntos, inferiores intelectualmente. Não vejo exatamente qual seria a falha lógica nesse caso, hora que intelecto em tese está ligado a aplicação dos seus conhecimentos e exercício de reconhecer e aprender com os próprios erros e problemas. (Mas o que vejo são pessoas sem o menor interesse de racionalizar e usando emoção como justificativa áurea para ignorar qualquer linha argumentativa, hora que a emoção deveria estar integrada na racionalização em si... Não adianta planejar algo sem considerar o aspecto emocional da mesma forma que não adianta sair se guiando cegamente por emoções sem o menor planejamento lógico)

Logo, o orgulho seria referente a não fazer parte de um grupo que se conecta única e meramente intermédio de assuntos sem profundidade e sem aplicação alguma de raciocínio (e.g. Bar) no que tange quase todos os assuntos possíveis. Acho isso chato e de certa forma de menor mérito do que o oposto. Mas sempre dei mais valor à racionalização do que aos sentimentos e emoções como um todo, confesso.

Se quiser um exemplo simples e rápido:
"O que vocês fizeram no fim de semana, foi bom?"
Respostas reais possíveis minhas:
-> Joguei videogame (visto de forma negativa socialmente - má conexão)
-> Assisti anime (idem anterior)
-> Escutei músicas japonesas (má conexão por desconhecimento e desinteresse de quem pergunta)
-> Passei lendo forums sobre tema (x) estudando como funciona (y) (idem anterior, com exceções raras)
-> Mesmo de sempre, nada demais. (Usual neutro - também impede conexão, mas não repele)

Respostas dos outros:
-> Fez (x) com namorad(@) [Apenas posso comentar com base em conhecimento terceiro ou fictício]
-> Fez (x) com a família [Baixo interesse por minha parte, com raras exceções]
-> Fez algo relacionado a hobbies, incluindo viagens [Baixo interesse por minha parte, com raras exceções]
-> Leu livro/Viu novela/Música (x) [Comumente vai falar sobre os aspectos românticos da obra, sendo um tanto quanto desinteressante]
-> *Resposta genérica similar a minha* [neutro]

E normalmente é óbvio que se nota a indisposição ao tentar se aprofundar em algum tema ou ponto citado na conversa. Se torna complicado ainda mais quando se quer abrir o caso e mostrar que a regra simplista enunciada não se aplica. Por exemplo (caso real):
Outr@: "Fulano foi um canalha, não deve ser homem, foi convidado para viajar com a garota e não fez NADA?! É absurdo demais isso!"
Eu: - "Nem sempre há intenções da pessoa de querer algo mais, e muitas vezes isso não é deixado claro antes da viagem"
Outr@: "Ah vah... Os dois estavam sozinhos em um hotel juntos, era óbvio. Homem que é homem não deixaria essa oportunidade passar, solteiro ainda!"
"..."

--
Opções possíveis de resposta defensiva (especialmente perigosas pois haviam outros allos masculinos presentes concordando com a argumentação contra o cara que em tese não fez nada na viagem):
-> "Ser homem e ter libido alta ou aceitar qualquer convite sexual são coisas distintas" (seria negado pelas pessoas presentes, e iria me herdar pontos negativos)
-> "Não se sabe o que passou na mente dele, pode não ter ficado claro ou ele não tinha interesse" (Foi o que eu usei, mesmo assim negado e rebatido com o "homem que é homem...")
-> *qualquer outro argumento genético* (Iria ser utilizado novamente o estereótipo de "homem sexual caçador")
-> *qualquer outro argumento que tente explicar que o estereótipo é falso* (Faltariam exemplos além de mim, que caso me citasse só pioraria a minha situação naquele grupo hora que eu era o único a discordar, não entenderiam como "é possível um hétero deixar passar" e sim "você tem tendências coloridas".)

Um pouco... Entretanto, só posso falar da perspectiva de alguém que não é assex, mas é arro. Sendo eu arromântica, o meu pensamento é de que não existe essa pessoa que eu vou poder falar sobre tudo com el@. Eu não sou amiga das pessoas esperando que elas compreendam todos os aspectos da minha personalidade.

Eu tenho quatro amigos que eu considero próximos, e chegou-se à um "acordo": eu não falo com eles sobre o meu desinteresse em namorar/ficar/etc, e eles não falam comigo sobre o interesse deles. Apenas isso. Do mesmo modo que a minha vida é mais do que quem eu estou ficando, até porque nunca fiquei com ninguém, a vida deles também é, e a gente se relaciona com esse algo a mais. Escola, problemas de saúde, família, amigos, etc. Sim, não é aquela coisa próxima de ser gêmeos siameses, mas também não me sinto solitária. Existem pessoas aí fora que não falam só de sexo/namoro, mesmo sendo românticas e sexuais. Eu acho que ajuda o fato de que todo mundo que me conhece mais ou menos sabe que eu sou "antissocial" e não sou chegada nessas coisas, então quem se torna meu amigo já vai sabendo que existem certos limites.

A minha dificuldade maior é de me relacionar com caras. Eu não tenho nenhum problema em ficar abraçado, beijar no rosto, etc, meus amig@s, mas os caras sempre vão achar que existe algo a mais, e por isso eu tenho que me prender e não me aproximar demais com medo de que eles vão entender errado a situação e eu ter que cortar o mal pela raiz.

Sim, é impossível não se sentir deixada de fora em alguns aspectos, apesar de ter amizades boas, mas... Fazer o quê. Vou para a terapia, tendo ser bem honesta sobre quem sou para todo mundo, e vou levando.

Depende do meu humor. No geral eu me relaciono bem com as pessoas depois de uns minutos, dependendo da abertura social que a pessoa dá. Mas tenho sérios problemas pra sair de casa para coisas não obrigatorias

Me chamam de "legal" por minha facilidade de deixar as pessoas à vontade e de "chata" porque dico em casa.
Por isso tenho mais amigos de internet do que pessoalmente. Eu acho mais pratico e divertido amizade com homens, mas vc chega numa certa idade em que nao se pode ser amistosa demais com um cara sem que ele ou alguem entenda errado. Daí a amizade acaba

+_

Anne - Pr escreveu:

Tenho muita dificuldade. Eu sou a pessoa que fica no cantinho, tenho vontade de me socializar , mas tenho vergonha. Eu tento muitas vezes me incluir, mas os assuntos não me atrai e as companhias muitas vezes também , não . Eu fico pensando: - o que eu estou fazem aqui?

Sou meio assim também. Isso é uma das causas da minha depressão. Desde pequeno sempre fui o estranho no ninho. Nunca consegui participar direito das brincadeiras, nunca fiz amizades facilmente. As vezes conheço pessoas legais e não consigo me aproximar delas. Mas a maior parte do tempo as pessoas não me interessam muito. Me acostumei a ser "o cara estranho sentado no canto sozinho".

Ando com muita preguiça das pessoas, parece que todos hoje conversam fazendo propaganda de si mesmo e de seus feitos

Dificuldade em socializar?
Se o ambiente, as pessoas, os assuntos, não me agradam, tendo a me isolar.
Mas quando não há as condições supra mencionadas, costumo me enturmar mais fácil.

Eu já sofri um pouco de fobia social e também era extremamente introvertida que me fazia isolar. Mas fui buscando ajuda e hoje tenho menos dificuldade. Apesar de que quando vejo que não me identifico com um grupo, ambiente ou situação também me isolo. Qdo estou com pessoas estranhas, também fico mais isolada, mas com o tempo fico social.