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descriptionSuicídio e Deserto do atacama... EmptySuicídio e Deserto do atacama...

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Quando você leu o tópico deste post, provavelmente deve ter ficado(a) confuso(a), não é? Mas calma, vou explicar...
Ultimamente, eu tenho analisado a minha vida como um todo... Desde que me conheço por gente, nunca fui uma criança muito sociável... E esse problema piorou na adolescência... Acho que meus piores anos foram entre 13 até os 17 anos, quando estudava numa escola onde frequentemente era alvo de piadas e chacotas. Eu começei a me tornar uma pessoa muito melancólica durante esse período, tinha dificuldade de atenção, auto estima baixa, minhas notas declinaram, reprovei duas vezes... Não fazia amizade com ninguém, desconfiava de todo mundo, e me isolava. Cresci acreditando que não seria capaz de cursar uma faculdade, muito menos conseguir um emprego decente. Comecei a trabalhar tarde, com 20 anos. Meu primeiro emprego foi num restaurante. Odiei desde o primeiro dia... Não conseguia fazer nada certo, não conseguia falar direito com os clientes, tinha muita vergonha. Meus "colegas", perceberam minhas dificuldades, e começaram a rir de mim. Eu achava que as chacotas, o bullying, os risinhos, só faziam parte do mundo dos adolescentes, mas estava enganada... Eu odiava aquele emprego, meus colegas, tudo! Pedi demissão um mês depois... Fiquei tão traumatizada, que só fui conseguir meu segundo emprego três anos depois! Numa empresa de logística. Eu achei que desta vez faria tudo certo, que estava preparada para enfrentar "as pessoas". Mas me enganei mais uma vez... A experiência foi tão aterrorizante quanto o restaurante! O pessoal não tinha paciência pra me ensinar, e eu também não gostava delas... O chefe era egocêntrico e boçal, outro, grosso. Eu também não demonstrei interesse em aprender, entrava muda e saia calada. Um mês depois, me demitiram... Consegui meu terceiro emprego no ano seguinte, numa fábrica de roupas. Eu gostava do que fazia, mas como sempre, "as pessoas"... Esse, com certeza, foi o lugar onde fui mais massacrada mentalmente. Era alvo de chacotas pelo pessoal que trabalhava no mesmo setor que o meu. "Você não interage com a gente", "Você não quer ter filhos? Vai ficar velha e sozinha!" "Você até tem agilidade, mas é burra" "Nossa, como você é burra! Era o que mais ouvia...
Todo o dia era sempre assim... Começei a perder a concentração nas minhas tarefas, quando meus superiores me questionavam sobre certas operações, não conseguia responder coerentemente, dava respostas sem sentidos e desconexas... Para quem estava de fora, poderia achar que eu tinha défict de atenção, algum problema mental... Então... três meses depois, fui demitida. O supervisor me disse que eu não poderia fazer mais parte da empresa, porque era muito "desligada". Naquele momento, se um pouco de auto estima ainda me restava, ela foi para o fundo do poço... Foi minha segunda demissão... Fiquei pensando o que de errado havia comigo?!
Então o tempo passou, hoje estou trabalhando há um ano e meio na mesma empresa, mas... de vez em quando os fantasmas do meu passado voltam para me assombrar... Sinto que minha vida congelou no tempo, não tenho amigos para sair, os poucos que existem, seguiram seus próprios caminhos, e sei que nada será como antigamente... Sou anti-social, saio muito pouco de casa, e quando saio, sempre sozinha... Moro com meus pais e um irmão. Fico imaginando como será a minha vida quando meus pais partirem, e provavelmente meu irmão irá morar com a namorada... O que será de mim? Morando sempre sozinha numa casa... Sou assexual-arromantica, sei, com toda a certeza que nunca serei capaz de me apaixonar por ninguém, mas sei que não é legal morar sozinha, sem ninguém com quem conversar, alguém para cuidar de você quando você adoecer... Essas coisas me preocupam muito, sinto que estou sendo "sufocada", a cada dia que passa...
E ultimamente, venho pensando muito em suicídio... Sei que essa ideia é terrível e assustadora, mas que graça terá a minha vida morando sozinha?! Sem ninguém com quem rir, conversar?! Eu estava até pensando em fazer isso após realizar o meu maior sonho: conhecer o deserto do atacama. Eu sempre digo que se um dia conhecer este lugar, posso morrer totalmente satisfeita! Nada mais importa pra mim! Nem emprego, nem faculdade, nem amigos... Se você pensar bem, um dia todos tem que morrer mesmo, cedo ou tarde, não importa. Um dia chegará sua hora. E como ateísta, acredito que não existe nada depois da morte,vai ser como se você nunca existisse... Então, que diferença faz morrer com 30 ou 80 anos?
Bem, desculpa se o texto ficou longo demais, mas precisava desabafar... Forte abraço!

