Ser arromântico e formar família

Olá,

Especialmente para quem é arromântico, como vocês vislumbram seu futuro? Consideram morar ou já moram sozinhos? Vivem com seus familiares (pais, irmãos) e desejam assim continuar? Consideram viver com outra(s) pessoa(s) apenas dividindo a moraria para ter uma companhia não-romântica?

Já consideraram ir além e de fato formar uma família com alguém que seja também arromântico? Quer dizer, não falo apenas de ter uma companhia não-romântica para dividir a moraria e as contas, mas viver de fato em uma comunhão (que não precisa se traduzir em dormir na mesma cama) e até criarem filhos juntos, mas sem um envolvimento sexual e romântico?

Na maior parte do tempo sou assexual arromântico, mas essa última ideia me soa bastante desejável, ainda que não tenha encontrado exemplos de gente vivendo relações assim. O mais perto de "família arromântica" que já vi é o tal do co-parenting, onde estranhos resolvem compartilhar a guarda e a criação de uma criança, mas se limita a isso, já que não compartilham a moradia e não há companheirismo entre os envolvidos.

Faz um bom tempo que não frequento o fórum, mas já retorno trazendo essa questão. Adoraria ler outras opiniões. O que vocês acham?

Eu sempre me imaginei morando sozinha. Depois eu percebi que parte desse sentimento era porque eu não queria fazer sexo (ou só raramente), então pensei que eu não conseguiria ter um bom relacionamento com ninguém dessa forma. Sou bastante introvertida, o que talvez colabore com a ideia de não estar com outra pessoa. Hoje em dia, depois de conhecer mais sobre assexualidade, eu vejo que morar junto é uma possibilidade (mas não um objetivo). Às vezes eu acho interessante essa ideia, às vezes não... mas pode ser apenas hábito de não ter considerado isso por quase a minha vida toda.

Meu maior objetivo a vida é criar um filho, com ou sem esposa/companheira. Não sou arromântico (infelizmente), então não descarto totalmente um relacionamento, mas não faço questão nem sinto a necessidade um. Então se tiver morando eu e meu filho (ou quem sabe filhos(as)), já terei uma família como espero, qualquer um a mais além (companheira, esposa, ou mesmo familiar que more comigo), claro, será bem vindo.

Então, eu penso na possibilidade de dividir uma casa com uma pessoa arromântica, pra não ter o sentimento de solidão por toda a minha vida. O meu foco é me relacionar com uma pessoa que não transe, essa é a única coisa q eu peço pq não sinto atração sexual e ultimamente nem libido. Agora, ter filho é algo que eu já imaginei ter sim, mas eu teria q ter grana pra poder bancar uma criança, então não sei se isso seria algo economicamente (e até emocionalmente também) viável.

Nezumi escreveu:

Olá,

Especialmente para quem é arromântico, como vocês vislumbram seu futuro? Consideram morar ou já moram sozinhos? Vivem com seus familiares (pais, irmãos) e desejam assim continuar? Consideram viver com outra(s) pessoa(s) apenas dividindo a moraria para ter uma companhia não-romântica?

Já consideraram ir além e de fato formar uma família com alguém que seja também arromântico? Quer dizer, não falo apenas de ter uma companhia não-romântica para dividir a moraria e as contas, mas viver de fato em uma comunhão (que não precisa se traduzir em dormir na mesma cama) e até criarem filhos juntos, mas sem um envolvimento sexual e romântico?

Na maior parte do tempo sou assexual arromântico, mas essa última ideia me soa bastante desejável, ainda que não tenha encontrado exemplos de gente vivendo relações assim. O mais perto de "família arromântica" que já vi é o tal do co-parenting, onde estranhos resolvem compartilhar a guarda e a criação de uma criança, mas se limita a isso, já que não compartilham a moradia e não há companheirismo entre os envolvidos.

