Criei este tópico para perguntar uma coisa a vocês, garelinha

Só por curiosidade... Até que ponto você critica a sua moral e faz sua ética diferente das de todos?

Por exemplo...
Sabemos que devemos dar lugar a um idoso no ônibus caso ele não tenha onde sentar... Isto é a moral (e lei - quando o assento é reservado a ele)

Entretanto eu discordo muitíssimo. Há uma semana vi um jovem sentado no ônibus que se recusava a dar lugar a um idoso. Fui lá e disse "Correto" ao rapaz e disse "Bem feito" ao idoso e cedi meu lugar a ele, mas não pelos motivos da moral, mas pelo motivo que o idoso pode se machucar ficando em pé, sem contar que não entendo o porque de reservar lugar aos idosos, para mim todos são reservados a eles.

Depois o idoso, para revidar meu "Bem feito" disse: "Essa geração... Vou te falar..."
Claro que eu não podia deixar quieto, disse: "Esta geração foi criada pela tua." Ele calou-se.

E ae? O quanto você critica, de verdade, a sua moral e faz ela ser uma ética de verdade em vez de uma "Ética-Moral", aquela que você sente ser obrigado a fazer.


Obs. Este ainda não é o tópico polêmico que o Walter passou para me avisar que há tempos n fazia xD

Não tenho certeza rsrsrs o assunto me deixa confuso
Mas tem algumas coisas que tem que vir por nossa elucidação,e não por ser imposto pela sociedade.Tipo,repensar o que é posto e formar uma opinião.
Não sei como me expressar,mas costumo reagir mal a imposições machistas que querem ditar a coisa certa.Tipo "homem que é homem...",todo mundo pode concordar e achar lindo,mas eu discordo,não estou obrigado a ter certos comportamentos só por causa do formato de meu corpo.

(leo,vc realmente me confundiu kkkk n sei se oq escrevi tem a ver com o tema)

Ai, cara, sei lá ._.' Tenho um certo respeito pelos velhinhos e fico angustiado se eu não cedo meu lugar ou outras pessoas não cedem. Não sei se é bem isso, mas acho que na minha cabeça é tipo "poxa, o cara já carregou 60 anos de vida nas costas, se estressou, trabalhou, alegrou, chorou, amou, encheu-se de histórias pra contar, quer dizer, já está na idade do merecido descanso com todo o conforto possível", sabe? E gastou toda a energia que tinha pra se mover, raciocinar, falar etc. Enquanto que na gente que é jovem é tranquilo, pois a máquina continua funcionando direitinho. Mas chegaremos lá um dia...

Não sei se entendi a pergunta, mas não fico questionando muito essa coisa de fazer o que eu acho que é certo ou o que os outros dizem que é. Só tento ser educado, pelo menos até perceber que estão abusando :P

Eu no onibus penso duas vezes antes de dar lugar para alguem.
Penso no fato de eu sendo homem ter a "obrigação" de dar o lugar para mulher. Mas ao mesmo tempo penso que não acredito nisso e faço questão de não dar o lugar, só de birra.
Para velhinhas ofereço, elas recusam sempre, dai pergunto mais uma vez e se elas não aceitarem na segunda vez, volto pro lugar.
Tem velhinha que faz vc implorar pra ela que você quer dar o lugar. É ridículo.
Eu dou 2 chances. Se disser que não é não, não pode reclamar tmbm.

Eu não dou lugar pra ninguém, mas costumo sempre ceder lugar só pra gente 'idosa' e gestante e pra mim é uma questão de respeito (acho que moral se encaixa mais nesse caso e não ética).

Já rolou de idoso se sentir ofendido quando se oferece lugar, então não me presto tanto, só quando percebo que a pessoa realmente não pode dar conta de si de verdade. E gestante é tipo, porra, é gestante! mas pra mulher eu não cedo o lugar (mesmo eu sendo lido como homem cis embora eu não seja), nunca por questão de cavalherismo, claro.

Aliás, cavalherismo é algo muito discutível.

Noto o seguinte: vejo muita gente querendo seguir o lema do politicamente correto, mas que acaba aplicando completamente o inverso. Querem achar o que é melhor para os outros sem verem como estes se sentem, querem julgar o que deve ser feito ou não pelos outros, seguindo os padrões de certo e errado que criam em suas mentes. Mas não vêm que a vida em sociedade tem muitos lados, muitas opiniões; sejam iguais, opostas, incertas, divididas, confusas ou compartilhadas.

