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  Depoimento de uma arromântica muito louca.

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MensagemAssunto: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty5/4/2021, 23:35

Deixo meu depoimento aqui, referente a ser arromântica e como consegui identificar esta nova eu que na verdade é bem velha, porque realizando minhas pesquisas sobre o tema na web, pouco encontrei sobre depoimentos para que então possa entender.

Sempre fui intensamente apaixonada, desde criança sempre tive os meus "crush" no colégio, desde quando me entendo por gente, apaixonar-se a distância sem nunca ter conhecido o que é estar apaixonada, e o toque, é como um abismo obscuro repleto de obstáculos a vencer sem nenhuma luz.

Sempre fui uma devoradora de livros de romance, tanto é que hoje, sendo escritora amadora, meus livros sempre trazem este tópico. Eu era vidrada pelo modo como as personagens se sentiam diante das investidinhas ou paqueradas dos pretendentes, as escritoras sempre trazem algo como "Tremidas no joelho durante o beijo, borboletas no estomago, pele arrepiada, falta de apetite" sintomas presentes em toda personagem apaixonada pelo mocinho ou vilão (as vezes acontece, né?), e que me deixavam carregada de paixão e uma vontade avassaladora de viver um romance tão puro e bonito quanto nos livros, acredito que esta é a primeira ilusão de toda garota, garoto e outros, além da ilusão de anime, mangá e os tão queridos doramas.

Parece fácil entender quando se está apaixonada quando se confia no conteúdo desses livros, mas são muitas vezes enganosos e cheia de purpurinas extras que não condiz com a realidade.

Eu me apaixonava por muita gente todos os dias, e tinha lá meus crushs fixos, os que sempre apareciam no colégio e na faculdade. Já havia me identificado assexual quando arrisquei a conhecer o primeiro crush, pensei que ia infartar de tanto nervosismo e ansiedade, apesar de pegar amizade fácil depois. Quando a amizade tornava mais intensa, obviamente eu e a pessoa já sabíamos nossas intenções, começava as investidas românticas da parte dele: sempre romântico, cheio de poemas e atitudes que eu ficaria super gamada lendo nos livros ou assistindo na televisão em um seriado adolescente, mas estava acontecendo comigo, e todos aqueles elogios meigos e atitudes românticas eram direcionados a mim, e ai a "coisa" começa a mudar.

Detestava mensagens carinhosas, figurinhas e áudios repletos de confissões, sempre tentava fugir para outro assunto porque estava fora de cogitação retribuir com figurinhas melosas que não tinham cabimento.

Assim que as pessoas se declaravam para mim, sentia e ainda sinto, uma espécie muito profunda de enjoo, aversão e desapego da pessoa. Pensei ser o tipo "sem noção que só quer conquistar", mas eu realmente gostava daquela pessoa até ser reciproco, dai pra frente, eu só queria nunca ter conhecido ela na vida.

Foi assim com meus relacionamentos, duravam pouco tempo, porque sempre fui fria e sem sentimentos, isto quebrava o clima romântico. Sentar para conversar, rir, brincar e se divertir eram minhas partes favoritas, mas quando chegava a hora dos abraços, dos amassos, beijos, carinhos e etc, só torcia para acabar de uma vez.

Cheguei a um ponto de passar 5 meses num relacionamento que peguei nojo nas primeiras semanas. Me forcei a isto, porque não queria acreditar que estava acontecendo a mesma coisa de antes. Comecei a desmarcar encontros, afundar nos estudos para ficar sem tempo, e até mentir situações para não encontrar com meu próprio namorado, acreditava que estavam me perdendo aos poucos naquele relacionamento, e apesar de tê-lo iniciado avisando a ele da minha dificuldade em entender se estou apaixonada ou não, ele quis iniciar o namoro como se meus anseios fossem evaporar no céu. Quando não aguentei mais e terminei, senti como se um peso enorme desaparecesse junto com minhas angustias, finalmente teria tempo para entender o que estava acontecendo comigo.

Sem borboletas no estomago, sem tremedeiras no joelho e arrepios, nada disso ocorreu no meu primeiro, segundo, terceiro beijo. Pensei que seria diferente ao beijar outras pessoas mas bem, surpresa, também era a mesma sensação do tipo "meu deus isso é uma língua? eca", não é de todo arromântico, mas eu tenho aversão a beijos e sério, troca de salivas não é nada higiênico.

No dia que descobri que sou arromântica, já tinha deparado com o tema antes, sabia o que era, mas não tinha depoimentos que me identificasse, por isso este meu depoimento é importante para que a próxima pessoa possa se identificar com algum relato de minhas experiências.

Descobrir a comunidade foi como descobrir a saída de um labirinto escuro, chorei, porque sou bem chorona, e no meu quarto sozinha olhei pro teto e soltei o sorriso mais aliviador dos meus anos de vida, exagero? acho que não. Para mim, foi como descobrir a cura de uma doença, apesar de não ser uma doença e sim uma particularidade que nos torna pessoas normais mas também especiais ao carregar uma bandeira aro tão mal compreendida pela sociedade.

É comum que alguns arromanticos, como meu caso, sintam a atração platônica que na comunidade por hora identificamos como Litorromântico: Pessoa que sente atração romântica porém, não deseja que isso seja recíproco, caso aconteça, a atração romântica desaparece.

Além disso, também sinto uma enorme admiração nas minhas amizades e isso acabou me confundindo e levando pra caminhos que não pertenciam a mim.

É importante que a gente se observe diante das pessoas porque seu nervosismo ou frieza diante de um toque pode não ser por conta da timidez ou falta de empatia, e sim porque você gosta daquela pessoa, porque a admira, e não porque quer manter um relacionamento.

Depois de um tempo que fui entender que nunca estive em busca de um namorado, e sim de companhias, amizades intensas cheias de aventuras saudáveis, eu continuo me apaixonando platonicamente por alguns homens que não tenho nenhuma vontade de aprofundar o interesse, assim como sou apaixonada pelos personagens em filmes e livros. Eu, arromantica, mas sou romântica pela vida, pelos amigos, e por meu eu, aprecio muito o romance literário e esta tudo bem ficar por isto mesmo.

Hoje tenho meu Squish, um amigo que mantenho uma amizade tão intensa que passamos muito tempo juntos, e esta perfeito assim.

Acredito que, o quanto antes deixar claro para as pessoas, melhor.Não tem nada melhor do que lutar pelo seu espaço.

Nasci acreditando que tinha um par romântico, que estava perdido por ai e precisava encontrar. Porém a parte que falta esta em nós mesmos. Prezo minha companhia e minha família mais do que qualquer coisa, e isto já me transborda.

Espero muito que tenha esclarecido alguns pontos e que ajude alguém.
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty6/4/2021, 16:42

Achei seu depoimento lindo demais! Acho que nunca vi ninguém mencionar litorromânticos aqui nessa plataforma, mas vi algumas coisas no Aven um tempo atrás, então acho fantástico que você esteja espalhando o conhecimento por aqui, com certeza vai ajudar alguém. 

Eu mesma, apesar de não ser litorromântica me identifiquei com muita coisa que você disse, já li muita coisa de romance, vi filmes e séries, sonhei por muito tempo com um romance como aqueles de dorama, uma coisa mais devagar do que a gente está acostumado, cheio de delicadeza, atenção e carinho, mas toda vez que isso chegava perto da realidade me dava uma repulsão.

Sou apaixonada pelo conceito do romance, adoro ver casais que estão felizes e sempre torço para que dê certo para eles, por muito tempo eu esperava isso para mim também, o que tornou difícil identificar que era arromântica, mas no fim eu acabei numa conclusão parecida com a sua. Só quero amizades que importem mais que tudo, dar para elas as mesmas lentes que eu via nos doramas, porque são essas amizades que me fazem feliz e elas merecem ser vistas como algo que tomam o meu coração por inteiro, algo tão lindo quanto qualquer história de romance.

