Novo aqui, ou não!

E aí pessoa, beleza? Tudo pom? Eu juro que já me apresentei, mas com o corre da vida nunca mais acessei o fórum.

Vou escrever rápido antes que eu fique com vergonha e perca a vontade de escrever aqui de novo hahaha.

Sou o Thiago, tenho 33 anos e moro em SP - Capital. Vi no mapa que possuem muitas pessoas Aces perto de onde eu moro e fiquei surpreendido .

Bom, mas vamos parar de enrolação e contar um pouco da minha vida.

No decorrer da minha vida nunca tive problema com a minha sexualidade. Sempre fui ativo e hétero. Gostava e gosto sinceramente. Mas a vida não é um mar de rosas e sempre te prega algumas peças. Tive um acidente e infelizmente adquiri uma doença onde perdi algumas funções da cintura para baixo (chamado síndrome da Cauda Equína, quem tiver curiosidade) e perdi completamente a capacidade de ter uma ereção. UFA. Soltei para fora algo que eu não falei nem para os meus amigos mais íntimos. Infelizmente a sociedade brasileira é muito sexualizada, onde você vê sexo para todos os lados que te influencia desde criança. E isso acaba criando diversas barreiras... Sempre quando passa uma mulher bonita, tenho que comentar que ela é isso ou aquilo, para não descobrirem a minha condição e isto me incomoda muito. Depois da doença (infelizmente da pior maneira) descobri que as pessoas podem sim se apaixonar de outras formas e não só sexualmente falando.

E claro que nunca mais me aproximei de mulher nenhuma por conta dos meus problemas.

Mesmo sendo uma pessoa que gostava de sexo e ainda acha o corpo da mulher atraente, nunca vou forçar ninguém a fazer algo comigo, até porque não consigo . Vim para comunidade assex justamente para encontrar alguém que não me julga porque não posso fazer sexo como outros homens, e que goste da minha companhia. Sempre terei algumas dificuldades de algumas coisas aqui e ali (físicas), mas eu torço para que as coisas positivas possam tirar a má impressão que tenham de mim. Eu acho que sim, pois não teria nem amigos né .

Sobre a sexualidade em si nunca vou saber onde me encaixo. Assex Hetero Romântico Que gosta de sexo porém não consegue? :lol!: Hetero Romântico Assexuado? Na real isso nem importa para mim. Quero uma companhia para assistir uns filmes, ir no Karaokê (que eu gosto muito, mesmo!), viajar e ver o pôr do sol, ou só dormir abraçado vendo alguma série da netflix. Ou jogando games até morrer. Você escolhe

Desculpem a bíblia que eu escrevi aí e espero encontrar novas amizades com novas visões de mundo! FUI!

Em primeiro lugar, seja bem vindo!

Thiago S. escreveu:

No decorrer da minha vida nunca tive problema com a minha sexualidade. Sempre fui ativo e hétero. Gostava e gosto sinceramente. Mas a vida não é um mar de rosas e sempre te prega algumas peças. Tive um acidente e infelizmente adquiri uma doença onde perdi algumas funções da cintura para baixo (chamado síndrome da Cauda Equína, quem tiver curiosidade) e perdi completamente a capacidade de ter uma ereção.
E claro que nunca mais me aproximei de mulher nenhuma por conta dos meus problemas.

Isso não tem qualquer chance de cura? Não sei se uma pessoa como você pode ser considerada assexual, uma vez que você relata que sempre teve vida sexual ativa e deixou de ter em virtude de uma doença. Mas independente disso, espero que sinta-se acolhido na comunidade.

Sim, não tem cura! É uma doença que pega diretamente a coluna vertebral, como se fosse uma paralisia parcial. Ela só pega as partes baixas, de resto tenho um pouco de perda de movimento da perna esquerda. Tenho essa doença mais ou menos por 7 anos, então vamos dizer que perdi o libido com o tempo. Não ligo mais pra isso. Eu acho que depois de algum tempo, comecei a me aproximar de uma mulher mais pela inteligência e interesses do que qualquer outra coisa. Mas nunca de fato comecei a ficar com uma, pelos medos e receios que tenho.

Oi Thiago, seja bem-vindo (novamente hehe).

