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descriptionComo lidar com tortura psicológica? EmptyComo lidar com tortura psicológica?

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Primeiramente gostaria de pedir para que leiam antes de opinar.
Todos nós sabemos o preconceito e discriminação que os assex sofrem, não diretamente, claro, pois somos invisíveis, me refiro à demonização indireta dos não praticantes de sexo e seus efeitos devastadores em pessoas que não sabem lidar com isso direito, uma verdadeira tortura psicológica.Também sabemos que ser assexual e não ter interesse em sexo é normal, e eu penso que a maioria tenta por o seguinte pensamento em prática: "Sou assex em meio a uma sociedade hipersexualizada, posso ser saudável e feliz independentemente do que digam.", na prática (pelo menos pra mim) é uma história bem diferente.Tenho passado muito mal ultimamente, chorado muito (meus olhos estão até assados), estou muito deprimido, tudo por causa de como a sociedade faz eu me sentir, um alien.Se você lê uma revista, logo vê anúncios tipo: "Melhore seu desempenho sexual!" ou então vê um artigo como "Casais que fazem mais sexo são mais felizes, diz estudo"; se fosse aqui ou ali até tudo bem, mas é ubíquo, está por toda parte e não te deixa se concentrar, pior que a publicidade eu acho que são as pessoas, na faculdade, no trabalho, na mídia em geral, elas tem um estilo de vida totalmente diferente do seu, e não posso dizer que elas estão erradas, afinal elas podem fazer o que quiserem com suas vidas.Sim, não precisam me informar que o fórum está lotado de relatos desse tipo, eu já sei, já conheço a peça, você se sente um alien antes de descobrir sobre a assexualidade, aí você se encontra, encontra o lugar ao qual pertence e sente o maior alívio do mundo, OK, mas infelizmente não acaba por aí.
O que muitos assex fazem pra aconselhar pessoas que sofrem essa tortura psicológica indireta é dizer que somos normais e não há nada de errado conosco, OK, concordo que devemos pensar assim, mas pra algumas pessoas isso não é suficiente.Eu por exemplo, sou muito frágil com relação à isso, eu vejo as pessoas ao meu redor (os sexuais), eu olho pra elas e o jeito como se comportam, não digo que sejam plenamente felizes com seu estilo de vida, mas também não posso dizer o contrário, eu tento pôr aquele pensamento em prática mas essas pessoas sempre me fazer sentir doente, e isso piora ainda mais quando ouço um médico falando sobre como sexo bem praticado é sinal de saúde, física e mental.A culpa não delas, sou eu (e muitos outros) que têm cabeça fraca e influenciável.
Ninguém tem a obrigação de ficar se blindando contra tudo e contra todos, além do mais não são todos que conseguem fazer isso, o que devemos fazer (nós, os "fracos de mente")? nos consultarmos som um psicólogo? como fazer isso se até os psicólogos associam falta de sexo à transtornos mentais (depressão e companhia)? como se manter saudável com tanto estresse?.Pra vocês terem uma ideia, da última vez que fui a um psiquiatra ele me perguntou: "você faz sexo regularmente? ou pelo menos pratica mesmo que não seja com frequência?" e eu disse que não tenho interesse e que sou virgem ele me olhou com uma cara que nem precisava falar nada, acho que já deu pra entender aonde quero chegar.
Por mais que alguns tentem ser um tanque de guerra, não dá, e essa tortura magoa muito e magoa quase todo o tempo, é revoltante ter que mudar por causa disso que nem é sua culpa...e olha que nem falei da situação dos arromânticos, que é centena de vezes mais difícil...e olha que falei mas do sexo e não sobre o "ficar" e outras formas de pegação, que mesmo os assex podem praticar pois não tem nada a ver com sexo (não querendo dizer que quem pratica sexo se descaracterize ace) mas tenho a intuição de que a maioria dos aces não tem esse estilo de vida (sem querer criar estereótipos)...como lidar com tudo isso? sinceramente e infelizmente não sei. Crying or Very sad

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Não sei se isso sequer vai ajudar mas enfim:

Concordo em boa parte com o que você disse e... Eu sigo a filosofia do tanque de guerra sim. Ou de pensar internamente que é "melhor ser assexual/arromantico" apesar de não ser exatamente verdade. E fico passeando por aqui, reddit e outros lugares "seguros" de assexualidade para meio que ficar em locais onde não preciso me preocupar tanto com isso. Mas realmente o quanto tais ações te impactam varia de pessoa para pessoa, com a sensibilidade dela e quão longe ela já se tornou um trator de tanta "tough skin".
Me conforto também com a ideia de que, caso eu participasse de relacionamentos romanticos/sexuais, eu teria vários outros tipos de problemas dos quais eu também não quero. Tipo filhos, dst's, relacionamentos chatos e grudentes, paranoias de traição, etc etc.

