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 O dilema do relacionamento

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MensagemAssunto: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty4/5/2015, 17:42

Poderá isto servir para um desenvolvimento do assunto:
Imaginem que Alice e Bob gostam um do outro e querem estar num relacionamento. Alice é monogama, Bob é poligamo. Poderão eles estar num relacionamento? Terá Alice que se tornar poligama, ou terá Bob que se tornar monogamo?
Acontece que o mesmo tipo de dilema pode ser colocado para o casal heterossexual Carol e Dave, que se queixam de que o seu parceiro "não me compreende porque não sabe o que é ser do sexo oposto". Terão Carol e Dave que se tornar homossexuais? (Uma outra formulação brejeira deste problema é a do mito de que homens e mulheres nunca poderão ser amigos). Por fim, Eva e Frank. Um deles é asexual o outro não. O dilema é o mesmo.
Antes de continuar gostaria muito de ler algumas sugestões sobre o que pensam deste dilema.
FTC bolo !
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty4/5/2015, 19:16

Olá! Gostei das ideias e sendo temas relacionados com a sexualidade e tudo o que a rodeia são temas que me interessam, mas infelizmente nao me sinto capaz de falar assim deles.

Quanto ao caso entre um assexual e um "sexual", na minha opinião, é totalmente subjetivo. Visto que existem imensos "graus" e "tipos" de assexuais é sempre muito relativo.
Falando por mim, eu não me imagino a ter uma relação com um "sexual" (nunca dizendo nunca :b) e isto porque eu iria viver num constante "medo" e preocupação de não despertar nenhum lado sexual no outro ou de não dar a entender qualquer outra coisa que não era suposto. Como assexual vivo constantemente preocupada em proteger-me desses pensamentos que possa suscitar no outro, mas há várias historias (no documentário sobre a assexualidade encontras várias historias) de casais assim que conseguem viver em harmonia. Não sei se já viste esse documentário, se não aconselho vivamente. Aí falam exactamente daquilo que cada um tem ou não de abdicar.

Não sei se era isto que estarias à procura com esta publicação, mas gosto destes temas e de compreender especialmente as coisas que não me são naturais. bolo
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Ricardo Pereira
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty4/5/2015, 21:45

Por experiência própria, eu considero extremamente difícil manter um relacionamento duradouro com uma pessoal sexual. Mesmo que ambas as partes estabeleçam um acordo sobre o intercurso sexual, este acordo sempre será frágil, pois a pessoa sexual nunca terá suas necessidades plenamente satisfeitas e a assexual, por outro lado, sempre se sentirá insegura por saber que existem outras dezenas de pessoas capazes de oferecer aquilo o que a outra pessoa quer. No meu caso, eu não evito me apaixonar porque acredito que já criei uma armadura antidecepção amorosa. Sigo a risca algumas frases de efeito, tais como "estou vivendo cada segundo antes que isso aqui vire uma tragédia", "essa abstinência uma hora vai passar" (música Estante, autora Pitty), "que seja eterno enquanto dure" (Vinícius de Moraes).


Última edição por Ricardo Pereira em 4/5/2015, 21:54, editado 1 vez(es)
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Ricardo Pereira
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty4/5/2015, 21:48

O ideal seria haver maior visibilidade da comunidade assexual, para que fosse mais fácil encontrar pessoas com as mesmas intenções das nossas.
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty4/5/2015, 22:20

Cara Estrela x3,
Muito obrigado pelo testemunho. Efectivamente já detectás-te aquilo que poderia ser uma falha grave, por omissão, no meu exemplo. Assexualidade é sim senhor um espectro, tal como o afirmam também no documentário "(a)sexual" (2011) com o David Jay (era desse que falavas?), e com uma amplitude que nem eu mesmo sei ao certo até onde vai.
Portanto foi com grande humildade que tentaste responder apenas por ti, e por isso agradeço - te piscando
No documentário em referência o próprio David Jay fala em cedências sim, mas também fala em ideais. E é a meu ver aqui que o documentário, apesar de ser fiel à realidade e à sequência cronológica dos eventos, incute um sentido subjectivo. Sentido esse que não é a meu ver compatível com a descrição do objecto em questão: o amor.