Gostaria de agradecer por nos ter confiado sua história. Cheguei aqui tem pouquíssimo tempo e o acolhimento e respeito no fórum tem sido muito grande não apenas para quem se considera assexual, mas para todo tipo de pessoa.

Gostaria que entendesse que estou procurando ser o mais sensível possível em minhas palavras, não estou fazendo julgamentos, dando diagnósticos ou sugerindo que não faça parte da comunidade, muito pelo contrário! O relacionamento entre pessoas assexuais e sexuais com qualidade e respeito é possível, digo por experiência própria.

O que me chamou atenção no seu relato, e que senti necessidade em pontuar, é que a impressão que me causou foi a de que talvez você considere que relações sexuais envolvam somente penetração ou envolvimento das genitálias. Isso não e verdade, existem outras áreas do nosso corpo em que podemos sentir prazer sexual e cada pessoa sentirá mais ou menos prazer em determinada área de um jeito. Além disso, existem muitos recursos para se utilizar enquanto casal, como massagens, brinquedos sexuais (não são exclusividades de atividades solo), interpretar papéis em cenários de fantasia...há muito para se explorar!

Uma sugestão que posso te fazer é de procurar profissionais da saúde que trabalhem com a questão sexual e que possam te passar informações a respeito de como explorar a sexualidade em sua nova condição. Fisioterapeutas, urologistas e psicólogos habilitados para trabalhar com sexualidade (recomendo aqueles na área da Terapia Cognitiva Sexual) podem te ajudar na redescoberta da atividade sexual. Para quem gosta de sexo e sente vontade, a vida sexual não acaba ou tem de necessariamente limitar-se às atividades românticas por conta das restrições relacionadas à ereção.

Me parece que apesar de do receio que você tem em falar sobre o assunto há uma abertura para lidar com esse novo momento da sua vida com esperança e humor leve, por isso deixo a sugestão de pensar a respeito de conversar com profissionais sobre as novas possibilidades e também conversar com outras pessoas que experimentem da mesma condição que você. Quem sabe no youtube, grupos do facebook ou até mesmo aqui no fórum.

Na nossa vida enfrentamos situações que socialmente são vistas como "terríveis", como acidentes ou doenças, como se a solução para esses eventos fosse uma varinha de condão que fizesse tudo voltar ao que era antes. Sabemos que não é assim que funciona, até mesmo para acontecimentos que são julgados com menor intensidade, como se mudar para um país distante ou perder um emprego: mesmo que se volte à condição anterior, não será igual, não será a mesma experiência, a bagagem será outra. O que podemos fazer é nos readaptar, descobrir quais são nossas novas habilidades, que recursos novos podemos explorar, e isso não é diferente com nossa sexualidade.

Se sua jornada será com um parceiro ou parceira sexual ou assexual só será possível de saber vivendo a vida. Espero que seja muito feliz em sua caminhada e que descubra, com satisfação, o que for melhor para tornar isso possível.

Phili escreveu:

Oi Thiago, seja bem-vindo (novamente hehe).  

Gostaria de agradecer por nos ter confiado sua história. Cheguei aqui tem pouquíssimo tempo e o acolhimento e respeito no fórum tem sido muito grande não apenas para quem se considera assexual, mas para todo tipo de pessoa.

Gostaria que entendesse que estou procurando ser o mais sensível possível em minhas palavras, não estou fazendo julgamentos, dando diagnósticos ou sugerindo que não faça parte da comunidade, muito pelo contrário! O relacionamento entre pessoas assexuais e sexuais com qualidade e respeito é possível, digo por experiência própria.

O que me chamou atenção no seu relato, e que senti necessidade em pontuar, é que a impressão que me causou foi a de que talvez você considere que relações sexuais envolvam somente penetração ou envolvimento das genitálias. Isso não e verdade, existem outras áreas do nosso corpo em que podemos sentir prazer sexual e cada pessoa sentirá mais ou menos prazer em determinada área de um jeito. Além disso, existem muitos recursos para se utilizar enquanto casal, como massagens, brinquedos sexuais (não são exclusividades de atividades solo), interpretar papéis em cenários de fantasia...há muito para se explorar!

