Não sei se esse é bem o tópico para escrever isso falar um pouco de como se esteja sentindo, já li tanta coisa por aqui escrever um pouco sobre hoje. 
Tenho me sentido tão envolta num mundo de solidão como se eu mesma estivesse me puxando pra baixo sabe quando o nosso próprio eu dá uma agonia, como se nenhum lugar que esteja me sentisse bem de fato, como se nada que fizesse me deixasse feliz de fato e meio que sempre foi assim oscilo entre o estar bem ocupada pra conseguir pensar em alguma coisa e o estar sofrendo com meus próprios dilemas.
Passo grande parte do tempo sozinha também mesmo que esteja em um ambiente com outras pessoas não consigo manter relações, tenho uma necessidade tão grande de carinho, afeto, alguém que me entenda que acho que quando aparece alguém vou com tanto desespero (o desespero daqueles que não querem morrer sofrendo sozinhos rs) que acaba sendo questão de semanas pra pessoa se afastar e mesmo que as vezes seja algo bastante raso que nem cheguei ver a pessoa acabo me apegando a pessoa, as conversas, a esperança de que vou ter a companhia de alguém que quando esta se afasta acabo sofrendo muito.
Essas são algumas questões, será que mais alguém passa por isso sente algo parecido?
Apesar de escrever pouco por aqui é um conforto saber que se tem um espaço assim pra escrever algo ler o que outras pessoas tenham a dizer é uma sensação boa de que por mais que tudo seja difícil não se está sozinho.

Oi, Indigo! Me sinto igual a você. Frequentemente me vejo desejando "encontrar uma pessoa como eu a quem eu possa confessar alguma coisa sobre mim", só pra me sentir menos sozinha. (Um dos motivos para ter me inscrito nesse fórum.) Só que, ao contrário de você, não consigo me apegar e nem me abrir com ninguém facilmente. Você já tentou conversar com um psicólogo sobre isso? Fiz terapia por um tempo e isso me ajudou em algumas coisas... Mas qualquer coisa estamos aí!

nessie escreveu:

Oi, Indigo! Me sinto igual a você. Frequentemente me vejo desejando "encontrar uma pessoa como eu a quem eu possa confessar alguma coisa sobre mim", só pra me sentir menos sozinha. (Um dos motivos para ter me inscrito nesse fórum.) Só que, ao contrário de você, não consigo me apegar e nem me abrir com ninguém facilmente. Você já tentou conversar com um psicólogo sobre isso? Fiz terapia por um tempo e isso me ajudou em algumas coisas... Mas qualquer coisa estamos aí!

Olá nessie obrigada pela tua resposta, então na verdade não tenho tanta facilidade assim de falar de mim mas quanto mais me sinto a vontade com a companhia da pessoa e as conversas mais vou acabando contando uma coisa ou outra.
Nunca consultei um psicólogo sobre na verdade sempre tive um certo medo de ir nesses espaços ficar dependente de algum tipo de medicação sei lá, mas já pensei em ir em algum espaço mais alternativo tipo terapeuta de florais.

Indigo89 escreveu:

Olá nessie obrigada pela tua resposta, então na verdade não tenho tanta facilidade assim de falar de mim mas quanto mais me sinto a vontade com a companhia da pessoa e as conversas mais vou acabando contando uma coisa ou outra.
Nunca consultei um psicólogo sobre na verdade sempre tive um certo medo de ir nesses espaços ficar dependente de algum tipo de medicação sei lá, mas já pensei em ir em algum espaço mais alternativo tipo terapeuta de florais.

