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Olá a todos. Sou novo no fórum e ainda sou muito tímido com esse tipo de conversa. Já pararam para pensar sobre não se encaixarem nos padrões da sociedade? Falo daqueles moldes padronizados que são necessários para se ser, ao menos aos olhos dos outros, felizes, se me entendem.

Sou um menino de 16 anos. Vejo, frequentemente, meus colegas de sala, meninos e meninas, colocarem no aparelho de som portátil musicas funk e começarem a dançar entre as aulas e no início dos intervalos. Sinto que eu deveria ser mais como eles... Na minha idade, principalmente quando se é um menino, deveria-se estar experimentando as primeiras experiências sexuais, indo à festas e semelhantes.
Às vezes até meus pais me perguntam sobre esse tipo de coisa, e também parentes distantes com os quais só converso por telefone. Meus pais principalmente me falam para ter cuidado QUANDO eu decidir ir a uma festa, com bebida alcoólica e semelhantes(acho interessante a naturalidade com a qual os jovens atualmente falam sobre beber bebidas alcoólicas e quem vai levar qual para as festas, sabem, como se não fosse infringir a lei ou algo assim). Eu sempre respondi "Isso não é comigo/não gosto dessas coisas" mas eles sempre contra argumentam "isso é apenas uma fase" o que me faz sentir mais "culpado" por não gostar dessas coisas. A primeira coisa que meus tios distantes sempre me perguntam quando me telefonam é "E ai cara? Já tá namorando?".

Às vezes tenho vontade de falar logo na cara "sou assexual lithromantico". Mas não faço isso porque não tenho certeza e acho que não é uma coisa que se deva compartilhar com a família(a simples necessidade de contar é uma forma de preconceito. Se você é heterossexual o único tipo de conversa desse gênero que você teria seria sobre um namoro considerado inadequado). Me sinto diferente por não me encaixar nesses "moldes da felicidade" como já falei antes.

É difícil pra mim não fazer parte disso, me sinto estranho. Acho, às vezes, que seria mais fácil ter outra orientação sexual qualquer. Não sinto esses desejos, mas queria querer(se me entendem). Essas cobranças me fazem sentir estranho e diferente, principalmente por causa da minha idade e de ser um menino(o que me faz sentir com muito impacto essas cobranças).

Isso me faz ficar criando dúvidas(acho que numa tentativa de ser normal) tais como "como sei se nunca tentei?"; "como sou se ainda me masturbo?"; "como posso ser se tenho 'fetiches'?" e "e se algum dia eu quiser?". Mesmo não querendo essas coisas, mesmo nunca tendo me sentido como meus colegas que vão a várias festas e "curtem os 16 do jeito que eu deveria estar curtindo", eu queria querer... Talvez pra me sentir melhor... ou tentar ser normal... Mas querer querer não é querer... Logo, eu não seria "normal"...

Já se sentiram assim com as "cobranças" da sociedade?" Agradeço desde já pelas respostas, até porque sou muito tímido quanto a esses assuntos e, mesmo gostando muito desse espaço para falar, tenho dificuldade de falar.

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Nossaaaa.. eu te entendo perfeitamente.
Todas essas dúvidas, todos esses pensamentos, já passaram pela minha cabeça, de uns dois meses pra cá venho me entendendo cada vez melhor e acaba fazendo com que eu fique mais confortável comigo mesma.
Tenho 18 anos, nunca beijei ninguem e muito menos transei, mas ja namorei.. virtualmente e tambem com uma menina que se declarou e acabei a pedindo em namoro por gostar da compania dela, mas nunca passava dos abraços. Adquiri dois anos atrás transtornos psicológicos por ser diferente, me sentia extremamente estranha e isso me deixava com raiva de mim, ódio, eu me odiava completamente toda vez que parava pra pensar como sou diferente e nunca vou estar dentro do "padrao da sociedade".
Ainda tenho dúvidas, mas elas estão diminuindo a cada dia que passa, eu nunca senti necessidade de beijar ninguem, muito menos de fazer sexo (Deus me dible :v)
Mas se vc se masturba isso nao quer dizer que vc tem que gostar de sexo e deixaria de ser assexual, eu tbm me masturbo >< e tbm tenho fetiches.
É complicado rapaz, mas temos que nos aceitar, ache ruim quem quiser, sei que nao estás confotavel pq eu tbm nao estava e ainda nao estou completamente, porém pense o seguinte, vc ser assim nao está afetando ninguem certo?
Nós tbm podemos ser felizes, e como podemos ♡

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Eu te entendo totalmente.