Estou muito feliz que você tenha encontrado a gente aqui, espero que você sempre se sinta tão acolhida como eu me sinto.
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty6/4/2021, 20:16

A felicidade de vocês é cativante. Acho que essa questão da visibilidade funciona mesmo, então agradeço aos esforçados administradores pelo espaço. piscando

Aproveitando a citação da AcedeAlice acima, se quiser se refastelar de depoimentos (e souber inglês), acesse o fórum da AVEN!
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty6/4/2021, 20:46

LisaGi escreveu:
[i]
Descobrir a comunidade foi como descobrir a saída de um labirinto escuro, chorei, porque sou bem chorona, e no meu quarto sozinha olhei pro teto e soltei o sorriso mais aliviador dos meus anos de vida, exagero? acho que não.

Exagero nenhum! É mesmo como tirar um caminhão de pedras das costas.
A gente passa até a respirar melhor. A sensação é de pura leveza.
Obrigada pelo depoimento. Me identifiquei muito.
E bem-vinda ao Clube do Bolo! fatia de bolo sorrindo mais
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty6/4/2021, 20:53

LisaGi escreveu:
Deixo meu depoimento aqui, referente a ser arromântica e como consegui identificar esta nova eu que na verdade é bem velha, porque realizando minhas pesquisas sobre o tema na web, pouco encontrei sobre depoimentos para que então possa entender.

Sempre fui intensamente apaixonada, desde criança sempre tive os meus "crush" no colégio, desde quando me entendo por gente, apaixonar-se a distância sem nunca ter conhecido o que é estar apaixonada, e o toque, é como um abismo obscuro repleto de obstáculos a vencer sem nenhuma luz.

Sempre fui uma devoradora de livros de romance, tanto é que hoje, sendo escritora amadora, meus livros sempre trazem este tópico. Eu era vidrada pelo modo como as personagens se sentiam diante das investidinhas ou paqueradas dos pretendentes, as escritoras sempre trazem algo como "Tremidas no joelho durante o beijo, borboletas no estomago, pele arrepiada, falta de apetite" sintomas presentes em toda personagem apaixonada pelo mocinho ou vilão (as vezes acontece, né?), e que me deixavam carregada de paixão e uma vontade avassaladora de viver um romance tão puro e bonito quanto nos livros, acredito que esta é a primeira ilusão de toda garota, garoto e outros, além da ilusão de anime, mangá e os tão queridos doramas.

Parece fácil entender quando se está apaixonada quando se confia no conteúdo desses livros, mas são muitas vezes enganosos e cheia de purpurinas extras que não condiz com a realidade.

Eu me apaixonava por muita gente todos os dias, e tinha lá meus crushs fixos, os que sempre apareciam no colégio e na faculdade. Já havia me identificado assexual quando arrisquei a conhecer o primeiro crush, pensei que ia infartar de tanto nervosismo e ansiedade, apesar de pegar amizade fácil depois. Quando a amizade tornava mais intensa, obviamente eu e a pessoa já sabíamos nossas intenções, começava as investidas românticas da parte dele: sempre romântico, cheio de poemas e atitudes que eu ficaria super gamada lendo nos livros ou assistindo na televisão em um seriado adolescente, mas estava acontecendo comigo, e todos aqueles elogios meigos e atitudes românticas eram direcionados a mim, e ai a "coisa" começa a mudar.

Detestava mensagens carinhosas, figurinhas e áudios repletos de confissões, sempre tentava fugir para outro assunto porque estava fora de cogitação retribuir com figurinhas melosas que não tinham cabimento.

Assim que as pessoas se declaravam para mim, sentia e ainda sinto, uma espécie muito profunda de enjoo, aversão e desapego da pessoa. Pensei ser o tipo "sem noção que só quer conquistar", mas eu realmente gostava daquela pessoa até ser reciproco, dai pra frente, eu só queria nunca ter conhecido ela na vida.

Foi assim com meus relacionamentos, duravam pouco tempo, porque sempre fui fria e sem sentimentos, isto quebrava o clima romântico. Sentar para conversar, rir, brincar e se divertir eram minhas partes favoritas, mas quando chegava a hora dos abraços, dos amassos, beijos, carinhos e etc, só torcia para acabar de uma vez.

Cheguei a um ponto de passar 5 meses num relacionamento que peguei nojo nas primeiras semanas. Me forcei a isto, porque não queria acreditar que estava acontecendo a mesma coisa de antes. Comecei a desmarcar encontros, afundar nos estudos para ficar sem tempo, e até mentir situações para não encontrar com meu próprio namorado, acreditava que estavam me perdendo aos poucos naquele relacionamento, e apesar de tê-lo iniciado avisando a ele da minha dificuldade em entender se estou apaixonada ou não, ele quis iniciar o namoro como se meus anseios fossem evaporar no céu. Quando não aguentei mais e terminei, senti como se um peso enorme desaparecesse junto com minhas angustias, finalmente teria tempo para entender o que estava acontecendo comigo.

Sem borboletas no estomago, sem tremedeiras no joelho e arrepios, nada disso ocorreu no meu primeiro, segundo, terceiro beijo. Pensei que seria diferente ao beijar outras pessoas mas bem, surpresa, também era a mesma sensação do tipo "meu deus isso é uma língua? eca", não é de todo arromântico, mas eu tenho aversão a beijos e sério, troca de salivas não é nada higiênico.

No dia que descobri que sou arromântica, já tinha deparado com o tema antes, sabia o que era, mas não tinha depoimentos que me identificasse, por isso este meu depoimento é importante para que a próxima pessoa possa se identificar com algum relato de minhas experiências.

Descobrir a comunidade foi como descobrir a saída de um labirinto escuro, chorei, porque sou bem chorona, e no meu quarto sozinha olhei pro teto e soltei o sorriso mais aliviador dos meus anos de vida, exagero? acho que não. Para mim, foi como descobrir a cura de uma doença, apesar de não ser uma doença e sim uma particularidade que nos torna pessoas normais mas também especiais ao carregar uma bandeira aro tão mal compreendida pela sociedade.

É comum que alguns arromanticos, como meu caso, sintam a atração platônica que na comunidade por hora identificamos como Litorromântico: Pessoa que sente atração romântica porém, não deseja que isso seja recíproco, caso aconteça, a atração romântica desaparece.

Além disso, também sinto uma enorme admiração nas minhas amizades e isso acabou me confundindo e levando pra caminhos que não pertenciam a mim.

É importante que a gente se observe diante das pessoas porque seu nervosismo ou frieza diante de um toque pode não ser por conta da timidez ou falta de empatia, e sim porque você gosta daquela pessoa, porque a admira, e não porque quer manter um relacionamento.

Depois de um tempo que fui entender que nunca estive em busca de um namorado, e sim de companhias, amizades intensas cheias de aventuras saudáveis, eu continuo me apaixonando platonicamente por alguns homens que não tenho nenhuma vontade de aprofundar o interesse, assim como sou apaixonada pelos personagens em filmes e livros. Eu, arromantica, mas sou romântica pela vida, pelos amigos, e por meu eu, aprecio muito o romance literário e esta tudo bem ficar por isto mesmo.

Hoje tenho meu Squish, um amigo que mantenho uma amizade tão intensa que passamos muito tempo juntos, e esta perfeito assim.

Acredito que, o quanto antes deixar claro para as pessoas, melhor.Não tem nada melhor do que lutar pelo seu espaço.

Nasci acreditando que tinha um par romântico, que estava perdido por ai e precisava encontrar. Porém a parte que falta esta em nós mesmos. Prezo minha companhia e minha família mais do que qualquer coisa, e isto já me transborda.

Espero muito que tenha esclarecido alguns pontos e que ajude alguém.
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Passei boa parte da adolescência e parte da vida adulta tendo amores platônicos e idealizados. Sempre queria a proximidade com amizade e em alguns casoa com beijo e carícias. A relação sexual nunca foi chamativa pra mim nessa época.
Quando estava namorando sentia falta de ter uma amizade próxima pra me complementar. Inclusive tive uma grande amizade dos tempos de escolas que nunca virou um relacionamento até por termos muitas diferenças nesse sentido mas a gente se completava como amigos e durou dos mais de 10 anos atravessando até um casamento.
Hoje eu me identifico como Gray-A embora nem lembre a última relação que tive. Não sinto falta disso mas sinto falta de uma amizade conforme você descreveu.


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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty6/4/2021, 21:12

AcedeAlice

Senti que estava conversando comigo mesma lendo sua mensagem.

