A sua assexualidade impede todo o seu potencial?

Olaaar!

Hoje me toquei que pode ser que muita gente tenha um potencial enorme e se sinta limitado para usar todo ele. Você pode simplesmente entrar no piloto automático e não crer que tal coisa seja possível para você. Consequentemente você não sonha, não espera muito da vida e qualquer caminho que a vida te der, você se conforma, e por essa sensação de que seu potencial não progride, você não luta pelo que realmente quer. Às vezes, o pensamento é de que é melhor ficar recolhido na insignificância. Às vezes sinto isso, principalmente, por ser assexual e ter a ideia de que se eu me destacar muito como pessoa, vou ter que dar explicações a toda sociedade e ainda vou ter allo na minha cola, então, prefiro baixar a guarda e não realizar todo meu potencial. Sustentar ser ace para toda sociedade tem um preço a se pagar.

Para quem não é abertamente declarado ace, isso acontece com você pelo fato da sua assexualidade? Você acredita que se tivesse uma vida não ace não passaria por esse problema? Teria todo seu potencial liberado!?

Pergunta interessante.

Às vezes, penso que, se eu não fosse ace, seria uma pessoa mais confiante e menos travada, socialmente falando, pelo simples fato de que eu teria tido um impulso maior pra interagir com outras pessoas durante a adolescência, em vez de ter me jogado de cabeça nos meus videogames por não sentir necessidade de sexo, de beijar os outros, etc.

Mas, fora disso e da questão de ter mais opções pra relacionamento sendo alo, nunca imaginei que outras pessoas pudessem se sentir limitadas por ser ace em outros sentidos, como esse de se destacar demais.

Então, você prefere carregar esse peso de ter que ser mais "furtiva" do que o de ser abertamente ace? A questão de ser incômodo ter allos dando em cima eu entendo, acho que isso acaba sendo um lado ruim de ser uma figura pública em qualquer capacidade, mas o que te incomoda sobre ter que explicar pra estranhos que você é ace? Pergunto porque a minha impressão é a de que, quando você é uma figura pública, as pessoas sempre vão procurar algum motivo pra te encher o saco (mas, em contrapartida, muitos vão te apoiar também).

Para mim a assexualidade não me impede e nem me influencia em nada. Uma vez fiz um tópico aqui levantando a questão de que se houvesse um jeito de não ser ace, a pessoa mudaria sua condição?
E pelos comentários e levantamento que fiz, que não mudariam a condição ganhou por uma margem pequena.
E uma vez levantei a questão tb das vantagens que eu via em ser ace.
Enfim, acredito que o desenvolvolver seu potencial está mais relacionado a necessidade e oportunidade.
É certo que muitas vezes nós é que fazemos a oportunidade, mas quando elas surgem e fluem ajudam e vc não faz tanto esforço para dar certo.
Agora quando vc tem a necessidade, parece que vc coloca toda sua energia e foco nisso, afinal, nao outra opção, rsssss!!!
Mas quando não ha essa necessidade, aí vc pode fazer algo a mais ou não. vai depender das motivaçãoes.
É o que acho.

DelaytheDoge escreveu:

Pergunta interessante.

Às vezes, penso que, se eu não fosse ace, seria uma pessoa mais confiante e menos travada, socialmente falando, pelo simples fato de que eu teria tido um impulso maior pra interagir com outras pessoas durante a adolescência, em vez de ter me jogado de cabeça nos meus videogames por não sentir necessidade de sexo, de beijar os outros, etc.

Mas, fora disso e da questão de ter mais opções pra relacionamento sendo alo, nunca imaginei que outras pessoas pudessem se sentir limitadas por ser ace em outros sentidos, como esse de se destacar demais.

Então, você prefere carregar esse peso de ter que ser mais "furtiva" do que o de ser abertamente ace?

