Poderias opinar para mim?   

Esse link aqui é uma antítese a esse vídeo:
http://imgs.xkcd.com/comics/the_pace_of_modern_life.png
(Enorme demais pra por direto no post)

Tá em Inglês mas basicamente, são muitos trechos tirados de textos do Século 19 até começo do Século 20 em que os autores falam as mesmas coisas que esse cara do vídeo. Isso bem antes de computador, celular, internet, etc. Ou seja, essa é uma reclamação que toma lugar por uns 150 anos ao menos, nada tendo a ver com a Era da Informação...

O problema é que queremos estar atualizados 24hrs por dia, e isso nos distancia das pessoas mais próximas e das que já estavam distantes, quase desaparecem para nós. Estamos nos sucumbindo a Era da Informação.

Trecho de filme apocalíptico rsrs

Vou ~tentar~ ler a imagem :P então... O pessoal estava há 150 anos reclamando do quê, mesmo? Lipe, essa imagem do jornal lembra também, além de "cabeças baixas" e talvez, não, com certeza, pessoas que ganham a sensação de contato social, alienação. Foi isso que quis dizer?

Léo escreveu:

Vou ~tentar~ ler a imagem :Pentão... O pessoal estava há 150 anos reclamando do quê, mesmo? Lipe, essa imagem do jornal lembra também, além de "cabeças baixas" e talvez, não, com certeza, pessoas que ganham a sensação de contato social, alienação. Foi isso que quis dizer?

Foi uma irônia escrachada ao vídeo, se as pessoas quiserem se alienar ou qualquer outra coisa em que o vídeo diz ser culpa dos meios atuais de comunicação, elas vão se alienar com ou sem internet (antigamente se dizia que os livros é que eram alienantes). Criticar nossa falta de contato humano por causa do que temos hoje é não olhar pra trás e perceber que "nunca tivemos isso de fato", logo eu creio que com o que temos hoje... estamos muito mais próximos do que imaginamos um dos outros. O que é essa comunidade?? tem gente que se sentia péssima por se sentir só num mundo ultra sexualizado, foi encontrando a A2 que então houve uma mudança.

Quero ver o que o cara do vídeo iria dizer ao ver nossa comunidade, acho que seria um tapa na cara com luva de pelica. Pra quem é tímido como eu, a internet fez uma grande diferença positiva na vida, claro, tem seus aspectos negativos, mas nós não temos como controlar tudo... dizer que devemos "desconectar e viver de verdade" soa como cagação de regra... é como se dissessem pra cada um de nós "esquece esse lance de assexualidade e vai lá dar um amasso em alguém e aproveitar a vida" e sabemos que existir n formas de se viver a vida e que ser recluso e anti-social não é defeito. Então o problema não é a internet e os meios tecnológicos atuais, o problema é muito mais embaixo, portanto não vai ser um vídeo quase que sensacionalista que deve mudar a opinião das pessoas sobre internet ou quaisquer meios de comunicação contemporâneos.

É isso que eu quis dizer, posso esboçar essa opinião de outras formas, se quiserem.

Achei o vídeo forçado.
Cada um tem a opção de estar conectado ou não.

Minha mãe administra uma micro empresa sem nem saber ligar um computador.
Faz tudo na caneta e calculadora.
O mais próximo de tecnologia que ela conhece, foi uma smart tv que colocamos em casa e que agora ela acessa netflix.

Já por outro lado minha irmã não larga o smartphone dela para nada.
E um alemao morou aqui em casa por um ano em intercambio que ele era tao viciado que levava o notebook para o banheiro as vezes!

Como o kavernista disse, isso existiu desde sempre. Não é culpa da era da informação.
O que veio hj em dia é o imediatismo da resposta, o chat instantaneo, a imagem divulgada que pede para ser curtida e fazer quem publicou se "vangloriar" de ter divulgado algo popular.

Querer que todas as gerações sejam iguais é fantasiar demais.
Assisti um vídeo outro dia bem interessante sobre isso. "Conectados porem sozinhos"



Gostei da palestra por não mostrar só o lado negativo.

Só sei que eu tenho muita pena de crianças que nao vivem sem ipad. Assim como nossos pais tinham pena de muitos de nos que jogavamos 1h por dia de videogame quando criança. Ou ous pais dos nossos pais que nao gostavam de crianças assistindo TV.
E assim vai, geração a geração. Sempre existe medo do novo.