Você simplificou os fatos e me identifico mais ainda com seu breve relato. Adoro doramas, inclusive se já chegou a assistir: Pousando no amor, Jardim de meteoros, Nosso lugar secreto e Love Alarm, acho que sofremos bastantes de tanta paixão por essas séries maravilhosas.

As pessoas costumam achar que somos sim românticas amorosas quando nos apaixonamos por personagens em livros, filmes e series, ou quando vibramos de emoção quando rola aquela química maravilhosa do casal que shippamos no começo, mas a gente sabe que só fica por ai, conosco não soma, porque estamos apenas apaixonadas pelo conceito do romance, e o que ele faz com as pessoas (positivamente).

E a gente sabe que somos verdadeiramente apaixonadas pela arte, pela vida, e pelos laços familiares e de amizades.

Obrigada pela mensagem inclusive.
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty6/4/2021, 21:20

AnaGuimaraes escreveu:
LisaGi escreveu:
[i]
Descobrir a comunidade foi como descobrir a saída de um labirinto escuro, chorei, porque sou bem chorona, e no meu quarto sozinha olhei pro teto e soltei o sorriso mais aliviador dos meus anos de vida, exagero? acho que não.

Exagero nenhum! É mesmo como tirar um caminhão de pedras das costas.
A gente passa até a respirar melhor. A sensação é de pura leveza.
Obrigada pelo depoimento. Me identifiquei muito.
E bem-vinda ao Clube do Bolo! fatia de bolo sorrindo mais


Já me sinto super acolhida, e totalmente aliviada já que encontrei pessoas que confirmam que não estou louca em meu depoimento? rindo muito , isso só evidencia que estou no lugar certo e estou bem em finalmente relatar fatos que não deixo aberto para todos, nem todos entendem.
fatia de bolo coração roxo
Obrigada
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty6/4/2021, 21:33

kahu escreveu:
LisaGi escreveu:
Deixo meu depoimento aqui, referente a ser arromântica e como consegui identificar esta nova eu que na verdade é bem velha, porque realizando minhas pesquisas sobre o tema na web, pouco encontrei sobre depoimentos para que então possa entender.

Sempre fui intensamente apaixonada, desde criança sempre tive os meus "crush" no colégio, desde quando me entendo por gente, apaixonar-se a distância sem nunca ter conhecido o que é estar apaixonada, e o toque, é como um abismo obscuro repleto de obstáculos a vencer sem nenhuma luz.

Sempre fui uma devoradora de livros de romance, tanto é que hoje, sendo escritora amadora, meus livros sempre trazem este tópico. Eu era vidrada pelo modo como as personagens se sentiam diante das investidinhas ou paqueradas dos pretendentes, as escritoras sempre trazem algo como "Tremidas no joelho durante o beijo, borboletas no estomago, pele arrepiada, falta de apetite" sintomas presentes em toda personagem apaixonada pelo mocinho ou vilão (as vezes acontece, né?), e que me deixavam carregada de paixão e uma vontade avassaladora de viver um romance tão puro e bonito quanto nos livros, acredito que esta é a primeira ilusão de toda garota, garoto e outros, além da ilusão de anime, mangá e os tão queridos doramas.

Parece fácil entender quando se está apaixonada quando se confia no conteúdo desses livros, mas são muitas vezes enganosos e cheia de purpurinas extras que não condiz com a realidade.

Eu me apaixonava por muita gente todos os dias, e tinha lá meus crushs fixos, os que sempre apareciam no colégio e na faculdade. Já havia me identificado assexual quando arrisquei a conhecer o primeiro crush, pensei que ia infartar de tanto nervosismo e ansiedade, apesar de pegar amizade fácil depois. Quando a amizade tornava mais intensa, obviamente eu e a pessoa já sabíamos nossas intenções, começava as investidas românticas da parte dele: sempre romântico, cheio de poemas e atitudes que eu ficaria super gamada lendo nos livros ou assistindo na televisão em um seriado adolescente, mas estava acontecendo comigo, e todos aqueles elogios meigos e atitudes românticas eram direcionados a mim, e ai a "coisa" começa a mudar.

Detestava mensagens carinhosas, figurinhas e áudios repletos de confissões, sempre tentava fugir para outro assunto porque estava fora de cogitação retribuir com figurinhas melosas que não tinham cabimento.

Assim que as pessoas se declaravam para mim, sentia e ainda sinto, uma espécie muito profunda de enjoo, aversão e desapego da pessoa. Pensei ser o tipo "sem noção que só quer conquistar", mas eu realmente gostava daquela pessoa até ser reciproco, dai pra frente, eu só queria nunca ter conhecido ela na vida.

Foi assim com meus relacionamentos, duravam pouco tempo, porque sempre fui fria e sem sentimentos, isto quebrava o clima romântico. Sentar para conversar, rir, brincar e se divertir eram minhas partes favoritas, mas quando chegava a hora dos abraços, dos amassos, beijos, carinhos e etc, só torcia para acabar de uma vez.

Cheguei a um ponto de passar 5 meses num relacionamento que peguei nojo nas primeiras semanas. Me forcei a isto, porque não queria acreditar que estava acontecendo a mesma coisa de antes. Comecei a desmarcar encontros, afundar nos estudos para ficar sem tempo, e até mentir situações para não encontrar com meu próprio namorado, acreditava que estavam me perdendo aos poucos naquele relacionamento, e apesar de tê-lo iniciado avisando a ele da minha dificuldade em entender se estou apaixonada ou não, ele quis iniciar o namoro como se meus anseios fossem evaporar no céu. Quando não aguentei mais e terminei, senti como se um peso enorme desaparecesse junto com minhas angustias, finalmente teria tempo para entender o que estava acontecendo comigo.

Sem borboletas no estomago, sem tremedeiras no joelho e arrepios, nada disso ocorreu no meu primeiro, segundo, terceiro beijo. Pensei que seria diferente ao beijar outras pessoas mas bem, surpresa, também era a mesma sensação do tipo "meu deus isso é uma língua? eca", não é de todo arromântico, mas eu tenho aversão a beijos e sério, troca de salivas não é nada higiênico.

No dia que descobri que sou arromântica, já tinha deparado com o tema antes, sabia o que era, mas não tinha depoimentos que me identificasse, por isso este meu depoimento é importante para que a próxima pessoa possa se identificar com algum relato de minhas experiências.

Descobrir a comunidade foi como descobrir a saída de um labirinto escuro, chorei, porque sou bem chorona, e no meu quarto sozinha olhei pro teto e soltei o sorriso mais aliviador dos meus anos de vida, exagero? acho que não. Para mim, foi como descobrir a cura de uma doença, apesar de não ser uma doença e sim uma particularidade que nos torna pessoas normais mas também especiais ao carregar uma bandeira aro tão mal compreendida pela sociedade.

É comum que alguns arromanticos, como meu caso, sintam a atração platônica que na comunidade por hora identificamos como Litorromântico: Pessoa que sente atração romântica porém, não deseja que isso seja recíproco, caso aconteça, a atração romântica desaparece.

Além disso, também sinto uma enorme admiração nas minhas amizades e isso acabou me confundindo e levando pra caminhos que não pertenciam a mim.

É importante que a gente se observe diante das pessoas porque seu nervosismo ou frieza diante de um toque pode não ser por conta da timidez ou falta de empatia, e sim porque você gosta daquela pessoa, porque a admira, e não porque quer manter um relacionamento.

Depois de um tempo que fui entender que nunca estive em busca de um namorado, e sim de companhias, amizades intensas cheias de aventuras saudáveis, eu continuo me apaixonando platonicamente por alguns homens que não tenho nenhuma vontade de aprofundar o interesse, assim como sou apaixonada pelos personagens em filmes e livros. Eu, arromantica, mas sou romântica pela vida, pelos amigos, e por meu eu, aprecio muito o romance literário e esta tudo bem ficar por isto mesmo.

Hoje tenho meu Squish, um amigo que mantenho uma amizade tão intensa que passamos muito tempo juntos, e esta perfeito assim.

Acredito que, o quanto antes deixar claro para as pessoas, melhor.Não tem nada melhor do que lutar pelo seu espaço.