Mas isso também implica na vida em cidadania, com direitos e deveres... E isso é que pega! Porque quaisquer ações que sejam um pouquinho mais altruístas são agora vistas como normas, deveres, obrigações; sentidos e noções do comportamento social "adequado" e que deve ser seguido sem contestação. Mas convenhamos... bondade, solidariedade e respeito são realmente coisas que deveriam ser cobradas para que tivéssemos? É realmente necessário tantas regras para coisas que já deveríamos entender? Ou será que sem elas, nosso mundo estaria bem... (pior)? :S

Um exemplo bem claro de uma coisa que eu acho bem -ridícula- é a multa que criaram pra quem joga lixo no chão.
Dá a ideia de que atualmente as coisas que não são assimiladas precisam que sejam tomadas medidas de repreensão para que sejam seguidas. Vê só que absurdo, cara.

Pelo lado de quem age diretamente jogando lixo no chão, por exemplo... acho uma falta de consideração com o profissional e também com a pessoa, quer dizer, com AS pessoaS, até consigo mesmo.
Sendo que não são pontos isolados, todos se conectam!
Garis trabalham duro mesmo sem receberem materiais que sejam totalmente propícios para aquelas tarefas, com riscos (qualé, eles ficam pendurados em caminhões), sem salários altos e sem mesmo terem uma profissão valorizada. Trabalham e cuidam da limpeza de qualquer lugar que seja e vem um lá do nada passeando pela rua e pensa "vou jogar, ninguém tá vendo", ou nem mesmo pensa, já joga por hábito.
As pessoas que trabalham e moram em suas casas, não querem acordar com as ruas inundadas e alagadas quando chove um pouco além do normal, e isso não se dá pela falta de serviço dos garis e sim por pessoas que não jogam lixo no lugar próprio.
E esses cidadãos? Falo desses que jogam lixo no chão e reclamam que o trabalho do gari não foi feito. Que reclamam que o Brasil não vai pra frente. Eles estariam reclamando dos seus próprios defeitos? Se culpando, porém fingindo serem os bonzinhos? Não dá né!?
Mas outra coisa nisso tudo é na criação dessa multa. Seria multando, proibindo ou tornando um monstro a atitude incorreta; para que essas parem de ser realizadas? Ok, ok, ok. Podem até diminuir, mas pra mim não é assim que as coisas deveriam funcionar, apenas.

E sobre ceder lugar no ônibus, ajudar uma pessoa com suas compras ou qualquer uma dessas atividades simples, penso que podem ser feitas sem que ninguém precise lembrar que está sendo feita por coação ou qualquer forçação de barra do que a pessoa TEM QUE CUMPRIR, do que ela TEM QUE SER, TEM QUE FAZER, TEM QUE AGIR, TEM QUEEE. E sim, porque essa pessoa percebe, sente, ou se toca que o que está fazendo PODE SER para benefício do outro. E que PODE tornar o dia dele mais feliz, importante ou especial

Mesmo assim, também depende das condições. Se a pessoa não quer fazer algo, ela deve ter o direito de não querer fazer algo. E não é um conjunto de ideais e dedos sendo apontados que devem mudar ela. Porque ela também tem o direito de ter uma moral ativa, e não ser levada e impulsionada por todas as questões e sensos que os outros dizem ser "melhores". Se ela não quer, ela não quer.

E o lance mais interessante nessa história toda é a grande quantidade de concordâncias e discordâncias que podem haver nesse assunto. E que nada precisa estar certo ou errado porque são opiniões, visões de mundo. Taí, achei maneiro.



._. (escrevi demais, cruzes rs)

Pra mim moral e ética são coisas distintas. Moral seria local, varia de cultura pra cultura. Ética seria universal. A primeira vai ser conivente com um grupo específico de pessoas, portanto sempre vai aparecer como maior desculpa para atrocidades como as Cruzadas, Inquisição, etc. já a segunda estaria ligada com um senso inato de compaixão nosso ou mesmo um desejo utópico de ordem.   

Exemplo: Seria imoral você socorrer alguém peladão mas seria ético o fato de você estar socorrendo essa pessoa.   

Sim, Kavernista, assim como é imoral você socorrer uma mulher que está sendo morta por seu marido, ou pai, em um país que aceita isso (e vejamos que não são poucos). Mas não diria que a ética é "universal". Ela muda em regiões e tempos: uma pessoa falar sobre sexo na frente de crianças há cem anos atrás seria considerado antiético, mas se ela fizer o mesmo hoje nem será tanto antiético, mais tarde pode ser considerado até ético.