Aliás, algo curioso, no trabalho os meus superiores que estão na faixa dos 30/40 anos disseram que antigamente as pessoas não tinham contato com as pessoas nem tinham a tendência de manterem amizades embora tivesse amigos... só lhes faltava contato. O contato diário era só com a família, quem tinha amigos quando mais velho geralmente era gente da boêmia.

Daí me diz: e quem não se encaixava nos padrões da época (que ainda rola até hoje)?? como fica?? como se a "vida real" fosse um paraíso de te aceita de qualquer forma, como se não houvesse discriminação e como se não quisessemos uma válvula de escape pra fugir disso tudo. O cara do vídeo parece não ter noção real do mundo em que vive e vejo muita gente fazendo esse tipo de crítica sem se dar conta nos pontos que eu e outras pessoas apresentam. Pra mim argumentar isso que tá no vídeo é só repetir o passado, e ele vai se repetir enquanto nós não encararmos a era da informação de fato. Eu, se der sorte, vou trocar de curso pra biblioteconomia, que não é só o cara que fica numa biblioteca, você se torna o "gerente da informação" e com o temos hoje... vai ser meu paraíso, só se reclama disso quem não se conhece e não vê as possibilidades que temos agora!

A questão é que estamos finalmente olhando pra dentro de nós mesmos (e isso poderia rolar em qualquer época, com ou sem internet, iríamos achar um bode expiatório de qualquer forma... nunca botamos a culpa de nossa mediocridade em nós mesmos, né? sempre dizemos "o infernos são os outros"), a internet e os meios eletrônicos de hoje são como um espelho, mas ninguém ainda encara isso de fato enquanto sociedade. Não tenho dúvidas que nos tempo das caverna alguém se sentia incomodado com o povinho que riscava as paredes das cavernas (pq, funnyfact: se entende por "tecnologia" até mesmo os artefatos usados pra riscar... sei lá, a caverna de lascaux) pelos mesmos motivos que as pessoas de nossa era se sentem incomodados com o que temos hoje. Não vejo a hora da humanidade amadurecer o fato de aceitar quem somos.

Uma frase que pulou aqui na minha timeline do facebook por acaso e que vem bem a calhar:


“É inútil, o abismo
a que me empurras
está dentro de ti”

Édipo ouve da Esfinge antes de destruí-la

Bah, Felipe, tua critica foi bem pontual!! é por aí mesmo, vou ver o vídeo que tu postou em outro momento.

Achei o video com leg em portugues

http://www.ted.com/talks/sherry_turkle_alone_together

Felipebf escreveu:

Achei o video com leg em portugues

http://www.ted.com/talks/sherry_turkle_alone_together

Muito obrigado!!

E sobre o seu último paragrafo, lembro quando eu passava dias e dias jogando megadrive enquanto meus irmãos iam lá fora brincar o povo da rua jogando bola, empinando pipa, descendo a ladeira com carrinho de rolimã e eu ali no videogueime direto direto. Meus pais reclamavam, a verdade é que não me sentia acolhido pelos garotos da rua, eles que viviam na rua, "na vida real", é que eram insensíveis ao seu próximo... eles é que realmente estavam sozinhos, eu é estava super conectado a mim mesmo       


E não queria perder o contato comigo mesmo, que é o contato mais importante que temos: com nós mesmos.




Por que julgar a proximidade das pessoas só por questões físicas?? sim, o vídeo é forçado. Vou esse daí com legendas.

Dahora o que disseram.

Quando vejo algo desse tipo, não me contenta ficar sem saber qual foi o interesse do "autor" da coisa. Procurei por Gary Turk (autor desse vídeo) e até agora não encontrei informações pessoais dele, nem no linkedin... Por ser um escritor, diretor (acho que de publicidade), morar em Londres e não ter linkedin é bem estranho no caso dele. O vídeo já tem mais de 35 milhões de visualizações na versão original em inglês, então ele é um excelente SEO. A conta dele (todas elas, só o twitter que não) foram criadas recentemente. Parece tudo muito planejadinho :P

Sim, bacana vc pesquisar isso.
Pra mim esse cara é um jackass, nunca vou ser amigos dele heheeheh

Sobre o vídeo que o Felipe postou, cara, muito bom!! tenho as mesmas implicações delas e me senti provocado em alguns pontos que ela apresentou.