Uma sugestão que posso te fazer é de procurar profissionais da saúde que trabalhem com a questão sexual e que possam te passar informações a respeito de como explorar a sexualidade em sua nova condição. Fisioterapeutas, urologistas e psicólogos habilitados para trabalhar com sexualidade (recomendo aqueles na área da Terapia Cognitiva Sexual) podem te ajudar na redescoberta da atividade sexual. Para quem gosta de sexo e sente vontade, a vida sexual não acaba ou tem de necessariamente limitar-se às atividades românticas por conta das restrições relacionadas à ereção.

Me parece que apesar de do receio que você tem em falar sobre o assunto há uma abertura para lidar com esse novo momento da sua vida com esperança e humor leve, por isso deixo a sugestão de pensar a respeito de conversar com profissionais sobre as novas possibilidades e também conversar com outras pessoas que experimentem da mesma condição que você. Quem sabe no youtube, grupos do facebook ou até mesmo aqui no fórum.

Na nossa vida enfrentamos situações que socialmente são vistas como "terríveis", como acidentes ou doenças, como se a solução para esses eventos fosse uma varinha de condão que fizesse tudo voltar ao que era antes. Sabemos que não é assim que funciona, até mesmo para acontecimentos que são julgados com menor intensidade, como se mudar para um país distante ou perder um emprego: mesmo que se volte à condição anterior, não será igual, não será a mesma experiência, a bagagem será outra. O que podemos fazer é nos readaptar, descobrir quais são nossas novas habilidades, que recursos novos podemos explorar, e isso não é diferente com nossa sexualidade.

Se sua jornada será com um parceiro ou parceira sexual ou assexual só será possível de saber vivendo a vida. Espero que seja muito feliz em sua caminhada e que descubra, com satisfação, o que for melhor para tornar isso possível.

Oi Phili, tudo bem? Eu agradeço muito por você ter lido o meu relato e expressado sua opinião, isso que eu quero XD

Sim! Acho que tive muito azar de me consultar com muitos profissionais ruins na minha vida, digo isso porque já conversei com muitos médicos, mesmo. Nunca nenhum me deu um retorno satisfatório de pelo menos saber da minha condição clínica. Eu resolvi abandonar um pouco a ideia, mas é óbvio que estou aberto para essas possibilidades (Terapia cognitiva sexual, lendo algo á respeito agora mesmo!).

Sobre a sexualidade em si, confesso que perdi o interesse. Tinha um amigo meu que falava a coisa mais idiota possível como "se você tem dedo e língua tá tudo certo" mas nunca senti que isto era algo real. Como um cara que antigamente sempre demonstrou o carinho pelos toques e gestos e não pelas palavras, nunca encarei isso como algo verdadeiro, mas também nunca tentei. Eu sei que realmente existem outras formas de sexo, mas sempre existe aquele receio de ser rejeitado, e ser traído né? Mas com certeza isso dependeria de pessoa para pessoa.

Eu digo que hoje, o sexo para mim tanto faz. Se tiver ou não tiver, não faz diferença nenhuma. Mas se tiver novas possibilidades eu vou tentar sim! É para isso que vivemos, não é mesmo?

Nossa, é muito cansativo ficar procurando outros profissionais por causa das limitações e descaso dos que nos atenderam né? mas não perca as esperanças, mesmo que continue não se interessando mais por sexo, o acompanhamento por profissionais atenciosos com certeza vai melhorar sua qualidade de vida em outras áreas, pode apostar!

Quanto ao que seu amigo falou, continuo achando muito simplista essa questão de dedo e língua porque, novamente, me remete a idéia de sexo penetrativo ou focado nas genitais como algo obrigatório, uma massagem pode ser muito mais satisfatória e sensual pra diversas pessoas, por exemplo.

Em todo caso, torço para que se mantenha firme na busca pela sua felicidade

Seja bem-vindo, Thiago!
Seu relato foi bem diferente, até ia perguntar se havia chances de reverter, mas você já respondeu anteriormente. Muito legal você ter procurado um grupo onde possa se sentir mais confortável, aqui o ambiente é tranquilo e as pessoas são muito gentis! Muito Netflix e karaokê pra você!

