Estou passando por um momento ruim. Vou explicar meio por cima.
Bem, estou no terceiro ano do ensino médio, talvez sendo a coisa mais invisível possível lá dentro da sala. Ninguém pede desculpas por ter esbarrado em mim até que eu diga "aí". É nesse nível a situação. E meu namorado estuda na mesma sala, ele às vezes me trata de uma forma tão estranha dentro da escola, fora ele é um amor. Porém, isso tá me trazendo insegurança.
O que me incomoda nessa situação é passar 5h seguidas sendo ignorada, é um lixo. Sinto-me desvalorizada e eu sei que não sou ruim, sei que sou legal, tô segura comigo mesma, tô tranquila, mas o que me incomoda é a ignorância até mesmo um tanto do meu namorado. Será que eu sou realmente boa? Ou será que as pessoas a minha volta não percebem que deveriam usar o mínimo da sua educação?
Além disso, eu estou passando por uns problemas complexos econômicos e familiares. Meus pais são divorciados e esse ano acaba minha pensão, minha mãe trabalha no estado, no dia do meu aniversário começa outra vida e estou transferindo para essa vida.
Quando os dois ainda eram juntos; nós não tínhamos dignidade, vestimos roupas apertadas, às vezes não tinha comida em casa, entre outras coisas que meu pai abdicava de fazer, nessa época minha mãe ainda não trabalhava por conta de um trato que meus pais fizeram: meu pai cuida da parte de contas e dispesas e minha mãe cuidava dos filhos. Eles se divorciaram e ganhamos dignidade, pois minha mãe trabalhava e gerenciava o dinheiro, nunca passamos fome desde então. Meu medo é voltar a época sombria, sem dignidade, pois, eu ficava feliz de ouvir minha mãe falando com alegria que tinha dinheiro para passagem de ônibus.
Fiz poesia sobre isso. Vou colocar ela, batizei de "Já é tempo"
Poderia dizer que em casa
É onde canta sábia
Sendo o chiado da panela
Esquentando meu jantar.
Já foi tarde pai, já foi
O dia que você disse que amava
Sua filha regeitada; amargurava
Invisível dentro de casa
Posso dizer que amo
Tendo ciência do que vai fazer
Sem cama o amanhã vai ter,
Apoiada no travesseiro de medos
Escondida em cobertores e lençóis
Por que ainda choro a perda?
Por que ainda desejo o sol?
No coração uma fagulha
De uma pobre esperança
Talvez a vida vai me deixar
Uma escolha para aliviar
Os hematomas dessa luta
Difícil para mim é ter que ser
Uma realidade alternativa
Espanta todas as saídas
Por que ainda quero ser alguém?
Amor, porquê tão confuso
Faz coisas tão estranhas
Sensação que não tenho uso
Já fez gelar coração
Engraçado, amar você
Quando choro sempre
Agarrada em meu ventre
Por vacilo seu
Não desisto, pois acredito
No nosso relacionar
Mesmo depois de nos afastar
Pode aparecer um sorriso
Coisa difícil de solucionar
Quando tudo se amontua
Na pilha que se acentua
Parecendo não ter fim
Em meu pensamento vem
"Por que é assim, Ana Clara?"
Tão afastada, mas tão recatada
Bem, estou no terceiro ano do ensino médio, talvez sendo a coisa mais invisível possível lá dentro da sala. Ninguém pede desculpas por ter esbarrado em mim até que eu diga "aí". É nesse nível a situação. E meu namorado estuda na mesma sala, ele às vezes me trata de uma forma tão estranha dentro da escola, fora ele é um amor. Porém, isso tá me trazendo insegurança.
O que me incomoda nessa situação é passar 5h seguidas sendo ignorada, é um lixo. Sinto-me desvalorizada e eu sei que não sou ruim, sei que sou legal, tô segura comigo mesma, tô tranquila, mas o que me incomoda é a ignorância até mesmo um tanto do meu namorado. Será que eu sou realmente boa? Ou será que as pessoas a minha volta não percebem que deveriam usar o mínimo da sua educação?
Além disso, eu estou passando por uns problemas complexos econômicos e familiares. Meus pais são divorciados e esse ano acaba minha pensão, minha mãe trabalha no estado, no dia do meu aniversário começa outra vida e estou transferindo para essa vida.
Quando os dois ainda eram juntos; nós não tínhamos dignidade, vestimos roupas apertadas, às vezes não tinha comida em casa, entre outras coisas que meu pai abdicava de fazer, nessa época minha mãe ainda não trabalhava por conta de um trato que meus pais fizeram: meu pai cuida da parte de contas e dispesas e minha mãe cuidava dos filhos. Eles se divorciaram e ganhamos dignidade, pois minha mãe trabalhava e gerenciava o dinheiro, nunca passamos fome desde então. Meu medo é voltar a época sombria, sem dignidade, pois, eu ficava feliz de ouvir minha mãe falando com alegria que tinha dinheiro para passagem de ônibus.
Fiz poesia sobre isso. Vou colocar ela, batizei de "Já é tempo"
Poderia dizer que em casa
É onde canta sábia
Sendo o chiado da panela
Esquentando meu jantar.
Já foi tarde pai, já foi
O dia que você disse que amava
Sua filha regeitada; amargurava
Invisível dentro de casa
Posso dizer que amo
Tendo ciência do que vai fazer
Sem cama o amanhã vai ter,
Apoiada no travesseiro de medos
Escondida em cobertores e lençóis
Por que ainda choro a perda?
Por que ainda desejo o sol?
No coração uma fagulha
De uma pobre esperança
Talvez a vida vai me deixar
Uma escolha para aliviar
Os hematomas dessa luta
Difícil para mim é ter que ser
Uma realidade alternativa
Espanta todas as saídas
Por que ainda quero ser alguém?
Amor, porquê tão confuso
Faz coisas tão estranhas
Sensação que não tenho uso
Já fez gelar coração
Engraçado, amar você
Quando choro sempre
Agarrada em meu ventre
Por vacilo seu
Não desisto, pois acredito
No nosso relacionar
Mesmo depois de nos afastar
Pode aparecer um sorriso
Coisa difícil de solucionar
Quando tudo se amontua
Na pilha que se acentua
Parecendo não ter fim
Em meu pensamento vem
"Por que é assim, Ana Clara?"
Tão afastada, mas tão recatada