Nasci acreditando que tinha um par romântico, que estava perdido por ai e precisava encontrar. Porém a parte que falta esta em nós mesmos. Prezo minha companhia e minha família mais do que qualquer coisa, e isto já me transborda.

Espero muito que tenha esclarecido alguns pontos e que ajude alguém.
Bizarro é ótimo.
estrela




Passei boa parte da adolescência e parte da vida adulta tendo amores platônicos e idealizados. Sempre queria a proximidade com amizade e em alguns casoa com beijo e carícias. A relação sexual nunca foi chamativa pra mim nessa época.
Quando estava namorando sentia falta de ter uma amizade próxima pra me complementar. Inclusive tive uma grande amizade dos tempos de escolas que nunca virou um relacionamento até por termos muitas diferenças nesse sentido mas a gente se completava como amigos e durou dos mais de 10 anos atravessando até um casamento.
Hoje eu me identifico como Gray-A embora nem lembre a última relação que tive. Não sinto falta disso mas sinto falta de uma amizade conforme você descreveu.




Você tem razão, pelo menos quando descobri mais sobre o termo Squish, comecei a entender que se não queria buscar um relacionamento na minha vida, existia a possibilidade de encontrar um amizade intensa. Sei um pouco sobre Gray-A, pensei ser assim com relação a assexualidade, mas depois de uma autorreflexão entendi que sou estrita. Acho que quando você explica seus limites e sobre você para alguém que te respeita, acredito que tem grande chance de virar uma amizade de se levar pra viagens, pra momentos bons, e uma amizade de 10 anos é muito tempo, fico feliz que exista essa possibilidade, hoje em dia, amizade tem tantos obstáculos e nem sempre duram.

Agradeço pelo depoimento  Depoimento de uma arromântica muito louca. 1f49b  Depoimento de uma arromântica muito louca. 1f49b
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty7/4/2021, 09:33

LisaGi escreveu:
AcedeAlice

Senti que estava conversando comigo mesma lendo sua mensagem.

Você simplificou os fatos e me identifico mais ainda com seu breve relato. Adoro doramas, inclusive se já chegou a assistir: Pousando no amor, Jardim de meteoros, Nosso lugar secreto e Love Alarm, acho que sofremos bastantes de tanta paixão por essas séries maravilhosas.

As pessoas costumam achar que somos sim românticas amorosas quando nos apaixonamos por personagens em livros, filmes e series, ou quando vibramos de emoção quando rola aquela química maravilhosa do casal que shippamos no começo, mas a gente sabe que só fica por ai, conosco não soma, porque estamos apenas apaixonadas pelo conceito do romance, e o que ele faz com as pessoas (positivamente).

E a gente sabe que somos verdadeiramente apaixonadas pela arte, pela vida, e pelos laços familiares e de amizades.

Obrigada pela mensagem inclusive.

Não precisa agradecer não, eu também fiquei super feliz de ler o que você escreveu, é sempre bom encontrar alguém que vai na mesma vibe e tem uma perspectiva parecida com a nossa, eu fico toda empolgada, apesar de ser bem introvertida e antissocial kkkkkk.

Desses daí já vi Jardim de Meteoros e Love Alarm. Um dos meus favoritos de todos os tempos é Something in the Rain, foi um dos primeiros que eu vi e posso dizer que ninguém supera o Jun-hui, sou completamente apaixonada por ele (do jeito mais aro possível), o dorama também toca em uns assuntos como o lugar da mulher no mercado de trabalho e com certeza vale a pena ver, se você não viu ainda. Primeira Vez Amor e Hello, My Twenties, embora a minha parte favorita desse último não seja o romance e sim a amizade entre as meninas, são outros dois que achei muito bons. Vou adicionar Pousando no Amor e Nosso Lugar Secreto na minha lista para ver depois piscando
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty7/4/2021, 21:56

AcedeAlice escreveu:
LisaGi escreveu:
AcedeAlice

Senti que estava conversando comigo mesma lendo sua mensagem.

Você simplificou os fatos e me identifico mais ainda com seu breve relato. Adoro doramas, inclusive se já chegou a assistir: Pousando no amor, Jardim de meteoros, Nosso lugar secreto e Love Alarm, acho que sofremos bastantes de tanta paixão por essas séries maravilhosas.

As pessoas costumam achar que somos sim românticas amorosas quando nos apaixonamos por personagens em livros, filmes e series, ou quando vibramos de emoção quando rola aquela química maravilhosa do casal que shippamos no começo, mas a gente sabe que só fica por ai, conosco não soma, porque estamos apenas apaixonadas pelo conceito do romance, e o que ele faz com as pessoas (positivamente).

E a gente sabe que somos verdadeiramente apaixonadas pela arte, pela vida, e pelos laços familiares e de amizades.

Obrigada pela mensagem inclusive.




Não precisa agradecer não, eu também fiquei super feliz de ler o que você escreveu, é sempre bom encontrar alguém que vai na mesma vibe e tem uma perspectiva parecida com a nossa, eu fico toda empolgada, apesar de ser bem introvertida e antissocial kkkkkk.

Desses daí já vi Jardim de Meteoros e Love Alarm. Um dos meus favoritos de todos os tempos é Something in the Rain, foi um dos primeiros que eu vi e posso dizer que ninguém supera o Jun-hui, sou completamente apaixonada por ele (do jeito mais aro possível), o dorama também toca em uns assuntos como o lugar da mulher no mercado de trabalho e com certeza vale a pena ver, se você não viu ainda. Primeira Vez Amor e Hello, My Twenties, embora a minha parte favorita desse último não seja o romance e sim a amizade entre as meninas, são outros dois que achei muito bons. Vou adicionar Pousando no Amor e Nosso Lugar Secreto na minha lista para ver depois piscando




Uau sim! Pousando no amor é o meu favorito, e me sinto muito desatualizada porque pesquisei o dorama Something in the Rain, e a protagonista é a mesma (adoro ela). Jardim de Meteoros, nunca vou entender porque sempre fiquei boiolinha com o daoming si, mentira, só de olhar pra ela já é compreensível, muito fofo. E Love Alarm me surpreendeu na nova temporada. Com certeza Something in the Rain esta na minha lista agora. Preciso de plataformas boas para doramas que não seja o Viky, se souber de alguma, por favor me socorre.
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty9/4/2021, 19:11

Aaaa, super feliz de ter lido seu depoimento. Estava real me sentindo meio deslocada e um tanto confusa... Me identifico em muitos pontos com você, tirando o lance de eu ter namorado por uns 3 anos... Acredito que tenha a ver com eu não ser arromantica? Quem sabe... Mas agora que estou solteira, acabei percebendo vários pontos e situações que não encaixavam em um conceito alo de relacionamento e que eu mesma nunca reparava. Geralmente as pessoas apontavam que eu era "insensível", "rude", "grosseira", e eu não compreendia muito bem o porquê. Acredito que no meu relacionamento, mesmo gostando do meu ex, gostando da sua companhia, da pessoa que ele era, etc (ele era tudo oq eu idealizei em um companheiro tipo. Totalmente), faltava alguma coisa... Que eu não conseguia identificar o que era.
Eu nunca me senti confortável beijando de língua... Nunca entendi o propósito e nunca senti nada, pelo menos não por muito tempo. Além disso eu sinto repulsa depois do beijo ou seja, fico desconfortável, a famosa "depressão pós beijo", por uns dias... Com o meu ex foi a mesma coisa. No começo essa repulsa era insuportável, e então eu até acostumei com ela... Mas determinados contatos físicos ou demonstrações de afeto eram "difíceis de engolir"... Então do início do namoro até o final, nunca parei de me questionar se eu realmente gostava dele... Se eu gostava dele como sempre vi q alos se gostam, no mínimo... Ou nas fantasias, nos livros, histórias, etc.

Agora, pelo menos, sou capaz de ter um outro olhar sobre a situação... Também sempre fui do tipo de se apaixonar fácil, até por várias pessoas ao mesmo tempo... E realmente n me incomodava a pessoa nutrir sentimentos por mim também, na vdd isso me agradava mais. Acredito que oq realmente me atrai é o "jogo da paquera". É divertido, emocionante... Principalmente com a paixão... Mas então, quando a coisa fica mais séria, tirando com o meu ex, fugi de qualquer comprometimento e contato físico. No momento acredito que nunca gostei de nenhuma das pessoas que julguei gostar... Acredito que me apaixonei pelas minhas próprias ideaçoes sobre elas e no nosso relacionamento, mas é muito cansativo pensar em dar continuidade a esse "amor", principalmente levando em conta que eu vou me desiludir um pouco...

