Ola, me chamo Wilson, tenho 36 anos, faço 37 dia 11 desse mês
Me descobri assexual arromântico com 25 anos, até então eu me via como "desinteressado" e nem sabia o que era assexualidade, eu descobri após entrar no PCB, na época que morava no Brasil, e conversando com um camarada, descobrir que ele tinha muita necessidade de algo que nunca tive, e mais além, ele mesmo me contou que eu provavelmente deveria ser assexual, e eu nem sequer conhecia a palavra
Lembro que nos tempos de escola, entre meus 12 e os 16 anos, eu sai muito na porrada com colegas evangélicos que viam que eu dava fora nas meninas, automaticamente consideravam isso como "sinais de homossexualidade", respondiam com bullyng homofóbico, e a direção que não fazia nada pra combater o bullyng na época, que nem sequer chamavam por esse nome ainda, agia quando eu reagia ao bullyng, com agressão física mesmo, lembro que quando era alguém da minha idade e tamanho eu usava os punhos, quando era gente maior e mais velha, principalmente quando eu era mais novo, eu tacava desde pedras a cadeiras kkkkk
Apesar de não me descobrir como assexual até meus 25 anos, nunca perdi a virgindade, eu só dava o fora "automaticamente" em todo mundo que chegava em mim diretamente o suficiente pra eu perceber que estavam dando em cima de mim, e nos tempos da escola dar o fora nas meninas por si só, já era visto como sinal de que eu era gay, porque praquele bando de trogloditas, "tinha que pegar geral", pra eles namoro e sexo era que nem pokémon acho, e olha que era um bairro dominado por fundamentalistas evangélicos, apesar da minha família ser espírita (e sim, rolava muita intolerância religiosa também)
Eu vivo em Portugal desde Novembro de 2019, eu saí numa época que os evangélicos tavam ficando piores do que nunca, quando trocaram Jesus por Bolsonaro, porque já estava começando a pirar nesse ambiente tóxico ao extremo

Eu lembro que quando eu era mais novo, a sigla usada ainda era GLS, assexualidade ainda nem estava inclusa, e com a pouca divulgação na época, era extremamente difícil se descobrir, principalmente crescendo na periferia de São Paulo, bem no extremo leste, como foi meu caso.

Hoje em dia eu estou aqui no norte de Portugal, aliviou bem os problemas tanto de intolerância, como da violência, tanto vinda do crime organizado, quanto da PM, nunca mais apanhei da polícia em enquadro, a policia daqui trata a gente bem, já estou me "enturmando" com os portugueses e envolvido com o PCP por aqui.