Bom dia comunidade! Estes dias em off, surgiu em minha cabeças vários questionamentos em relação a assexualidade e as relações familiares, até hoje tenho dificuldade (e explicar) em falar alguns familiares que sou assexual (pois se eu explicar dentro do debate que fazemos aqui, já não entende o que assexualidade, [imagine as outras variações de assexualidade, gente me corrija se eu estiver usando conceito de maneira errada, ok? Tô aqui para aprender também]. Mesmo sendo uma mulher de 22 anos, (acho que sou) resolvida com minha sexualidade, fico chateada com a pressão desgraçada de "ter um namorado", um dia talvez, mas é chato o tempo tudo você questionado, "há isso é coisa de sua cabeça" (sic), "há é por que o deus vai trazer a pessoa certa" (não envolva deus, nisso, pessoa certa, que droga), lalalalalala, já horrível a questão do machismo, sexismo, patriarcado, em pregar a força que a mulher deve ser castra e homem quase um boi de reprodução, o "tigrão', e ao mesmo tempo ambos em determinado momento serem ativos, é um p8t4 m8rd4 de repressão e sexualização que as vezes nós que temos um pouco de crítica fica bem confuso (pelo menos no meu caso), é difícil ... Ultimamente tenho evitado ir a churrasco de família, por conta das perguntas indelicadas, "nesta idade sem um namorado, provalvemente você ainda não fez', 'ainda não beijou ninguém", "vai casar quando?", poxa vai ficar pra titia' (sic, sic, sic) (grande maioria não sabe que sou assex), tento desviar o assunto falando de outras coisas (é dificil), é uma invasão de privacidade, que até a fome passa, por que disso? As pessoas não podem serem que são em paz ... Desculpe pessoal, foi um desabafo que queria de algum modo compartilhar. Ah, aproveitando o momento, agradeço a recepção que tive aqui no fórum, obrigadoo de coração mesmo. É isso, um e até breve .

Dúvida de experiência: Olá pessoal, eu de novo rsrsrs, gostaria de compartilhar uma experiência que ainda estou com pouco de dúvidas. Faz quase um mês, todos dias no mesmo horário de sempre, depois passar o dia todo na universidade, voltava para casa e sempre via um cara (mais experiente), de vez ou outra eu via ele no ônibus, ele estuda em um IF perto da minha casa, mas antes eu o achava bonito e tal mais não passava de eu olhar para ele e só, com tempo depois dois semanas, ele me encontrou no terminal de ônibus e me ofereceu carona, bem eu aceitei, pois, eu vinha investigando a vida dele, e descobri que também fazia curso na mesma universidade que eu estudo e trabalho. Enfim, primeiro encontro conversamos bastante, me deixou em casa. Passou uma semana, nos viam no almoço de longe e só, na sexta, cansada do trabalho, segui a rotina de sempre, no meio do caminho, parece ele, conversamos um pouco e decidimos ir ao um sarau que estava acontecendo no horário que eu saiam da uni, enfim discutimos sobre tudo, falei sobre minha assexualidade, e por um momento (eu estranhei para um allo), não falar nada, estava interessado em continuar a conversar comigo, (tava muito bom para ser verdade, um allo não quer sexo, vou testar ele), formos comer um lanche, e ele me convidou para casa dele, deixei claro que não queria nada de intimo com ele, ele aceitou (tava muito bom para ser vddd), chegamos, conversamos sobre a vida de cada um, conheci a casa dele, passei noite (fiquei com muito medo, mas ele não fez nada comigo), ficamos abraçados e de mãos dadas e com muita luta, consegui beijar (não me arrependo, eu quis, foi um pouco libertador), pela manhã ele fez café para eu tomar e logo em seguida me deixou em casa, foi boa a experiência por um lado, mas fico me questionado do sumiço dele, demorou quase um mês para me conectar e cara some, ás vezes me questiono se o que fiz de ter indo na casa dele foi apropriado, se o que ele queria de fato era sexo mesmo, como ele percebeu que não iam mesmo rolar, preferiu não dá mais noticia, não sei, confesso que tento ser 'forte' em lidar com isso "Ah Ana foi casual, isso estava previsto (minha cabeça)", mais percebi que eu estabeleci uma conexão, enfim queria um conselho para lidar com esta conexão rompida. (ÀS VEZES VEM A VOZ DA MINHA MÃE DIZENDO: FOI LIVRAMENTO GAROTA (RSRSRS). Obrigada!    