Acompanha - me por favor no seguinte exercício. No documentário DJ aparece primeiro a explicar o que é assexualidade e a desmontar os mecanismos de um "relacionamento normal", fazendo mostrar que há ligações "ocultas" que a ser assumidas podem revolucionar a forma como pensamos o que pode ser um relacionamento ou o universo intimo. Até aqui tudo lindo, só estrelas piscando Mas depois assistimos no final do filme a um DJ mais velho e maduro, mudado até, que começa com alguma melancolia a admitir que irá de certa forma ter de comprometer muito daquilo pelo qual ele lutou. Ora estes eventos, por esta sequência, transformam o primeiro numa utopia. E se víssemos os eventos ao contrário? Teríamos um apático que se transforma num idealista! Desta forma veríamos certamente a apatia apenas como um momento de desorientação. E porquê pensar assim?, perguntar-me-ás. Porque o amor, citando também uma passagem do Interstellar (2014), é a única coisa que os humanos entendem capaz de transpor o espaço e tempo. Só assim se justifica como, por exemplo, depois de perceber que sou asexual, tudo aquilo que faz parte de um tempo passado de repente ganha um sentido.
Estou aqui a misturar um pouco aquilo que é uma questão de orientação sexual com algo que é de carácter mais filosófico, mas é intencional. Não pretendo dizer que amor e orientação sexual são a mesma coisa, mas certamente estou a apontar para uma ligação entre eles piscando

Vais me desculpar por dizer isto mas eu não percebo como podes afirmar que "Como assexual vivo constantemente preocupada (...)", eu pensei que o objectivo de nos podermos afirmar como asexuais (independentemente de ser perante os outros ou só para nós próprios) fosse precisamente para nos sentirmos mais felizes e não "obrigados a experimentar coisas que não conseguimos fazer". Aliás, foram exactamente estas as palavras que tu usaste no tópico do lisboaPT, as quais eu citei e admirei ainda hoje mesmo sorrindo
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty4/5/2015, 22:41

Caro Ricardo,
Agradeço os dois posts que foram muito pertinentes. Como o post que acabei de escrever o poderá denunciar, adorei as citações. A visibilidade é sempre uma palavra chave, não só para a assexualidade mas para muitas outras coisas de carácter político e económico - estamos portanto de acordo piscando
Achei muito curioso a descrição da insegurança por "saber que existem outras dezenas de pessoas capazes de oferecer aquilo que a outra pessoa quer". Mas, agora pergunto, será que essa insegurança toda por medo de concorrência não existe para Alice, Bob, Carol e Dave? E mesmo para a suposta Eva, digamos que Frank é o asexual, não haverá também para ela "a pressão da concorrência"? Alguém que seja melhor, que consiga compreender o parceiro de maneira mais profunda e significativa e, por conseguinte, capaz de o amar melhor...?
Ok, podemos admitir que para Eva, sendo Frank asexual, e sendo o universo de asexuais no mundo apenas aproximadamente 1% da população mundial, a insegurança poderá ser relativamente menor para Eva pois, os números dão uma probabilidade bem inferior de "haver nas redondezas" alguma concorrência feliz digo isto com um tom jocoso, como é óbvio.

Uma vez mais, muito obrigado pelo testemunho de ambos, e vão dizendo coisas piscando
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty5/5/2015, 05:58

link_cell escreveu:
Imaginem que Alice e Bob gostam um do outro e querem estar num relacionamento. Alice é monogama, Bob é poligamo. Poderão eles estar num relacionamento? Terá Alice que se tornar poligama, ou terá Bob que se tornar monogamo?
Desde que aceitem um relacionamento aberto, Bob poderá continuar a se relacionar com várias, enquanto Alice poderá permanecer apenas com ele. piscando Alice não precisará ter vários parceiros, se não quiser. Bob poderá tentar a monogamia, por gostar de Alice, mas será que conseguirá se manter fiel a ela por muito tempo?

link_cell escreveu:
Acontece que o mesmo tipo de dilema pode ser colocado para o casal heterossexual Carol e Dave, que se queixam de que o seu parceiro "não me compreende porque não sabe o que é ser do sexo oposto". Terão Carol e Dave que se tornar homossexuais? (Uma outra formulação brejeira deste problema é a do mito de que homens e mulheres nunca poderão ser amigos).
Homossexualidade é condição, não é escolha. Compreensão não tem a ver com gênero e nem com orientação sexual...
Pode existir sim amizade entre sexos opostos... ou será que ninguém tem irmã(o), pai, mãe etc? piscando E mesmo considerando-se casos em que há atração recíproca, que podem se transformar em amizades coloridas ou mesmo namoros, havendo carinho, respeito, empatia etc, não deixam de existir os princípios de uma boa amizade. Ou namorados não podem ser amigos, acima de tudo? Não precisam (e nem devem, na minha opinião) ser somente amantes, focados apenas no desejo.

link_cell escreveu:
Por fim, Eva e Frank. Um deles é asexual o outro não. O dilema é o mesmo.
Antes de continuar gostaria muito de ler algumas sugestões sobre o que pensam deste dilema.
FTC bolo !
Como disse em outros tópicos, é difícil um relacionamento entre sexual e assexual. Com muito diálogo até é possível chegar a um consenso, com cada lado cedendo um pouco. Mas a tendência natural é de que ambas as partes acabem frustradas...
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty5/5/2015, 17:15

Yes, Romântico!
Queria muito ler a tua opinião depois de ter visto a tua intervenção no post da Amanda.