Eu até converso de boa com pessoas novas, mas não consigo criar vínculos com nenhuma. Nunca tomei medicação, mas também já pesquisei sobre florais! Já tentei meditar também, mas não deu muito certo. Não consigo não pensar em nada hahaha

Oi Indigo89, existem vários tópicos e mensagens sobre depressão aqui no fórum. Eu mesmo já escrevi e ainda trago esta questão, pois não sei pq a depressão é algo que acompanha bastante os aces.
Fico observando minha mãe que está sempre reclamando de estar sozinha. E mesmo que viaje e saia de casa não adianta, pois a solidão vai acompanha-la aonde ela for, pois está dentro dela. Infelizmente não tem nada que se possa fazer. Por mais que eu queira.
Eu e meus irmãos sempre a incentivamos a fazer alguma atividade, participar de um grupo da terceira idade, mas nada parece atrair sua atenção.
A unica que ela gosta é viajar. E tem feito isso. Uma semana vai pra cidade de uma tia fica la uns dias e volta. Na outra semana vai pra casa de outros parentes em outra cidade e daí uns dias e volta. Já é alguma coisa.
A solidão nunca me incomodou, apesar de eu andar e estar sempre só. Como vcs eu tb não me relaciono afetivamente com ninguem. Mas tento ocupar meu tempo da melhor forma.
No meu caso invisto na dança de salão. Vou pra academia todas as noites depois do trabalho. Só isso já faz com que meus dias não sejam monótonos, pois fico sempre na expectativa de terminar meu expediente e ir pra academia. Um ambiente seguro, alegre, com pessoas sorridentes e a medida que o tempo passa, perceber que estou evoluindo em alguma coisa já me faz sentir importante.
Mas cada um tem de encontrar o que te faz bem. Se não tem ideia, experimente até achar.
Não espere da vida nem dos outros. Faça o melhor que puder por vc.

Indigo89 escreveu:

Passo grande parte do tempo sozinha também mesmo que esteja em um ambiente com outras pessoas não consigo manter relações, tenho uma necessidade tão grande de carinho, afeto, alguém que me entenda que acho que quando aparece alguém vou com tanto desespero (o desespero daqueles que não querem morrer sofrendo sozinhos rs) que acaba sendo questão de semanas pra pessoa se afastar e mesmo que as vezes seja algo bastante raso que nem cheguei ver a pessoa acabo me apegando a pessoa, as conversas, a esperança de que vou ter a companhia de alguém que quando esta se afasta acabo sofrendo muito.

Eu também sofro de empolgação precoce; isto é, levo a sério demais o que as outras pessoas falam, crio muita expectativa de fazer novos amigos, e acabo me frustrando. Pra contornar isto, comecei a trocar cartas com presidiárias. Assim, tenho o tanto de atenção que desejo sem o afã de fazer novos amigos nos ambientes que frequento pessoalmente, e consequentemente me frustro menos, fico mais tranquilo. As presidiárias estão tão necessitadas de amigos quanto eu, pois estão há anos largadas num ambiente hostil, e notaram que os/as amigo(a)s esqueceram que elas existem...

Indigo89 escreveu:

Nunca consultei um psicólogo sobre na verdade sempre tive um certo medo de ir nesses espaços ficar dependente de algum tipo de medicação sei lá, mas já pensei em ir em algum espaço mais alternativo tipo terapeuta de florais.

Indigo, olá!
Olha, só pra te ajudar um pouquinho! Há uma diferença entre psicólogo e psiquiatra. No caso, o psiquiatra é o profissional que poderia passar algum remédio, caso se chegasse à conclusão que a sua questão é apenas (ou também) química (oq só um profissional pode dizer).
O psicólogo não passa medicação (ele nem pode), então com esse profissional é mais uma questão de conversa e de ajuda para se descobrir. O tipo de conversa vai depender da linha que o profissional segue, por isso, mesmo que você se consulte com alguém e não goste, talvez seja porque você não se deu com a linha teórica que ele segue, podendo se dar melhor com outro. Você pode pesquisar um pouco a respeito.

Conheci pessoas que tomaram medicação e se deram bem. E outras que, apesar de a medicação ter sido recomendada, se sentiram muito melhor com terapias alternativas, atividades físicas mais intensas ou meditação.