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Quando li a parte deserto do Atacama lembrei de uma colega que eu tinha que perguntou se eu não iria com ela a esse deserto, eu perguntei pra que e ela respondeu para eu atacar ela na cama oO.

Deixando isso de lado, antes eu também pensava muito em suicídio, também sou assexual arromantico, embora seja bem mais jovem, pra ter ideia a minha vida na escola eu achava um inferno, eu acordava de manhã e ficava sem forças para levantar da cama do tanto que eu não queria ir, eu fingia muito que gostava de mulheres e que queria fazer sexo, eu achava que se fingisse um dia ia me dar vontade, só que nada vinha, quando eu ficava muito bravo eu inclusive brigava, tanto verbalmente, tanto fisicamente, eu respondia sendo bastante grosso para que me deixassem em paz, vinha claro muitos pensamentos sobre suicídio e sobre o que eu era, uma garota da escola certa vez pediu para fazer sexo comigo, eu recusei, então ela ficou me chamando de viado por vários meses, um dia cansei e gritei. - sou viado mesmo, o que fode o seu pai, vadia!.( vocês podem dizer que eu exagerei, mas estava exausto, depois disso ela parou).
Não vou contar tudo de ruim que aconteceu porque foi muita coisa kkkkkkk, na terceira série do Ensino Médio eu passei em todas as matérias no terceiro bimestre, menos em Química que faltou 0,2 décimos, eu estava tão cansado que faltei o ultimo bimestre quase inteiro, só mesmo nas provas, eu tinha certeza absoluta que na universidade iria ser pior que na escola, tanto que antes de entrar pensei em fingir que tinha aids para que ninguém me enchesse( ainda não sabia sobre assexualidade).
só que na universidade achei bem melhor, é claro que há pressão para sexo e beijar, só que é bem menor, e eu tenho inclusive amigas mulheres que apenas são amigas, não querem nada mais comigo, e nesse ano que eu descobri sobre assexualidade, meio que parece que todas as tristezas que eu tinha foram embora, antes eu era um grande infeliz kkkkkkkkkkk, parece que dissipou grande parte da tristeza.

A parte da morte eu concordo com a senhora, eu também sou ateu, eu não tenho tanto medo assim de morrer como outras pessoas tem, apontaram armas na minha cabeça e na do meu colega, ele depois perguntou-me porque eu não parecia estar com medo, ele disse inclusive que eu estava rindo( eu não percebi isso oO), para mim não faz diferença.

Eu não vou ir contra nem apoiar decisões de suicídio, não porque é crime, eu meio que penso um pouco diferente, na minha opinião se a pessoa quer isso ela pode, é a vida dela, não a minha, se vai ser melhor para ela tudo bem, eu só não suicidei porque isso iria apenas satisfazer quem me humilhava, eu não iria dar, nem vou dar esse gosto para eles, se eu acabar morrendo não vejo problemas, mas já que estou vivo vou lutar e mostrar para quem duvidou de mim e para quem me humilhou que não sou tão fraco assim.


desculpe pelo texto longo.

