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Gostaria de dizer que encontrei o fórum a poucos dias, pesquisando sobre transtornos, traumas e problemas relacionados a sexualidade. Estou sofrendo bastante e gostaria de pedir opiniões aqui.
Preciso fazer um resumo da minha vida, que seria um pouco longo pra poder pedir opniões por aqui.
Tenho 39 anos, fui casado 8 anos e sempre sofri muito na área de relacionamento.
Tive uma infancia muito proibida e trancada, o que gerou varias revoltas consciente e/ou inconsciente.
Meus pais sempre foram muito religiosos, e eu também. Sempre fui uma criança bem inteligente e tímida. Filho único, sem irmãos, bem vergonhoso.
Meus pais, pelo excesso de religiosidade, nao tinha tv em casa, entao eu quase nunca assistia tv.
Estudei normalmente 1a, 2a e 3a serie, nos anos 1994,95 e 96. Quando ia começar a 4a serie meu pai decidiu que eu nao poderia mais estudar, pra nao me "contaminar" com as outras crianças da escola, por pensar que seria má influência. Até então, apesar de tímido eu me achava normal. JA tinha interesse pelas meninas bonitas da sala, mas muito tímido.
Quando fui proibido de estudar, comecei a meu sentir muito humilhado, inferior, rebaixado, porque todas as crianças estudavam e eu nao podia ir a escola. Algumas crianças da rua me zoavam e perguntavam,: voce nao estuda nao? Eu vivia em ficava em casa sozinho. Também não podia brincar de bola na rua com os amigos porque era proibido. Eu me lembro que sentava na calçada vendo eles jogarem e, como era proibido, me conformava só em olhar. Me chamavam pra brincar mas eu dizia que nao queria, porem na verdade eu era proibido.
Após passar os anos 95 e 96 sem estudar, devido a muita insistência da minha mãe, meu pai cedeu e comecei a cursar a 4a serie em 97, 2 anos atrasados, e como sempre fui bem na escola, isso me destruiu por dentro, pois me sentia inferior e humilhado.
Na 4a serie eu ja tinha 11 anos e ja me interessava mais pelas meninas da sala, mas nunca falei pra nenhuma por ser muito timido. Porem no segundo semestre da 4a serie meu pai resolveu me proibir de vez de estudar e aí nunca mais fui pra escola. Fiquei arrasado, destruído, mas nao tinha muito o que fazer. Sempre fui muito reprimido e vivia sozinho em casa. Sem amigos, sem poder brincar na rua e sem poder ir a escola.
Minha mãe era professora de piano e eu sempre tive talento pra música. Comecei a estudar piano com ela e quando fiquei sem poder ir a escola nem brincar decidi entrar de cabeça no piano. Aos 12 para 13 anos eu estudava 4 a 6 horas de piano por dia. MAs eu era uma criança totalmente inocente. Eu tinha 13 anos mas a experiencia e vivencia sexual(nao falo de sexo, mas coisas como beijar, cortejar garotas, conviver no mundo adolescente) era de uma criança de 7 anos. Totalmente ingênua. Mas aí, quando meu pai viu que eu canalizei toda minha energia para o piano, ele resolveu vender o piano e me proibiu de estudar piano também. Aí comecei a me sentir mais revoltado. Depois de me ver muito emburrado, alguns meses depois ele resolveu comprar um teclado para "substituir" o piano que ele e tomou. Eu viva como se fosse num convento, onde nao existia nada sexual, nem tv, nenhum contato com sexo em nenhum aspecto. Quando eu completei 15 anos eu cursei todo ensino fundamental e medio via supletivo, antigo ceebja, CES etc. Ou seja, nao passei pela fase de conviver com adolescentes, crianças e me desenvolver socialmente e sexualmente, por viver num mundo paralelo onde nunca existia nada relacionado ao assunto sexo.
Quando tinha 15 anos me iinteressei por uma garota que chegou na igreja, e ela ameba se interessou por mim. Mas eu era tão ingênuo e obediente, porque era pecado ficar, essas coisas, que a gente conversava e eu nao ficava com ela. Estava apaixonado, ficava sabendo de meninos que ela ficava e me sentia totalmente humilhado, impotente, ingenuo, mas nao tinha coragem de chegar nela e ficar com ela. Até que um dia meu pais me viram sentado com ela numa outra igreja do bairro que eu estava indo, isso aos 15 anos. Quando chegou em casa foi outro inferno. Disseram que eu estava namorando escondido e me proibiram de ver ela e ir a essa igreja do bairro tambem.