Já testei ser aberta, foi literalmente o inferno. Quase até fui demitida de um trabalho. Ainda sofri assédio moral, quando você é humilhado ou ameaçado por ser quem você é. Então, entre sofrer isso todo dia, eu prefiro ser totalmente furtiva, principalmente, porque depois disso você passa até a pensar em se matar. Sofrer cantada de alo é fácil perto de ser humilhada publicamente.

A questão de ser incômodo ter allos dando em cima eu entendo, acho que isso acaba sendo um lado ruim de ser uma figura pública em qualquer capacidade, mas o que te incomoda sobre ter que explicar pra estranhos que você é ace? Pergunto porque a minha impressão é a de que, quando você é uma figura pública, as pessoas sempre vão procurar algum motivo pra te encher o saco (mas, em contrapartida, muitos vão te apoiar também).

Shipow escreveu:

Para mim a assexualidade não me impede e nem me influencia em nada. Uma vez fiz um tópico aqui levantando a questão de que se houvesse um jeito de não ser ace, a pessoa mudaria sua condição?
E pelos comentários e levantamento que fiz, que não mudariam a condição ganhou por uma margem pequena.
E uma vez levantei a questão tb das vantagens que eu via em ser ace.
Enfim, acredito que o desenvolvolver seu potencial está mais relacionado a necessidade e oportunidade.
É certo que muitas vezes nós é que fazemos a oportunidade, mas quando elas surgem e fluem ajudam e vc não faz tanto esforço para dar certo.
Agora quando vc tem a necessidade, parece que vc coloca toda sua energia e foco nisso, afinal, nao outra opção, rsssss!!!
Mas quando não ha essa necessidade, aí vc pode fazer algo a mais ou não. vai depender das motivaçãoes.
É o que acho.

Interessante. Alguns reagem diferente mesmo a sua assexualidade e conseguem viver bem e liberar todo seu potencial.

Lara escreveu:

Já testei ser aberta, foi literalmente o inferno. Quase até fui demitida de um trabalho. Ainda sofri assédio moral, quando você é humilhado ou ameaçado por ser quem você é. Então, entre sofrer isso todo dia, eu prefiro ser totalmente furtiva, principalmente, porque depois disso você passa até a pensar em se matar. Sofrer cantada de alo é fácil perto de ser humilhada publicamente.

Chessus. Sinto muito que vc tenha passado por isso. Nunca pensei que a coisa pudesse chegar a esse ponto, então acho que foi bom ficar sabendo.

Não acho que seja a minha assexualidade que limita meu potencial, mas minha baixa autoestima e medo de perder a aprovação dos outros.

Eu sou formada em gastronomia, mas sempre quis fazer algo numa área mais criativa (escrever, cantar, etc.)

Mas infelizmente, cresci com essa ideia de que essas coisas não dão dinheiro, então nunca persegui meu sonho. Hoje estou tentando de novo, mas não me sinto boa o suficiente, e ainda por cima, velha demais.

Claro que já pensei nisso também quanto a ser assexual, não tive muitos relacionamentos e sou virgem, então a ideia de ter que explicar isso pra todo mundo me dá muita ansiedade. Acho que tenho medo do sucesso em geral, porque me preocupo demais com o que os outros pensam e não conseguiria lidar com a opinião negativa dos outros.

Não sei se isso é o que você passa, mas acho que trabalhar a autoestima e confiança em si mesma é essencial. Eu faço terapia justamente por isso. Como já disseram, sempre vai ter gente pra te criticar. O que a gente deve fazer é aprender a ignorar o que não nos serve e seguir em frente.

danyporf escreveu:

Não acho que seja a minha assexualidade que limita meu potencial, mas minha baixa autoestima e medo de perder a aprovação dos outros.

Eu sou formada em gastronomia, mas sempre quis fazer algo numa área mais criativa (escrever, cantar, etc.)

Mas infelizmente, cresci com essa ideia de que essas coisas não dão dinheiro, então nunca persegui meu sonho. Hoje estou tentando de novo, mas não me sinto boa o suficiente, e ainda por cima, velha demais.