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É... minha, nossa vida não é nada fácil...
Para mim, a pior parte é em me socializar. E eu sei que a minha assexualidade contribui muito com isso... Eu evito fazer amigos justamente pelo medo da rejeição. Eu sei como as pessoas são... sei como elas pensam... Eu sei que se começar a sair com colegas cedo ou tarde eles vão querer "impor" seu "padrões" pra cima de mim. Estou de um jeito que se alguém apontar uma arma pra minha cabeça e der um tiro, sou capaz de agradece-lo por isso... Sei que isso é meio depressivo, mas internamente venho sofrendo muito. A única coisa que me impede de não cometer suicídio são meus pais e meu irmão... Seu eu morrer dessa forma tenho certeza que minha mãe entraria numa depressão profunda, acho que eles não suportariam minha morte... Mas a vontade é grande... triste

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Você foi a um médico para ver a sua depressão? Vc precisa de ajuda. Não pode sofrer assim.
Alguma vez vc chegou a ir em psiquiatra?

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Olá Susana, eu endosso o Fraga, acho que você precisa procurar um médico. Eu procuro entender sua dor, afinal, ninguém além de nós sabe exatamente na mesma intensidade, mas todos, ao menos alguma vez passam por tempos ruins (inclusive, estou numa época nem um pouco legal). Enfim, acho que a procura médica é fundamental antes de qualquer decisão.

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SusanaSwan escreveu:
Quando você leu o tópico deste post, provavelmente deve ter ficado(a) confuso(a), não é? Mas calma, vou explicar...
    Ultimamente, eu tenho analisado a minha vida como um todo... Desde que me conheço por gente, nunca fui uma criança muito sociável... E esse problema piorou na adolescência... Acho que meus piores anos foram entre 13 até os 17 anos, quando estudava numa escola onde frequentemente era alvo de piadas e chacotas. Eu começei a me tornar uma pessoa muito melancólica durante esse período, tinha dificuldade de atenção, auto estima baixa, minhas notas declinaram, reprovei duas vezes... Não fazia amizade com ninguém, desconfiava de todo mundo, e me isolava. Cresci acreditando que não seria capaz de cursar uma faculdade, muito menos conseguir um emprego decente. Comecei a trabalhar tarde, com 20 anos. Meu primeiro emprego foi num restaurante. Odiei desde o primeiro dia... Não conseguia fazer nada certo, não conseguia falar direito com os clientes, tinha muita vergonha. Meus "colegas", perceberam minhas dificuldades, e começaram a rir de mim.     Eu achava que as chacotas, o bullying, os risinhos, só faziam parte do mundo dos adolescentes, mas estava enganada... Eu odiava aquele emprego, meus colegas, tudo! Pedi demissão um mês depois... Fiquei tão traumatizada, que só fui conseguir meu segundo emprego três anos depois! Numa empresa de logística. Eu achei que desta vez faria tudo certo, que estava preparada para enfrentar "as pessoas". Mas me enganei mais uma vez... A experiência foi tão aterrorizante quanto o restaurante! O pessoal não tinha paciência pra me ensinar, e eu também não gostava delas... O chefe era egocêntrico e boçal, outro, grosso. Eu também não demonstrei interesse em aprender, entrava muda e saia calada. Um mês depois, me demitiram... Consegui meu terceiro emprego no ano seguinte, numa fábrica de roupas. Eu gostava do que fazia, mas como sempre, "as pessoas"... Esse, com certeza, foi o lugar onde fui mais massacrada mentalmente. Era alvo de chacotas pelo pessoal que trabalhava no mesmo setor que o meu. "Você não interage com a gente", "Você não quer ter filhos? Vai ficar velha e sozinha!" "Você até tem agilidade, mas é burra" "Nossa, como você é burra! Era o que mais ouvia...
   Todo o dia era sempre assim... Começei a perder a concentração nas minhas tarefas, quando meus superiores me questionavam sobre certas operações, não conseguia responder coerentemente, dava respostas sem sentidos e desconexas... Para quem estava de fora, poderia achar que eu tinha défict de atenção, algum problema mental... Então... três meses depois, fui demitida. O supervisor me disse que eu não poderia fazer mais parte da empresa, porque era muito "desligada". Naquele momento, se um pouco de auto estima ainda me restava, ela foi para o fundo do poço... Foi minha segunda demissão... Fiquei pensando o que de errado havia comigo?!

