Quando você leu o tópico deste post, provavelmente deve ter ficado(a) confuso(a), não é? Mas calma, vou explicar...
Ultimamente, eu tenho analisado a minha vida como um todo... Desde que me conheço por gente, nunca fui uma criança muito sociável... E esse problema piorou na adolescência... Acho que meus piores anos foram entre 13 até os 17 anos, quando estudava numa escola onde frequentemente era alvo de piadas e chacotas. Eu começei a me tornar uma pessoa muito melancólica durante esse período, tinha dificuldade de atenção, auto estima baixa, minhas notas declinaram, reprovei duas vezes... Não fazia amizade com ninguém, desconfiava de todo mundo, e me isolava. Cresci acreditando que não seria capaz de cursar uma faculdade, muito menos conseguir um emprego decente. Comecei a trabalhar tarde, com 20 anos. Meu primeiro emprego foi num restaurante. Odiei desde o primeiro dia... Não conseguia fazer nada certo, não conseguia falar direito com os clientes, tinha muita vergonha. Meus "colegas", perceberam minhas dificuldades, e começaram a rir de mim. Eu achava que as chacotas, o bullying, os risinhos, só faziam parte do mundo dos adolescentes, mas estava enganada... Eu odiava aquele emprego, meus colegas, tudo! Pedi demissão um mês depois... Fiquei tão traumatizada, que só fui conseguir meu segundo emprego três anos depois! Numa empresa de logística. Eu achei que desta vez faria tudo certo, que estava preparada para enfrentar "as pessoas". Mas me enganei mais uma vez... A experiência foi tão aterrorizante quanto o restaurante! O pessoal não tinha paciência pra me ensinar, e eu também não gostava delas... O chefe era egocêntrico e boçal, outro, grosso. Eu também não demonstrei interesse em aprender, entrava muda e saia calada. Um mês depois, me demitiram... Consegui meu terceiro emprego no ano seguinte, numa fábrica de roupas. Eu gostava do que fazia, mas como sempre, "as pessoas"... Esse, com certeza, foi o lugar onde fui mais massacrada mentalmente. Era alvo de chacotas pelo pessoal que trabalhava no mesmo setor que o meu. "Você não interage com a gente", "Você não quer ter filhos? Vai ficar velha e sozinha!" "Você até tem agilidade, mas é burra" "Nossa, como você é burra! Era o que mais ouvia...
Todo o dia era sempre assim... Começei a perder a concentração nas minhas tarefas, quando meus superiores me questionavam sobre certas operações, não conseguia responder coerentemente, dava respostas sem sentidos e desconexas... Para quem estava de fora, poderia achar que eu tinha défict de atenção, algum problema mental... Então... três meses depois, fui demitida. O supervisor me disse que eu não poderia fazer mais parte da empresa, porque era muito "desligada". Naquele momento, se um pouco de auto estima ainda me restava, ela foi para o fundo do poço... Foi minha segunda demissão... Fiquei pensando o que de errado havia comigo?!
Então o tempo passou, hoje estou trabalhando há um ano e meio na mesma empresa, mas... de vez em quando os fantasmas do meu passado voltam para me assombrar... Sinto que minha vida congelou no tempo, não tenho amigos para sair, os poucos que existem, seguiram seus próprios caminhos, e sei que nada será como antigamente... Sou anti-social, saio muito pouco de casa, e quando saio, sempre sozinha... Moro com meus pais e um irmão. Fico imaginando como será a minha vida quando meus pais partirem, e provavelmente meu irmão irá morar com a namorada... O que será de mim? Morando sempre sozinha numa casa... Sou assexual-arromantica, sei, com toda a certeza que nunca serei capaz de me apaixonar por ninguém, mas sei que não é legal morar sozinha, sem ninguém com quem conversar, alguém para cuidar de você quando você adoecer... Essas coisas me preocupam muito, sinto que estou sendo "sufocada", a cada dia que passa...
E ultimamente, venho pensando muito em suicídio... Sei que essa ideia é terrível e assustadora, mas que graça terá a minha vida morando sozinha?! Sem ninguém com quem rir, conversar?! Eu estava até pensando em fazer isso após realizar o meu maior sonho: conhecer o deserto do atacama. Eu sempre digo que se um dia conhecer este lugar, posso morrer totalmente satisfeita! Nada mais importa pra mim! Nem emprego, nem faculdade, nem amigos... Se você pensar bem, um dia todos tem que morrer mesmo, cedo ou tarde, não importa. Um dia chegará sua hora. E como ateísta, acredito que não existe nada depois da morte,vai ser como se você nunca existisse... Então, que diferença faz morrer com 30 ou 80 anos?