Realmente, muito foda.

Léo escreveu:

Vou ~tentar~ ler a imagem :Pentão... O pessoal estava há 150 anos reclamando do quê, mesmo? Lipe, essa imagem do jornal lembra também, além de "cabeças baixas" e talvez, não, com certeza, pessoas que ganham a sensação de contato social, alienação. Foi isso que quis dizer?

Eu tenho preguiça de traduzir tudo, mas aqui alguns deles:

"A arte de escrever cartas está morrendo rápido. Quando uma carta custa nove pences* nós tentávamos fazer elas valerem nove pences...  Agora, no entanto, nós pensamos que estamos muito ocupados para esse velho meio de correspondência. Nós lançamos uma multitude de notas curtas e rápidas, invés de sentar e ter uma boa conversa sobre um pedaço de papel"
The Sunday Magazine, 1871
* pences são equivalentes a centavos

"Os donos desses jornais sensacionalistas... Eles não tentam educar os seus leitores e fazer eles melhores, mas tendem a criar gostos pervertidos e desenvolver tendências viciosas. Os donos desses jornais parecem ter apenas um objetivo, que seria aumentar a sua circulação"
Medical Brief, Volume 26, 1898

"Nossa moderna família se reunindo, silenciosa ao redor da lareira, cada individuo com sua cabeça enterrada em sua revista favorita, é talvez o resultado natural do banimento de colóquios da escola..."
The Journal Of Education, Volume 29, 1907

Resumidamente, é todo esse blá, blá, blá Whiskas Sachê apocaliptico do vídeo e de muitos lugares da nossa famigerada interwebs... Mais de um século atrás... :P

Agora quanto a minha opinião, aqui vai: Seres Anti-sociais são dignos de respeito quanto qualquer outro grupo humano. Não acho que seja doença, falta de caráter, manipulação... Pra mim é uma característica como qualquer outra. E esse cara do vídeo pintou pessoas anti-sociais como verdadeiros monstros. Como se não pudessem amar, ter uma história pessoal, dar de encontro com acasos, ter uma família... Tudo porque o sentido exato da palavra quer dizer "Pessoa sem contato com um humano sequer" quando o nosso sentido social é "Pessoa que não gosta de festas, calor humano, abordar estranhos toda hora, contato prolongado com indivíduos ou coletivos que se reúnem com objetivo lúdico, etc." e lógico que ai fica parecendo alguém introvertido mas pessoas extrovertidas/introvertidas também podem ser anti-sociais.

Eu acho engraçado como ele praticamente fala de uma "Alavanca Mágica" que em um segundo *PUFF* você deixa ser anti-social, que seria "abaixar o telefone e conversar com a pessoa do lado"... Sabe, muitas pessoas também queriam ter uma "Alavanca Mágica" pra poder ter um discurso direto e legível, muitas pessoas também queriam ter uma "Alavanca Mágica" pra poder ter desejo romântico e sexual por outras pessoas, muitas pessoas simplesmente queriam ter essa "Alavanca Mágica" pra ter atração por pessoas de outro gênero... Mas porque ?

Porque nós somos pressionados a termos essa "Alavanca Mágica". Porque somos ensinados que nossos supostos defeitos precisam ser extirpados em favor de uma normalização, de um desejo de uma humanidade sem supostas patologias. Afinal de contas porque eles iriam entalhar na placa de ouro da Voyager 1 dois humanos que não fossem heterossexuais, musculosos, bonitos, com posturas que indicam que são sujeitos sociáveis, felizes muito longes dos "nerdões" que projetaram essa sonda que foi a primeira a sair do nossos Sistema Solar, né...

*-----* vlw por traduzir, kavernista! Mas que.. que... crítica excelente!

Já perdi a conta de quantas vezes já me chamaram de "anti-social", disseram "brincando", mas sei muito bem o que isso significa. Queria saber o que ELES sabem do conceito, então, de ser anti-social. É o que se paga ao ser sincero e crítico e dizer "prefiro ler meu livro alí, ó, bem longe daqui, naquela grama que não tem barulho nenhum a ter que ficar nesse show de standup ao vivo e sem graça de novo pela milésima vez (:".

Vou assistir a esse vídeo também...