Lamento pelo bullying que sofreu, porém, para o(a) empresário(a), produtividade é essencial... e dependendo da função, um mínimo de sociabilidade também. Então, considerando-se a forma como se comportou, até é compreensível que tenha sido demitida.

SusanaSwan escreveu:
   Então o tempo passou, hoje estou trabalhando há um ano e meio na mesma empresa, mas... de vez em quando os fantasmas do meu passado voltam para me assombrar... Sinto que minha vida congelou no tempo, não tenho amigos para sair, os poucos que existem, seguiram seus próprios caminhos, e sei que nada será como antigamente... Sou anti-social, saio muito pouco de casa, e quando saio, sempre sozinha... Moro com meus pais e um irmão. Fico imaginando como será a minha vida quando meus pais partirem, e provavelmente meu irmão irá morar com a namorada... O que será de mim? Morando sempre sozinha numa casa...

Bom que já está na mesma empresa há mais de um ano...
E quanto a morar sozinha numa casa, não é tão ruim... muita gente também mora. Vc até terá mais privacidade. sorrindo E pode chamar amigos para visitá-la! Quem sabe até faça novas amizades por intermédio do fórum, por exemplo!

SusanaSwan escreveu:
Sou assexual-arromantica, sei, com toda a certeza que nunca serei capaz de me apaixonar por ninguém, mas sei que não é legal morar sozinha, sem ninguém com quem conversar, alguém para cuidar de você quando você adoecer... Essas coisas me preocupam muito, sinto que estou sendo "sufocada", a cada dia que passa...

Não se deve condicionar a própria felicidade à companhia de alguém...
por mais que amemos uma pessoa, de forma romântica ou fraternal,
todos nós estamos de passagem neste mundo.
Vamos sofrer com a perda? Sim. Mas a vida segue...

SusanaSwan escreveu:
    E ultimamente, venho pensando muito em suicídio... Sei que essa ideia é terrível e assustadora, mas que graça terá a minha vida morando sozinha?! Sem ninguém com quem rir, conversar?!

Recomendo procurar um(a) psicólogo(a) o quanto antes.

SusanaSwan escreveu:
Eu estava até pensando em fazer isso após realizar o meu maior sonho: conhecer o deserto do atacama. Eu sempre digo que se um dia conhecer este lugar, posso morrer totalmente satisfeita! Nada mais importa pra mim! Nem emprego, nem faculdade, nem amigos... Se você pensar bem, um dia todos tem que morrer mesmo, cedo ou tarde, não importa. Um dia chegará sua hora.

Concordo que cedo ou tarde todos partirão. Mas tirar a própria vida? Se vc estivesse tetraplégica, ou extremamente doente, sofrendo dores horríveis, até entenderia que quisesse morrer. Só que não é o caso, concorda?

SusanaSwan escreveu:
E como ateísta, acredito que não existe nada depois da morte,vai ser como se você nunca existisse... Então, que diferença faz morrer com 30 ou 80 anos?

A diferença é que uma coisa é morrer cedo devido a uma fatalidade, outra é se suicidar. São coisas bastante diferentes. Pense nas pessoas que gostam de vc... pense em quantas experiências ainda viverá ao longo da vida. sorrindo Pense no bem que pode fazer (a outras pessoas, a animais abandonados, ao mundo)! Viva e faça a diferença!
https://www.youtube.com/watch?v=es2pXVKUBaM
Ainda que não creia em vida após a morte, enquanto tiver saúde, lute, desperte sentimentos bons, pois aí quando um dia partir, deixará boas lembranças e não será como se nunca tivesse existido. piscando

SusanaSwan escreveu:
Bem, desculpa se o texto ficou longo demais, mas precisava desabafar... Forte abraço!