Quando eu tinha sua idade (agora tenho 21) foi justamente quando me descobri. Ficava pensando "Poxa, todas as minhas amigas estão namorando/ficando/se interessando por rapazes e eu continuo aqui apenas com minhas paixonites platônicas, as quais não faço questão que virem realidade. Será que eu sou doente? Porque não sou como elas?".

Nessa idade a gente realmente começa a ser cobrado a ir para festas, a namorar, a beber, enfim, ainda mais se for homem, porque na visão da sociedade um cara que não vai todo fim de semana pra balada e que não fica com meio mundo de mulheres é tachado de várias coisas, é ridicularizado, é inferiorizado, etc.

Eu também tentei me forçar a gostar de várias coisas, tentei ser "normal", também tentei deixar de ser estranha, mas se eu posso te dar um conselho, só te darei um: NUNCA se force a absolutamente nada. Isso só vai te frustrar mais ainda, só vai te fazer sentir pior. Quando a gente se força a fazer as coisas que os outros querem que a gente faça, a gente só se sente mais pressionado, com mais vontade de fugir.

Quando me descobri assexual tive uma fase de querer me forçar a experimentar o sexo. Coitada de mim, um grande engano. Me forcei a tentar gostar, a tentar experimentar, mas conforme fui crescendo e amadurecendo pensei "Poxa, eu não preciso disso. Eu não sou obrigada a gostar de algo só porque a sociedade diz que eu tenho que gostar. Eu não tenho que fazer nada que eu não queira, ainda mais algo tão íntimo como isso". Pra mim foi uma libertação me descobrir assexual e descobrir que não sou estranha, que não estou errada, que não sou doente. Eu sou apenas alguém que não curte sexo, só isso e eu me sinto bem assim. Acho que se eu me forçasse a querer isso, se eu forçasse meu corpo e minha mente a isso, eu seria a pessoa mais infeliz desse mundo porque pra mim não dá.

Bom, mais uma vez reforço meu conselho. JAMAIS se force a nada, seja você mesmo. Eu sei que nessa fase é difícil a gente ser diferente, a gente não gostar das mesmas coisas que a gente teoricamente deve gostar, mas vai passar. Não se deixe levar pelas cobranças alheias, pois as pessoas tem uma necessidade imensa de controlar a vida dos outros, de achar que o seu modelo de vida é o único que funciona, e que, portanto, todos devem agir como elas.

O mundo é grande demais. Somos quase 8 bilhões de seres humanos, quase 8 bilhões de personalidades, de individualidades, de modos de ser, etc, etc e etc. Ninguém é obrigado a seguir o que todos acham que devemos ser.

Força pra passar por esse momento e espero, de alguma maneira ter ajudado. Sei como se sente, também passei por várias dessa.

PS: Desculpa o textão, mas também me serviu como um desabafo copas coração ace

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Eu tb te entendo, pq tb passei por algo similar. Eu era bastante cobrada por pessoas do meu convívio a ter um relacionamento amoroso, e etc. E cheguei a me sentir confusa e procurei até ajuda de psicólogos, médicos, etc. Tudo isso só me causava mais angustias e frustrações por n conseguir me encaixar no caminho q deveria ser "normal". Se eu tivesse conhecido o q era assexualidade antes, teria evitado certos dissabores em minha vida. Pois segui conselhos equivocados e saia com pessoas sugeridas e empurradas por familiares, amigos, colegas ou vizinhos. Por eu ser uma pessoa considerada esquisita por n sair por ae arrumando paqueras como a maioria faz, indo em festas e enchendo a cara ou indo ao motel com alguém. Bem... Eu acho tudo isso bem ruim e invasivo... Meio opressor, se me entendem... Eu n consigo ver a graça em certas coisas q as pessoas fazem, como mandar fotos intimas pra namorado(a)s, fazer sexo virtual, freqüentar bares para paqueras relâmpago, sair com varias pessoas ao mesmo tempo... Etc. Enfim, hj vivemos a cultura do fast sexo, fast romance... Relacionamentos rápidos e instantâneos q duram apenas por alguns dias ou algumas horas... Parece q o amor foi reduzido a sentimentos superficiais!! triste