De um modo geral... Ainda estou me percebendo e me descobrindo. Tive a mesmíssima reação que você quando pôde dizer com alívio que era ace... Eu mesma não consegui conter meu próprio sorrisao... Finalmente pude dizer a mim mesma que não precisava forçar nada... Eu podia respeitar o meu espaço e o meu tempo e também agora era mais capaz de comunicar as pessoas sobre eles... Enfim, acredito que em algum momento vou me descobrir arromantica também... Eu sinto um tanto lá no fundo que só está esperando para se reafirmar... Paciência então...
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty11/4/2021, 14:46

Karnonha escreveu:
Aaaa, super feliz de ter lido seu depoimento. Estava real me sentindo meio deslocada e um tanto confusa... Me identifico em muitos pontos com você, tirando o lance de eu ter namorado por uns 3 anos... Acredito que tenha a ver com eu não ser arromantica? Quem sabe... Mas agora que estou solteira, acabei percebendo vários pontos e situações que não encaixavam em um conceito alo de relacionamento e que eu mesma nunca reparava. Geralmente as pessoas apontavam que eu era "insensível", "rude", "grosseira", e eu não compreendia muito bem o porquê. Acredito que no meu relacionamento, mesmo gostando do meu ex, gostando da sua companhia, da pessoa que ele era, etc (ele era tudo oq eu idealizei em um companheiro tipo. Totalmente), faltava alguma coisa... Que eu não conseguia identificar o que era.
Eu nunca me senti confortável beijando de língua... Nunca entendi o propósito e nunca senti nada, pelo menos não por muito tempo. Além disso eu sinto repulsa depois do beijo ou seja, fico desconfortável, a famosa "depressão pós beijo", por uns dias... Com o meu ex foi a mesma coisa. No começo essa repulsa era insuportável, e então eu até acostumei com ela... Mas determinados contatos físicos ou demonstrações de afeto eram "difíceis de engolir"... Então do início do namoro até o final, nunca parei de me questionar se eu realmente gostava dele... Se eu gostava dele como sempre vi q alos se gostam, no mínimo... Ou nas fantasias, nos livros, histórias, etc.

Agora, pelo menos, sou capaz de ter um outro olhar sobre a situação... Também sempre fui do tipo de se apaixonar fácil, até por várias pessoas ao mesmo tempo... E realmente n me incomodava a pessoa nutrir sentimentos por mim também, na vdd isso me agradava mais. Acredito que oq realmente me atrai é o "jogo da paquera". É divertido, emocionante... Principalmente com a paixão... Mas então, quando a coisa fica mais séria, tirando com o meu ex, fugi de qualquer comprometimento e contato físico. No momento acredito que nunca gostei de nenhuma das pessoas que julguei gostar... Acredito que me apaixonei pelas minhas próprias ideaçoes sobre elas e no nosso relacionamento, mas é muito cansativo pensar em dar continuidade a esse "amor", principalmente levando em conta que eu vou me desiludir um pouco...

De um modo geral... Ainda estou me percebendo e me descobrindo. Tive a mesmíssima reação que você quando pôde dizer com alívio que era ace... Eu mesma não consegui conter meu próprio sorrisao... Finalmente pude dizer a mim mesma que não precisava forçar nada... Eu podia respeitar o meu espaço e o meu tempo e também agora era mais capaz de comunicar as pessoas sobre eles... Enfim, acredito que em algum momento vou me descobrir arromantica também... Eu sinto um tanto lá no fundo que só está esperando para se reafirmar... Paciência então...



Você disse tudo, principalmente com relação a não se forçar a nada. Eu, pelo menos acredito ter sido muito agressiva com meus sentimentos, forçando emoções nunca existentes, decorando momentos péssimos para ignorar o fardo de não estar apaixonada. Essa depressão pós beijo é muito real kkk, lembro que me sobia uma vontade de enjoo gigantesca. Estar apaixonada pelas ideações também é algo que costumei a fazer, e entender que gosto do contexto, do que fantasio em minha mente, mas nada é melhor do que isso, a prática, é agoniante. Também fico cansada em pensar no depois, particularmente gosto muito do meu espaço, e sempre odiei gastar meu fim de semana para sair com meu namorado, porque nunca era proveitoso: eu perdia uma tarde de filmes com minha família, perdia momentos bons com pessoas que amo, para ficar ao lado de alguém que se quer gostei. Todo o comprometimento de sair com a pessoa, e estar constantemente conversando com ela, é algo natural para os alos, que para mim, é como uma cobrança, uma obrigação, nunca natural. Sempre quando elogiava meu namorado, respondendo a seus carinhos, eu dizia aquilo que ele queria escutar, nunca veio de mim. Vejo a enorme diferença comparar com uma linha estreita, com as amizades, é mais leve, não tem muito comprometimento, e a preocupação que sinto é natural como se preocupar com um irmão.
Acho que você estar nesse processo de autoconhecimento e descoberta como disse, é construtivo, evoluído. Quem sabe de repente, arromantica gray-a, hoje temos explicações para quase tudo, mas não precisamos nos agarrar a estes rótulos se não quisermos.
Agradeço pelo depoimento.
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty19/4/2021, 00:37

Oie, sou demissexual e me identifiquei em alguns pontos do seu depoimento, achei muito lindo a forma como vc escreveu consigo entender o seu lado. Se não for intromissão gostaria de fazer uma pergunta: eu não entendo muito bem como funciona a relação entre uma pessoa e o Squish dela, você sente ciúmes do seu Squish? É um tipo de amor platônico? Como ele lida com isso?

Me desculpe se foram muitas perguntas, se não quiser não precisa responder.
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty27/4/2021, 06:00