Claro que já pensei nisso também quanto a ser assexual, não tive muitos relacionamentos e sou virgem, então a ideia de ter que explicar isso pra todo mundo me dá muita ansiedade. Acho que tenho medo do sucesso em geral, porque me preocupo demais com o que os outros pensam e não conseguiria lidar com a opinião negativa dos outros.

Não sei se isso é o que você passa, mas acho que trabalhar a autoestima e confiança em si mesma é essencial. Eu faço terapia justamente por isso. Como já disseram, sempre vai ter gente pra te criticar. O que a gente deve fazer é aprender a ignorar o que não nos serve e seguir em frente.

É sobre isso. As correntes que prendem o meu potencial são todas fruto da minha baixa autoestima, falta de autoconhecimento, falta de amor próprio e traumas da infância-adolescência. Me identificar como ace tirou um peso que eu tinha e acabava me travando também: o de ser anormal. Então não considero que a assexualidade me prenda, foi mais uma forma de autoconhecimento. Eu faço terapia e a gente trabalha criança interior e essas coisas, tem ajudado muito.

Sinto muito pelo que aconteceu com vc, Lara. Ninguém deveria passar por isso

danyporf escreveu:

Não acho que seja a minha assexualidade que limita meu potencial, mas minha baixa autoestima e medo de perder a aprovação dos outros.

Eu sou formada em gastronomia, mas sempre quis fazer algo numa área mais criativa (escrever, cantar, etc.)

Mas infelizmente, cresci com essa ideia de que essas coisas não dão dinheiro, então nunca persegui meu sonho. Hoje estou tentando de novo, mas não me sinto boa o suficiente, e ainda por cima, velha demais.

Claro que já pensei nisso também quanto a ser assexual, não tive muitos relacionamentos e sou virgem, então a ideia de ter que explicar isso pra todo mundo me dá muita ansiedade. Acho que tenho medo do sucesso em geral, porque me preocupo demais com o que os outros pensam e não conseguiria lidar com a opinião negativa dos outros.


Achei interessante porque você inicia falando sobre não achar que a assexualidade te limita, mas quando pensa nas consequências dela, como a sua virgindade e o que os outros pensam ou ter que se explicar, você já tende a evidenciar coisas que refletem na sua autoestima. Tem a ver com assexualidade diretamente, não, mas reflete indiretamente e causa limitantes para você acreditar em si mesma.

Não sei se isso é o que você passa, mas acho que trabalhar a autoestima e confiança em si mesma é essencial. Eu faço terapia justamente por isso. Como já disseram, sempre vai ter gente pra te criticar. O que a gente deve fazer é aprender a ignorar o que não nos serve e seguir em frente.

PumpkinCake escreveu:

danyporf escreveu:

Não acho que seja a minha assexualidade que limita meu potencial, mas minha baixa autoestima e medo de perder a aprovação dos outros.

Eu sou formada em gastronomia, mas sempre quis fazer algo numa área mais criativa (escrever, cantar, etc.)

Mas infelizmente, cresci com essa ideia de que essas coisas não dão dinheiro, então nunca persegui meu sonho. Hoje estou tentando de novo, mas não me sinto boa o suficiente, e ainda por cima, velha demais.

Claro que já pensei nisso também quanto a ser assexual, não tive muitos relacionamentos e sou virgem, então a ideia de ter que explicar isso pra todo mundo me dá muita ansiedade. Acho que tenho medo do sucesso em geral, porque me preocupo demais com o que os outros pensam e não conseguiria lidar com a opinião negativa dos outros.

Não sei se isso é o que você passa, mas acho que trabalhar a autoestima e confiança em si mesma é essencial. Eu faço terapia justamente por isso. Como já disseram, sempre vai ter gente pra te criticar. O que a gente deve fazer é aprender a ignorar o que não nos serve e seguir em frente.