Bem, desculpa se o texto ficou longo demais, mas precisava desabafar... Forte abraço!
Ultimamente, eu tenho analisado a minha vida como um todo... Desde que me conheço por gente, nunca fui uma criança muito sociável... E esse problema piorou na adolescência... Acho que meus piores anos foram entre 13 até os 17 anos, quando estudava numa escola onde frequentemente era alvo de piadas e chacotas. Eu começei a me tornar uma pessoa muito melancólica durante esse período, tinha dificuldade de atenção, auto estima baixa, minhas notas declinaram, reprovei duas vezes... Não fazia amizade com ninguém, desconfiava de todo mundo, e me isolava. Cresci acreditando que não seria capaz de cursar uma faculdade, muito menos conseguir um emprego decente. Comecei a trabalhar tarde, com 20 anos. Meu primeiro emprego foi num restaurante. Odiei desde o primeiro dia... Não conseguia fazer nada certo, não conseguia falar direito com os clientes, tinha muita vergonha. Meus "colegas", perceberam minhas dificuldades, e começaram a rir de mim. Eu achava que as chacotas, o bullying, os risinhos, só faziam parte do mundo dos adolescentes, mas estava enganada... Eu odiava aquele emprego, meus colegas, tudo! Pedi demissão um mês depois... Fiquei tão traumatizada, que só fui conseguir meu segundo emprego três anos depois! Numa empresa de logística. Eu achei que desta vez faria tudo certo, que estava preparada para enfrentar "as pessoas". Mas me enganei mais uma vez... A experiência foi tão aterrorizante quanto o restaurante! O pessoal não tinha paciência pra me ensinar, e eu também não gostava delas... O chefe era egocêntrico e boçal, outro, grosso. Eu também não demonstrei interesse em aprender, entrava muda e saia calada. Um mês depois, me demitiram... Consegui meu terceiro emprego no ano seguinte, numa fábrica de roupas. Eu gostava do que fazia, mas como sempre, "as pessoas"... Esse, com certeza, foi o lugar onde fui mais massacrada mentalmente. Era alvo de chacotas pelo pessoal que trabalhava no mesmo setor que o meu. "Você não interage com a gente", "Você não quer ter filhos? Vai ficar velha e sozinha!" "Você até tem agilidade, mas é burra" "Nossa, como você é burra! Era o que mais ouvia...
Todo o dia era sempre assim... Começei a perder a concentração nas minhas tarefas, quando meus superiores me questionavam sobre certas operações, não conseguia responder coerentemente, dava respostas sem sentidos e desconexas... Para quem estava de fora, poderia achar que eu tinha défict de atenção, algum problema mental... Então... três meses depois, fui demitida. O supervisor me disse que eu não poderia fazer mais parte da empresa, porque era muito "desligada". Naquele momento, se um pouco de auto estima ainda me restava, ela foi para o fundo do poço... Foi minha segunda demissão... Fiquei pensando o que de errado havia comigo?!
Então o tempo passou, hoje estou trabalhando há um ano e meio na mesma empresa, mas... de vez em quando os fantasmas do meu passado voltam para me assombrar... Sinto que minha vida congelou no tempo, não tenho amigos para sair, os poucos que existem, seguiram seus próprios caminhos, e sei que nada será como antigamente... Sou anti-social, saio muito pouco de casa, e quando saio, sempre sozinha... Moro com meus pais e um irmão. Fico imaginando como será a minha vida quando meus pais partirem, e provavelmente meu irmão irá morar com a namorada... O que será de mim? Morando sempre sozinha numa casa... Sou assexual-arromantica, sei, com toda a certeza que nunca serei capaz de me apaixonar por ninguém, mas sei que não é legal morar sozinha, sem ninguém com quem conversar, alguém para cuidar de você quando você adoecer... Essas coisas me preocupam muito, sinto que estou sendo "sufocada", a cada dia que passa...
E ultimamente, venho pensando muito em suicídio... Sei que essa ideia é terrível e assustadora, mas que graça terá a minha vida morando sozinha?! Sem ninguém com quem rir, conversar?! Eu estava até pensando em fazer isso após realizar o meu maior sonho: conhecer o deserto do atacama. Eu sempre digo que se um dia conhecer este lugar, posso morrer totalmente satisfeita! Nada mais importa pra mim! Nem emprego, nem faculdade, nem amigos... Se você pensar bem, um dia todos tem que morrer mesmo, cedo ou tarde, não importa. Um dia chegará sua hora. E como ateísta, acredito que não existe nada depois da morte,vai ser como se você nunca existisse... Então, que diferença faz morrer com 30 ou 80 anos?
Bem, desculpa se o texto ficou longo demais, mas precisava desabafar... Forte abraço!