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Esse negócio de multa ao jogar lixo na rua... Não consigo entender como o pessoal consegue jogar lixo na rua, se eu fizesse isso sentiria muita vergonha de mim, não, não entendo como conseguem... Mas só por pirraça, também kk, acho que adoraria jogar uns papeizinhos agora, ridículo.

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Sobre ceder lugar no ônibus quis dizer sobre eu não concordar com o motivo que deram de ceder lugar. O idoso é uma pessoa normal, até onde sei, entretanto ele tem problemas físicos que o impedem de ficar em pé e por isso pode ser perigoso, esse é o motivo de ceder ou não o lugar... Eu lá quero saber que devo respeitar alguém que sequer conheço só pela idade? Para! Primeiro eu quero saber o que o ser fez quando era jovem, ele ajudou a construir como a sociedade? Isso me importa. Se não tiver a resposta, vou tratar com respeito como respeito todos, pode ser um idoso ou uma criança, mas terá que ter um motivo muito racional para eu fazer uma coisa ou não, e aí que me orgulho de não limitar minhas ações somente ao idoso.

Agora direi sobre a minha ética sobre doar cabelos...

Muitos já viram campanhas que pedem cabelos e tudo mais... Mostram fotos de pessoas com câncer e crianças (ah! as crianças! essas não podem faltar na foto!). Os bancos de cabelos são bem apelativos.

Eu não concordo com doar cabelos. Primeiro porque a estratégia usada na recuperação da auto estima do paciente que por algum motivo perdeu os cabelos não é a mais correta. Você não está o ajudando se for pedir cabelos a ele, você só vai piorar as coisas e acaba incentivando a indústria de perucas e produtos para cabelos a lucrar cada vez mais. Segundo que nem vai ajudar se doar cabelos seus. O paciente sabe que aquilo é uma peruca, não ajuda na auto estima da pessoa porque ela queria os cabelos antigos dela, só evita que ela sinta vergonha em público ao sair à rua.

Dar peruca a quem perdeu os cabelos é, para mim, como você dar pirulito a uma criança que fica chorando por birra no supermercado, em vez de repreendê-lo e mostrar a ele os motivos de tudo que acontece a sua volta. O Mito da Beleza mais uma vez mostra seu poder. O cabelo não é essencial à sobrevivência humana, mas é considerado como se fosse. Pergunto: como o homem careca "sofre" menos ao aceitar sua calvície e decide raspar toda a cabeça? Por que ele sofre menos? O Mito da Beleza explica. E se você usasse estratégias de explicar às pessoas que perdem cabelo por algum motivo os mitos que existem na sociedade sem dúvida elas sofreriam menos ou nada. Quando você tem conhecimento você sofre menos na parte de não se sentir igual a todos (ótimo exemplo somos nós, assexuais! Descobrimos pessoas como nós, discutimos sobre o tema e por discutir esses temas entendemos as coisas e por isso sofremos menos ou nada sofremos perante a sociedade, ou estou errado?)

Parece até ironia eu criticar o Mito da Beleza e dizer isso, mas vamos lá, pense o que quiser que não irei querer te questionar porque estou com sono: Hoje meu cabelo tem o comprimento um pouco maior que uma caneta, quero deixá-lo com 60 cm... Ok, um dia irei enjoar, claro, aí aproveitarei e experimentarei a sensação de ser completamente careca. Eu vou pegar o meu cabelo e jogarei, então, no lixo? Claro que não, e nem guardarei (eca!). Doarei sim a algum banco de cabelos, mas por motivos de saber que há pessoas cabeças-duras que sequer conseguiriam entender a sociedade ou entender a si mesmo.

Muitos podem não concordar com o que digo, mas para tudo que faço tem um motivo e eu questionei antes de sair repetindo ações sem ter questionado elas primeiro.

Bem.... Sim, eu reflito muito sobre os valores morais e procuro aprimorá-los.

Desculpe, mas discordo com sua postura de falar: "Correto" para o jovem e "Bem-feito" para o idoso. Você não sabe porque o jovem não deu lugar para o idoso. Como pode aprová-lo? E por que o idoso é culpado do comportamento do jovem? Como e com base em quê vc o condena? Ele é culpado de ter ficado velho? A geração dele é realmente outra. Você conhece os valores éticos que norteiam a vida de ambos?   