É sobre isso. As correntes que prendem o meu potencial são todas fruto da minha baixa autoestima, falta de autoconhecimento, falta de amor próprio e traumas da infância-adolescência. Me identificar como ace tirou um peso que eu tinha e acabava me travando também: o de ser anormal. Então não considero que a assexualidade me prenda, foi mais uma forma de autoconhecimento. Eu faço terapia e a gente trabalha criança interior e essas coisas, tem ajudado muito.

Sinto muito pelo que aconteceu com vc, Lara. Ninguém deveria passar por isso

Mas se você tem baixa autoestima, a causa não seria o fato de não pertencer, de se sentir excluída, sentir ser menos que os outros porque é diferente? Isso não seria um limitador de potencial causado pela assexualidade indiretamente?

Lara escreveu:

PumpkinCake escreveu:

danyporf escreveu:

Não acho que seja a minha assexualidade que limita meu potencial, mas minha baixa autoestima e medo de perder a aprovação dos outros.

Eu sou formada em gastronomia, mas sempre quis fazer algo numa área mais criativa (escrever, cantar, etc.)

Mas infelizmente, cresci com essa ideia de que essas coisas não dão dinheiro, então nunca persegui meu sonho. Hoje estou tentando de novo, mas não me sinto boa o suficiente, e ainda por cima, velha demais.

Claro que já pensei nisso também quanto a ser assexual, não tive muitos relacionamentos e sou virgem, então a ideia de ter que explicar isso pra todo mundo me dá muita ansiedade. Acho que tenho medo do sucesso em geral, porque me preocupo demais com o que os outros pensam e não conseguiria lidar com a opinião negativa dos outros.

Não sei se isso é o que você passa, mas acho que trabalhar a autoestima e confiança em si mesma é essencial. Eu faço terapia justamente por isso. Como já disseram, sempre vai ter gente pra te criticar. O que a gente deve fazer é aprender a ignorar o que não nos serve e seguir em frente.

É sobre isso. As correntes que prendem o meu potencial são todas fruto da minha baixa autoestima, falta de autoconhecimento, falta de amor próprio e traumas da infância-adolescência. Me identificar como ace tirou um peso que eu tinha e acabava me travando também: o de ser anormal. Então não considero que a assexualidade me prenda, foi mais uma forma de autoconhecimento. Eu faço terapia e a gente trabalha criança interior e essas coisas, tem ajudado muito.

Sinto muito pelo que aconteceu com vc, Lara. Ninguém deveria passar por isso

Mas se você tem baixa autoestima, a causa não seria o fato de não pertencer, de se sentir excluída, sentir ser menos que os outros porque é diferente?  Isso não seria um limitador de potencial causado pela assexualidade indiretamente?

Mas a autoestima está ligada a outras coisas e não apenas a relacionamentos amorosos. Autoestima é construída desde a criação na infância e acredito que remexida na adolescência. Minha baixa autoestima mesmo é quase que inteiramente oriunda de traumas de infância que, se não tivessem ocorrido, acredito que não teria virado uma bola de neve de inseguranças e negatividade que repercutem até hoje.

O ponto em relação a minha sexualidade e o sofrimento nunca foi sobre ser o que sou, mas sempre por eu ser uma coisa que não era o "normal". A partir do momento que descobri que essa fora da curva acontecia com uma comunidade inteira de pessoas ao redor do mundo, me senti aliviada e acolhida. A baixa autoestima já tava lá, descobrir ser ace melhorou minha saúde mental porque já não me obrigo mais a tentar fazer coisas que me deixavam desconfortável só para tentar ser "o normal". Eu acho que foi uma das coisas de autoconhecimento que mais deixou minha mente em paz.

PumpkinCake escreveu:

Autoestima é construída desde a criação na infância e acredito que remexida na adolescência. Minha baixa autoestima mesmo é quase que inteiramente oriunda de traumas de infância que, se não tivessem ocorrido, acredito que não teria virado uma bola de neve de inseguranças e negatividade que repercutem até hoje.