Phili escreveu:

Nossa, é muito cansativo ficar procurando outros profissionais por causa das limitações e descaso dos que nos atenderam né? mas não perca as esperanças, mesmo que continue não se interessando mais por sexo, o acompanhamento por profissionais atenciosos com certeza vai melhorar sua qualidade de vida em outras áreas, pode apostar!

Quanto ao que seu amigo falou, continuo achando muito simplista essa questão de dedo e língua porque, novamente, me remete a idéia de sexo penetrativo ou focado nas genitais como algo obrigatório, uma massagem pode ser muito mais satisfatória e sensual pra diversas pessoas, por exemplo.

Em todo caso, torço para que se mantenha firme na busca pela sua felicidade  

Obrigado pela torcida Phili! Infelizmente não achei e não vou achar tão cedo alguém para testar todas essas coisas aí que você diz kkk. E bolo só de cenoura!

shukaku escreveu:

Seja bem-vindo, Thiago!
Seu relato foi bem diferente, até ia perguntar se havia chances de reverter, mas você já respondeu anteriormente. Muito legal você ter procurado um grupo onde possa se sentir mais confortável, aqui o ambiente é tranquilo e as pessoas são muito gentis! Muito Netflix e karaokê pra você!

Valeu shukaku!
Não só de karaokê e Netflix vive o homem, gosto de games, anime e tudo mais XD

Thiago S. escreveu:

Valeu shukaku!
Não só de karaokê e Netflix vive o homem, gosto de games, anime e tudo mais XD

Pra lista ficar perfeita só faltou um rodízio japa! (e chamar os colegas pra comer também!)  

shukaku escreveu:

Thiago S. escreveu:

Valeu shukaku!
Não só de karaokê e Netflix vive o homem, gosto de games, anime e tudo mais XD

Pra lista ficar perfeita só faltou um rodízio japa! (e chamar os colegas pra comer também!)  

Se eu pudesse comia rodizio japa todo dia . Se não fosse caro demais...

Thiago S. escreveu:

Se eu pudesse comia rodizio japa todo dia . Se não fosse caro demais...

Então você é do meu time, rsrsrs. Também adoro comida japonesa. Pena que é tão cara.

Thiago S. escreveu:

Sempre quando passa uma mulher bonita, tenho que comentar que ela é isso ou aquilo, para não descobrirem a minha condição e isto me incomoda muito.

Entendo sua situação (mesmo que parcialmente, já explico kk), mas não acho que se abster de comentários vá de alguma forma levar alguém a ter conhecimento de sua condição. Eu não sou tipo de pessoa de elogiar mulher, enquanto vejo muitos homens que parecem que vão devorar o corpo de muitas mulheres quando passam, ficam praticamente babando (não duvido nada se não cair uma gota de baba no chão, ou uma cachoeira...), e, minha amiga uma vez até comentou com outra que eu não olhava bunda de mulheres e tal, e que achavam que eu era gay (acho que até hoje todo mundo que vê acha), mas meus amigos raramente falavam algo comigo ou perguntava, e sempre quando perguntam minha resposta é simples: não vejo graça em ficar olhando bunda de mulher, para mim o que importa é o caráter. O questionamento nunca foi além disso (e se chegasse perto de ir, eu começava a não dar muita atenção).

Porque eu disse tudo isso? Não sei, mas acredito que tu deve viver sendo você, não fique se preocupando com o que os outros pensam, se teus amigos se manifestarem negativamente por sua condição, então provavelmente eles não são verdadeiros amigos, pelo menos eu penso assim.

Saiki escreveu:

Thiago S. escreveu:

Sempre quando passa uma mulher bonita, tenho que comentar que ela é isso ou aquilo, para não descobrirem a minha condição e isto me incomoda muito.

Entendo sua situação (mesmo que parcialmente, já explico kk), mas não acho que se abster de comentários vá de alguma forma levar alguém a ter conhecimento de sua condição. Eu não sou tipo de pessoa de elogiar mulher, enquanto vejo muitos homens que parecem que vão devorar o corpo de muitas mulheres quando passam, ficam praticamente babando (não duvido nada se não cair uma gota de baba no chão, ou uma cachoeira...), e, minha amiga uma vez até comentou com outra que eu não olhava bunda de mulheres e tal, e que achavam que eu era gay (acho que até hoje todo mundo que vê acha), mas meus amigos raramente falavam algo comigo ou perguntava, e sempre quando perguntam minha resposta é simples: não vejo graça em ficar olhando bunda de mulher, para mim o que importa é o caráter. O questionamento nunca foi além disso (e se chegasse perto de ir, eu começava a não dar muita atenção).