A deesgraça que eu sempre fui muito passivo e nunca tomava atitude, e aceitava toda essa merda. Mas aí eu fiquei revoltado com meu pai e parei de falar com ele. Me tranquei no quarto e nao saia de la. Depois de 1 mês nesse clima terrível, de revolta, humilhação, ele resolveu ceder, me chamou e me disse que eu podia namorar. Aí fui, falei com a menina, pedi ela em namoro e dei meu primeiro beijo nela. Nuunca tinha beijado ninguém, nao tinha qualquer informação sobre nada relacionado a sexo. Eu nao sabia beijar e depois de beijar ela pela primeira vez, ela me disse: quando voce vai me dar um beijo de verdade? Aquilo foi uma facada, pois me senti humilhado, um virjão inocente que nao prestava nem pra dar um beijo. Bem, passou, continuamos namorando, aprendi beijar e a gente se via sempre. Lembro que minha realização era quando os pais dela dormiam mais cedo um pouquinho e a gente ficava na área namorando, e esquentava os beijos e eu conseguia por a mão por dentro do soutien dela, nos seio. Eu gozava só de acartar os seios dela. Mas sempre um merda, sem atitude, nunca passou disso. Até que ela um dia disse pra minha prima que eu era muito lerdo e gozava so de acariciar os seios dela. Eu fiquei tão puto, me senti tão humilhado e incompetente que na hora fui a casa dela e terminei. Daí em diante as coisas so começaram a piorar.
Fiquei com poucas meninas, só uns beijos e nada mais rolava. Fiquei cada vez mais frustrado porque nao consegui pegar meninas e nao conseguir ter atitude de ir pra cima e sentir prazer. Quero muito sentir tesao na vida mas parece que nao conseguia e ia ficando cada vez mais revoltado, com a sensação de que minha vida tinha sido destruída, porque nao consegui desenvolver minha masculinidade e atitude na infância e adolescência.
Daí pra frente minha relação com meus pais sempre oscilava muito. Alguns dias bem e depois eu lembrava de tudo e ficava puto, um sentimento de raiva e nao falava com eles. Tipico adolescente revoltado e puto com a vida e com os pais por terem me reprimido e eu sempre me sentia um ingênuo, sem experiencia e sem atitude. Queria ter mas nao conseguia.
Aos 17 anos me mudei de cidade pra cursar a faculdade, e fui morar com meus avós. Cursei musica, piano. Na faculdade também sempre fui sem atitude, tímido e péssimo com as mulheres. cada 1 ano eu conseguia ficar com uma menina mas nao passava de uns beijos e no máximo, caricias nos seios e alguma caricia por baixo da calcinha. Nunca uma mulher tinha me masturbado nem pego no meu penis. EU era muito ingênuo ainda. Na faculdade que conheci a pornografia. Assistia alguns videos, via fotos e sempre me excitava, mas nunca viciei. Me masturbava sempre que assistia videos porno e também sozinho, mas nunca compusoriamene. Sempre me masturbava fantasiando com meninas que conhecia e queria muito conseguir fazer sexo. Mas ao mesmo tempo que queria muito nunca consegui ter muito impulso sexual. Parece que faltava aquela energia sexual. Nesse tempo tive uma crise terrível de pânico, e descobri que sofria de ansiedade e síndrome do pânico. Aí minha vida piorou mais, porque eu passei 2 anos em uma crise terrível. Sempre revoltado com a infância, achando que minha vida tinha sido tolhida de mim e eu nunca mais conseguiria ser feliz. Passei meses trancado no quarto, cheguei a dizer que odiava meus pais, que eles jamais deveriam ter tido um filho...essas coisas. Aí nesse período pai me pediu perdão, disse que nunca fez por mal e que ele faria o que pudesse pra reparar etc...Mas sempre fui muito passivo com as situações, desde criança. Até que um dia estava ficando com uma menina, dentro do carro, rolou dela se soltar, tirei a roupa dela e eu era tão ingênuo, porque nunca tinha passado por isso, que achei que fosse ficar de pau duro e conseguir transar mesmo estando numa ansiedade mortal. O que aconteceu é que...broxei totalmente. Perdi a ereção e me senti em pânico. Desse dia em diante minha vida virou um inferno, emocionalmente dizendo. Conversei com a menina no dia, tentei me sair do jeito que deu. Ela fingiu que estava tudo bem, e deixei ela na casa dela. Mas, entrei em outra crise terrível. Nao consegui sentir qualquer prazer quando tirei a roupa e comecei a pensar: eu sou gay...sempre me fantasiei com mulheres e nada do que eu sonhei e quis eu sou. Foram uns 3 meses de sofrimento intenso. Pois tudo o que eu