O lugar reservado aos idosos existe porque não se pode ficar esperando pelo bom senso de todos. Os idosos têm necessidades especiais. Geralmente têm uma saúde mais frágil, pouca ou nenhuma resistência muscular, perda óssea importante, etc. É justo que se crie leis para protegê-los. E isso independe se foram bons ou maus quando eram jovens. Há muito se foi - ou deveria ter ido - a lei do "olho por olho e dente por dente". Agora, se você está sentado em outro lugar do ônibus e vê um idoso em pé e decide não lhe dar lugar,  certamente há uma falha na construção da sua moral. Não há comportamento ilegal de sua parte pq a lei não  o obriga a fazê-lo, mas existe um senso moral comum do que é bom e respeitoso. Vc pode não ter esse senso ou desprezá-lo.

Portanto, moral nada tem a ver com a lei. Uma prática pode ser imoral e ser legal. A ética é ainda mais particular e é construída através da reflexão sobre as leis morais. Uma prática pode ser ética e imoral ( Ser ético não é ser moralista). Certamente é obrigação do Estado criar normas para regular o convívio em sociedade. Contudo, há uma outra lei, a interna, que ao meu ver é mais importante do que as leis sociais. Só que a moral varia muito de acordo com a região, de país para país. E dentro de um país, a educação que se recebe influencia sobremaneira o estabelecimento da moral. Criar seres pensantes é um desafio em todo lugar do mundo, independente da cultura. Por exemplo, o Japão valoriza por demais os idosos - e isso se aprende de berço. Na China, as mulheres são consideradas uma subclasse, e isso se aprende de berço. Então quer dizer que nem tudo que se aprende "de berço" deve ser absorvido? Mas como uma pessoa vai contestar ou aprimorar os paradigmas educacionais/sociais? Como ela vai aprimorar a moral e construir valores éticos? É necessário que ela conheça outras culturas, viaje, leia, estude. E assim estabeleça uma base ética sólida. Assim ela reafirmará e fortalecerá os ensinamentos iniciais recebidos, ou os contestará.

Naturalmente, há  também um senso-comum mundial. Em qualquer lugar do mundo que vc for, estuprar uma mulher não é visto com bons olhos - ainda que em alguns países seja uma prática legal. Mas esse comportamento sempre vai chocar o restante do mundo. Por quê? Porque há uma base moral absoluta em cada um de nós.  Não em todos, mas na maioria certamente. É esse senso que deve ser aprimorado, enriquecido, fortalecido. Tem-se aí o desenvolvimento de um ser ético.

Agora, se eu falo de Brasil.....aí é complicado. Porque aqui há um empobrecimento dos valores morais. Um país que não dá a mínima para educação, lazer e saúde, quer que o povo respeite os idosos e não jogue lixo no chão? Um país em que se faz apologia da nudez feminina, da mulher objeto, quer que o homem seja gentil? Quem faz as leis é o mais corrupto. Aí se espera que a honestidade seja valorizada? Infelizmente, somos o país do jeitinho, do esculacho, da lei do mais esperto, do egoísmo, do dane-se o próximo, da mulher-objeto, do machismo, do bandido-herói, etc, etc, etc. Há que se estudar muito, viajar, enriquecer-se com valores culturais e sociais de outros países, procurar o aprimoramento individual (não só profissional!) e com o exemplo tentar influenciar um pouco as pessoas que não têm a mesma oportunidade.

É que eu tinha esquecido de comentar que o comportamento de uma geração só pode ter sido influenciada pela geração anterior. Se uma pessoa faz isso, significa que ela, de algum modo ou motivo, aprendeu aquela ação. Mas claro que eu estava generalizando e realmente não devia ter dito Correto nem Bem feito, mas o certo também não estaria muito longe disso...

No mais, concordo com tudo o que disse. E o Brasil pode mesmo ser isso aí, mas vamos lembrar-nos de como foi a nossa colonização hehe pessoas presas na Europa eram convidadas a virem para cá em troca de liberdade, assim como outros lixinhos. Comparar o Brasil com outras nações, ~talvez~ ainda seja um pouco de covardia, mas talvez, uma vez que o Brasil já tem mais de meio milênio de existência...
E é isso mesmo que quero um dia fazer para "crescer", i viajar ! :P

Nisso vc tem toda razão: a colonização deste país foi um lixo. Não só pela vinda dos ladrões, mas pela forma como foram distribuídas as terras depois e instituído o governo. Tudo começou aí. Penso muito sobre isso. E, como vc disse, apesar de passados tantos anos, ainda não conseguimos mudar esse quadro. Quem sabe um dia....