Porque eu disse tudo isso? Não sei, mas acredito que tu deve viver sendo você, não fique se preocupando com o que os outros pensam, se teus amigos se manifestarem negativamente por sua condição, então provavelmente eles não são verdadeiros amigos, pelo menos eu penso assim.

Concordo! Muitas vezes eu falo que não vi porque estava distraído com outra coisa ou olhando outro lugar kkkk.

Thiago S. escreveu:

Tenho essa doença mais ou menos por 7 anos, então vamos dizer que perdi o libido com o tempo. Não ligo mais pra isso. Eu acho que depois de algum tempo, comecei a me aproximar de uma mulher mais pela inteligência e interesses do que qualquer outra coisa. Mas nunca de fato comecei a ficar com uma, pelos medos e receios que tenho.

Como assim, você foi perdendo a libido? Perder a capacidade de ter ereção não leva necessariamente à perda da libido, leva? Pensava que eram 2 características separadas uma da outra.

Ace Ventura escreveu:

Thiago S. escreveu:

Tenho essa doença mais ou menos por 7 anos, então vamos dizer que perdi o libido com o tempo. Não ligo mais pra isso. Eu acho que depois de algum tempo, comecei a me aproximar de uma mulher mais pela inteligência e interesses do que qualquer outra coisa. Mas nunca de fato comecei a ficar com uma, pelos medos e receios que tenho.

Como assim, você foi perdendo a libido? Perder a capacidade de ter ereção não leva necessariamente à perda da libido, leva? Pensava que eram 2 características separadas uma da outra.

Existem alguns fatores, alguns psicológicos e alguns até mesmo físicos.

Primeiro começamos com o mais fácil que é o físico. Quando não temos ereção e não produzimos sêmen (e ejaculamos) perdemos parte da produção de testosterona, e isto afeta a libido. Nós perdemos a produção deste hormônio com o tempo, mas a doença que eu tenho ajudou e muito nesta parte.

Agora a parte mais complicada que é a psicológica...

Como parte de ser um brasileiro nato mesmo sendo oriental, fui moldado com os pensamentos que sexo era uma parte essencial da vida. Nunca tive contato com outros países menos sexualizados que o nosso, porém, é de se perceber que nosso país é um dos que mais nos bombardeiam com coisas sexuais desde criança, mesmo sem perceber. Se isso é bom ou ruim, não sei dizer, visto o número de adolescentes grávidas, mães que não possuem ainda maturidade psicológica para ter um filho e pais que "abortam" o filho para não ter responsabilidades. Mas isso é algo para outro tópico. Continuando com o raciocínio, fui moldado desta forma e com essa doença fui percebendo que sexo não era tudo isso aí não. Na minha cabeça é uma parte importante, porém, nada essencial.

Na minha cabeça uma forma de fazer a outra pessoa que estava comigo feliz era ter um sexo bom, e que satisfazia ambos os lados. Quando perdi esta capacidade comecei a ter travas e gatilhos mentais quando se tratava de relacionamento. Com os longos anos com esta doença me conformei em não ter nenhuma relação íntima com mulheres e perdura até então. Aí entra o que a Phili falou sobre sexo não ser só penetração, mas nunca tive a oportunidade de conhecer uma garota com este pensamento. É como falam, quanto menos se usa, menos sente falta.

Seja bem-vindo, Thiago

Existem controvérsias sobre "assexualidade induzida", mas não vou entrar nessa questão agora. Ainda que sua condição o impeça de viver sua sexualidade "anterior", ser ou não assexual depende muito de sentir atração sexual (não importa se você vai ou pode consumar quaisquer atos). Você menciona que isso está relacionado não só com a parte física, então, acho que este "rótulo" poderia ser pensado como mais calma no futuro porque as coisas ainda não estão claras para você.

Independente disso, a Comunidade Assexual está aberta para todos. Espero que o fórum lhe ajude em termos de conhecimento e também para encontrar pessoas que possam compreender e compartilhar de ideias semelhantes.