A partir do momento que descobri que essa fora da curva acontecia com uma comunidade inteira de pessoas ao redor do mundo, me senti aliviada e acolhida. A baixa autoestima já tava lá, descobrir ser ace melhorou minha saúde mental porque já não me obrigo mais a tentar fazer coisas que me deixavam desconfortável só para tentar ser "o normal". Eu acho que foi uma das coisas de autoconhecimento que mais deixou minha mente em paz.

Concordo bastante com sua colocação. Era o que eu tb sabia e pensava que a construção de nossa personalidade, assim como o realce de algum dom se iniciam na infância e vão se desenvolvendo mais ou menos ao longo de sua cração e sua vida. Porém, a minha terapeuta me falou uma coisa que eu não ainda não tinha observado...que já sofremos influencia de energias ainda no útero, por exemplo de rejeição, acolhimento, distanciamento, insegurança ou mesmo de conflitos que estejam acontecendo externamente. Essas energias advém das emoções que a mãe, principalmente, estiver passando durante a gestação. Daí se vc parar pra analisar os fatos vivenciados por sua mãe antes de vc nascer, vai ver que tudo está relacionado.
No meu caso, a alguns anos aprendi que o meu maior limitador de potencial foram o bloqueio de minhas emoções. Na minha mocidade, escolhi enterrar minhas emoções para viver somente pelo racional, e, transformei isso em energia vital para seguir em frente e fazer o que tivesse que fazer. Deu certo, não tenho nada a reclamar do caminho que trilhei e do patamar que alcancei. As desvantagens, porém, é que não cultivei amigos, estou bem distante de minha familia e relacionamentos, então, sempre esteve fora de questão por eu considerar uma distração.
Então, assim, sou muito bem resolvido, não guardo magoas ou arrependimentos do passado, todavia, eu não consigo mais avançar do jeito que eu gostaria. A maturidade me ensinou a perceber e apreciar as pequenas coisas da vida, consegui enxergar Deus quando observo e vislumbro um horizonte, um firmamento, um nascer do sol ou algum ser vivo que encontro pela natureza, por menor que seja, compreendo que todos fazemos parte de um todo, de um mesmo ecossistema e que estmos todos conectados cada um com sua função nesta vida. E foi assim que comecei a me emocionar e gostar desta sensação.
Enfim, Acho que iremos atingir nosso verdadeiro potencial quando estivermos realmente prontos e tudo que passamos de bom ou ruim estão nos projetando para este fim.

PumpkinCake escreveu:

Lara escreveu:

PumpkinCake escreveu:

danyporf escreveu:

Não acho que seja a minha assexualidade que limita meu potencial, mas minha baixa autoestima e medo de perder a aprovação dos outros.

Eu sou formada em gastronomia, mas sempre quis fazer algo numa área mais criativa (escrever, cantar, etc.)

Mas infelizmente, cresci com essa ideia de que essas coisas não dão dinheiro, então nunca persegui meu sonho. Hoje estou tentando de novo, mas não me sinto boa o suficiente, e ainda por cima, velha demais.

Claro que já pensei nisso também quanto a ser assexual, não tive muitos relacionamentos e sou virgem, então a ideia de ter que explicar isso pra todo mundo me dá muita ansiedade. Acho que tenho medo do sucesso em geral, porque me preocupo demais com o que os outros pensam e não conseguiria lidar com a opinião negativa dos outros.

Não sei se isso é o que você passa, mas acho que trabalhar a autoestima e confiança em si mesma é essencial. Eu faço terapia justamente por isso. Como já disseram, sempre vai ter gente pra te criticar. O que a gente deve fazer é aprender a ignorar o que não nos serve e seguir em frente.