Romântico escreveu:
Desde que aceitem um relacionamento aberto, Bob poderá continuar a se relacionar com várias, enquanto Alice poderá permanecer apenas com ele. piscando Alice não precisará ter vários parceiros, se não quiser. Bob poderá tentar a monogamia, por gostar de Alice, mas será que conseguirá se manter fiel a ela por muito tempo?

sorrindo Ok, Se Bob se relacionar com Alice e com Gwen, mas Alice não se relaciona com Gwen, então Alice, Bob e Gwen estão numa relação não-monógama em "vee". Isto é, em oposição a uma relação não-monógama em "triângulo", onde Alice e Gwen também se relacionariam.
(considero este poster bastante ilustrativo sobre a não-monogamia: http://www.sexedplus.com/nonmonogamy/)
Logo, Alice não poderia continuar a ser monógama, a não ser uma monógama frustrada. Tal como também o ficaria Bob, no caso contrário, se quisesse ser polígamo numa relação monogâmica piscando

Romântico escreveu:
Homossexualidade é condição, não é escolha. Compreensão não tem a ver com gênero e nem com orientação sexual...
Pode existir sim amizade entre sexos opostos... ou será que ninguém tem irmã(o), pai, mãe etc? piscando E mesmo considerando-se casos em que há atração recíproca, que podem se transformar em amizades coloridas ou mesmo namoros, havendo carinho, respeito, empatia etc, não deixam de existir os princípios de uma boa amizade. Ou namorados não podem ser amigos, acima de tudo? Não precisam (e nem devem, na minha opinião) ser somente amantes, focados apenas no desejo.

Muito bem observado. No entanto eu só utilizei o termo "compreensão" mais num sentido metafórico e por falta de palavras melhores para me expressar, e não tanto num sentido literal do termo. No fundo "compreensão" aqui é usado da mesma forma que usei quando comentava sobre a insegurança num post mais acima:

link_cell escreveu:
(...) "a pressão da concorrência"? Alguém que seja melhor, que consiga compreender o parceiro de maneira mais profunda e significativa e, por conseguinte, capaz de o amar melhor...?

Quanto à amizade entre sexos opostos, é claro que eu estou de acordo contigo... eu acho esse "mito" ridículo e foi por isso que lhe chamei "Uma outra formulação brejeira deste problema".

Romântico escreveu:
Como disse em outros tópicos, é difícil um relacionamento entre sexual e assexual. Com muito diálogo até é possível chegar a um consenso, com cada lado cedendo um pouco. Mas a tendência natural é de que ambas as partes acabem frustradas...

E voltamos ao ponto de partida piscando Um relacionamento é feito de cedências (...?)
Esperar um relacionamento sem qualquer tipo de cedências poderá ser visto como uma última instância de expressão narcisista?

Obrigado pelos comentários bolo !
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty6/5/2015, 23:07

link_cell escreveu:
Yes, Romântico!
Queria muito ler a tua opinião depois de ter visto a tua intervenção no post da Amanda.
Que bom! sorrindo Vou postar de novo neste que vc criou...

link_cell escreveu:
sorrindo Ok, Se Bob se relacionar com Alice e com Gwen, mas Alice não se relaciona com Gwen, então Alice, Bob e Gwen estão numa relação não-monógama em "vee". Isto é, em oposição a uma relação não-monógama em "triângulo", onde Alice e Gwen também se relacionariam.
(considero este poster bastante ilustrativo sobre a não-monogamia: http://www.sexedplus.com/nonmonogamy/
Logo, Alice não poderia continuar a ser monógama, a não ser uma monógama frustrada. Tal como também o ficaria Bob, no caso contrário, se quisesse ser polígamo numa relação monogâmica piscando
Realmente interessante o desenho (que encontramos ao clicar no link acima), mas o que eu quis dizer, independentemente da classificação ("V", "triângulo" etc), é que um relacionamento aberto pode ser a solução para alguns casais nos quais uma das partes é assexual e a outra é sexual. sorrindo