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Hinagiku escreveu:
Enfim, hj vivemos a cultura do fast sexo, fast romance... Relacionamentos rápidos e instantâneos q duram apenas por alguns dias ou algumas horas...  Parece q o amor foi reduzido a sentimentos superficiais!! triste

Olá. Pessoalmente, concordo com você em parte(nunca namorei então não posso opinar com certeza). Vejo colegas que combinam pra ir pra regs com bebida e tudo(e pedem pros pais pagar!
Interessante como habituamos os jovens que supostamente são o futuro do país desde tão cedo a naturalizar a ilegalidade e os pais muitas vezes ainda ajudam; desculpem a fuga ao tema mas acho isso importante de falar) e acho estranho não ter essa vontade, pra ver a pressão, teve um dia que a sala parou quando me perguntaram porque eu não ia pro reg e todo mundo ficou me observando resposta uma resposta. Não lembro de ter passdo tanta vergonha na vida em outro momento!

A questão é: essas festas; encontros relâmpago; namoros instantâneos como você disse, matam o romantismo. Sou só eu que dou valor a isso?... Vejo diariamente no rádio e
na sala de aula quando os colegas botam o amplificador de som tocando musicas funk(parecidas com Amor e Sexo de Rita Lee só que mais... pesadas) ou quando aparece no rádio entre as músicas uma propaganda de estimulante sexual que fala "A atividade sexual é parte importante da vida de todo homem". Vejo todo dia esse tipo de coisa e me sinto incomodado com isso. A sociedade, ao meu ver, incentiva cada vez mais o rápido "sexo sem compromisso". Me sinto na maioria das vezes como se nada disso me representasse... E isso me faz sentir... diferente.

Ps: obrigado a todos que participaram, vocês ajudara.

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Tw.S escreveu:
(acho interessante a naturalidade com a qual os jovens atualmente falam sobre beber bebidas alcoólicas e quem vai levar qual para as festas, sabem, como se não fosse infringir a lei ou algo assim)


Sobre isso, a lei não é algo que faça muito sentido, às vezes, e.g. com 17 anos e 364 dias de idade você não pode comprar bebidas alcoólicas, mas no dia seguinte sim, e não tem uma mudança mágica de um dia para o outro que justifique isso, só um número num papel - então acho normal as pessoas não ligarem muito para a lei, ainda mais adolescentes que muitas vezes tem um comportamento rebelde.

Tw.S escreveu:
É difícil pra mim não fazer parte disso, me sinto estranho. Acho, às vezes, que seria mais fácil ter outra orientação sexual qualquer. Não sinto esses desejos, mas queria querer(se me entendem). Essas cobranças me fazem sentir estranho e diferente, principalmente por causa da minha idade e de ser um menino(o que me faz sentir com muito impacto essas cobranças).


Cada orientação tem suas dificuldades, digamos assim. Se você fosse heterossexual estaria sofrendo a mesma cobrança de ter uma namorada e/ou fazer sexo, e se não tivesse e não fizesse estaria frustrado (e mais cobrança ainda).

Tw.S escreveu:
Isso me faz ficar criando dúvidas(acho que numa tentativa de ser normal) tais como "como sei se nunca tentei?"; "como sou se ainda me masturbo?"; "como posso ser se tenho 'fetiches'?" e "e se algum dia eu quiser?"


Se fizer sentir-se melhor, nada disso invalidaria sua assexualidade.

