Oláa, queridos/as !!! Tudo bom com vcs?

Andei assistindo a última temporada de "Sex Education" na Netflix e fomos apresentados a uma nova personagem assexual, a "O", a nova terapeuta sexual da nova escola (Sorry pelos spoilers). É uma série que acho fantástica porque apesar de abordar sobre o ato sexual em si, aborda com certa profundidade a questão da sexualidade de diversas maneiras, diversidades, problemas enfrentados por cada um. Isso que me impulsionou a assistir até o final.

Voltando para a questão ace, na primeira temporada, conhecemos uma personagem ace (o que foi uma grande surpresa e certo avanço na representatividade), mas foi algo rápido e não muito aprofundado ("ah não me interesso por sexo, estou quebrada?"). Depois disso, nunca mais ouvimos falar da bendita ace daquela série.

Já nesta última temporada, a terapeuta O, em um momento de pressão, acaba revelando que é assexual e ainda fala do seu passado em relação a isso (o que me identifiquei muuuuito), sobre ela ter sentido a necessidade de estudar sobre sexualidade e sexo em si para se sentir incluída nas rodinhas que só falavam dos namoradinhos, beijos etc.

É sobre isso, engraçado como tentamos nos adaptar ao meio para se parecer normal, né?
Eu mesma dou conselhos sobre como melhorar a vida sexual das pessoas que atendo em consultório. Tudo baseado em leitura, vídeos de sexólogos e o que vi nos estágios. É hipocrisia minha? Dar conselho de algo que nunca fiz ?

Anyway, alguém mais assistiu a série e gostou da representação?

PumpkinCake
Estive afastado da comunidade por um tempo, me lembro de você, lembro que até cheguei a citar algo que você disse em um tópico no meu TCC...
Não acho que seja hipocrisia, de forma alguma
Antes mesmo de começar a faculdade eu já me interessava por pautas referentes a gênero e sexualidade, até brincava que queria ser sexólogo, engraçado que nunca me encaixei direito nisso tudo, assim como a "O", me interesso pela temática, gosto da ideia de ser terapeuta sexual, mesmo sem ter, de fato, feito aquilo tudo. Gostei da forma que a personagem foi representada, o fato de ser uma boa terapeuta e o fato de ser assexual não interferiram uma coisa na outra, acho que o importante era a escuta e a preocupação com o outro, certo?

Assim como você, me identifiquei muito com a personagem, com a trajetória, o se encaixar, etc... Podemos dizer que foi difícil ^^

Gosto de estudar sobre gênero e sexualidade, direta ou indiretamente falo sobre isso nos trabalhos que realizo, desde a faculdade eu enfiava isso em tudo que podia
Se era pra falar sobre Lacan, então o Gozo Compensatório e o Gozo Outro. Jung? Self real e ideal, associado a disforia de gênero. Em tudo que eu podia eu falava sobre assexualidade, também... TCCs das pós falando sobre gênero e sexualidade em tudo que consegui.. não acho que seja hipocrisia, é realmente algo que eu gosto de estudar, de ler sobre, de conhecer, só tem o ponto de que não vivencio muita coisa daquilo, certo?
Mesmo falando sobre mulheres, no caso do Gozo Compensatório que comentei, quando falei de Lacan, eu estava falando de mim (indiretamente , de algo que eu me identificava) por exemplo, então acho que fica fácil estudar algo que você se enxerga, que gosta.

Fico feliz de ver que ainda participa da comunidade

Thomas Chatterton escreveu:

PumpkinCake

Fico feliz de ver que ainda participa da comunidade

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