pensei que realizaria minha vida se tornou em pesadelo. Apos uns 2 meses conheci uma outra menina que era muito bonita. Saimos, ficamos e eu pedi ela em namoro. Mas depois da situação de broxar eu nunca mais consegui sentir quase prazer. Essa menina tambem era virgem. Ela tinha 18 e eu 25. Ambos virgens. Aí me sentia um pouco menos humilhado, por pensar que ela nao era mais experiente que eu. Pois isso me travava. Eu pensava que a mulher era mais experiente e eu me sentia um menino ingênuo que nao conseguia dar prazer a ela. Pois bem , com essa menina, começou a rolar, pela primeira vez, de tomarmos banho juntos e fazer sexo oral. Eu gostava, ficava ereto antes de tirar a roupa, mas sempre com muita ansiedade e medo de perder a ereção. Minha cabeça era sempre um inferno, e se eu perder a ereção? e se eu for gay? Minhas fantasias sempre foram mentira? Isso me trazia u sofrimento terrível. E, ao invés de aumentar o tesao eu percebi que começou a diminuir. eu comecei a sentir menos vontade de fazer sexo oral, principalmente depois de um dia que estávamos na cama fazendo sexo oral e eu perdi a ereção novamente. Aí virou um inferno maior. Como tinha o lance da religião também, que sexo fora do casamento é pecado e tal, eu, com medo de nao gostar de mulher por perder a ereção essa ultima vez, minha cabeça vivia uma angustia terrível. Mas nao queria perder a namorada de forma alguma. Aí acabamos conversando e decidimos nao ter mais sexo oral ou qualquer sexo até o casamento. Mas ao invés de procurar ajuda, eu nao busquei. Pensava que depois de um tempo tudo voltaria ao normal e era uma fase de ansiedade e depressão. tomei até medicação mas nao melhorei. Com muito medo e vergonha de procurar ajuda, nao procurei.
Aí casamos. Na noite do casamento eu fiquei tão ansioso que gozei só de me deitar em cima dela. Nao consegui nada. Aí comecei a ficar muito angustiado, e mal conseguimos fazer sexo oral na lua de mel. EU so queria fugir do sexo pois entrava em pânico pensando que nao ia conseguir ter ereção ou broxar. E por mais absurdo que possa ser, o casamento foi mais ou menos no inicio, só com sexo oral. Eu tinha ereção normal no sexo oral. Quando ia penetrar, ou so de pensar eu ja perdia ereção. Era como se fosse uma crise de panico. Ela também tinha ansiedade e começamos a sofrer os dois de crises. Ela entrava em crise, ficava mal 1 semana, aí eu tentava segurar as pontas. Quando ela melhorava eu começava a lembrar que nao conseguia fazer sexo e entrava em cise também. Isso Virou uma bola de neve tão grande que eu nao tinha coragem de procurar ajuda, como medo de nao conseguir resolver o problema, e nao queria perder ela. Uma loucura completa. O casamento virou um inferno. Ela sempre ameaçando divorciar, me humilhava dizendo que eu nao era homem e eu, covarde como era desde criança, e tendo culpa no cartório por nao conseguir penetra-la, aguentava meio que tentando acalmar a situação. Foi muito sofrimento, mas parece que o medo de buscar resolver e nao conseguir era maior que o sofrimento. Isso durou por 7 anos. Eu nao tinha tesao nenhum mais. Só me sentia um lixo, humilhado, destruído e tentava fugir do pensamento como dava. Um belo dia, quando o casamento ja estava muito fragilizado, estávamos na cama nos beijando e falamos : vamos tentar? vai ser hoje. Ela ainda era virgem e aquele dia, nao sei dizer o que foi nem explicar. Mudou uma chave, parece na minha cabeça e fiquei 40 minutos de pau duro tentando penetrar-la porque ela sentia muita dor. Até que conseguimos. E mais, nao perdi a ereção nenhum momento. Nesse dia me saiu um peso mortal das costas. Parece que minha vida tinha zerado. Me sentia totalmente realizado. Porem nao consegui sentir muito prazer no sexo. Ejaculei, normal, mas parece que nao conseguia sentir o prazer que eu queria. E aí fizemos sexo varias vezes, mas a neura começou novamente: porque nao estou gostando tanto assim do sexo e isso me desconcentrava muitas vezes e eu morria de medo de perder a ereção. O que fazia que com que eu ficasse ansioso pra conseguir chegar ao final sem broxar. E percebi que isso nao me empolgou muito. E eó ela me procurava. O casamento que estava ruim, acabou de vez. Ela estava mentindo muito, só ofensas da pior especie, e nao teve jeito, divórcio.