Enfim, cada um tem seus mecanismos para aliviar dor, e tais mecanismos diferem em termos de eficiência entre cada pessoa. É bom ir testando novas ideias e vendo como você se dá com elas, nem que seja pegar um saco de papel e gritar palavras de ódio para ninguém ouvir.

Mas no final das contas o que acho mais importante do que tudo é realmente se conhecer bem, saber os seus próprios limites e definições e não ter "tanta incerteza ou medo" do que você é. Ou ainda, não ter medo de ter dúvidas, pois você é daquela forma naquele momento e se mudar, mudou, ainda que isso seja extremamente improvável. E com isso fazer o seu melhor para que os comentários dos outros sobre você sejam apenas ignorância, por não conhecerem o que se passa na sua cabeça e etc.

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Sei bem o que quer dizer e infelizmente não sei responder sua pergunta.

Você disse que para os arromânticos deve ser pior, mas devo discordar disso: eu sofro justamente por sempre inventar de me envolver mesmo sendo assexual. Dessas categorias ace me enquadro melhor em gray-A, e já estou sofrendo em meu terceiro relacionamento por me apegar a/amar uma pessoa mas sentir-se insuficiente por conta da falta de sexo. Consigo fazer em certos dias (coisa de uma vez por mês ou a cada dois meses), mas ela diz que pareço não curtir ou não sentir nada, e é muito difícil manter a postura de "tough guy" após ouvir algo do tipo.

Tenho praticamente todos os problemas enumerados pelo usuário acima, mas a paranóia com traição é certamente o pior deles. Nos dias que estou sem desejo algum, acabo optando por gouinage para satisfazê-la, mas ainda fica uma sensação estranha de que não proporciono completitude... Mesmo quando ela me diz que nunca ligou muito pra isso, que tudo o que faço com ela já a satisfaz e que estou me preocupando com besteira, eu não consigo parar de ser inseguro.

A pior parte é que o humor dela em relação a mim parece piorar com o tempo. Talvez ela me veja com outros olhos, me despreze em algum nível psicológico por eu ser "menos viril"? Eu não sei. É o meu terceiro relacionamento, e os padrões são muito parecidos quanto à falta de sexo, mal humor e insegurança, o que acaba me fazendo acreditar na validade da psicologia freudiana para quando a pessoa é sexual.

É triste, mas por conta disso eu provavelmente me tornarei alguém cada vez mais grudento e inseguro, ou então me tornarei alguém solitário.

Romantismo e assexualidade é uma combinação nada legal.

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Quero fazer uns adendos típicos (continuação da discussão de ontem no chat talvez?).

O primeiro é que cada orientação tem seus problemas e, apesar de "assexual romantico" e "sexual arromantico" serem cross-orientations (n sei se tem termo em português), eu tenho a noção delas não serem exatamente as "piores", e certamente não parecem ser as piores dentre as outras cross-orientations (tipo Homossexual/Heteroafetivo e vice-versa).

Mas, ainda reitero. Arromanticos tem seus n+1 problemas, é ser ainda mais alienado pela sociedade, é estar ainda menos representado, é ser chamado de robô, psicopata, emocionalmente quebrado, problemático, digno de pena, e por aí vai. Por mais que não tenha esse "conflito de interesses" em relação aos relacionamentos, e eu reconheço que é realmente complicado se relacionar com outros assexuais romanticos, visto que não é fácil encontrá-los, ainda assim, "olimpíadas da opressão" e "quem leva pior" não deveria ser sequer um tópico de discussão aqui, até porque duas pessoas igualmente assexuais e romanticas terão experiências muito distintas sobre a sua orientação. Vão sofrer cargas muito diferentes em áreas diferentes, mas, novamente, por favor não subestime o destrato dos arromanticos. Passar "desapercebido" como psicopata, significa ter oportunidades de emprego e de amizades e de várias outras coisas fechadas, negadas a você porque vc é "estranho". (mas, novamente, isso não é regra para todo arromantico/a) (ou homofobia por tabela, por acharem que você é gay mas esconde isso).


