Isso é parte desabafo parte debate. Foi horrível o que aconteceu em Orlando, não vou negar, um crime de ódio completo contra a comunidade. A questão sobre o porte de armas prefiro deixar em off, não é meu foco. Mas tô vendo uma hostilidade crescer em relação à comunidade assexual, especialmente, por questões de representação em posts de orgulho LGBTQA+ e coisas do tipo. E hoje presenciei ataques a principalmente quem se identifica como cisgênero e heterossexual a/demirromântico ou heterorromântico a/demissexual, dizendo que por ser atraído pelo gênero oposto em diferentes condições não o qualifica e que não deveriam ser incluídos na comunidade. Discordo completamente, óbvio. (até porque com essa lógica, você também descarta bissexuais/românticos em relacionamentos com o gênero oposto e transgêneros que são bi/heterossexuais/românticos)
Eu reconheço que quem é assexual ou arromântico não necessariamente corre certos riscos que pessoas que se identificam como homossexuais, transgêneros, bissexuais, entre outros, devem correr, mas é muito presunçoso dizer que afobia não é real ou que apenas o fato da visibilidade e reconhecimento a consertaria imediatamente. Dificilmente uma pessoa será morta por se identificar apenas como assexual e nada mais fora do grupo dos heteronormativos, mas considerando que a cultura do estupro ainda vigora vergonhosamente na nossa sociedade, não é certo dizer que não há outros riscos.
Assédio sexual e o próprio estupro, embora não sejam formas de opressão exclusivas da gray area, são muito comuns de ocorrerem entre assexuais e demissexuais, por exemplo. Pessoas allosexuais (essas podendo ser de qualquer sexualidade) que não compreendem os tipos de atração são as mais propensas a achar que a pessoa que ou não sente atração, ou é virgem, ou quaisquer outros tabus sexuais, deve ser "curada" porque sexo é natural e inevitável, o que discordo completamente. A cultura hipersexualizada também pode ser deveras pertubadora para alguns, principalmente os que não estão cientes que a gray area existe (falo por experiência própria).
Não tô querendo competir sobre quem sofre mais dentro das minorias, mas é triste ver que até dentro de uma comunidade que tanto diz querer superar o preconceito e mostrar a diversidade de sexualidades e gêneros que o ser humano pode apresentar, pode agir de forma tão retrógrada assim.
Eu reconheço que quem é assexual ou arromântico não necessariamente corre certos riscos que pessoas que se identificam como homossexuais, transgêneros, bissexuais, entre outros, devem correr, mas é muito presunçoso dizer que afobia não é real ou que apenas o fato da visibilidade e reconhecimento a consertaria imediatamente. Dificilmente uma pessoa será morta por se identificar apenas como assexual e nada mais fora do grupo dos heteronormativos, mas considerando que a cultura do estupro ainda vigora vergonhosamente na nossa sociedade, não é certo dizer que não há outros riscos.
Assédio sexual e o próprio estupro, embora não sejam formas de opressão exclusivas da gray area, são muito comuns de ocorrerem entre assexuais e demissexuais, por exemplo. Pessoas allosexuais (essas podendo ser de qualquer sexualidade) que não compreendem os tipos de atração são as mais propensas a achar que a pessoa que ou não sente atração, ou é virgem, ou quaisquer outros tabus sexuais, deve ser "curada" porque sexo é natural e inevitável, o que discordo completamente. A cultura hipersexualizada também pode ser deveras pertubadora para alguns, principalmente os que não estão cientes que a gray area existe (falo por experiência própria).
Não tô querendo competir sobre quem sofre mais dentro das minorias, mas é triste ver que até dentro de uma comunidade que tanto diz querer superar o preconceito e mostrar a diversidade de sexualidades e gêneros que o ser humano pode apresentar, pode agir de forma tão retrógrada assim.