Sam escreveu:

Seja bem-vindo, Thiago

Existem controvérsias sobre "assexualidade induzida", mas não vou entrar nessa questão agora. Ainda que sua condição o impeça de viver sua sexualidade "anterior", ser ou não assexual depende muito de sentir atração sexual (não importa se você vai ou pode consumar quaisquer atos). Você menciona que isso está relacionado não só com a parte física, então, acho que este "rótulo" poderia ser pensado como mais calma no futuro porque as coisas ainda não estão claras para você.

Independente disso, a Comunidade Assexual está aberta para todos. Espero que o fórum lhe ajude em termos de conhecimento e também para encontrar pessoas que possam compreender e compartilhar de ideias semelhantes.

Valeu Sam!

Realmente as coisas não estão claras mesmo. Estou conformado com a situação, mas não desisti ainda.

O seu caso é bem peculiar e bem específico. Eu não tenho conhecimento suficiente sobre esse tipo de trauma físico, então vou perguntar mais. Se achar que estou me intrometendo/te expondo demais, pode simplesmente parar de responder, ok?

De qualquer forma, bem-vindo de volta!

Thiago S. escreveu:

Quando não temos ereção e não produzimos sêmen (e ejaculamos) perdemos parte da produção de testosterona, e isto afeta a libido. Nós perdemos a produção deste hormônio com o tempo, mas a doença que eu tenho ajudou e muito nesta parte.

Você não produz sêmen então... Mas a produção não é controlada hormonalmente?

Seja bem-vindo Thiago!


Você está mostrando que vai se adaptando e que descobriu outras maneiras de se relacionar e se apaixonar pelas pessoas; e nunca desanimou, continua um homem alegre que gosta de se divertir, seja com karaokê, animes e afins.

O que você falou sobre sexualidade traz um pedaço da verdade...vivemos num mundo altamente sexualizado, onde os valores morais estão sendo "descartados", uma moça bonita passou a ser objeto de gratificação...meninos são estimulados desde cedo, influencia de novelas, revistas, músicas "pornográficas" e propagandas da mídia em geral.

Nunca perca forças pelo o que te aconteceu, força  Thiago S.

Ace Ventura escreveu:

O seu caso é bem peculiar e bem específico. Eu não tenho conhecimento suficiente sobre esse tipo de trauma físico, então vou perguntar mais. Se achar que estou me intrometendo/te expondo demais, pode simplesmente parar de responder, ok?

De qualquer forma, bem-vindo de volta!  

Thiago S. escreveu:

Quando não temos ereção e não produzimos sêmen (e ejaculamos) perdemos parte da produção de testosterona, e isto afeta a libido. Nós perdemos a produção deste hormônio com o tempo, mas a doença que eu tenho ajudou e muito nesta parte.

Você não produz sêmen então... Mas a produção não é controlada hormonalmente?

Sem problemas Ace, pode perguntar á vontade.

Eu produzo sêmen sim, aliás todos nós produzimos o tempo todo. O problema é a baixa utilização de sêmen que porventura aumenta os níveis de testosterona.

Miki escreveu:

Seja bem-vindo Thiago!


Você está mostrando que vai se adaptando e que descobriu outras maneiras de se relacionar e se apaixonar pelas pessoas; e nunca desanimou, continua um homem alegre que gosta de se divertir, seja com karaokê, animes e afins.

O que você falou sobre sexualidade traz um pedaço da verdade...vivemos num mundo altamente sexualizado, onde os valores morais estão sendo "descartados", uma moça bonita passou a ser objeto de gratificação...meninos são estimulados desde cedo, influencia de novelas, revistas, músicas "pornográficas" e propagandas da mídia em geral.

Nunca perca forças pelo o que te aconteceu, força  Thiago S.

Muito obrigado pela força Miki!

Sim, infelizmente somos influenciados o tempo todo, á todo momento.

Seja bem vindo!

(só lendo oq todos estão escrevendo ae, sou péssimo com palavras )

Seja bem vindo, Thiago

Bom, outros (principalmente a Phili) já falaram mais do que eu poderia dizer, então fico só nas boas vindas.