Outro argumento que eu queria ter falado no post inicial e meio que ignorei é a questão do 'ser normal'. Particularmente eu não sou a favor dessa argumentação. Para mim ela não funciona, se funciona para outras pessoas, legal. Mas a minha definição de normal = o que é feito pela maioria. Pode ser natural, biológico, ou até normal àquela pessoa específica, mas não "normal" de forma generalizada. Prefiro o "cada um funciona do seu jeito e não existe pessoa 100% normal", acho que retira muito mais o peso dos ombros do que ficar procurando se enquadrar no que é "normal" perante a sociedade.

Mas enfim Amigo Fofo e Bayes, espero muito que vocês consigam superar essas comparações e inseguranças e realmente "absorver o foda-se", conseguir absorver o "eu sou assim, isso não é um problema e fodam-se os outros que pensarem o contrário", somado ao "se surgirem sintomas realmente perigosos, procuro um especialista, e não um desinformado aleatório da rua/internet". Mas, precisa de muito autoconhecimento para se sentir mais e mais firme. Ser capaz de absorver as críticas externas como avaliações sobre o que você é / pode ser e saber computar as informações sem medo, é complicado e obviamente nem eu nem muita gente consegue fazer isso tão bem. Mas a prática leva a melhora (porém nunca à perfeição). E o que mais tem nesse mundo é gente insegura, incluindo héteros, homos, bi's, pan's, aces, grey-as, e tudo que existe além disso.

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Muitos dizem que mandam ir à merda as opiniões dos outros, mas acho isso uma falsa verdade porque lá no fundo machuca, mágoa e nos deixa triste. Eu levo em meu pensamento: eu não me importo com o comportamento sexuais das outras pessoas e não vejo motivo algum para elas se importarem com os meus. O meu corpo, meus sentimentos e meus gostos são propriedades exclusivas minhas.

Cresci sendo chamada de esquisita. E quer saber? Já me acostumei com isso. Não ligo mais! Vc ainda é muito jovem, Amigo Fofo! O tempo irá fazer vc não dar tanta importância para comentários maldosos e pressão psicológica.

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Também vivi muito tempo como tanque de guerra, mas hj me vejo alguém que desvia elegantemente como uma bailarina num palco diante de uma grande plateia. Magoa? sim, tenho muita por coisas assim, mas digo com sinceridade que isso vai embora quando tu tá com gente que nem tu pessoalmente. Nesse ano rolou isso e é por isso que larguei minhas armas e vivo na base do amor sempre que possível.
.
Não gosto de diminuam minha dor nem a dor dos outros, daí recomendo mesmo bons amigos que te entendam por completo. É isso que me mantém viva, com vc talvez não seja tão diferente. Como lidar com isso pessoalmente? bem, diria que desejando ter a vida que desejas pra vc. Eu tô correndo atrás de mim mesma e me permitindo viver experiencias que não vivia antes. Tô me descobrindo mais ainda. Aliás, o que descreveu me lembrou disso:

http://www.forumassexual.org/t943-disforia-assexual?highlight=disforia
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Deve ter a ver com isso.

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Cara, já estou encarando seu tópico desde o primeiro dia que vc postou, mas nunca consigo encontrar as palavras certas... (tenho medo de dizer algo que acabe piorando seu estado:/ )

Pelo que vejo você está em uma fase de muita pressão e incerteza (fim do ensino médio, querendo ou não era uma rotina ir para a escola, a forma como os outros te tratam irá mudar e tudo isso é estressante), quando eu estava terminando o ensino médio, notava que todos tinham já pre-definido, sabiam o que iam fazer, já sabiam quem eram e tudo mais, em paralelo, havia eu, não sabia o que ia fazer, não sabia quem era, me sentia sozinho e minha familia não ajudava em nada, muito pelo contrario só me prejudicava mais, a pressão vinha de todos os lados, mesmo que não seja intencionalmente. Os conselhos que davam para mim não serviam e a depressão voltando, mas dessa vez não havia ninguem para me ajudar, eu queria que houvesse alguem para me tirar de lá, mas dessa vez não teve ninguem, o tempo passou, passei na faculdade, consegui um emprego e tudo passou, a pressão acabou (aquelas, pois novas vieram), mas assim como da ultima vez, ela me tornou mais forte sentimentalmente e ser mais forte não é reprimir para não sentir.... não sei explicar bem, digamos que eu aprendi coisas que me mudaram, descobri que não sou um psicopata, existem outros aces arromanticos (ainda bem, pq psicopata n servia pra mim). Mas não tenha medo da mudança, ela faz você crescer porque te trás conhecimentos e experiencias novas, mas não necessariamente você esta mudando pela vontade das outras pessoas, a mudança está sempre presente e é gradual, veja que essa mudança irá lhe trazer benefícios, valorize suas qualidades, não espere que os outros a valorizem, as pessoas tendem a reconhecer mais defeitos que qualidades, quanto a reparar que "O segredo para ser feliz é ter um relacionamento" está em tudo, é por que você está prestando atenção nisso, poderia fazer isso com outras coisas.