Faz um bom tempo que não frequento o fórum, mas já retorno trazendo essa questão. Adoraria ler outras opiniões. O que vocês acham?

Me desculpa sair COMPLETAMENTE do assunto da sua postagem, mas..... NEZUMI!!!! Não acredito que encontrei alguém fã de No. 6 aqui! No. 6 é vida, meu livro preferido *-*

Mas agora falando do assunto mesmo hahaha (mesmo não sendo arromântica)... apesar de não querer ter filhos (nunca quis), a ideia de compartilhar algo com alguém, uma parceria, um compromisso de algum tipo, me é mto atraente. Estou movendo os pauzinhos pra sair de casa (Deus, ajuda aí! o financeiro tá bronca), gostaria de um período morando sozinha pra ter a experiência (tenho certeza q vou amar), mas gostaria de morar junto com alguém também. A questão é achar alguém com quem eu tenha afinidade e pense da mesma forma... Difícil...

Tarsila escreveu:

Me desculpa sair COMPLETAMENTE do assunto da sua postagem, mas..... NEZUMI!!!! Não acredito que encontrei alguém fã de No. 6 aqui! No. 6 é vida, meu livro preferido *-*

Não sei se posso me considerar fã porque até então só vi o anime e li os primeiros volumes da versão da NewPOP, mas é um dos meus favoritos sem sombra de dúvidas.

@

Interessante reparar que vocês que comentaram até então não parecem rejeitar e até apreciam essa possibilidade. Podemos considerar esta como uma zona cinza entre ser romântico e arromântico?

Nezumi escreveu:

Tarsila escreveu:

Me desculpa sair COMPLETAMENTE do assunto da sua postagem, mas..... NEZUMI!!!! Não acredito que encontrei alguém fã de No. 6 aqui! No. 6 é vida, meu livro preferido *-*

Não sei se posso me considerar fã porque até então só vi o anime e li os primeiros volumes da versão da NewPOP, mas é um dos meus favoritos sem sombra de dúvidas.

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Interessante reparar que vocês que comentaram até então não parecem rejeitar e até apreciam essa possibilidade. Podemos considerar esta como uma zona cinza entre ser romântico e arromântico?

Eita, a NewPop matando os leitores brasileiros sem lançar os volumes que faltam. Eu li em inglês mesmo. Tenho todos os volumes *-* São tantos aspectos dos livros q eu gosto, poderia escrever um TCC sobre eles kkkkkk...

E bem... acho q estou num tipo de área cinza, tanto q coloquei no meu perfil "demirromântica". Mas se por um lado a parte da assexualidade é já ponto pacífico pra mim, a parte "romântica" da coisa é algo q ainda estou em processo de entender. Pq não sei até q ponto é algo q genuinamente me interessa ou até q ponto é um tipo de pressão social pelo tipo de mídia q consumo, etc.
No meu caso, acho q isso influenciou na minha resposta

Acredito que não haja óbice em ser arromântico e formar família, pois uma coisa não exclui a outra, necessariamente.

Ana_88 escreveu:

Eu sempre me imaginei morando sozinha. Depois eu percebi que parte desse sentimento era porque eu não queria fazer sexo (ou só raramente), então pensei que eu não conseguiria ter um bom relacionamento com ninguém dessa forma. Sou bastante introvertida, o que talvez colabore com a ideia de não estar com outra pessoa. Hoje em dia, depois de conhecer mais sobre assexualidade, eu vejo que morar junto é uma possibilidade (mas não um objetivo). Às vezes eu acho interessante essa ideia, às vezes não... mas pode ser apenas hábito de não ter considerado isso por quase a minha vida toda.

Penso da mesma maneira

eu sou assexual romantica creio que me encaixo mais, e ainda assim me vejo sozinha muitas vezes porque a unica coisa no sexo que me atrai sou eu mesma me masturbando quando tenho vontade, o que não é sempre. Mas queria um dia casar e ter filho por um meio convencional.