E sim, já senti as cobranças da sociedade. Mas eu sempre meio que odiei a sociedade, e gostei de ser diferente, então acabava por gostar de não gostar do que era o "normal". Então eu acabava vivendo nessa dualidade de me sentir esquisito, mas gostar de ser diferente - na verdade até hoje isso acontece.

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Líli Alves escreveu:
É complicado rapaz, mas temos que nos aceitar, ache ruim quem quiser, sei que nao estás confotavel pq eu tbm nao estava e ainda nao estou completamente, porém pense o seguinte, vc ser assim nao está afetando ninguem certo?


Fica a impressão de que está afetando, pois existe cobrança de que ele deveria ser de outro modo. É como se ele estivesse errado e talvez mesmo incomodando os outros em simplesmente ser quem ele é.

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Tw.S escreveu:
Olá a todos. Sou novo no fórum e ainda sou muito tímido com esse tipo de conversa. Já pararam para pensar sobre não se encaixarem nos padrões da sociedade? Falo daqueles moldes padronizados que são necessários para se ser, ao menos aos olhos dos outros, felizes, se me entendem.

Sim... sei bem como é isso.

Tw.S escreveu:
Sou um menino de 16 anos. Vejo, frequentemente, meus colegas de sala, meninos e meninas, colocarem no aparelho de som portátil musicas funk e começarem a dançar entre as aulas e no início dos intervalos. Sinto que eu deveria ser mais como eles... Na minha idade, principalmente quando se é um menino, deveria-se estar experimentando as primeiras experiências sexuais, indo à festas e semelhantes.
Às vezes até meus pais me perguntam sobre esse tipo de coisa, e também parentes distantes com os quais só converso por telefone. Meus pais principalmente me falam para ter cuidado QUANDO eu decidir ir a uma festa, com bebida alcoólica e semelhantes(acho interessante a naturalidade com a qual os jovens atualmente falam sobre beber bebidas alcoólicas e quem vai levar qual para as festas, sabem, como se não fosse infringir a lei ou algo assim). Eu sempre respondi "Isso não é comigo/não gosto dessas coisas" mas eles sempre contra argumentam "isso é apenas uma fase" o que me faz sentir mais "culpado" por não gostar dessas coisas. A primeira coisa que meus tios distantes sempre me perguntam quando me telefonam é "E ai cara? Já tá namorando?".

Quando tinha a sua idade passei por situações bastante semelhantes...

Tw.S escreveu:
Às vezes tenho vontade de falar logo na cara "sou assexual lithromantico". Mas não faço isso porque não tenho certeza e acho que não é uma coisa que se deva compartilhar com a família(a simples necessidade de contar é uma forma de preconceito. Se você é heterossexual o único tipo de conversa desse gênero que você teria seria sobre um namoro considerado inadequado). Me sinto diferente por não me encaixar nesses "moldes da felicidade" como já falei antes.

É difícil pra mim não fazer parte disso, me sinto estranho. Acho, às vezes, que seria mais fácil ter outra orientação sexual qualquer. Não sinto esses desejos, mas queria querer(se me entendem). Essas cobranças me fazem sentir estranho e diferente, principalmente por causa da minha idade e de ser um menino(o que me faz sentir com muito impacto essas cobranças).

Isso me faz ficar criando dúvidas(acho que numa tentativa de ser normal) tais como "como sei se nunca tentei?"; "como sou se ainda me masturbo?"; "como posso ser se tenho 'fetiches'?" e "e se algum dia eu quiser?". Mesmo não querendo essas coisas, mesmo nunca tendo me sentido como meus colegas que vão a várias festas e "curtem os 16 do jeito que eu deveria estar curtindo", eu queria querer... Talvez pra me sentir melhor... ou tentar ser normal... Mas querer querer não é querer... Logo, eu não seria "normal"...

O maior erro que vc pode cometer é fazer coisas que vão contra o seu jeito de ser apenas para tentar se enquadrar no que a maioria acha que é certo. Uma vez que vc se conheça bem e saiba o que o faz feliz, não fazendo mal a ninguém, ignore o resto.

