Bom dia!
Ontem aconteceu uma situação em casa (me acordaram tarde da noite ainda, sacanagem ) na qual eu não consegui dormir direito ou parar de pensar nisso.
Não vou contar a história, mas sabe, desentendimentos de família. Só que tenho sérios problemas com algumas situações em casa, pois me sinto mal e culpada, inferior ou no risco de estar sem razão quando ocorre uma discordância com meus pais. Estou para fazer 20 anos, e tô tentando evoluir como pessoa e me tornar mais confiante, expor minhas opiniões, ideias, me expressar mais... Porém frequentemente me sinto insegura em casa quando eles gritam comigo sem eu ter levantado o tom, quando falam por cima sem querer ouvir e discutir, quando dizem que não me mando ou mando na casa...
Eu sempre pensei da seguinte forma, se estamos discutindo, ou discordamos, mesmo que um de nós esteja errado, por que não conversamos? Se for minha culpa ou eu tiver menos razão de fato, eu poderei enxergar com mais facilidade, admitirei e não me sentirei mal, apenas terei que me conformar com uma coisa tão natural quanto errar.
Mas sinto que não é possível aqui... E acreditem, desde a adolescência venho tentado criar intervenções com calma, entrado em discussões sem querer, mas para algumas pessoas, discutir é sinônimo de cruzar a linha, desrespeito... Percebi que o melhor é trabalhar a minha própria mente, e não entrar em argumentos que "não me cabem". Talvez nesse momento mesmo, eu ter tentado falar e estar tão mal, já seja um equívoco causado pela emoção forte... É que eu tenho essa minha maneira, e o ideal seria então buscar independência e criar minha própria vida, né? Mas vai demorar, ainda mais que faço faculdade pública...
Porém definitivamente é o plano.
Eu tenho uma questão: Você acreditam que se calar, não se preocupar com situações que aparentemente não vão mudar, especialmente com pessoas já bem desenvolvidas que não dão o braço a torcer, é melhor do que se impor por mudança?
As vezes de leve bate a preocupação de eu estar fortalecendo essa narrativa de submissão por sempre abaixar a cabeça. Eu entendo minha posição de filha, jamais poderia pensar em passar por cima de meus pais, mas não consigo me conformar com falta de diálogo, consenso e por vezes, respeito no núcleo familiar.
Eu continuo me reduzindo, mesmo que agora eu tenha (e queira) que começar a ser confiante (pois nunca fui, sempre abaixei a cabeça para todos) para atuar melhor nesse mundo, ser mais autêntica, feliz e fazer uma diferença pelo menos na vida que vou construir... Mas aqui frequentemente vivo com medo, o pensamento de ter medo, de que seus pais gritam e não querem te ouvir mesmo que você não seja mais criança, mesmo que você esteja tentando conversar... Isso me dá medo. Me faz pensar que eu não tenho palavra nenhuma aqui, as opiniões, se eu quiser as expor, terão primeiro que passar pela aprovação deles... E eu tenho uma dificuldade de ser a melhor versão de mim em ambientes onde no fim do dia, eu posso não ser ouvida. Onde eu estou de boa, e do nada chega alguém com um problema, mas ao invés de discutirmos, essa pessoa provavelmente vai falar mais alto ou simplesmente vai fazer uma afirmação e ponto.
Quero deixar claro que esses casos acontecem em situações isoladas. Especialmente minha mãe, eu conto com ela pra muita coisa, mas tem vezes que ela explode... E nesse momento me sinto mal.
Talvez eu tive muita expectativa de que ser maior de idade e adulto na família poderia te dar a oportunidade de fazer a diferença... Eu só me sinto tola.
Acho que muitos de vocês passam/passaram pelo mesmo... Por fim, acho que só podemos mudar isso de fato superando (no meu caso, não me desgastando na medida do possível) e então fazendo diferente com sua própria independência, alguns com suas famílias, outros mesmo vivendo sozinhos ou sem filhos, já podem fazer uma diferença pelo seu jeito de ser com os outros. Espero que eu consiga também.
Estou curiosa se temos adultos mais velhos e pais por aqui que possam comentar a situação também
Obrigada desde já! Espero que tenham uma boa semana, e como é meu primeiro post do ano, Feliz Ano Novo!