"As vezes as pessoas dizem tantas vezes que estamos errados, que acabamos esquecendo que estamos certos"

Lembre-se de todas as fases de sua vida, a mudança foi necessária, não é algo ruim, reconheça seus pontos positivos, as pessoas muitas vezes não reconhecem (as vezes pensamos que eles não existem, mas estão lá), não deixe que os outros diga que você é X ou Y, sei que seria muito mais fácil se tivesse alguém para dizer, mas esse alguém é você mesmo, muitas vezes quando não temos as respostas, buscamos em fontes externas, mas a reposta dessa vez está dentro de você feliz .

Não se preocupe, cada caso é um caso e você tem todo o direito de criar novos tópicos piscando

E é bom te ver por aqui amigo fofo sorrindo

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Não vou dizer nada que já não tenha sido dito. Rolling Eyes  Concordo muito com as respostas dos outros membros.

Também faço isto (e dou especial destaque ao último parágrafo):
Concordo em boa parte com o que você disse e... Eu sigo a filosofia do tanque de guerra sim. Ou de pensar internamente que é "melhor ser assexual/arromantico" apesar de não ser exatamente verdade. E fico passeando por aqui, reddit e outros lugares "seguros" de assexualidade para meio que ficar em locais onde não preciso me preocupar tanto com isso. Mas realmente o quanto tais ações te impactam varia de pessoa para pessoa, com a sensibilidade dela e quão longe ela já se tornou um trator de tanta "tough skin". 
Me conforto também com a ideia de que, caso eu participasse de relacionamentos romanticos/sexuais, eu teria vários outros tipos de problemas dos quais eu também não quero. Tipo filhos, dst's, relacionamentos chatos e grudentes, paranoias de traição, etc etc. 

Enfim, cada um tem seus mecanismos para aliviar dor, e tais mecanismos diferem em termos de eficiência entre cada pessoa. É bom ir testando novas ideias e vendo como você se dá com elas, nem que seja pegar um saco de papel e gritar palavras de ódio para ninguém ouvir. 

Mas no final das contas o que acho mais importante do que tudo é realmente se conhecer bem, saber os seus próprios limites e definições e não ter "tanta incerteza ou medo" do que você é. Ou ainda, não ter medo de ter dúvidas, pois você é daquela forma naquele momento e se mudar, mudou, ainda que isso seja extremamente improvável. E com isso fazer o seu melhor para que os comentários dos outros sobre você sejam apenas ignorância, por não conhecerem o que se passa na sua cabeça e etc. 


Na minha opinião, o fato de te respeitares e de te aceitares, faz toda a diferença. É o que ouvimos sempre dizer: antes de qualquer pessoa gostar de nós, temos nós de gostar de nós mesmos. Se não, não vais conseguir arranjar forças para enfrentar todas as situações que vão contra os teus valores e contra aquilo que conheces. Ainda por cima, na sociedade de merda que tu mesmo descreveste no tópico.

Quanto ao fato de quem se identifica como arromântico, há um lado bom e um lado bom, ambos já mencionados aqui.  triste

Pessoalmente sinto-me aliviada (sim, é mesmo esta a sensação que tenho) por causa disto:

[...] eu sofro justamente por sempre inventar de me envolver mesmo sendo assexual. Dessas categorias ace me enquadro melhor em gray-A, e já estou sofrendo em meu terceiro relacionamento por me apegar a/amar uma pessoa mas sentir-se insuficiente por conta da falta de sexo. Consigo fazer em certos dias (coisa de uma vez por mês ou a cada dois meses), mas ela diz que pareço não curtir ou não sentir nada, e é muito difícil manter a postura de "tough guy" após ouvir algo do tipo.

[...] 

Romantismo e assexualidade é uma combinação nada legal.


Como já mencionei várias vezes aqui no fórum, no fim da minha adolescência (dos 16 aos 18 anos), tive numa relação com uma pessoa sexual e só serviu para eu perceber que não conseguia nem lidar com a parte romântica, quanto mais com a parte sexual. Aliás, foi depois de acabarmos que encontrei a assexualidade e foi como se me tirassem o peso do mundo de cima dos meus ombros. Não só por causa desta última relação mas porque finalmente percebi muita coisa que aconteceram ao longo de toda a minha vida.