link_cell escreveu:
Muito bem observado. No entanto eu só utilizei o termo "compreensão" mais num sentido metafórico e por falta de palavras melhores para me expressar, e não tanto num sentido literal do termo. No fundo "compreensão" aqui é usado da mesma forma que usei quando comentava sobre a insegurança num post mais acima:
(...) "a pressão da concorrência"? Alguém que seja melhor, que consiga compreender o parceiro de maneira mais profunda e significativa e, por conseguinte, capaz de o amar melhor...?
Como a frase inteira estava entre aspas (e não apenas a palavra compreensão), achei por bem me manifestar, senão alguém poderia ler e ter a falsa ideia de que todos os homossexuais se entendem melhor entre si do que os casais heterossexuais em geral. piscando Mas tudo bem, vc já explicou acima.

link_cell escreveu:
Quanto à amizade entre sexos opostos, é claro que eu estou de acordo contigo... eu acho esse "mito" ridículo e foi por isso que lhe chamei "Uma outra formulação brejeira deste problema".
Que bom que concorda. sorrindo

link_cell escreveu:
E voltamos ao ponto de partida piscando Um relacionamento é feito de cedências (...?)
Esperar um relacionamento sem qualquer tipo de cedências poderá ser visto como uma última instância de expressão narcisista?
Conforme disse em outro tópico, a forma como cada assexual lida com o sexo é diferente: uns têm verdadeira ojeriza, para outros(as) é tolerável, e outros(as) consideram prazeroso. E da mesma forma, com relação a outras coisas (diversas) isso também ocorre. Entrar em acordo, com cada parte cedendo um pouco, é normal quando se preza um relacionamento. Mas quando extrapola os limites que as partes entendem como aceitável, então é o caso de se pensar em terminar.

link_cell escreveu:
Obrigado pelos comentários bolo !
Não tem de que. sorrindo
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty7/5/2015, 16:50

Romântico escreveu:
Realmente interessante o desenho (que encontramos ao clicar no link acima), mas o que eu quis dizer, independentemente da classificação ("V", "triângulo" etc), é que um relacionamento aberto pode ser a solução para alguns casais nos quais uma das partes é assexual e a outra é sexual. sorrindo
Isto está a tomar um rumo muito interessante, em especial se cruzarmos com o entretanto debatido no tópico: Poliamor, relação aberta, amor livre... você é?
Digamos que todos temos "uma percentagem" de poligamia. Melhor ainda!, que entre a mono e a poligamia existe toda uma área cinzenta, em analogia à zona cinzenta da assexualidade!
Romântico escreveu:
Conforme disse em outro tópico, a forma como cada assexual lida com o sexo é diferente: uns têm verdadeira ojeriza, para outros(as) é tolerável, e outros(as) consideram prazeroso.
Efectivamente, o domínio da assexualidade, pela sua própria natureza, contêm todo um espectro de manifestações. É múltiplo e complexo, o que não significa que todas as pessoas que se identifiquem como assexuais assim o sejam obrigatóriamente. Mas, continuando a ver as coisas por este prisma, poderemos incorrer naquele sentimento, tal como APPL expressava no tópico de Amanda - Quando em um relacionamento com um não assexuado:
APPL escreveu:
O que eu penso sobre isso é tipo, por que é sempre a gente que tem que ceder, sabe? Se a pessoa não vai te aceitar assim, então pq é que a gente é obrigado a aceitar?
Portanto, eu não queria focar esta discussão meramente à perspectiva do assexual. O meu objectivo é colocar mesmo em cima da mesa as diversas perspectivas, ou pensamento sobre elas. Esta é portanto uma discussão na qual poderiam, e seria interessante de ver, entrar sexuais. Mas não uma obrigação. Não é por isso que não podemos pensar no lugar deles. Aliás é isto mesmo que eu quero sublinhar. Não precisamos de ter um cão que fale para podermos pensar sobre a forma como ele sente as coisas (apesar de ser altamente ter um cão que fala!).

Vamos continuando a falar bolo piscando
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty7/5/2015, 22:58

Link, essas relações se dão, idealmente, por arranjos consensuais. Na prática, por acordos tácitos.


