Oi gente!
Depois de ler alguns depoimentos aqui na comunidade decidi me apresentar (apesar de ser um pouco difícil pra mim se sentir confortável em se abrir, percebi que todos aqui são bem gentis e acolhedores)
Enfim, vamos lá!
Eu me chamo Gabriela (mas prefiro Gabi) tenho 21 anos e descobri recentemente que talvez eu seja assexual e arromântica.
Eu sou uma leitora assídua, ler é a minha resposta para tudo e com essa questão não foi diferente.
Há cerca de duas semanas eu li o livro Sem amor, da Alice Oseman. Assim como a protagonista do livro, eu nunca beijei ninguém, nem namorei e nem me interessei por alguém de um jeito romântico ou sexual. Só que ao contrário da personagem que quer um relacionamento, eu particularmente nunca dei muita bola pra isso e nunca entendi muito as pessoas que querem isso. Só que nunca tinha passado pela minha cabeça que talvez eu não fosse hetero. Eu achava que ser assim era normal e que algum dia inevitavelmente eu iria me interessar por outra pessoa e talvez ter um relacionamento.
Por causa disso e talvez por outros motivos também, eu nunca me senti conectada com pessoas da minha idade. Eu sinceramente sempre acreditei que as pessoas eram imaturas ou até mesmo carentes por namorarem ou querer namorar. Eu simplesmente não entendia como as pessoas poderiam querer beijar/ transar só pela aparência. ( hoje eu vejo que não é bem assim e que essa minha visão é um tanto quanto arrogante).
Essa minha forma de pensar me levou a crer que o motivo para eu nunca ter me sentido atraída por ninguém era porque o que me atraía não era a aparência e sim a personalidade/intelecto e o fator idade era algo muito importante pra mim porque na minha cabeça, as pessoas só superariam toda essa fascinação por sexo e romance quando amadurecessem.
Por volta dos meus 13/14 anos eu tive um crush platônico em um professor baseado puramente no intelecto dele. Eu o admirava muito, achava ele super inteligente, maduro e eu ficava fantasiando conversas profundas com ele. Eu não o achava bonito e nem tinha pensamentos românticos ou sexuais envolvidos. Eu só queria conversar com ele. Pesquisando sobre isso eu cheguei a conclusão de que eu era sapiosexual. E foi isso, o tempo passou e eu não pensei mais nisso. Depois vieram outros interesses, sempre homens mais velhos que eu admirava de alguma forma ou que pareciam ser inteligentes.

Enfim, depois de ter lido o livro e me identificado completamente com a protagonista, principalmente na parte de nunca ter fantasiado comigo mesma beijando ou transando com ninguém, somente com personagens, eu percebi que o rótulo de sapiosexual não combina com o que eu sinto ou deixo de sentir.
O fato de eu nunca ter me apaixonado, nem sentir falta de demonstrações íntimas de afeto e muito menos de sexo, tudo me leva a crer que eu seja assexual e arromântica. Ainda preciso pesquisar e ler mais pra ter certeza, mas por enquanto me senti muito melhor só de saber que não existe somente pessoas que só pensam em romance e sexo.
Se alguém tiver uma experiência parecida ou puder me dar alguma luz sobre a minha, eu ficaria muito grata. Adoraria conversar mais.

Seja bem-vinda, Gabi!

Acho que o melhor de encontrar essa comunidade é que a gente sente um certo tipo de liberdade: você pode continuar refletindo sobre si, e há muito material para isso; ao mesmo tempo, você se dá conta de que não precisa, de que não é assim tão importante.

Obrigada
É exatamente isso! É muito bom finalmente se sentir, nem que seja um pouquinho, mais livre.

Gabii12 escreveu:

Oi gente!
Depois de ler alguns depoimentos aqui na comunidade decidi me apresentar (apesar de ser um pouco difícil pra mim se sentir confortável em se abrir, percebi que todos aqui são bem gentis e acolhedores)
Enfim, vamos lá!
Eu me chamo Gabriela (mas prefiro Gabi) tenho 21 anos e descobri recentemente que talvez eu seja assexual e arromântica.
Eu sou uma leitora assídua, ler é a minha resposta para tudo e com essa questão não foi diferente.
Há cerca de duas semanas eu li o livro Sem amor, da Alice Oseman. Assim como a protagonista do livro, eu nunca beijei ninguém, nem namorei e nem me interessei por alguém de um jeito romântico ou sexual. Só que ao contrário da personagem que quer um relacionamento, eu particularmente nunca dei muita bola pra isso e nunca entendi muito as pessoas que querem isso. Só que nunca tinha passado pela minha cabeça que talvez eu não fosse hetero. Eu achava que ser assim era normal e que algum dia inevitavelmente eu iria me interessar por outra pessoa e talvez ter um relacionamento.
Por causa disso e talvez por outros motivos também, eu nunca me senti conectada com pessoas da minha idade. Eu sinceramente sempre acreditei que as pessoas eram imaturas ou até mesmo carentes por namorarem ou querer namorar. Eu simplesmente não entendia como as pessoas poderiam querer beijar/ transar só pela aparência. ( hoje eu vejo que não é bem assim e que essa minha visão é um tanto quanto arrogante).
Essa minha forma de pensar me levou a crer que o motivo para eu nunca ter me sentido atraída por ninguém era porque o que me atraía não era a aparência e sim a personalidade/intelecto e o fator idade era algo muito importante pra mim porque na minha cabeça, as pessoas só superariam toda essa fascinação por sexo e romance quando amadurecessem.
Por volta dos meus 13/14 anos eu tive um crush platônico em um professor baseado puramente no intelecto dele. Eu o admirava muito, achava ele super inteligente, maduro e eu ficava fantasiando conversas profundas com ele. Eu não o achava bonito e nem tinha pensamentos românticos ou sexuais envolvidos. Eu só queria conversar com ele. Pesquisando sobre isso eu cheguei a conclusão de que eu era sapiosexual. E foi isso, o tempo passou e eu não pensei mais nisso. Depois vieram outros interesses, sempre homens mais velhos que eu admirava de alguma forma ou que pareciam ser inteligentes.

Enfim, depois de ter lido o livro e me identificado completamente com a protagonista, principalmente na parte de nunca ter fantasiado comigo mesma beijando ou transando com ninguém, somente com personagens, eu percebi que o rótulo de sapiosexual não combina com o que eu sinto ou deixo de sentir.
O fato de eu nunca ter me apaixonado, nem sentir falta de demonstrações íntimas de afeto e muito menos de sexo, tudo me leva a crer que eu seja assexual e arromântica. Ainda preciso pesquisar e ler mais pra ter certeza, mas por enquanto me senti muito melhor só de saber que não existe somente pessoas que só pensam em romance e sexo.
Se alguém tiver uma experiência parecida ou puder me dar alguma luz sobre a minha, eu ficaria muito grata. Adoraria conversar mais.

Gabi, seja bem-vinda!
Interessante a sua apresentação...
Espero que se sinta acolhida neste espaço, que aprenda mais sobre a assexualidade e faça boas amizades!

Seja bem-vinda, Gabi!