Mas sim, há um lado bem negro para os arromânticos! triste Se alguém me fizesse isto:

Arromanticos tem seus n+1 problemas, é ser ainda mais alienado pela sociedade, é estar ainda menos representado, é ser chamado de robô, psicopata, emocionalmente quebrado, problemático, digno de pena, e por aí vai. Por mais que não tenha esse "conflito de interesses" em relação aos relacionamentos, e eu reconheço que é realmente complicado se relacionar com outros assexuais romanticos, visto que não é fácil encontrá-los, ainda assim, "olimpíadas da opressão" e "quem leva pior" não deveria ser sequer um tópico de discussão aqui, até porque duas pessoas igualmente assexuais e romanticas terão experiências muito distintas sobre a sua orientação. Vão sofrer cargas muito diferentes em áreas diferentes, mas, novamente, por favor não subestime o destrato dos arromanticos. Passar "desapercebido" como psicopata, significa ter oportunidades de emprego e de amizades e de várias outras coisas fechadas, negadas a você porque vc é "estranho". (mas, novamente, isso não é regra para todo arromantico/a) (ou homofobia por tabela, por acharem que você é gay mas esconde isso).


o mais provável era desatar a chorar até não conseguir abrir os olhos.  Crying or Very sad 

Não contei a ninguém que sou assexual, quanto mais arromântica, vou sempre dizendo que não gosto de ninguém e, ultimamente, faço de TUDO para que a conversa dos namorados não venha à baila porque às vezes falta-me a força para sequer ouvir a palavra "namorado". Apesar de me considerar uma pessoa extrovertida e de gostar muito de estar com os meus amigos, tenho que admitir que já me afastei um pouco do meu círculo de pessoas mais próximas, pelo menos em momentos em que estamos num diálogo (eu e a outra pessoa a falar), para que esse tema nunca venha à conversa. 

Mas mesmo não tendo contado a ninguém, já ouvi comentários parecidos, como por exemplo "mas ele gosta de ti, tu não tens ninguém, porque é que não lhe dás uma oportunidade?" e isto, a mim, já me magoa. Mas, como se isto não bastasse, quando eu recuso sequer falar com a pessoa, ouço logo "És tão fria! Parece que nem tens sentimentos.". Já chorei uma vez por causa disto porque quem me disse isto foi um amigo. Como é que uma pessoa de quem gosto tanto, que conheço há tanto tempo, com a qual já partilhei e passei por tanta coisa, me pode dizer isto? Que não tenho sentimentos? Como é possível?

Literalmente, senti o coração a cair-me aos pés nessa altura. Nunca mais quero ter de ouvir isso por parte de uma pessoa de que gosto. triste 

E é mesmo como a Lyre diz:

Muitos dizem que mandam ir à merda as opiniões dos outros, mas acho isso uma falsa verdade porque lá no fundo machuca, mágoa e nos deixa triste. Eu levo em meu pensamento: eu não me importo com o comportamento sexuais das outras pessoas e não vejo motivo algum para elas se importarem com os meus. O meu corpo, meus sentimentos e meus gostos são propriedades exclusivas minhas.

Cresci sendo chamada de esquisita. E quer saber? Já me acostumei com isso. Não ligo mais! Vc ainda é muito jovem, Amigo Fofo! O tempo irá fazer vc não dar tanta importância para comentários maldosos e pressão psicológica.



Quando o comentário vem de uma pessoa qualquer, tudo bem! Mas e quando vem dos que mais amamos? Vamos mandar todos aqueles de quem gostamos à merda? Não acredito que isso seja possível.


E também concordo com o resto do comentário, Amigo Fofo! sorrindo 
Todos temos o nosso lugar e podes ter a certeza que não és menos que ninguém, nunca deixes ninguém fazer-te sentir o contrário. Sempre que precisares de falar, passa aqui pelo fórum. Parece uma coisa parva, mas eu nem consigo meter por palavras o quanto as pessoas daqui já me ajudaram.  eu te amo  Como vês, infelizmente, todos temos de passar pelo mesmo e ainda que não possamos ajudar-te diretamente em nada, pelo menos tens apoio de pessoas que te percebem e vês que não estás tão sozinho como às vezes te podes sentir.

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obrigado a todos pelos conselhos e pelas palavras, me sinto melhor e mais confiante
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