Ontem aconteceu uma situação em casa (me acordaram tarde da noite ainda, sacanagem ) na qual eu não consegui dormir direito ou parar de pensar nisso.
Não vou contar a história, mas sabe, desentendimentos de família. Só que tenho sérios problemas com algumas situações em casa, pois me sinto mal e culpada, inferior ou no risco de estar sem razão quando ocorre uma discordância com meus pais. Estou para fazer 20 anos, e tô tentando evoluir como pessoa e me tornar mais confiante, expor minhas opiniões, ideias, me expressar mais... Porém frequentemente me sinto insegura em casa quando eles gritam comigo sem eu ter levantado o tom, quando falam por cima sem querer ouvir e discutir, quando dizem que não me mando ou mando na casa...
Eu sempre pensei da seguinte forma, se estamos discutindo, ou discordamos, mesmo que um de nós esteja errado, por que não conversamos? Se for minha culpa ou eu tiver menos razão de fato, eu poderei enxergar com mais facilidade, admitirei e não me sentirei mal, apenas terei que me conformar com uma coisa tão natural quanto errar.
Mas sinto que não é possível aqui... E acreditem, desde a adolescência venho tentado criar intervenções com calma, entrado em discussões sem querer, mas para algumas pessoas, discutir é sinônimo de cruzar a linha, desrespeito... Percebi que o melhor é trabalhar a minha própria mente, e não entrar em argumentos que "não me cabem". Talvez nesse momento mesmo, eu ter tentado falar e estar tão mal, já seja um equívoco causado pela emoção forte... É que eu tenho essa minha maneira, e o ideal seria então buscar independência e criar minha própria vida, né? Mas vai demorar, ainda mais que faço faculdade pública...
Porém definitivamente é o plano.
Eu tenho uma questão: Você acreditam que se calar, não se preocupar com situações que aparentemente não vão mudar, especialmente com pessoas já bem desenvolvidas que não dão o braço a torcer, é melhor do que se impor por mudança?
As vezes de leve bate a preocupação de eu estar fortalecendo essa narrativa de submissão por sempre abaixar a cabeça. Eu entendo minha posição de filha, jamais poderia pensar em passar por cima de meus pais, mas não consigo me conformar com falta de diálogo, consenso e por vezes, respeito no núcleo familiar.
Eu continuo me reduzindo, mesmo que agora eu tenha (e queira) que começar a ser confiante (pois nunca fui, sempre abaixei a cabeça para todos) para atuar melhor nesse mundo, ser mais autêntica, feliz e fazer uma diferença pelo menos na vida que vou construir... Mas aqui frequentemente vivo com medo, o pensamento de ter medo, de que seus pais gritam e não querem te ouvir mesmo que você não seja mais criança, mesmo que você esteja tentando conversar... Isso me dá medo. Me faz pensar que eu não tenho palavra nenhuma aqui, as opiniões, se eu quiser as expor, terão primeiro que passar pela aprovação deles... E eu tenho uma dificuldade de ser a melhor versão de mim em ambientes onde no fim do dia, eu posso não ser ouvida. Onde eu estou de boa, e do nada chega alguém com um problema, mas ao invés de discutirmos, essa pessoa provavelmente vai falar mais alto ou simplesmente vai fazer uma afirmação e ponto.
Quero deixar claro que esses casos acontecem em situações isoladas. Especialmente minha mãe, eu conto com ela pra muita coisa, mas tem vezes que ela explode... E nesse momento me sinto mal.
Talvez eu tive muita expectativa de que ser maior de idade e adulto na família poderia te dar a oportunidade de fazer a diferença... Eu só me sinto tola.
Acho que muitos de vocês passam/passaram pelo mesmo... Por fim, acho que só podemos mudar isso de fato superando (no meu caso, não me desgastando na medida do possível) e então fazendo diferente com sua própria independência, alguns com suas famílias, outros mesmo vivendo sozinhos ou sem filhos, já podem fazer uma diferença pelo seu jeito de ser com os outros. Espero que eu consiga também.
Estou curiosa se temos adultos mais velhos e pais por aqui que possam comentar a situação também
Obrigada desde já! Espero que tenham uma boa semana, e como é meu primeiro post do ano, Feliz Ano Novo!