Não precisava se desculpar...
afinal, lê quem quer, né? piscando
Melhor desabafar do que guardar isso só pra vc e sofrer com isso.
Que vc busque tratamento e fique bem! sorrindo

[]'s

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Antes de tudo, gostaria muito de agradecer vocês pela atenção... Não tem sido nada fácil pra mim...Alguns falaram para eu procurar um psicologo, até já pensei nisso, mas sei que por mais que ele me oriente, a verdadeira força está dentro de mim mesma... Não tem um dia que eu acorde e não pense nessa possibilidade, de vez em quando entro em sites para procurar uma forma menos dolorosa para se fazer isso... Mas no fundo sei que não tenho coragem de fazer isso agora, meus pais e meu irmão estão vivos, e sei que se eu se for, sei o quanto eles vão sofrer, principalmente minha mãe... Como eu já havia dito antes, eles são a única parte de mim que me faz ficar...
Forte abraço!

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SusanaSwan escreveu:

Alguns falaram para eu procurar um psicologo, até já pensei nisso, mas sei que por mais que ele me oriente, a verdadeira força está dentro de mim mesma...


Nisso eu concordo! Nenhum psicólogo nem ninguém por mais que deem bons conselhos, não vão conseguir resolver seus problemas se vc não encontrar força dentro de sí mesma. Esse seu desabafo me fez pensar que o fato de alguém ser arromantico não quer dizer que não queira ter um relacionamento com alguém. Afinal todos nós estamos em relacionamentos não-românticos que é o nosso relacionamento primário com nossa família que cuida da gente. Infelizmente não os teremos pra sempre então pq não podemos buscar um novo relacionamento não-romântico? Pq os relacionamentos secundários só podem ser românticos de ter alguém pra cuidar e ser cuidado?
Algumas vezes eu já pensei em ter um relacionamento assim não-romântico e assexual ao mesmo tempo, pois algo me diz que ter alguém pra cuidar de vc e vice-versa é necessário por mais egoísta que isso possa parecer.

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SusanaSwan escreveu:
Antes de tudo, gostaria muito de agradecer vocês pela atenção...

Não tem de que. piscando

SusanaSwan escreveu:
Não tem sido nada fácil pra mim...Alguns falaram para eu procurar um psicologo, até já pensei nisso, mas sei que por mais que ele me oriente, a verdadeira força está dentro de mim mesma... Não tem um dia que eu acorde e não pense nessa possibilidade, de vez em quando entro em sites para procurar uma forma menos dolorosa para se fazer isso... Mas no fundo sei que não tenho coragem de fazer isso agora, meus pais e meu irmão estão vivos, e sei que se eu se for, sei o quanto eles vão sofrer, principalmente minha mãe... Como eu já havia dito antes, eles são a única parte de mim que me faz ficar...
     Forte abraço!

Não é normal procurar meios para um suicídio menos doloroso.
Assim como vc não deveria condicionar a sua vida à existência dos seus pais, do seu irmão.
Perder entes queridos é doloroso, mas a vida continua...

Já pensou em participar de alguma ONG? Em ajudar outras pessoas, ou animais abandonados, por exemplo?
Garanto que vale a pena. sorrindo Vai se sentir mais útil, perceberá que pode fazer a diferença (viu o vídeo que postei na mensagem anterior?)!

De fato, a verdadeira força está dentro de vc.
Porém, psicólogo(a) e, dependendo do caso, psiquiatra, pode(m) ajudar bastante, pois ao que tudo indica vc ainda não a encontrou (e estando em depressão realmente é difícil uma recuperação sem auxílio algum).

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Já passei por maus períodos na escola também, reprovei um ano, simplesmente abandonei a escola no segundo semestre. Pelo menos foi assim durante um ano e depois mudei escola, e não mais tempo, como muitos casos.
Como nunca trabalhei, não tenho muito o que falar.
Bom, um dos meus sonhos é morar sozinho, provavelmente o mais antigo, desde que eu tinha uns 11 anos. Sério, é muito limitante morar com outras pessoas.
Hist escreveu:
Eu não vou ir contra nem apoiar decisões de suicídio, não porque é crime, eu meio que penso um pouco diferente, na minha opinião se a pessoa quer isso ela pode, é a vida dela, não a minha, se vai ser melhor para ela tudo bem

Penso assim também, cada um decide o que é melhor a se fazer com a própria vida.
Romântico escreveu:
A diferença é que uma coisa é morrer cedo devido a uma fatalidade, outra é se suicidar. São coisas bastante diferentes.