Tw.S escreveu:
Já se sentiram assim com as "cobranças" da sociedade?" Agradeço desde já pelas respostas, até porque sou muito tímido quanto a esses assuntos e, mesmo gostando muito desse espaço para falar, tenho dificuldade de falar.

Sim. Ser diferente do padrão realmente não é fácil. Mas o tempo passará e espero que consiga lidar melhor com a situação. Bom saber que aprecia o fórum. sorrindo Espero que continue a participar ativamente dele.

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Olá. Por falar em cobranças da sociedade, gostaria de falar uma experiência... interessante(para não falar algo pior) que aconteceu no meu aniversário de 16 anos. Minha tia-avó me deu de presente em um envelope bonitinho, pasmem, um pacote de camisinhas! E ainda me falou: "Já está na hora de você começar a usar". É interessante(novamente para não dizer outra coisa) o tamanho da cobrança dos familiares em especial pars homens aos 16 anos.

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Credo!! Essa sua tia avo fez isso?! Eu achei isso bastante exagerado e forcado por parte dela. O que se lê nas entrelinhas e o seguinte: " estou preocupada contigo, pq vc esta na idade de fazer sexo com algumas meninas, de preferencia prostitutas!" Ela exemplifica o ranço da cultura machista q impõem aos rapazes que devem iniciar logo a vida sexual com alguma garota de programa, afim de se tornarem mais vigorosos e bem masculinos, pois transar com TODAS, e coisa de macho!!! Na nossa cultura latina o homem precisa ter muita experiência sexual e bastante potência no sexo; enquanto q a mulher deve ser recatada e preservar a sua pureza para o homem q se casar. Esse mesmo homem q e incentivado a transar com prostitutas pela família, precisa de ter vigor pra engravidar a sua esposa q deve ser pura e casta para q todos tenham a certeza de q o filho e dele!!! Esse pensamento bem antigo veio através do passado, no tempo em q uma mulher q transava com vários homens era rotulada de meretriz ou de volúvel e o homem q não quisesse transar era rotulado de impotente ou de gay. Naquele tempo, o casamento era um acordo comercial, em q terras e jóias, dinheiro e animais eram o dote de um casamento. E o noivo deveria ser potente e vigoroso; e a mulher ser pura e casta, pra q um casamento seja altamente lucrativo, que o homem consiga engravidar a sua esposa e que os filhos daquela mulher sejam realmente de seu marido!! Sorte nossa q nos dias atuais só em países árabes, e em alguns poucos povos esse costume ainda existe!!!

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Hinagiku escreveu:
Credo!! Essa sua tia avo fez isso?! Eu achei isso bastante exagerado e forcado por parte dela. O que se lê nas entrelinhas e o seguinte: " estou preocupada contigo, pq vc esta na idade de fazer sexo com algumas meninas, de preferencia prostitutas!" Ela exemplifica o ranço da cultura machista q impõem aos rapazes que devem iniciar logo a vida sexual com alguma garota de programa, afim de se tornarem  mais vigorosos e bem masculinos, pois transar com TODAS, e coisa de macho!!! Na nossa cultura latina o homem precisa ter muita experiência sexual e bastante potência no sexo; enquanto q a mulher deve ser recatada e preservar a sua pureza para o homem q se casar. Esse mesmo homem q e incentivado a transar com prostitutas pela família, precisa de ter vigor pra engravidar a sua esposa q deve ser pura e casta para q todos tenham a certeza de q o filho e dele!!! Esse pensamento bem antigo veio através do passado, no tempo em q uma mulher q transava com vários homens era rotulada de meretriz ou de volúvel  e o homem q não quisesse transar era rotulado de impotente ou de gay. Naquele tempo, o casamento era um acordo comercial, em q terras e jóias, dinheiro e animais eram o dote de um casamento. E o noivo deveria ser potente e vigoroso; e a mulher ser pura e casta, pra q um casamento seja altamente lucrativo, que o homem consiga engravidar a sua esposa e que os filhos daquela mulher sejam realmente de seu marido!! Sorte nossa q nos dias atuais só em países árabes, e em alguns poucos povos esse costume ainda existe!!!