_ana.plutão-18 escreveu:

Dúvida de experiência: Olá pessoal, eu de novo rsrsrs, gostaria de compartilhar uma experiência que ainda estou com pouco de dúvidas. Faz quase um mês, todos dias no mesmo horário de sempre, depois passar o dia todo na universidade, voltava para casa e sempre via um cara (mais experiente), de vez ou outra eu via ele no ônibus, ele estuda em um IF perto da minha casa, mas antes eu o achava bonito e tal mais não passava de eu olhar para ele e só, com tempo depois dois semanas, ele me encontrou no terminal de ônibus e me ofereceu carona, bem eu aceitei, pois, eu vinha investigando a vida dele, e descobri que também fazia curso na mesma universidade que eu estudo e trabalho. Enfim, primeiro encontro conversamos bastante, me deixou em casa. Passou uma semana, nos viam no almoço de longe e só, na sexta, cansada do trabalho, segui a rotina de sempre, no meio do caminho, parece ele, conversamos um pouco e decidimos ir ao um sarau que estava acontecendo no horário que eu saiam da uni, enfim discutimos sobre tudo, falei sobre minha assexualidade, e por um momento (eu estranhei para um allo), não falar nada, estava interessado em continuar a conversar comigo, (tava muito bom para ser verdade, um allo não quer sexo, vou testar ele), formos comer um lanche, e ele me convidou para casa dele, deixei claro que não queria nada de intimo com ele, ele aceitou (tava muito bom para ser vddd), chegamos, conversamos sobre a vida de cada um, conheci a casa dele, passei noite (fiquei com muito medo, mas ele não fez nada comigo), ficamos abraçados e de mãos dadas e com muita luta, consegui beijar (não me arrependo, eu quis, foi um pouco libertador), pela manhã ele fez café para eu tomar e logo em seguida me deixou em casa, foi boa a experiência por um lado, mas fico me questionado do sumiço dele, demorou quase um mês para me conectar e cara some, ás vezes me questiono se o que fiz de ter indo na casa dele foi apropriado, se o que ele queria de fato era sexo mesmo, como ele percebeu que não iam mesmo rolar, preferiu não dá mais noticia, não sei, confesso que tento ser 'forte' em lidar com isso "Ah Ana foi casual, isso estava previsto (minha cabeça)", mais percebi que eu estabeleci uma conexão, enfim queria um conselho para lidar com esta conexão rompida. (ÀS VEZES VEM A VOZ DA MINHA MÃE DIZENDO: FOI LIVRAMENTO GAROTA (RSRSRS). Obrigada!    

Olá! Citei essa parte mas vou comentar as duas!

1. A pressão é horrível mesmo. É bem difícil. Para mim somente parou qnd consegui uns namorados aces. Durou pouco tempo, mas já foi o suficiente para não ter mais problemas. Nunca falei nada para minha família, não acho necessário. E sei que a reação será, você já foi ao médico? Precisa se tratar...

Então, eu fico quieta já que não quero esse desconforto. Mas tem gente que gosta de falar e já ouvir tudo de vez e acabar com o sofrimento. Aí cabe cada um analisar o que é melhor, se fala ou não a família.

2. Sobre o cara, ele sumiu porque queria sexo. Mesmo se você tivesse transado com ele, ele sumiria. Simples assim. Mas você ainda é nova, vai ter outras experiências e o que eu digo talvez não faça tanto sentido agora. Mas com o tempo perceberá que 99% dos caras são só legais porque querem sexo.