Ainda que eu ache suicídio a melhor 'forma' de morrer, no final, dá no mesmo, morte é morte.

Concordo com os colegas acima, procurar ajuda para a depressão é fundamental.

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SusanaSwan, no momento como vc está?
Front, vc ultimamente tem procurado ajuda?

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Sim, tenho o apoio de amigos. Não é nada muito grave.

E, de fato, morar sozinho que vários de seus prós, ajuda bastante, em termos de amadurecimento.

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Fernando escreveu:
Romântico escreveu:
A diferença é que uma coisa é morrer cedo devido a uma fatalidade, outra é se suicidar. São coisas bastante diferentes.

Ainda que eu ache suicídio a melhor 'forma' de morrer, no final, dá no mesmo, morte é morte.

Apenas o resultado final (no caso, a morte) é o mesmo... a forma como se chega a ele é muito diferente, reitero o que disse antes. Fazendo uma analogia: vc diria que ganhar bastante dinheiro trabalhando honestamente ou assaltando um banco é a mesma coisa? piscando

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Olhem, não quero ser má com ninguém, nem quero influenciar as opiniões de ninguém, nem nada disso mas eu realmente acho que isto tem de estar envolvido com algum problema psicológico. Como já mencionaram em cima, SusanaSawn, devias pedir ajuda a um especialista, e olhem que para eu aconselhar alguém a ir a um psicólogo é porque acho mesmo que é preciso, realmente não gosto de psicólogos e também concordo com isto:

SusanaSwan escreveu:
[...] a verdadeira força está dentro de mim mesma... [...]


E é verdade. O psicólogo simplesmente te pode apoiar e é uma pessoa com a qual podes desabafar. Mas se fores escolher um, cuidado nisso! Há uns que em vez de ajudar só desajudam.
Porque é que tu estás a "estragar" o presente com o futuro? Devias mesmo tentar viver um pouco mais o presente. Sei lá, não sei como é a tua personalidade nem do que gostas, mas porque é que não exploras mais os teus interesses de cultura geral? Coisas pequenas mesmo. Ver mais filmes, ler mais livros, ver mais sítios para onde gostavas de viajar, fazer voluntariado, criar um blogue... Pode parecer estúpido, mas também sou arromântica, também tive uma vida bastante complicada, aliás ainda tenho e provavelmente ainda vou ter, mas eu nunca vou deixar isso fazer-me desistir de nada. E tu mesma, noutro tópico, disseste que já houve um filme que mudou a tua vida...  piscando  O segredo está mesmo nas coisas mais pequenas do dia a dia e nos nossos objetivos. É como muitas pessoas já disseram aqui no fórum: mesmo quem tem filhos, família, amigos, etc, não tem qualquer garantia de que não vai acabar sozinho, sem ninguém para cuidar de si. Nesta vida, todos nós só podemos contar a 100% com nós mesmos.

SusanaSawn, tente criar mais objetivos como tens o objetivo de visitar o deserto do atacama, tenta fazer as coisas que mais gostas de fazer, tenta fazer coisas que nunca pensaste fazer, tenta conhecer outras realidades (há pessoas com outros problemas, que nós podemos ajudar e nem fazemos a ideia de como também é bom para nós até o fazermos. Além disso, é uma boa forma de "puxar" a vontade de socializar.), etc. Tenta todos os dias cumprir um objetivo e fazer qualquer coisa de que gostes, pensa: hoje quero mesmo ler este livro, amanhã quero mesmo ver aquele filme, no próximo fim de semana vou visitar aquele museu... Faz com que cada dia tenha importância para mostrares a ti mesma que cada dia pode mesmo trazer algo de bom.

Outra coisa, não te isoles! Isto já nem é sequer sobre a assexualidade. Qualquer pessoa que tenha algo de diferente (sexualidade, ideologia, estilo de vida, etc) tem medo de ser rejeitado. Eu sei bem do que estou a falar. Mas é assim, se não tentares nunca vais saber se dá certo ou não. Por exemplo, não sei se percebi mal, mas nunca tentaste entrar na faculdade porque achavas que não te ias dar lá bem, certo? E porque não tentaste? Se não der certo, não dá, mas vale sempre a pena tentar! Não podes deixar que os teus medos te condicionem. Nunca!