É sobre isso. As correntes que prendem o meu potencial são todas fruto da minha baixa autoestima, falta de autoconhecimento, falta de amor próprio e traumas da infância-adolescência. Me identificar como ace tirou um peso que eu tinha e acabava me travando também: o de ser anormal. Então não considero que a assexualidade me prenda, foi mais uma forma de autoconhecimento. Eu faço terapia e a gente trabalha criança interior e essas coisas, tem ajudado muito.

Sinto muito pelo que aconteceu com vc, Lara. Ninguém deveria passar por isso

Mas se você tem baixa autoestima, a causa não seria o fato de não pertencer, de se sentir excluída, sentir ser menos que os outros porque é diferente?  Isso não seria um limitador de potencial causado pela assexualidade indiretamente?

Mas a autoestima está ligada a outras coisas e não apenas a relacionamentos amorosos. Autoestima é construída desde a criação na infância e acredito que remexida na adolescência. Minha baixa autoestima mesmo é quase que inteiramente oriunda de traumas de infância que, se não tivessem ocorrido, acredito que não teria virado uma bola de neve de inseguranças e negatividade que repercutem até hoje.

O ponto em relação a minha sexualidade e o sofrimento nunca foi sobre ser o que sou, mas sempre por eu ser uma coisa que não era o "normal". A partir do momento que descobri que essa fora da curva acontecia com uma comunidade inteira de pessoas ao redor do mundo, me senti aliviada e acolhida. A baixa autoestima já tava lá, descobrir ser ace melhorou minha saúde mental porque já não me obrigo mais a tentar fazer coisas que me deixavam desconfortável só para tentar ser "o normal". Eu acho que foi uma das coisas de autoconhecimento que mais deixou minha mente em paz.

Entendi. A sua baixo autoestima já estava lá. No meu caso, a minha também já estava desde a infância, na adolescência, com a assexualidade e não inclusão, só piorou. Saber que sou Ace foi só uma alegria momentânea. Depois, eu descobri que estava numa situação social muito mais complexa por ter essa condição asexual. Então, todo dia a autoestima tem que ser trabalhada por mim. Espero que você também consiga superar seus traumas e melhorar sua autoestima.

Minha assexualidade ñ limita meu potencial nas outras areas da vida apenas nos relacionamentos pessoais intimos. Mas acredito que depende da forma como cada um lida, o pensamento as vz prega peças na gente e acabamos colocando a culpa de tudo na nossa fraqueza maior.

Olha, muitas pessoas me dizem que eu não acredito no meu potencial e que eu sou bom.

Lara escreveu:

Olaaar!

Hoje me toquei que pode ser que muita gente tenha um potencial enorme e se sinta limitado para usar todo ele. Você pode simplesmente entrar no piloto automático e não crer que tal coisa seja possível para você. Consequentemente você não sonha, não espera muito da vida e qualquer caminho que a vida te der, você se conforma, e por essa sensação de que seu potencial não progride, você não luta pelo que realmente quer. Às vezes, o pensamento é de que é melhor ficar recolhido na insignificância. Às vezes sinto isso, principalmente, por ser assexual e ter a ideia de que se eu me destacar muito como pessoa, vou ter que dar explicações a toda sociedade e ainda vou ter allo na minha cola, então, prefiro baixar a guarda e não realizar todo meu potencial. Sustentar ser ace para toda sociedade tem um preço a se pagar.

Para quem não é abertamente declarado ace, isso acontece com você pelo fato da sua assexualidade? Você acredita que se tivesse uma vida não ace não passaria por esse problema? Teria todo seu potencial liberado!?

Já tive esses mesmos pensamentos várias vezes em vários momentos de minha vida. E às vezes acreditei que se não fosse Ace eu teria me "apresentado" melhor nas relações sociais, profissionais... ou se eu desde cedo tivesse identificado que eu não era diferente de "todo mundo" mas pertencente a um grupo de pessoas que tem afinidades e desejos diferentes, mas normais para um ser humano. Ou se eu tivesse tido apoio, da família, da escola...