Eu fiz acompanhamento com psicólogo por um tempo há alguns anos. Foi interessante, não me arrependo, mas eu sentia que ficava batendo sempre na mesma tecla, oq me incomodava (eu mesma não queria me ouvir mais falando sobre certos assuntos).
Para mim, o que funcionou foi trabalho voluntário, me sentir útil

Shipow escreveu:

Oi Indigo89, existem vários tópicos e mensagens sobre depressão aqui no fórum. Eu mesmo já escrevi e ainda trago esta questão, pois não sei pq a depressão é algo que acompanha bastante os aces.
Fico observando minha mãe que está sempre reclamando de estar sozinha. E mesmo que viaje e saia de casa não adianta, pois a solidão vai acompanha-la aonde ela for, pois está dentro dela. Infelizmente não tem nada que se possa fazer. Por mais que eu queira.
Eu e meus irmãos sempre a incentivamos a fazer alguma atividade, participar de um grupo da terceira idade, mas nada parece atrair sua atenção.
A unica que ela gosta é viajar. E tem feito isso. Uma semana vai pra cidade de uma tia fica la uns dias e volta. Na outra semana vai pra casa de outros parentes em outra cidade e daí uns dias e volta. Já é alguma coisa.
A solidão nunca me incomodou, apesar de eu andar e estar sempre só. Como vcs eu tb não me relaciono afetivamente com ninguem. Mas tento ocupar meu tempo da melhor forma.
No meu caso invisto na dança de salão. Vou pra academia todas as noites depois do trabalho. Só isso já faz com que meus dias não sejam monótonos, pois fico sempre na expectativa de terminar meu expediente e ir pra academia. Um ambiente seguro, alegre, com pessoas sorridentes e a medida que o tempo passa, perceber que estou evoluindo em alguma coisa já me faz sentir importante.
Mas cada um tem de encontrar o que te faz bem. Se não tem ideia, experimente até achar.
Não espere da vida nem dos outros. Faça o melhor que puder por vc.  

Realmente pelo menos comigo quanto mais consigo estar motivada com outras coisas menos me lembro de aspectos como solidão, mas pra agravar ainda mais as coisas antes tinha um dia a dia bastante cheio com muitas atividades, mas tive que mudar de cidade e por aqui tudo é muito diferente acho que isso teve uma influência direta em trazer a solidão a tona, mas está aí o desafio encontrar coisas motivadoras aqui tb.
Obrigada pela resposta Shipow 

Ace Ventura escreveu:

Indigo89 escreveu:

Passo grande parte do tempo sozinha também mesmo que esteja em um ambiente com outras pessoas não consigo manter relações, tenho uma necessidade tão grande de carinho, afeto, alguém que me entenda que acho que quando aparece alguém vou com tanto desespero (o desespero daqueles que não querem morrer sofrendo sozinhos rs) que acaba sendo questão de semanas pra pessoa se afastar e mesmo que as vezes seja algo bastante raso que nem cheguei ver a pessoa acabo me apegando a pessoa, as conversas, a esperança de que vou ter a companhia de alguém que quando esta se afasta acabo sofrendo muito.

Eu também sofro de empolgação precoce; isto é, levo a sério demais o que as outras pessoas falam, crio muita expectativa de fazer novos amigos, e acabo me frustrando. Pra contornar isto, comecei a trocar cartas com presidiárias. Assim, tenho o tanto de atenção que desejo sem o afã de fazer novos amigos nos ambientes que frequento pessoalmente, e consequentemente me frustro menos, fico mais tranquilo. As presidiárias estão tão necessitadas de amigos quanto eu, pois estão há anos largadas num ambiente hostil, e notaram que os/as amigo(a)s esqueceram que elas existem...

Perspectiva interessante a sua nunca tinha pensado nisso e faz total sentido as pessoas de uma forma geral tem o dia a dia muito ocupado pra se lembrar de alguém ao contrário de quem vive num sistema de reclusão em que praticamente vai ter o dia todo pra pensar sobre todos os aspectos da vida.
Obrigada pela resposta Ace Ventura 

Tarsila escreveu:

Indigo89 escreveu:

Nunca consultei um psicólogo sobre na verdade sempre tive um certo medo de ir nesses espaços ficar dependente de algum tipo de medicação sei lá, mas já pensei em ir em algum espaço mais alternativo tipo terapeuta de florais.