Olha, eu procuro não contar pra ninguém da minha família. Acho que isso diz respeito somente a mim não acho que seja relevante pra eles saberem disso. Qdo me questionam pq não tenho ninguém, respondo que apenas não quero e que não dou certo com ninguém.

Sobre o cara, repito o que a Lara disse e é uma coisa que eu aprendi com o tempo: transando ou não, a maioria dos homens vão sumir.
Eu pensava muito assim: puts fulano sumiu pq não transei ou pq falei que era virgem, por isso não consigo ter nada com ninguém e realmente esse pode ser o motivo. Por outro lado, reparo que minhas amigas que fazem sexo também levam sumiço, então é isso.
Assim, vida que segue, foca em outras coisas, assuntos. Ficar sem "resposta" é horrivel, ainda mais qdo a gente gosta do momento mas pode ter certeza que não vai ser o único cara com que você vai sentir algo diferente

Obrigada meninas, depoimentos e falas incríveis. Obrigada por me entenderem.

Fiquei um dia pensado nisso, ai depois eu disse para mim mesma "Foda-se ele, eu tenho mais que fazer, cada uma dona Ana", é isso vou vivendo dia após outro e me conhecendo melhor.

_ana.plutão-18 escreveu:

  Bom dia comunidade! Estes dias em off, surgiu em minha cabeças vários questionamentos em relação a assexualidade e as relações familiares, até hoje tenho dificuldade (e explicar) em falar alguns familiares que sou assexual (pois se eu explicar dentro do debate que fazemos aqui, já não entende o que assexualidade, [imagine as outras variações de assexualidade, gente me corrija se eu estiver usando conceito de maneira errada, ok? Tô aqui para aprender também]. Mesmo sendo uma mulher de 22 anos, (acho que sou) resolvida com minha sexualidade, fico chateada com a pressão desgraçada de "ter um namorado", um dia talvez, mas é chato o tempo tudo você questionado, "há isso é coisa de sua cabeça" (sic), "há é por que o deus vai trazer a pessoa certa" (não envolva deus, nisso, pessoa certa, que droga), lalalalalala, já horrível a questão do machismo, sexismo, patriarcado, em pregar a força que a mulher deve ser castra e homem quase um boi de reprodução, o "tigrão', e ao mesmo tempo ambos em determinado momento serem ativos, é um p8t4 m8rd4 de repressão e sexualização que as vezes nós que temos um pouco de crítica fica bem confuso (pelo menos no meu caso), é difícil ... Ultimamente tenho evitado ir a churrasco de família, por conta das perguntas indelicadas, "há você ainda não fez', 'ainda não beijou ninguém, poxa vai ficar pra titia' (sic, sic, sic), é uma invasão de privacidade, que até a fome passa, por que disso? As pessoas não podem serem que são em paz ... Desculpe pessoal, foi um desabafo que queria de algum modo compartilhar. Ah, aproveitando o momento, agradeço a recepção que tive aqui no fórum, obrigadoo de coração mesmo. É isso, um e até breve .

Olá, Até agora, poucas pessoas sabem sobre minha orientação, ou sobre o que descubro sobre mim, pois nem eu tenho certeza de nada. Por diversos motivos, iniciei a terapia a cerca de um ano, nunca foi por questão de sexualidade, mas em algum momento, que não me recordo, começamos a falar nas seções sobre relacionamentos, percebi que o fato de não sentir atração sexual acabou me afastando de muitas pessoas, amigos, família, e por ai vai. Quando mais novo sempre fui muito festeiro, sempre fui muito de sair com amigos a qualquer hora e para qualquer lugar.

Tive diversas experiências com relacionamentos, porém chegou num ponto que acabei me vendo numa situação de ser sempre o cara sozinho dos roles, e por diversas vezes fui citado por amigos pelo fato de sempre estar "desacompanhado", tanto vindo de héteros ou homosexuais. Então para evitar algumas situações de "cobranças" sobre meus relacionamentos, comecei a evitar de sair, no máximo uma janta, com duas ou 3 pessoas mais próximas, onde a possibilidade de ser questionado por estar sozinho, por estar solteiro, por não apresentar ninguém, fosse menor.