Aí eu pensei, agora vou ficar sozinho e colocar a cabeça no lugar e me divertir. Na minha cabeça, a questão do sexo estava mais ou menos resolvida. Eu pensei, vou sair com outras mulheres, encontrar uma que eu me sinta bem e buscar ser feliz da melhor forma.
Só que com o divorcio eu fiquei bem mal novamente. Parece que minha mente fica sempre me sabotando, dizendo que eu sou uma pessoa subdesenvolvida porque nao consegui me desenvolver como ser humano e homem quando criança e adolescente. E fiquei péssimo novamente. Nem eu sabia que iria voltar toda essa merda na cabeça mais uma vez. A, 3 meses após o divorcio, conheci uma menina muito especial, parceira, compreensível até o momento. E percebi que eu queria ficar com ela mas o medo voltou a bater tudo de novo, como se eu voltasse a época que nunca tinha feito sexo. Mas eu pensei, isso é ansiedade porque faz muito tempo que nao chego em uma mulher. Resumindo, chamei ela pra sair, e fiquei tão nervoso, tão ansioso, que mal consegui falar. Inacreditável. Nos beijamos, mas foi péssimo, porque eu estava muito ansioso. Foi uns selinhos, na verdade.
Aí saímos novamente, segundo dia e no carro rolou uns amassos maiores. Consegui ficar excitado e com ereção. Ela é bem tradicional e segurou as pontas, nao deixando eu passar a mão por baixo da roupa dela. Mas no 3o dia, a coisa esquentou mais, e ela ficou muito excitada, veio no meu colo de roupa mesmo porque estávamos no carro e na rua e meio que simulamos uma "transa de roupa". Ela lutou um pouco mas deixou eu tirar a blusa dela, acariciar os seios, mas dizendo: a gente nao é nada, só estamos ficando. Eu nao gosto disso. Aí lembro que fui embora pra casa todo feliz porque eu tinha voltado a funcionar. Mesmo que muito tenso. No próximo dia que saímos, ela ficou louca de tesão, acariciei ela por dentro da calcinha, beijava os seios dela, e ela nao aguentou, se jogou por cima de mim. Ali eu travei novamente. Igualzinho aconteceu la trás. Desse dia pra ca minha vida voltou a ser um inferno. Nao consigo trabalhar direito, faço tudo pra coxas, nao consigo ter ereção com ela quase. E minha mente me atormenta 24h por dia. Uma tortura total. Eu saio na rua, começo a ter medo de sentir ereção por homens, que nunca senti, nem fantasiei qualquer masturbacao com homens. Só com mulheres. Aí nao consigo mais ter ereção. Quando tenho é muito fraca. Tipo abraço ela, dous uns beijos e tenho ereção. De repente acaba tudo e o desespero continua. Parece que tudo que eu sempre  fantasiei, me masturbando , pensando foi um mentira e vou ter que morrer sozinho e totalmente infeliz por ser um broxa e nao conseguir sentir prazer na vida nem sexo. Isso esta destruindo minha vida. Penso todo dia em abandonar tudo, o emprego, me enfiar num buraco e morrer infeliz lá. O fato de poder ser assexual me assombra terrivelmente. É como se fosse uma maldição na minha vida e vou ser obrigado a morrer infeliz, sem ter prazer na vida e frustrado. Desde criança até velho. Isso seria o pior castigo pra uma vida. Os psicólogos dizem que foi o trauma. Mas nao consigo sentir prazer quando começa esquentar o clima. Aí perco a ereção e me odeio mortalmente. Parece uma tortura, querer sentir prazer e o prazer parece que sai correndo. Quando estou melhor, as vezes deitado, começo a me fantasiar com ela, criando uma situação onde levo ela a um lugar sensual, tipo um hotel, me imaginano tirando a roupa dela, beijando os seios, fazendo sexo oral e fico totalmente ereto e excitado. Mas parece que de repente, as vezes após alguns minutos o prazer e a excitação desaparece volta o desespero. NAo sei mais o que fazer. Isso me tortura 24h. Qual a opinião de vocês? Quando penso que pode ser alguma especie de trauma, eu ainda me sinto muito puto, com muita raiva, porque penso: Minha vida foi destruída e nao consegui mais reestruturar ela. Seria possível? Aí penso que se for assexualidade, é uma maldição que terei que conviver e ser infeliz até a morte. O que mais destrói é nao sinto energia sexual de forma geral. Aquela vontade, determinação, tesão pra fazer as coisas. Quando lembro disso sinto um desanimo mortal, só quero ficar trancado em casa. Nada de isso é normal, a vida assim é linda também. O único sentimento é de terror completo, pois nao sinto prazer algum em uma vida assim.