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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty7/5/2015, 23:28

Júlio escreveu:
Link, essas relações se dão, idealmente, por arranjos consensuais. Na prática, por acordos tácitos.
É uma maneira simplista e transversal de arrumar o assunto sim. No entanto é uma resposta pouco criativa. Eu criei personagens fictícios exactamente para os poderem usar para desenvolver mais a ideia do que é (ou poderá ser) "arranjo consensual" ou "acordo tácito" em cada um dos casos...
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty7/5/2015, 23:49

No entanto, Júlio, estou muito contente que tenhas entrado no tópico e deixado uma mensagem piscando
pega uma fatia bolo !
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty7/5/2015, 23:50

Alguns exemplos de arranjo:
1. B aceita uma relação mono.
2. A aceita uma relação não-mono.
3. B aceita uma relação não-mono onde sua única liberdade será fazer sexo sem que A saiba explicitamente.
4. A aceita uma relação não-mono, mas apenas para trocas de casais que ambos concordam que acontecerá 1 vez ao ano.
5. A aceita ter uma relação monofiel, assim ambos terão um compromisso de fidelidade exclusiva, mas poderão se envolver em relações secundárias que terão um status reduzido.

E por aí vai, as possibilidades são infinitas.


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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty8/5/2015, 00:09

Yes! bounce
Júlio escreveu:
3. B aceita uma relação não-mono onde sua única liberdade será fazer sexo sem que A saiba explicitamente.
Este exemplo é muito interessante. Logo em primeiro lugar porque levanta uma questão (ética, moral?) da confidência.
Júlio escreveu:
5. A aceita ter uma relação monofiel, assim ambos terão um compromisso de fidelidade exclusiva, mas poderão se envolver em relações secundárias que terão um status reduzido.
Wow, eu nunca tinha lido essa palavra - "monofiel". Significaria que Alice e Bob só seriam fiéis um com o outro, interessante...
Agora já é um bocado tarde aqui e vou ter de ir dormir, mas vou pensar no assunto e aqui voltarei para escrever. piscando
Júlio escreveu:
E por aí vai, as possibilidades são infinitas.
Óbvio que eu não quero levar as possibilidade até à exaustão, mas pensar em algumas e discutí-las. Não é esse o objectivo de estar num fórum?
Abraço!
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty9/5/2015, 19:56

Caro link_Cell
Sao tres situaçoes dificeis (para mim, monogamica).
Acredito que os opostos podem ate se atrair, mas os iguais se procuram ( heteros procuram heteros, homos procuram homos, poligamicos procuram poligamicos, monogamicos procuram mobogamicos, sexuais procuram sexuais e assexuais procuram assexuais).
Na minha opiniao nenhuma relaçao dura se uma das partes tiver de ceder, de forma que os valores do parceiro se sobreponham aos seus.
Claro que em todo relacionamento sempre havera alguem a ceder, geralmente isso ocorre com relaçao a detalhes como ir a uma festa quando quer ficar em casa, escutar determinado gosto musical, etc... Mas acho que nenhum monogamico que concorde com a poligamia do parceiro sera plenamente feliz, eh como ceder a infidelidade do parceiro...
Assim como seria extremamente dificil para um assexual conviver com um sexual, pois este iria ceder a sexualidade do parceiro e tambem nao seria plenamente feliz.
Em ambos os casos haveria insegurança da parte do parceiro que cedeu.
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MensagemAssunto: Re: O dilema do relacionamento   O dilema do relacionamento Empty9/5/2015, 22:18

LuaZen! que bom que vieste sorrindo
LuaZen escreveu:
(...) monogamicos procuram mobogamicos (...)
Nossa, essa é nova para mim "mobogamicos" - s.m. aqueles que são procurados pelos monogâmicos.
Estou a brincar contigo :lol!:
LuaZen escreveu:
Na minha opiniao nenhuma relaçao dura se uma das partes tiver de ceder, de forma que os valores do parceiro se sobreponham aos seus.
E depois do que eu li teu, só posso compreender a tua opinião.
LuaZen escreveu:
(...) eh como ceder a infidelidade do parceiro...
infelizmente não é tão simples assim porque o universo não-monogâmico entretanto já se encarregou de desenvolver a ideia de monofidelidade, que pretende dissociar a fidelidade à ideia de exclusividade num compromisso (?). Para mim confesso que é um terreno deveras sombrio...
LuaZen escreveu:
Em ambos os casos haveria insegurança da parte do parceiro que cedeu.
voltamos à questão da insegurança sorrindo
Eu não considero de todo que estamos a andar às voltas. Antes, sempre que voltamos ao mesmo sitio, somos pessoas diferentes, e é uma experiência diferente, um olhar diferente, e melhores condições para tirar conclusões diferentes. piscando

Abraço
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