Viaje muito e leia ainda mais. 

Léo escreveu:

Sim, Kavernista, assim como é imoral você socorrer uma mulher que está sendo morta por seu marido, ou pai, em um país que aceita isso (e vejamos que não são poucos). Mas não diria que a ética é "universal".  Ela muda em regiões e tempos: uma pessoa falar sobre sexo na frente de crianças há cem anos atrás seria considerado antiético, mas se ela fizer o mesmo hoje nem será tanto antiético, mais tarde pode ser considerado até ético.

Eu já penso que esse pudor de falar sobre sexo em frente de crianças há cem anos atrás era parte da moralidade da época. Ética, com o sentido universal, só iria se popularizar nos últimos tempos. Você citou as crianças, tem um livro muito bom chamado A História Social da Criança que vai ilustrar como nosso "conceito" de infância não existia nem sequer no século 18. Houveram períodos anteriores em que crianças eram apenas homens pequenos. Então tudo seria mais parte da moral que lhe falei mesmo.

E até hoje em dia eu creio, e você citou um exemplo do ônibus, que nosso respeito por mais velhos é mais uma questão de moral do que ética. Nossa "moral" (entre aspas porque muitas pessoas ainda acham que moral = ética) diz que depois que você bate a casa dos 50 você é um inútil. Se é prosseguimento de um pensamento que vem antes da imposição do produtivismo como estilo de vida humano, não sei, mas que é uma grande realidade é.

Então eu me pergunto se todo esse "respeito" que muitas pessoas tem em relação a idosos não seria "dó"...

É, tens razão no que disse sobre o que eu disse sobre a ética. É que eu tinha um exemplo na ponta da língua de como a ética poderia mudar no tempo e espaço (exemplo de um dos meus profes) mas do nada esqueci e pus meio que qualquer coisa aí rsrsrs

Aí que fica interessante, Kavernista. Respeitar alguém deve ter um motivo, e respeitar por respeitar desse jeito, sem nexo ou razão, seria "respeitar" por dó mesmo.

A minha ética é o amor.

Léo escreveu:

É, tens razão no que disse sobre o que eu disse sobre a ética. É que eu tinha um exemplo na ponta da língua de como a ética poderia mudar no tempo e espaço (exemplo de um dos meus profes) mas do nada esqueci e pus meio que qualquer coisa aí rsrsrs

Aí que fica interessante, Kavernista. Respeitar alguém deve ter um motivo, e respeitar por respeitar desse jeito, sem nexo ou razão, seria "respeitar" por dó mesmo.

Você não tá errado, existem várias concepções sobre o que é ética e moral... -qq

Pra muitos ética é moral e pra outros moral/ética teriam suas diferenças mas seriam "monistas"... Eu já fui exposto às diferenças logo de cara, aliado com o que eu vejo ao meu redor (moralismo como desculpa pra racismo, homofobia, etc.) eu prefiro ver as diferenças.

Outra coisa também é que não acredito nessa tal história de "culturas são igual trens que andam em velocidades diferentes". Primeiro que velocidade é algo relativo, o que é progresso pra nós é lixo pra outra cultura. Segundo que estamos mais pra multidões andando a pé do que trens selados de ambientes exteriores. Culturas não são seladas, a mudança e o acréscimo de coisas de outras culturas é parte da espinha vertebral delas. Ex: Reclamar de influência americana em uma cultura africana, ameríndia e européia seria redundante porque ela já é resultado do processo que sofre atualmente.

Se existe intercâmbio constante de conteúdo cultural, existe alguma coisa em comum entre elas, certo ? Pra mim seria uma espécie de humanidade constante em todas culturas nesse tempo e espaço. E dentro dessa humanidade estaria essa ética... Eu prefiro ver assim porque não acredito em colocar "coisas em perspectiva" quando essas coisas são atos de crueldade, assassinato, etc. O genocídio ameríndio (Século XVI-) não seria mais justificável que o holocausto (1933-1945) só porque "tempos eram outros" e o "contexto era outro".

Enfim, esse é o jeito que eu vejo ética e moral. -qq

Jomar escreveu:

A minha ética é o amor.

Que lindo!

Legal Kavernista me fez mesmo lembrar de História... As coisas mudam e as pessoas mudam...

Já ouvi falar resumidamente que Ética é "vergonha na cara" :P