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Olá!
Então... É uma historia complicada. Não sou psiquiatra nem psicólogo, mas tenho a impressão de que é uma neurose traumatica. Pesquise sobre o CID F43.1.
Não sei se voce conhece a biografia do Freud, mas ele inferiu que o comportamento anormal da pessoa histérica (sensação de sufocamento, por exemplo) é resultado de uma luta dentro da mente, inclusive contra traumas. Sabe que a palavra "Trauma" é alemã! E o mais curioso é que sonho, em alemão, é "Traum"!

Enfim! De repente é o caso de você procurar ajuda profissional, pois pode ser alossexual mesmo.

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Primeiramente, não sou psicologa, mas vou dizer o que eu acho do que contou da sua situação. Seguidamente, se o seu medo é ser assexual, eu pessoalmente acho que você não é, e se acha que é gay, pelo seu relato você também não é, se nunca sentiu nada por homens, não tem porque ter essa paranoia.

Isso que seus pais fizeram com você foi terrível e se fosse hoje em dia, eles teriam sido presos e/ou conselho tutelar teria intervindo.

Realmente, as partes mais importantes da vida de um ser humano ocorre na infância, o problema é que não te deixaram viver essa infância. Saiba que você tem total direito de estar revoltado com seus pais e você tem total direito de simplesmente parar de falar com eles (é o que eu faria).

Você pode se perguntar porque eu estou falando dos dois pais, sendo que foi seu pai que te privou de estudar. Sua mãe foi cúmplice, a inação dela é o pecado dela. Você fala de ser passivo, coisa que sua mãe também foi/é.

Acho que é importante você ter conseguido dizer seus problemas, esse tipo de reflexão é muito importante para você reparar o dano que te foi causado. Você não foi responsável por isso, mas é responsável pelas ações que tomará no futuro.

Você diz que conversou com psicólogos, mas acho que isso não está te ajudando, e se eu estiver certa, acho que você está tentando resolver o problema errado e não o problema raiz.

A raiz do seu problema é sua insegurança, causada pela sua infância perdida. Amigos, socialização, aprendizado, passatempos, descobrindo o mundo e usando a imaginação de uma criança não parecem ser coisas que te foram permitidas. Esses seriam os primeiros problemas que eu tentaria resolver.

Não sei sobre sua vida, mas se pergunte: você tem amigos? Uma amigA sem nenhum interesse secundário? Passatempos? Um trabalho que você gosta? Você tem desejos no futuro? Você é feliz, no sentido de 'contente' com a vida, fora o problema sexual?

Se a resposta de um deles for não, não pense em namoradas, nem em sexo, você precisa estar em paz consigo mesmo. Você não pode entrar um relacionamento com desespero. Pelo seu relato, seu desespero foi passado para sua ex-mulher. Ela pode ter pensado que você não gostava dela, que não a achava atraente, entre mil outros motivos. Obviamente, isso não justifica a forma que ela te tratou e o desrespeito, mas você tem a obrigação de pensar na outra pessoa quando está em um relacionamento.

