Alguns dias parecem que tudo irá desababar sobre as nossas cabeças, afinal por todos os lados há perguntas e mais perguntas. Não ser másculo, não falar de mulheres no sentido sexual, ter amigas meninas, ser sensível e, enfim, a sina, ser gay. Como uma areaia movediça, as opiniões a respeito de sua pessoa começam a ter puxar para baixo, sufocando a capacidade de pensar.
Ademais, para ser, preciso experimentar. Mas nada de concreto. Órgão genitais não me agradam, abraços, risos, carinho e amizade sim. O que sou? Ninguém me entende. Em que me encaixou?
Perguntas e mais perguntas. Até que enfim o conhecimento. E nele por fim encontrei o que sou: assexual. Respostas? Não. Outras perguntas assumem forma, porém não me sufocam, afinal, ser ou não ser continua a ser a questão. E ela não se findará enquanto eu estiver no meu infinito particular.