Bom, eu estava finalizando o primeiro texto que mais parecia uma biografia de tanto detalhe quando a página atualizou, fiquei levemente brabo então perdão, se estiver mal escrito é culpa do F5.

Que eu me lembre nunca tive aquela enorme excitação sexual que rodeia os filmes, músicas, conversas, o beijo achava meio meh, na ficção parecia bem mais legal, não era algo que me fazia falta. E quanto ao tão sagrado sexo que costuma ser tabu mas aparentemente move as pessoas, o rito de passagem dos meninos para os homens foi bem desinteressante, mas o “ah, a primeira vez é ruim mesmo” e toda curiosidade em busca do sagrado me vez insistir, pensei que poderia ser gay mas sabia que não se resumia a isso. Outras tentavas, mesmo resultado, a pessoa que me acompanhava tirava proveito mas eu... meh, preferia tá fazendo outra coisa e  passei a gostar cada vez menos. Pensei que se eu achasse a pessoa certa que eu estivesse hollywoodianamente apaixonado seria diferente, é assim entre alguém em uma festa ou um convite malicioso para ver Netflix fui me fazendo de bobo ou simplesmente negando e fui levando e sendo um incômodo apenas quando o arredor influenciava o pensamento sexual, me fazendo pensar que tinha algo de errado comigo, fora isso nenhum incômodo muito grande.

 Até que comecei a me relacionar com uma garota mais velha que tinha uma necessidade do ato sexual, toda aquela baboseira de casal apaixonado tava ali, cozinhar juntos, se sujar, dançar, o olhar, o sorriso, até o beijo era ok, me empurrei pra satisfazê-la e foi ok, mas senti que não estava me respeitando, de uma forma até egoísta( e isso que mais me dói). Em resumo o relacionamento não foi pra frente, acredito que não pela falta de sexo pontualmente mas por tudo aquilo que os allos falam que o acompanham, a intimidade a dois, o uníssono, bla bla bla. Contei para uma amiga o meu desinteresse sexual e foi algo que me deu um sentimento de solidão muito grande, fui perguntado o por que não então de eu me importar com a vaidade( se você quer ser afrescalhado com você mesmo é só pra comer gente), mas que foi dito que entrou em mim foi que nenhum relacionamento vive sem sexo, e eu adotei como uma verdade muito grande pois não acredito em um relacionamento allo-ace e dois aces se conhecerem é mais difícil que ganhar no jogo do bicho( talvez por conta do meu pessimismo quanto a isso).

 Hoje não aceito completamente minha assexualidade( não tenho nem certeza se sou assexual, algumas vezes tenho uma atração sexual bem pontual mas que não me leva a vontade daquela transa nossa, é algo bem mais a carícia do que a penetração e afins, fora a masturbação apesar de ser mais para “aliviar” o corpo), não pelo medo de julgamento, talvez talvez mas principalmente pelo medo da solidão que ela pode trazer, e se houver a paixão por alguém allo denovo? O sexo deve ser algo realmente muito bom, é sexo no carro, no mato, cinema, pagar pra ter sexo, divorcia por causa de traição, pega doença por causa de sexo, é filme, é música, é tudo tudo tudo apontando como a melhor coisa da vida e eu não sou capaz de sentir isso, não gosto de ser o “diferentão” de todo mundo.

Ah, e quanto a apresentação grandes paixões minhas são a fotografia analógica, o audiovisual, não sei apontar o filme favorito mas os que veem na memória são Magnólia do PTA, Amélie Poulain, Forrest Gump e Une Femme est Une Femme ( mas não sou cinéfilo chato, plmds essa raça é complicada de lidar) e música, (só metal e eletrônica que não desce), quarentena tá sendo regada a base de Zeca Pagodinho, Seu Jorge, Bjork, David Bowie, Fiona Apple e Alceu Valença.

 Apesar de ser novato, sou muito grato ao fórum por me proporcionar muito conhecimento disponível nos tópicos, o pouquinho que eu li já foi suficiente para me sentir um pouquinho acomodado e menos só, ainda não me sinto representado por um termo certo mas não é como se isso importasse, mas sim conhecer a si próprio e aqui sinto que isso é possível, brigadao .
E sinceras desculpas pela Bíblia, mas o primeiro tinha ficado ainda maior então tudo bem, versão de bolso.

Bem-vindo à comunidade. Espero que se encontre aqui!!

Bem-vindo.
Espero entanda você não é anormal,as pessoas são diferentes,os seres humanos não podem receber rótulos que os classificam com curtas palavras.A diversidade humana que faz este mundo mais bonito,apesar das maldades.Eu aprendendo lidar coisas diferentes de mim..tornar-me uma pessoa melhor.

Oi, Lucas. Seja bem-vindo!

Não se preocupe sobre o tamanho da postagem, pelo contrário, muitos aqui gostam de apresentações/depoimentos mais completos.

Sobre a sua incerteza em adotar o rótulo, como você mesmo disse, isso é o menos importante quando pensamos que ao mesmo tempo você está buscando autoconhecimento.

P.S.: Você certamente já ouviu o tão esperado novo álbum da Fiona Apple. Gostou?

Lucas escreveu:

O sexo deve ser algo realmente muito bom, é sexo no carro, no mato, cinema, pagar pra ter sexo, divorcia por causa de traição, pega doença por causa de sexo, é filme, é música, é tudo tudo tudo apontando como a melhor coisa da vida e eu não sou capaz de sentir isso, não gosto de ser o “diferentão” de todo mundo.

Achei interessante o jeito que vc descreveu aqui. Realmente, já vários amigos meus, tanto homens quanto mulheres, falaram da vontade de sexo em algum momento como algo praticamente impossível de controlar. Sempre fiquei intrigada com isso. Ok acharem bom, super normal afinal. Mas ao nível de perderem o autocontrole ou arriscarem a saúde ou relacionamentos ou o respeito a si mesmo ou aos outros? Acho um enigma rsrsrsrs....

Bem vind.
Tu falou de Amélie Poulain e David Bowie, me conquistou.

Quanto ao sexo, é complicado, sempre é.
Mas ainda normal. Um relacionamento sem sexo é possível, sim, e achar outr Ace é só questão de se permitir.