Com todas essas mulheres, você teve alguma conversa das suas inseguranças? Ainda mais com sua ex-mulher, quando estava a namorando, depois no noivado e no final, no casamento. Se você não foi honesto com ela em nenhuma dessas etapas, é porque não confia, e se não confiou, por que estava com ela para começar?

Acho que não te ajuda o fato de você já começar um relacionamento tentando ter sexo, que tal tentar um relacionamento normal primeiro, onde, atualmente, seria ter sexo apenas após alguns meses (isso inclui passar a mão no corpo dela. Tenha no máximo beijos até o momento certo)? Até lá, vocês se conheceram e antes de querer ter sexo, vocês já tem intimidade o suficiente para dizer seus sentimentos e principalmente inseguranças. Sei que é mais difícil para o homem de falar sobre isso, ainda mais por existir mulheres que não gostam de nenhuma fragilidade em um homem, mas se encontrar esse tipo de mulher, já vai saber que ela não valia a pena mesmo.

Além disso, gostaria dizer que porno não ajuda, se você vê porno mais de 3 vezes por semana e/ou se masturba nessa mesma quantidade ou mais, eu diria que você tem um vício. Porno e masturbação não vão te ajudar a ser mais feliz (você não sente uma culpa após masturbação? Existem muitos relatos sobre isso, ainda mais se vem de um passado religioso) nem a conseguir uma mulher, tem muitos motivos disso, porém principalmente, de certa forma, quando você ver uma mulher, você só vai pensar nisso, e não tratar ela como uma pessoa.

Espero que alguém com mais conhecimento comente e te ajude melhor. Se quiser fazer alguma pergunta só fazer.

Boa sorte.

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Agradeço as respostas até o momento. Mas uma coisa é certa, a galera aqui tem mas conteúdo que muitos psicólogos.

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oi boa tarde sou cris moro em natal Rn sou nova aqui e espero encontrar alguém especial desde já obg.

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Olá, Rachmaninoff.

Não tenho muito a acrescentar. Fico triste pelas dificuldades grandes que você passou e ainda passa.

Independentemente da sua sexualidade, a preocupação extrema com que você está vendo a questão parece ser um problema. Você tem medo de deixar que a sua infância difícil defina a sua vida? Acho que é importante considerar que, como todos nós, você tem limites. Alguns podem ter nascido com você, outros lhe foram impostos. Muitas vezes, é bem possível ultrapassar os próprios limites, mas a forma como você parece se impor a obrigação de fazer isso me dá uma impressão de crueldade consigo mesmo.

Você não fez nada de terrível. Acho mesmo que você pode ser um pouco menos severo. Se quiser conversar, fique à vontade pra entrar em contato!

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Sou Psicanalista Clínico! Mais infelizmente não posso realizar diagnósticos médicos, por que teria que ser um médico e especialmente um psiquiatra para seu caso! Também não sou psicólogo! Mas lendo sua história que você compartilhou é profundamente dolorosa e demonstra como traumas de infância, repressão e falta de apoio emocional podem impactar seriamente o desenvolvimento pessoal e a vida adulta. A forma como você foi isolado das experiências comuns de crescimento, como o convívio com outras crianças e a descoberta natural da sexualidade, claramente moldou seus desafios atuais.

O sentimento de frustração, humilhação e falta de controle sobre sua própria vida são temas recorrentes na sua narrativa. Isso é compreensível, considerando o ambiente em que você cresceu, onde não havia espaço para se expressar ou explorar sua própria identidade.

Sobre as questões sexuais, é evidente que a ansiedade desempenha um papel importante, especialmente com o medo constante de falhar. Essa antecipação do fracasso é algo que provavelmente está alimentando o ciclo de frustração, criando uma barreira para sentir prazer. O medo de não ser "adequado" pode estar te impedindo de se conectar plenamente com o próprio corpo e com seus desejos.

Seria interessante pensar na possibilidade de buscar um terapeuta especializado em sexualidade ou psicoterapia focada em traumas, pois isso poderia te ajudar a trabalhar esses bloqueios emocionais. Esse processo de cura é possível, e com o tempo, você pode começar a resgatar a relação com sua sexualidade e prazer, livrando-se desse peso que carrega desde a infância.
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