Perante a família eu uso uma história, que é balela, mas que eles "aceitam". Lá por 2013 foi quando apresentei minha última namorada, onde ela foi "interrogada" pelas minhas irmãs e ficou muito nervosa, acabou cravando as unhas na minha perna, e poucas semanas depois o relacionamento desandou, então eu conto a histórinha de que prometi nunca mais apresentar ninguém pra família. E me escondo atrás disso toda vez que me questionando sobre "e as namoradinhas".

Eu ainda tento descobrir o que fazer, pois talvez eu esteja me privando de muitas coisas por algo que é mais normal do que eu sempre imaginei.

A pressão realmente é uma constante na nossa vida. Tenho cobranças da minha mãe, da minha família, amigos graças a Deus que não. Na verdade, me assumi tem pouco tempo pros mais próximos e eles ficaram tipo "ah tá, conte uma novidade de verdade"  Pra completar, sou evangélica, e na igreja é onde as cobranças são piores. Então, pra geral, eu não digo que é porque sou assexual (muito menos que sou arromântica) pra evitar os comentários do tipo "ah falta a pessoa certa" e afins. Eu digo que minha prioridade é os meus estudos e carreira profissional e que não tenho pressa em casar, têm funcionado haha. Pros meus amigos que tô aos poucos me revelando.

Sobre o rapaz, é amiga... Ele queria mesmo sexo. Tive uma situação bem parecida com a sua, a diferença que o cara era meu amigo já de algum tempo e na época eu não falei que era ace (eu nem sabia que era, na verdade), ele tentou, tentou, mas não conseguiu. E daí ele sumiu por anos, anos mesmo... Com o tempo, vc vai aprendendo a ler os comportamentos de quando a pessoa tá interessada só em transar com vc ou algo mais sério. Hoje em dia eu nem chego a verbalizar nada, os caras se aproximam, vem aos pouquinhos criando intimidade, e eu levo na esportiva. Pelo toque vc percebe a intenção. Se não to interessada, eu simplesmente não retribuo, finjo demência, a maioria se toca, e vida que segue

acedorameira escreveu:

A pressão realmente é uma constante na nossa vida. Tenho cobranças da minha mãe, da minha família, amigos graças a Deus que não. Na verdade, me assumi tem pouco tempo pros mais próximos e eles ficaram tipo "ah tá, conte uma novidade de verdade"  Pra completar, sou evangélica, e na igreja é onde as cobranças são piores. Então, pra geral, eu não digo que é porque sou assexual (muito menos que sou arromântica) pra evitar os comentários do tipo "ah falta a pessoa certa" e afins. Eu digo que minha prioridade é os meus estudos e carreira profissional e que não tenho pressa em casar, têm funcionado haha. Pros meus amigos que tô aos poucos me revelando.

Sobre o rapaz, é amiga... Ele queria mesmo sexo. Tive uma situação bem parecida com a sua, a diferença que o cara era meu amigo já de algum tempo e na época eu não falei que era ace (eu nem sabia que era, na verdade), ele tentou, tentou, mas não conseguiu. E daí ele sumiu por anos, anos mesmo... Com o tempo, vc vai aprendendo a ler os comportamentos de quando a pessoa tá interessada só em transar com vc ou algo mais sério. Hoje em dia eu nem chego a verbalizar nada, os caras se aproximam, vem aos pouquinhos criando intimidade, e eu levo na esportiva. Pelo toque vc percebe a intenção. Se não to interessada, eu simplesmente não retribuo, finjo demência, a maioria se toca, e vida que segue

Adorei a parte de fingir demência, ler comportamentos sociais masculinos não é meu forte, mas posso desenvolver. Muito interessante seu depoimento.