Ahhh, amei demais! Mesmo dentro da comunidade assexual há diversas classificações e formas de sentir, então é muito bom ler depoimentos de pessoas que se sentem exatamente como você. É como ler sobre mim mesma! É tão… confortável! sorrindo
Também me identifico como assexual (estrita) arromantica.
E sou assim desde que me entendo por gente.
Lembro-me que quando muito criança discutia com minha irmã mais nova sobre quem "casaria" com um tio nosso, bem mais velho, que sempre brincava com a gente. Essas coisas que toda criança fala, sabe? Também lembro de uma outra paquerinha de criança semelhante, direcionada a um menino adolescente que sempre parava na frente do meu prédio com amigos para conversar e eu e minha irmã ficamos gritando o nome dele. Eu deveria ter menos de 12. E obviamente eram apenas brincadeiras infantis sem entendimento. (Eu tinha meus crush em 2D/ficção também, hahaha as vezes eu gostava era do conceito por trás de uma relação/personagem. Animais ou humanos, um dos meus primeiros amores do tipo foi Jack (O Estranho Mundo de Jack). ^^'
Mas conforme eu ia crescendo eu comecei a colocar na mente que não desejava casar, e nem namorar, admito que a péssima relação entre meus pais influenciou de certa forma para que eu assim pensasse (via minha mãe trabalhando como uma escrava e brigas). Mas tudo sempre foi muito natural para mim, não é como se eu estivesse me reprimindo ou algo do tipo. Na verdade, o interesse por esse tipo de relações Nunca surgiu!
Então sobre a ilusão, acho que nunca tive isso. Pois nunca fui uma pessoa romântica desde pequena, não me atraiam os assuntos das meninas sobre meninos e novelinhas adolescentes, musicais e afins que eu julgava e considerava tremendas idiotices. Eu preferia a conversa dos meninos sobre vídeo games… Eu era muito cética em relação a existência do amor. Como disse acima, minha péssima relação familiar pode ter me influenciado nessa visão, mas sempre fui muito consciente das coisas ao meu redor. Eu nunca me encaixei porque era como se eu estivesse em outra sintonia, minha forma de pensar era muito diferente da forma que as outras crianças pensavam hahaha Era chamada de pessimista por minhas amigas, mas na verdade eu era apenas Realista. Então conforme eu ia crescendo eu observava tudo à minha volta, eu não entendia por que as pessoas do meu colégio estavam entrando em relacionamentos românticos sendo tão novos, eu pensava que éramos todos tão jovens, éramos crianças, eu pensava que isso era algo para se fazer quando se é adulto, que era perda de tempo se preocupar com tais coisas, tínhamos tanto para aprender ainda… Não entendia o que tinha de tão legal nisso, e julgava-os falsos, porque os via fazer juras de amor eterno uma ora e em menos de 1 ano já estava tudo terminado, isso não entrava na minha cabeça. Eu via alguns sofrendo de depressão por causa dos términos do namoro. E pensava qual o sentido nisso, qual a graça de brincar com os próprios sentimentos? Na minha mente isso era algo perigoso. Se o amor romântico é algo maior que a amizade como dizem então porque me parecia tão mais banal? Eu pensava. Então aos 14 anos (muitas experiências começaram aqui) quando fui "iniciada" no mundo da cultura pop oriental e comecei a consumir animes e mangás, fanfics, e comecei a gostar de ler, percebi que aquele amor puro que vemos tanto nas ficções, não existia, no mundo real, mas que se existisse era algo tão profundo que seria doloroso demais brincar, não algo banal como via acontecer por todos os lados.
Os primeiros meninos que apareceram com interesses românticos, eu tinha a idade de 14/15. Eu sempre começa toda amizade com meninos com um "vamos apenas ser amigos" kkkkk (sério), isso não fazia muita diferença, geralmente a amizade acabava quando eles descobriam que eu não ia "mudar de ideia", ou quando arrumavam uma namorada.
Um dos primeiros, me fazia juras de amor no falecido chat MSN, poemas, músicas, e a primeira vez que veio à um festival que aconteceu no meu condomínio (chamado pela minha mãe) "ficou" com a minha prima. hahaha Então eu não poderia deixar de pensar em toda essa banalidade, inconsistência e até inexistência dessa coisa que chamavam de "amor romântico".
Agora lembro que o mais longe que cheguei foi de namorar virtualmente, pois eu jogava MMORPGs, onde se podia casar e essas coisas, mas estavam mais para relações de amizades à distância.
Eu sinto de toda minha alma que é exatamente como vocês disseram, somos apaixonados demais pelo conceito de amor, não sei se todo assexual arromantico é assim, mas lendo o depoimento de vocês eu achei incrível, é como ler algo eu mesma escrevi. Eu cresci e descobri que minha visão de amor era extremamente idealizada, coisas que eu sabia que na vida real as chances de acontecer eram quase nulas.
Os romances dos animes e mangás (e cultura oriental em geral) costumam muitas vezes retratar coisas assim, puras e idealizadas, além da beleza estética perfeita da arte, então eu simplesmente me apaixonei por esse mundo "sem defeitos".
Na adolescência eu tinha extrema dificuldade de achar meninos bonitos, e os ídolos das minhas amigas de escola, não entendia a euforia delas, eu sempre estava às margem dessas conversas… Isso mudou mais tarde, quando eu comecei a ter meus próprios idols da cultura pop oriental, kkkk das músicas que eu ouvia e tal. No princípio minha admiração estava ligada ao talento, mas logo me acostumei e me apaixonei pela estética também.
Me apaixonei pelos romances mostrados nos BLs/yaoi, onde o conceito de amor ultrapassava a barreira de gênero. Onde o protagonista masculino não gostava de você só porque você era uma garota (isso sempre me incomodou, na vida real sempre me questionava: quando um garoto te pedia em namoro, tão rápido, até onde era amor e até onde era apenas conveniência? As pessoas românticas e alos, namoram porque se amam ou é apenas por norma social, conveniência, interesses próprios? O fato é que há muito disso)
No BL a coisa das almas gêmeas parecia mais real. Existia um enorme obstáculo a ser vencido em nome do "amor" (Claro que isso não corresponde à realidade no mundo real. Mas eu era uma adolescente naquela época) Eu pensei "uau". Tais coisas também me levaram a nutrir certos conceitos de amor errôneos, (mas apenas em minha mente/opiniões), que foram resolvidos com a consciência da idade adulta.
A frase do anime Welcome to the NHK: “romantic love is a trap to expand the capitalist system”. Sempre me parece tão real!
E eu tenho uma fascinação por saber como as pessoas reais se apaixonam loucamente, eu penso que elas apenas estão enganando a si mesmas.
Talvez por isso sempre me interessou estudar sobre sexualidade, tanto no ponto de vista histórico quanto no psicológico. Para tentar entender as pessoas, mas também para tentar entender eu mesma.
Agora, assim como vocês, também tive meus crushszinhos reais, que olhava de longe. Podia ser qualquer um(a). Mas nunca passou disso, nunca tive uma vontade forte o suficiente que me impulsionasse a me declarar ou a começar/aceitar um namoro, fossem desconhecidos ou amigos de anos.
Eu percebi recentemente olhando meu presente e passado que muitos homens, amigos que eu nutria sentimentos de admiração profunda se transformaram em sentimentos de aversão quando tais se declaravam de forma direta, (essa questão do Litorromântico). Sinto isso mesmo quando imagino situações hipotéticas.
Nunca me forcei a nada, nem senti a necessidade de fazer algo contra minha vontade (apesar de saber sim, a pressão é enorme), pelo contrário, eu achava que todos estavam loucos e eu era a única normal, na verdade eu nunca me encaixei bem nos padrões e nunca fiz questão disso. Eu era diferente e aceitava isso.
Sobre amizades: eu também sinto enorme e profunda admiração nas minhas amizades, o que me levava a questionar: porque ser de apenas uma pessoa (namoro) se você pode ser de várias (amizade)? Kkkkk Não é verdade?! Pra que namorar? Assumir responsabilidades que eu não vou aceitar cumprir (mas que seriam completamente compreensíveis em uma relação romântica)? Wtf?
Esses tipos de pensamentos sobre relacionamentos, amor x namoro x amizade ainda são um mistério para mim, e gosto de meditar sobre tais questões haha.
Também acho beijos, entre outras coisas, que as pessoas parecem praticar com total naturalidade terrivelmente "nada higiênico", como você descreveu acima hahaha >_<' eu nunca tive curiosidade de beijar e quanto mais eu penso menos eu quero.
Mas como discutido no tópico, também sinto atração emocional, afinal somos seres humanos, por tanto, seres sociáveis e por mais anti social que eu seja, também sinto falta de companhia humana. Gosto de me isolar muitas vezes, mas se tenho uma pessoa vez ou outra já sou feliz, não é a quantidade que importa. É como aquele poema que diz: "Se todo o mundo nos virar as costas e, no meio desse mundo, uma flor, nem que seja uma única flor de amizade nascer em nosso jardim, então toda a vida já terá valido a pena." (Amigos são flores e poemas)
E sobre isso eu sempre senti que era mais intensa que os outros. Apesar de ser anti social e preferir mil vezes a ficar em casa do que sair de casa,
Quando tive meus primeiro grupo de amigas ao me mudar para um colégio novo aos 14/15 anos, quando tudo acabou dois anos depois, pois todas se dispersaram para outras escolas, eu sofri!
Eu nem podia imaginar, como você mencionou, semelhantemente sair com elas para mim sempre me deixava com uma sensação de "perda de tempo".
Mas depois eu parecia a única a sofrer! Fazer laços e depois rompê-los como se fossem nada era algo incompreensível para mim, pensava "como as pessoas conseguem viver assim?"; "Isso é o normal?", Mas aprendi que isso era a vida. Hoje ainda sofro sozinha mas sinto meu coração mais endurecido (vamos dizer assim), eu mesmo passei a desfazer maioria dos meus laços depois de um tempo para nunca me apegar a ninguém. Os que sobram disso são os que ficarão. Mas a verdade é essa, nascemos e morremos sozinhos. E entendi que tenho que aprender a ser autossuficiente, independente, pois no fim nada é para sempre.
Ao longo da vida me classifiquei de diversas formas (hetero, depois panssexual) sem levar os rótulos a sério, apenas queria entender por que eu não era como a maioria, tive alguns conflitos na adolescência, até finalmente chegar à comunidade assexual em 2017 e descobrir que existia termos muito melhores para descrever minha sexualidade (ou a falta dela) Eu percebi que minha atração era direcionado a qualquer coisa que eu achava bonito, mas sem qualquer pretensão além da admiração.
Você falou uma coisa muito certa. Se fala muito em experimentar de tudo, e tal (o que muitas vezes confunde mais que ajuda) mas pouco sobre conhecer a si mesmo, como você sabiamente colocou a "autorreflexão''. Eu acho que esse é o melhor conselho, todas as respostas estão dentro de nós.
Eu não estou esperando a pessoa certa, tampouco estou procurando alguém. Eu me sinto completa sem ter que entrar em um relacionamento amoroso romântico, qual exigiria responsabilidades e prioridades cujo não estou disposta a cumprir. Estou casada com meus hobbys. Mas se um dia eu mudar, então mudei. ( E provavelmente seria uma questão prática, pois apesar de acreditar que a sexualidade humana é flexível, estou certa de que para mim se apaixonar como as pessoas "normais" fazem é impossível.)
O amor platónico sempre foi meu ideal de amor. Amor para mim é algo que não espera nada em troca, você ama porque sim. E eu faço tudo pelas pessoas que amo.
Mas os relacionamentos amorosos românticos sempre me pareceram uma troca de interesses, sabe? Troca de necessidades. Como pode uma amizade de anos, de sangue ou não, ser destruída por alguém que você acabou de conhecer? Eu perdi muitos amigos assim (por o resto).
Me debulho em lágrimas lendo livros como O Pequeno Príncipe, que tratam sobre amizade de forma tão profunda, delicada e filosófica.
Ouso dizer que sofremos mais de amor do que aqueles que se dizem românticos, mas somos diferentes...
E o que mais me chateia/irrita é a falta de compreensão dos outros, eles simplesmente não entendem como sentimos, ou melhor eles não querem entender.
Tem uma frase que li em um dos primeiros depoimentos no site da comunidade que nunca mais esqueci, que era assim: "nas minhas reflexões descobri que o amor é uma forma de viver a sexualidade sem o ato sexual"
Bem vou parar por aqui! Acabei fazendo um testamento ;-; seu texto lindo me fez refletir minha vida inteira, me identifiquei muito. Obrigada pelo excelente tópico e depoimento!