Sou individualista em tudo o que faço (lá está, até mesmo na orientação sexual e na orientação romântica  língua ), também passo muito tempo sozinha mas, se quisesse, nunca deixei de me socializar nem deixei de pensar que a vida vale a pena. Enche os teus dias com qualquer coisa, com coisas que gostas e com novas experiências. Não acreditas que depois da vida não há nada? Então aproveita para fazeres tudo o que queres enquanto cá estás. Acho mesmo que o problema é estares com a cabeça cheia da porcaria do passado e não deixares entrar nada de bom no presente e, possivelmente, no futuro. Assim mesmo:

Suicídio e Deserto do atacama... Fjgiz4

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Eu agradeço, do fundo do meu coração sua compreensão Dream Catcher... O problema para mim não é a minha sexualidade em si, mas a parte em me socializar com as pessoas... Eu simplesmente não consigo deixar que as pessoas me conheçam, não convido ninguém para sair comigo, e também recuso os poucos convites que recebo... Nesta semana por exemplo, uma colega do trabalho me convidou para ir na pizzaria com ela, mas dei uma desculpa e não fui. E a pior coisa, é saber que nessa parte, eu JAMAIS vou mudar! Eu me conheço muito bem, sempre fui muito desconfiada, desde criança, e sempre tive a tendência de esperar o pior das pessoas. Sei que se eu começar a sair com os outros, eles vão querer saber mais da minha vida, e essa parte me assusta! Não quero que ninguém saiba o que eu sou! Se eles souberem a verdade, vão me achar esquisita, que tenho sérios problemas psicológicos, não quero ser julgada por eles, e nem quero que deem opinião sobre como devo viver! Por isso nunca me socializo! Porque a sociedade é cruel! O ser humano é a pior coisa que já existiu nesse universo! As vezes acho que somos o pior erro biológico que poderia ter existido! Desculpe se estou soando muito rancorosa, mas no momento é isso que estou pensando...

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Escrever em um papel um desabafo quando se estar triste e depois rasgá-lo pode ser bom. Já fiz isso algumas vezes. E expressar a tristeza em forma de poesia ou frases também é algo bom de fazer. Uma das frases que escrevi quando estava muito triste: Nem toda a magia que o mundo possa ter pode alegrar uma alma triste.

As pessoas deveriam ser menos intrometidas e respeitar o jeito de ser das outras. Sou uma pessoa introvertida e não sou chegada em interagir socialmente. Nem por isso critico ou faço bullying com as pessoas extrovertida e sociáveis. Em relação as amizades; dificilmente procuro fazer novas, mas é por causa do meu jeito introvertido e muito reservado.

SusanaSwan, nem todas as pessoas perguntam sobre a vida pessoal dos amigos. rs... Sei que essa porcentagem de pessoas é bem pequena, mas ela existe. Vc pode fazer amizade com pessoas que tenham gostos em comum com os teus. Que gostem do seriado Once Upon a Time por exemplo.

Se algum amigo(a) entrar em algum assunto que te deixe desconfortável, fale! Um bom amigo(a) mudará de assunto sem fazer questionamentos ou te julgar por causa disso. Tente não perder a fé no lado bom das pessoas! Há pessoas bem cruéis com as palavras e atitudes. Mas há aquelas que são compreensivas, atenciosas... Que podem te deixar alegre, leve e te transmitir uma paz e felicidade só de compartilhar algum momento contigo.

Vc não é um "erro biológico"... só é uma pessoa com pontos de vista incomuns e personalidade reservada. Sei que é uma "droga" ser julgada e levar olhares tortos por agir e pensar diferente da maioria das pessoas... E por não se encaixar nesse mudo cheios de padrões impostos.

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O que a Lyre falou é muito bom, quando acontece algo ruim comigo, eu escrevo numa folha e depois queimo, sinto como se o acontecimento tivesse deixado de existir .
Sobre não ser alguém sociavel, isso é bem normal, também não gosto, meus amigos eu os conheço há quase 8 anos, converso com muita pouca gente que conheço a menos tempo.

