- Quase 40 anos e solteiro?


- Hum... aí tem coisa!


Tenho convivido com os olhares desconfiados e observações espirituosas sobre meu estado civil. Para uma parcela considerável da humanidade, ser solteiro implica, necessariamente, em esconder um grande segredo, um pecado original ou uma doença contagiosa.


É o que eu chamo de fator "aí tem coisa".


O "aí tem coisa" desconsidera qualquer opção que não envolva um escândalo sexual ou uma tragédia grega; o "aí tem coisa" só aceita aquela revelação bombástica do último capítulo da novela; o " aí tem coisa" não tolera tons médios e suaves.


Entre os clássicos do "aí tem coisa", posso destacar:


1 - Certeza que é gay.


2 - Ele ainda é apaixonado pela ex.


3 - Deve ter algum problema sexual sério.


4 - Tem sarna (isso é o que dizem de uma amiga solteira - que, aliás, foi quem me sugeriu esse post).


5 - Trata-se de um egoísta, covarde e traumatizado.


O que não faltam são teorias rocambolescas para explicar um solteiro.


Ser ou estar sozinho incomoda muita gente. E por quê? Porque o mundo foi feito para os casais.
Pense em um solteiro equilibrando um sashimi, sozinho, em um restaurante japonês; pense em um sujeito sozinho em um parque de diversões, na fila do carrinho de bate-bate; pense naquele carinha sozinho na frente do cinema, comendo pipoca e ansioso para assistir um eletrizante filme iraniano sobre um vaso quebrado.


Pense nisso tudo e repita comigo: ESQUISITO.


Bobagem.


Parece ESQUISITO porque vivemos em uma sociedade par. Todo mundo que ser dois, quatro, seis... Se aparecer alguma unidade solta por aí, logo nos ocupamos de carimbá-la com algum rótulo sacana.
Mas eu, que além de solteiro, tenho os mesmos defeitos de uma parcela considerável da humanidade, também criei minha teoria esdrúxula sobre o solteirismo.


Eu diria, do alto deste palanque virtual, que o solteiro é aquele sujeito que espera. Sim, o solteiro é aquele que espera a próxima rodada, o próximo final de semana, a próxima colega de trabalho, vizinha ou 'match' no Tinder. O solteiro é aquele que acredita que, ao dobrar a próxima esquina, vai trombar com o grande amor da sua vida.


O solteiro é um romântico que vive de esperança.


Deixar de ser solteiro, mesmo que por um instante, seria como fechar as portas para aquilo que ainda está por acontecer.


Sabe aquele sujeito que começa a se dar bem no cassino, mas nunca sabe a hora de parar? Mesmo depois de ganhar algum dinheiro, ele vai continuar apostando mais e mais e mais... No fim, você sabe, eu sei, ele vai ser 'rapelado' - o carinha sortudo do início da noite vai sair bem mais pobre do que entrou.


Ser solteiro é flertar com uma insatisfação constante, é achar que merece mais e, claro, acreditar na força do acaso.


Ser solteiro é pensar em coisas assim e ainda achar graça.

EU SOU ESQUISITO MESMO!

YAHOO!! escreveu:

- Quase 40 anos e solteiro?

- Hum... aí tem coisa!

Tenho convivido com os olhares desconfiados e observações espirituosas sobre meu estado civil. Para uma parcela considerável da humanidade, ser  solteiro implica, necessariamente, em esconder um grande segredo, um pecado original ou uma doença contagiosa.

É o que eu chamo de fator  "aí tem coisa".

O "aí tem coisa" desconsidera qualquer opção que não envolva um escândalo sexual ou uma tragédia grega; o "aí tem coisa" só aceita aquela revelação bombástica do último capítulo da novela; o " aí tem coisa" não tolera tons médios e suaves.

Entre os clássicos do "aí tem coisa", posso destacar:

1 - Certeza que é gay.

2 -  Ele ainda é apaixonado pela ex.

3 -  Deve ter algum problema sexual sério.

4 - Tem sarna (isso é o que dizem de uma amiga solteira - que, aliás, foi quem me sugeriu esse post).

5 - Trata-se de um egoísta, covarde e traumatizado.

O que não faltam são teorias rocambolescas para explicar um solteiro.

Ser ou estar sozinho incomoda muita gente. E por quê? Porque o  mundo foi feito para os casais.
Pense em um solteiro equilibrando um sashimi, sozinho, em um restaurante japonês; pense em um sujeito sozinho em um parque de diversões, na fila do carrinho de bate-bate; pense naquele carinha sozinho na frente do cinema, comendo pipoca e ansioso para assistir um eletrizante filme iraniano sobre um vaso quebrado.

A mim nunca incomodou ver alguém desacompanhado(a). Mas, de fato, há quem pense/diga besteiras como as que vc mencionou nos itens acima... O negócio é ignorar.

YAHOO!! escreveu:

Pense nisso tudo e repita comigo: ESQUISITO.

Bobagem.

Parece ESQUISITO porque vivemos em uma sociedade par. Todo mundo que ser dois, quatro, seis... Se aparecer alguma unidade solta por aí, logo nos ocupamos de carimbá-la com algum rótulo sacana.
Mas eu, que além de solteiro, tenho os mesmos defeitos de uma parcela considerável da humanidade, também criei minha teoria esdrúxula sobre o solteirismo.

É cada vez mais comum pessoas que optam por permanecerem sozinhas... e quanto à sua teoria, respeito embora dela discorde, conforme comentarei a seguir.

YAHOO!! escreveu:

Eu diria, do alto deste palanque virtual, que o solteiro é aquele sujeito que espera. Sim, o solteiro é aquele que espera a próxima rodada, o próximo final de semana, a próxima colega de trabalho, vizinha ou 'match' no Tinder. O solteiro é aquele que acredita que, ao dobrar a próxima esquina, vai trombar com o grande amor da sua vida.

O solteiro é um romântico que vive de esperança.

Discordo. E os arromânticos?

YAHOO!! escreveu:

Deixar de ser solteiro, mesmo que por um instante, seria como fechar as portas para aquilo que ainda está por acontecer.
Sabe aquele sujeito que começa a se dar bem no cassino, mas nunca sabe a hora de parar? Mesmo depois de ganhar algum dinheiro, ele vai continuar apostando mais e mais e mais... No fim, você sabe, eu sei, ele vai ser 'rapelado' - o carinha sortudo do início da noite vai sair bem mais pobre do que entrou.
Ser solteiro é flertar com uma insatisfação constante, é achar que merece mais e, claro, acreditar na força do acaso.
Ser solteiro é pensar em coisas assim e ainda achar graça.

Não dá pra generalizar...
cada um(a) está solteiro(a) por um motivo.

Tô ferrado então...