Não sou muito ligada em artes em geral, mas li uma matéria que dizia que a Katniss, de Jogos Vorazes, poderia ser demissexual e que teria uma personagem no livro Conectadas que seria ace, mas não tenho certeza.
Vejo que alguns filmes/livros/séries forçam romances demais e negam a tentativa de personagens serem assexuais/arromânticos, sabe? Uns dias atrás, li um livro chamado "Amor como este" que era ótimo no início. Uma mulher completamente cética indo em uma viagem a uma cidade que prometia mudar a visão do amor. Seria lindo se não fosse totalmente previsível (ela foi, se apaixonou e começou a namorar o carinha lá) e essa previsibilidade é tão chata pra mim. Poxa, por que não acabar com essa ideia de que tudo termina em romance?
Agora, estou lendo "O reino dos mares do sul" e a menina também é dita como desinteressada pelo amor no início. Tem algumas partes muito bacanas que eu senti um quentinho no coração quando ela falava isso. Estou quase no fim, e ainda não teve nenhum beijo ou coisa além com o menino que torcem para ela namorar (mas se seguir a linha da previsibilidade do romance, já era).
Agora vou dizer de dois livros que li em que os personagens são realmente assexuais.
O primeiro é "Amor de três maçãs" e eu realmente não curti. Achei extremamente problemática a relação da menina (filha) com a mãe e a namorada da mãe. Talvez eu seja meio conservadora e tenha achado esse relacionamento forçado demais, sem contar que não dá para perceber a realidade por trás de tudo, não sei explicar, nem sentir.
O segundo é o "Os hereges de Santa Cruz". É uma série de livros (só li o primeiro) de jovens voltados para o misticismo e as forças do além. Tem muitas cenas de sexo (me incomodou um pouco, mas não perde a magia do livro) e bebedeiras entre os personagens. Se não estou enganada, Écio é o personagem assexual da história (e também o que levou os dois amigos para o mundo fantástico) e eles até tentam convencer o menino a beijar e transar ao longo da trama, mas ele sempre resiste por conta da falta de atração. Dá para usar esses trechos para refletirmos se realmente precisamos nos submeter a essas situações ruins para provar algo.
E digo também que o Kevin (Precisamos falar sobre Kevin) poderia ser assexual, do meu ponto de vista. Adoro esse livro e filme, e deixo de recomendação para quem tem humor peculiar e não quer romance de jeito nenhum nas artes.
Abraços e até mais!