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SusanaSwan escreveu:
Eu agradeço, do fundo do meu coração sua compreensão Dream Catcher... O problema para mim não é a minha sexualidade em si, mas a parte em me socializar com as pessoas... Eu simplesmente não consigo deixar que as pessoas me conheçam, não convido ninguém para sair comigo, e também recuso os poucos convites que recebo... Nesta semana por exemplo, uma colega do trabalho me convidou para ir na pizzaria com ela, mas dei uma desculpa e não fui. E a pior coisa, é saber que nessa parte, eu JAMAIS vou mudar! Eu me conheço muito bem, sempre fui muito desconfiada, desde criança, e sempre tive a tendência de esperar o pior das pessoas. Sei que se eu começar a sair com os outros, eles vão querer saber mais da minha vida, e essa parte me assusta! Não quero que ninguém saiba o que eu sou! Se eles souberem a verdade, vão me achar esquisita, que tenho sérios problemas psicológicos, não quero ser julgada por eles, e nem quero que deem opinião sobre como devo viver! Por isso nunca me socializo! Porque a sociedade é cruel! O ser humano é a pior coisa que já existiu nesse universo! As vezes acho que somos o pior erro biológico que poderia ter existido! Desculpe se estou soando muito rancorosa, mas no momento é isso que estou pensando...


Mas gostavas de mudar? É que isto faz toda a diferença. Pela teu tópico e resposta, diria que sim. É assim, por experiência própria, acho que há sempre uma maneira de fugir ao(s) assunto(s) dos quais não quero falar. Leio que muitos membros do fórum às vezes até têm medo de iniciar uma conversa porque não querem que o assunto seja a sua (as)sexualidade ou vida pessoal. É assim, acho mesmo que a melhor maneira é sermos nós a iniciar a conversa e não darmos espaço às pessoas para elas perguntarem nada sobre assuntos que não queremos. É isto que eu faço sempre! Primeiro porque quando estou com amigos gosto de ter uma boa conversa, já faz parte do meu feitio (por isso é mais fácil para mim), e segundo porque não deixo a conversa "ir para onde não deve". Se queres mesmo (tentar) socializar, pelo menos no início, tens que sair um bocado da tua zona de conforto. Não digo para ires para bares, discotecas meter-te com pessoas que não conheces de lado nenum mas, por exemplo, nesse caso do convite da tua colega de trabalho, aceita! Coisas pequenas. E também não tens de estar ali horas... Podes dizer que aceitas só beber um café ou whatever rápido porque não tens muito tempo, ficas lá meia hora e depois, se não quiseres ficar mais tempo, vais-te embora. É uma colega tua, mesmo que não se torne a tua melhor amiga, é uma pessoa que tu podes conhecer um bocadinho que seja. Fala do sítio onde ela mora, se ela estudou, falem de viagens ou sítios para onde gostavam de viajar, animais de estimação... Sei lá, tanta coisa. Na primeira conversa, o pior que ela te pode fazer, é mesmo perguntar se tens namorado. E aí, só tens que dizer que não e avançar com a conversa para outro assunto. Depois é veres até onde a deixas ir. Como disse, não tem de ser logo a tua melhor amiga, mas não faz mal conheceres as pessoas. Com o passar do tempo logo vês o que queres dessa pessoa. Até podes estar ao lado de pessoas super compreensivas que te respeitam e nem te apercebes disso... 

No meu dia-a-dia, sou sociável e extrovertida, mas também tenho atenção a estas coisas e até hoje nenhum dos meus amigos se meteu na minha vida. Até porque eles sabem que quando se metem, correm o risco de levar resposta que não querem. Não sou pessoa de comer e calar, não mesmo! E é isto, acho que tudo depende dos limites que nós colocamos às pessoas. Se não quiseres dar-te com uma certa pessoa, afasta-te de vez e pronto. E só falas do que quiseres. Se alguém se começar a meter demasiado, primeiro avisas, se continuar, afastas-te. Mas não generalizes. Nem toda a gente tem "só ar" na cabeça. Ainda há pessoas que valem a pena. sorrindo
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