Ah e sobre Doramas *-* Conheço todos os que vocês citaram… Pousando no amor é legal? Eu queria ver, mas é muito romântico? >_<… Atualmente eu estou vendo Vincenzo que é da mesma diretora. E já tô sofrendo incrivelmente porque vai acabar! Ahhhhhh nosso relacionamento vai terminar! Estou apaixonada demasiadamente por esse k-drama, Os personagens, os atores ;-; todo mundo tem que ver isso!
Song Joong-ki T_T Ok Taec-yeon T_T Kwak Dong-yeon T_T Jeon Yeo-been T_T
Dói de verdade u_ú.

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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty27/4/2021, 06:07

Pablø escreveu:
Oie, sou demissexual e me identifiquei em alguns pontos do seu depoimento, achei muito lindo a forma como vc escreveu consigo entender o seu lado. Se não for intromissão gostaria de fazer uma pergunta: eu não entendo muito bem como funciona a relação entre uma pessoa e o Squish dela, você sente ciúmes do seu Squish? É um tipo de amor platônico? Como ele lida com isso?

Me desculpe se foram muitas perguntas, se não quiser não precisa responder.

Não sou a melhor pessoa para responder isso. Pelo que sei é uma relação platónica/amizade.
Sobre ciúmes, isso é um sentimento humano completamente normal, é normal sentir ciúmes de quem gostamos, não? E eu não estou falando de namoro, mas de amigos e parentes, e tal. Claro nada com exagero é saudável.
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty27/4/2021, 13:17

LisaGi escreveu:
Acredito que, o quanto antes deixar claro para as pessoas, melhor. Não tem nada melhor do que lutar pelo seu espaço.

Gostei muito de conhecer um pouco da sua trajetória Lisa, e a leveza com que escreveu. E conheci dois novos termos que nunca tinha ouvido falar: litorromântico e squirt. O mundo seria tão mais simples se as pessoas fossem racionais como você!

[ ]'s e obrigado por dispor do seu tempo para compartilhar sua história
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty27/4/2021, 13:56

Pablø escreveu:
Oie, sou demissexual e me identifiquei em alguns pontos do seu depoimento, achei muito lindo a forma como vc escreveu consigo entender o seu lado. Se não for intromissão gostaria de fazer uma pergunta: eu não entendo muito bem como funciona a relação entre uma pessoa e o Squish dela, você sente ciúmes do seu Squish? É um tipo de amor platônico? Como ele lida com isso?

Me desculpe se foram muitas perguntas, se não quiser não precisa responder.



Fico muito contente que tenha se identificado com esse depoimento, isso aquece meu coração de verdade coração vermelho. Mas vou responder sim, sem nenhum problema, e pra ser sincera eu nem tinha refletido sobre isso tão intensamente até me fazerem essa pergunta, foi importante. Ter um Squish na minha opinião depende mais da outra pessoa do que de você mesmo, depende se ela é demi, aro, ace..., pra saber trabalhar bem com os lados durante a jornada.
Squish é quando você tem uma admiração pela pessoa, gosta muito da companhia dela, tem uma forte ligação e quer se aventurar mundo a fora com esta pessoa, isto, é o que eu sinto, porque varia de aro para aro.
O Squish precisa ter uma mente bem aberta para que esse tipo de relação aconteça, essa amizade profunda, continue. Ele precisa saber dos seus limites - no meu caso, ele sabe que não pode me abraçar, pegar na minha mão, nem qualquer ato de carinho - ele é bem romântico com palavras nas nossas conversas, mas sabe que não retribuo o mesmo porque não sinto esse lado romântico, e ele não se importa em não ter uma devolutiva - por isto digo que seu Squish precisa ter uma mente aberta - Queremos viajar, nos divertir e aventurar juntos, gostamos mais da companhia um do outro do que qualquer outra coisa. Conhecer os lados um do outros, é o principal passo para manter o equilíbrio sem que um fique mal. Quanto a ciúmes, nunca senti, pelo contrario, sempre me ocorreu um forte sentimento de torcida para ele encontrar alguém de luz - apenas me ocorre o receio da pessoa não entender nossa relação Squish - Ele é demissexual, e como temos uma conexão bem profunda, sempre avisei a ele como era alguém arromantico, que não queria ter nenhum relacionamento, e como me sentia a respeito do lado romântico dele. Ele entendeu super bem, acredito que tenha lidado da melhor forma, e foi aliviador para os dois lado ao saber que: ele poderia continuar sendo romântico no seu limite comigo, e eu continuaria ignorando, e sendo eu mesma, brincalhona.

Espero ter sanado algumas duvidas, é tudo um processo de equilíbrio mesmo.
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty27/4/2021, 14:18

Shaka escreveu:
LisaGi escreveu:
Acredito que, o quanto antes deixar claro para as pessoas, melhor. Não tem nada melhor do que lutar pelo seu espaço.

Gostei muito de conhecer um pouco da sua trajetória Lisa, e a leveza com que escreveu. E conheci dois novos termos que nunca tinha ouvido falar: litorromântico e squirt. O mundo seria tão mais simples se as pessoas fossem racionais como você!