Indigo, olá!
Olha, só pra te ajudar um pouquinho! Há uma diferença entre psicólogo e psiquiatra. No caso, o psiquiatra é o profissional que poderia passar algum remédio, caso se chegasse à conclusão que a sua questão é apenas (ou também) química (oq só um profissional pode dizer).
O psicólogo não passa medicação (ele nem pode), então com esse profissional é mais uma questão de conversa e de ajuda para se descobrir. O tipo de conversa vai depender da linha que o profissional segue, por isso, mesmo que você se consulte com alguém e não goste, talvez seja porque você não se deu com a linha teórica que ele segue, podendo se dar melhor com outro. Você pode pesquisar um pouco a respeito.

Conheci pessoas que tomaram medicação e se deram bem. E outras que, apesar de a medicação ter sido recomendada, se sentiram muito melhor com terapias alternativas, atividades físicas mais intensas ou meditação.

Eu fiz acompanhamento com psicólogo por um tempo há alguns anos. Foi interessante, não me arrependo, mas eu sentia que ficava batendo sempre na mesma tecla, oq me incomodava (eu mesma não queria me ouvir mais falando sobre certos assuntos).
Para mim, o que funcionou foi trabalho voluntário, me sentir útil

Sempre tive uma espécie de aversão quando o assunto é psicólogos sei lá não consigo me imaginar sentar e falar da minha vida pra um estranho, sem contar o fato que p que alguém entenda o que estamos passando sempre temos que dar uma boa organizada nos pensamentos coisa que nem sempre conseguimos fazer.
E também fico na cabeça que por mais que eu fale a decisão sempre vai ser minha de fazer por onde estar melhor.
Obrigada pela resposta Tarsila 

Indigo89 escreveu:

Não sei se esse é bem o tópico para escrever isso falar um pouco de como se esteja sentindo, já li tanta coisa por aqui escrever um pouco sobre hoje. 
Tenho me sentido tão envolta num mundo de solidão como se eu mesma estivesse me puxando pra baixo sabe quando o nosso próprio eu dá uma agonia, como se nenhum lugar que esteja me sentisse bem de fato, como se nada que fizesse me deixasse feliz de fato e meio que sempre foi assim oscilo entre o estar bem ocupada pra conseguir pensar em alguma coisa e o estar sofrendo com meus próprios dilemas.
Passo grande parte do tempo sozinha também mesmo que esteja em um ambiente com outras pessoas não consigo manter relações, tenho uma necessidade tão grande de carinho, afeto, alguém que me entenda que acho que quando aparece alguém vou com tanto desespero (o desespero daqueles que não querem morrer sofrendo sozinhos rs) que acaba sendo questão de semanas pra pessoa se afastar e mesmo que as vezes seja algo bastante raso que nem cheguei ver a pessoa acabo me apegando a pessoa, as conversas, a esperança de que vou ter a companhia de alguém que quando esta se afasta acabo sofrendo muito.
Essas são algumas questões, será que mais alguém passa por isso sente algo parecido?
Apesar de escrever pouco por aqui é um conforto saber que se tem um espaço assim pra escrever algo ler o que outras pessoas tenham a dizer é uma sensação boa de que por mais que tudo seja difícil não se está sozinho.

Uau, eu me identifiquei completamente com o seu depoimento. Eu sempre fui uma pessoa que sente uma necessidade de afeto e carinho muito grande, mas simplesmente não consegue achar isso nesse mundo não-assexual. Ou as pessoas vão me dar isso por paixão - e tão logo descobrirem minha assexualidade, me abandonarão - ou, em caso contrário, não darão carinho (porque parece que carinho só tem significado se você sente atração sexual pela pessoa!)
Eu simplesmente não consigo entender. Apenas sigo a vida e torço pra achar algum dia alguém que possa corresponder a tudo aquilo que desejo. Boa sorte na sua jornada!