A tal tia-avó não falou nada sobre prostitutas.

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Curioso é que na sua idade eu também era virgem e nunca tinha beijado ninguém, nem por isso me cobravam. Eu era mais a "menina exemplar" do que a "menina esquisita". Contradições da sociedade machista.

Sobre se encaixar: Ninguém se encaixa não. As pessoas fingem e castram seus sentimentos, vontades, desejos e impulsos para parecer dentro do padrão. Você pode fazer isso ou pode escancarar o que há de diferente em você. E em ambas opções você vai ter problemas e soluções, mas na escolha da autenticidade há uma paz mais genuína.

Convidado escreveu:


"como sou se ainda me masturbo?"; "como posso ser se tenho 'fetiches'?" e "e se algum dia eu quiser?". Mesmo não querendo essas coisas, mesmo nunca tendo me sentido como meus colegas que vão a várias festas e "curtem os 16 do jeito que eu deveria estar curtindo", eu queria querer... Talvez pra me sentir melhor... ou tentar ser normal... Mas querer querer não é querer... Logo, eu não seria "normal"...


Fetiche eu também tenho, perco alguns momentos preciosos da minha vida pensando em algumas coisas só porque eu acho divertido. Nenhuma intenção de concretizar, vontade nenhuma mesmo.

E eu tive 16 anos maravilhosos e mágicos, mesmo sem ter enchido a cara e esfregado meus genitais com ninguém. Eu não julgo quem faz, acho transar e beber diversões legítimas, só não são as minhas diversões. Talvez te falte compreender que há mais formas de curtir a vida do que essas, ou ainda, pode ser que te falte algo que você veja significado e que te faça sentir realizado. Se você tiver algo assim, como eu tive, não vai sentir que não tá vivendo a vida. E se algum dia você quiser não é um problema, e vc n tem como saber se vai querer um dia. Você sabe que agora não quer e deve respeitar isso.

E sobre querer querer, eu te compreendo mesmo. Não cheguei nessa plenitude da aceitação total (um dia quem sabe), vez ou outra eu me pergunto como vai ser quando eu envelhecer, se eu vou ter que viver sozinha, porque eu sou a senhorita simpatia, do tipo de gente que tem calo nas cordas vocais por falar demais, e eu também me deparo com a ideia de que eu não vou saber nunca o que é o "prazer intenso" que todos descrevem sobre o orgasmo e me sinto privada de uma gama de experiências humanas possíveis. Mas, como você disse querer querer não é querer, e tentar passar por cima disso pode ser pior do que simplesmente aceitar (e daí eu falo do lugar de alguém que tentou MUITO gostar de transar e acabou fodida emocionalmente), se revoltar contra minha (e você com a sua) assexualidade é tão legítimo quanto se revoltar por não ter nascido ruiva e com a voz da Montserrat Caballé, é um fato meu (nosso), e não tem conserto, porque também não tem nada quebrado. É importante saber disso, você não tá quebrado, e eu não sei se isso já passou pela sua cabeça, já passou pela minha, quando eu simplesmente decidi que eu precisa tentar transar e que eu não vi nada acontecer dali (não foi ruim, nunca doeu, mas nunca foi nada) eu disse para mim mesma "eu sou quebrada", mas eu nunca fui (e eu precisei percorrer um longo caminho para entender). E nem você é quebrado.

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Convidado escreveu:
Às vezes tenho vontade de falar logo na cara "sou assexual lithromantico". Mas não faço isso porque não tenho certeza e acho que não é uma coisa que se deva compartilhar com a família(a simples necessidade de contar é uma forma de preconceito. Se você é heterossexual o único tipo de conversa desse gênero que você teria seria sobre um namoro considerado inadequado).


É melhor primeiro dizer "assexual" apenas, pois será necessário explicar o que é isto. Depois que eles entenderem, diga o termo referente a ser romântico ou não.
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