[ ]'s e obrigado por dispor do seu tempo para compartilhar sua história


Eu que sou grata ao ver o quão fui bem recebida, e o quão consegui puxar alguns depoimentos junto ao meu. Agradeço aos elogios, e a foto do Shaka, é meu personagem favorito do CDZ.
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty27/4/2021, 15:15

[quote=Tem uma frase que li em um dos primeiros depoimentos no site da comunidade que nunca mais esqueci, que era assim: "nas minhas reflexões descobri que o amor é uma forma de viver a sexualidade sem o ato sexual"[/quote]


Sinto que você filosofou em cada palavra, cada delicada e intensa frase do seu depoimento, admito que queria que não acabasse mais, foi como respirar minha própria essência, apesar de cada um ter lá suas particularidades. Você foi perfeita, e vibrei de emoção no seu depoimento, porque ainda que eu tenha feito o meu, o seu completou o que quis dizer nas entrelinhas. Em relação ao estranho mundo de Jack, sim? Meu deus? Nunca cheguei nem a comentar, mas eu também tenho meus amores fictícios e ele não escapa.
Eu li Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos de Zygmunt Bauman, ele faz uma reflexão muito interessante sobre os relacionamentos líquidos nessa modernidade liquida kkkk. O que me fez refletir o quão rápido as pessoas terminam e recomeçam um relacionamento tão vazio hoje em dia, e a troca, essa coisa nada natural que parece romantizada, sempre precisa ter essa troca, esse interesse através das atitudes. Você passou por um processo que da pra notar o quão sábia e racional se tornou nessa jornada, é até um pouco sofrida, no meu caso, porque demora pra entender e achar um lugar que nos justifique. As pessoas precisam entender que a paixão não é só romântica, e que podemos ser apaixonadas por amizades, pela família e por doramas kk SIM! Adorei inclusive as frases citadas que usou, principalmente referente a amizade, como tempo realmente ficamos com poucas, mas incrivelmente uma ou duas, já basta, desde que me faça bem.

Sobre os doramas, senta que a gente precisa conversar meu deus kkk, bem pra mim que adoro um romance puro, boiolinha, pousando no amor é ideal, mas não é só romance, tem todo um conflito, porque os protagonistas moram em lugares diferentes, um na coreia do sul, e o outro na coreia do norte. A protagonista é bem empoderada, forte, CEO, inteligente, e não é em todo dorama que observamos isto, Estou assistindo Vincenzo também! Dei uma parada porque estou com uma pendencia em Something in the rain kkkkk mas estou adorando, alguns personagens de Vincenzo estão em Pousando no amor.

Fiquei muito feliz com seu depoimento. Gratidão.
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Todd Chaves
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty2/5/2021, 20:22

Lê esses depoimentos me deixa muito feliz, são reconfortante, quando vejo toda essa galera se identificando, me deixa mais confiante em que talvez encontre minha parceira pra dividir minhas ideias e compartilhar das minhas aventuras. abraço olhos estrela
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Yuki_14
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MensagemAssunto: Re: Depoimento de uma arromântica muito louca.    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty5/5/2021, 16:46

LisaGi escreveu:
[quote=Tem uma frase que li em um dos primeiros depoimentos no site da comunidade que nunca mais esqueci, que era assim: "nas minhas reflexões descobri que o amor é uma forma de viver a sexualidade sem o ato sexual"


Sinto que você filosofou em cada palavra, cada delicada e intensa frase do seu depoimento, admito que queria que não acabasse mais, foi como respirar minha própria essência, apesar de cada um ter lá suas particularidades. Você foi perfeita, e vibrei de emoção no seu depoimento, porque ainda que eu tenha feito o meu, o seu completou o que quis dizer nas entrelinhas. Em relação ao estranho mundo de Jack, sim? Meu deus? Nunca cheguei nem a comentar, mas eu também tenho meus amores fictícios e ele não escapa.
Eu li Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos de Zygmunt Bauman, ele faz uma reflexão muito interessante sobre os relacionamentos líquidos nessa modernidade liquida kkkk. O que me fez refletir o quão rápido as pessoas terminam e recomeçam um relacionamento tão vazio hoje em dia, e a troca, essa coisa nada natural que parece romantizada, sempre precisa ter essa troca, esse interesse através das atitudes. Você passou por um processo que da pra notar o quão sábia e racional se tornou nessa jornada, é até um pouco sofrida, no meu caso, porque demora pra entender e achar um lugar que nos justifique. As pessoas precisam entender que a paixão não é só romântica, e que podemos ser apaixonadas por amizades, pela família e por doramas kk SIM! Adorei inclusive as frases citadas que usou, principalmente referente a amizade, como tempo realmente ficamos com poucas, mas incrivelmente uma ou duas, já basta, desde que me faça bem.

Sobre os doramas, senta que a gente precisa conversar meu deus kkk, bem pra mim que adoro um romance puro, boiolinha, pousando no amor é ideal, mas não é só romance, tem todo um conflito, porque os protagonistas moram em lugares diferentes, um na coreia do sul, e o outro na coreia do norte. A protagonista é bem empoderada, forte, CEO, inteligente, e não é em todo dorama que observamos isto, Estou assistindo Vincenzo também! Dei uma parada porque estou com uma pendencia em Something in the rain kkkkk mas estou adorando, alguns personagens de Vincenzo estão em Pousando no amor.

Fiquei muito feliz com seu depoimento. Gratidão.


Ohhhh ! Que amor! ;-; Vou chorar!
AH! NÃO ACREDITO! Eu tenho esse livro de Zygmunt Bauman!!! Faz mais de um ano na verdade, mas até hoje não tirei tempo para ler ele, tinha até esquecido! Então obrigada novamente!! Me parece interessante e real a mensagem de Amores Líquidos. Verdade, concordo com tudo que você disse!

Ahahahaha *Senta*  Ahhhhhh! Show! Ok você me convenceu, vou assistir Pousando No Amor! Eu falo, falo, mas quando vejo não tem como evitar não ficar boiolinha assistindo essas coisas kkkkkk Ahh legal, não sabia disso, sobre ter atores do elenco de Vincenzo >_<. Ah te entendo completamente, é tanto para ler e ver, uma vida só é pouca… até hoje não vi a segunda temp. de Love Alarme, por exemplo u_ú….
Enfim…

É Sempre gratificante poder interagir com essa comunidade, com pessoas que nos compreendem totalmente! Compartilhar um pouco de nós mesmos.
A você desejo que continue cada dia mais crescendo em sabedoria! Cuide-se e sucesso em todos os  caminhos que percorrer! sorrindo


Última edição por Yuki_14 em 5/5/2021, 16:52, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Depoimentos de uma arromântica muito louca    Depoimento de uma arromântica muito louca. Empty10/8/2021, 14:40

Oiii! Primeiro gostaria de agradecer muito pelo seu depoimento, é de grande ajuda. <3 Segundo, gostaria de falar um pouco sobre as minhas experiências. Eu sempre fui uma pessoa sonhadora, que também idealizava bastante o romance. Mesmo eu sabendo que não era exatamente como é nos filmes e nos livros, eu enxergava romance como algo meio sistêmico: se conhecer, achar meio estranho, mas só pra depois se conectar tão profundamente com a pessoa a ponto de não imaginar mais a sua vida sem ela. Só que, quando acontecia comigo ou até nos meus arredores, eu sempre achava (ainda acho) muito estranho e repentino. Quando alguém se confessava pra mim, nem era exatamente ruim, mas parecia que eu só conseguia imaginar um romance real que me incluísse quando alguém citasse. Eu nunca sentia desejo nem vontade de me envolver ativamente num relacionamento com alguém em específico até que a pessoa ou outros em volta falassem sobre isso.
Já me envolvi em relacionamentos com pessoas por vários motivos, e nenhum deles foi pelo motivo que deveria ser (e eu nem sei como expressar em palavras, mas acho que vocês entendem). Já me envolvi porque achava que eu e a pessoa éramos compatíveis e "poderia dar certo". Agora que eu vejo isso, eu vejo que estava bem óbvio. Resultado? Depois de duas semanas, eu tinha ataques de ansiedade constantes, repulsa a sequer falar com a pessoa, enfim. E tudo que eu sentia assim que o relacionamento acabava era alívio e liberdade.
Uma coisa que você falou que também me identifico: eu sinto repulsa por apelidos carinhosos, beijos (inclusive beijo é uma coisa nojenta), etc. È como se eu não fosse mais eu mesma, mas somente a namorada da pessoa.
Tudo isso me lembra a fala de um cara que estava falando sobre as suas experiências como arromântico, e ele disse algo do tipo: "Eu não sinto aquele sentimento tão forte e bom que faz com que as pessoas aturem todas as responsabilidades de um relacionamento amoroso". E pra mim é bem assim mesmo. Se você tem que abrir mão dos seus sentimentos e desejos por um relacionamento, seja ele o qual for, não vale a pena.
Desculpa pela Bíblia kkkkkkkkkkkkkk

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Depoimento de uma arromântica muito louca.

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