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https://agenciapatriciagalvao.org.br/destaques/como-a-lei-de-internacao-involuntaria-sancionada-por-bolsonaro-pode-afetar-mulheres-e-lgbts/

Triste.
Faço parte dos dois grupos, exceto no que tange a cor( sou branca). Mas realmente observo que minorias tem mais chance de serem internadas, com a guerra as drogas isso só fica pior.

Proponho o tema desta matéria a debate.

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Interessante a matéria.
Mas preciso fazer duas ressalvas.
> Primeiro sobre a escassez de vagas para internação. Essa política pública pressupõe a ampliação dos locais de internação, porém o que acontece é o oposto, uma vez que a ideologia neoliberal vigente tende a "esvaziar" o setor público. Então, na prática, continuaremos vendo o aumento da população de moradores de rua (existem pesquisas demonstrando que grande parte dessas populações possuem doenças mentais).
> Segunda ressalva. Não existe um "filtro" racista na sistema prisional. Pelo menos não no estado de São paulo. Quando eu lecionava (num presídio de segurança máxima) tive contato com os dados da população prisional e, para minha surpresa, o percentual dos (chamados) pardos ou negros era equivalente à população não-prisional. Ou seja, o cara não estava preso simplesmente por ser negro. PORÉM, outro dado me chamou mais a atenção. O percentual de detentos com nível superior era infinitamente menor do que o percentual de paulistas com nível superior, logo, a posse de um diploma de nível superior poderia significar duas coisas:
a) Pessoas com esse nível de instrução não costumam cometer crimes;
b) Pessoas com esse nível de instrução não são punidas, ou, os crimes que elas cometem não tem o mesmo grau de "putabilidade" penal.  

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Obrigado por compartilhar esta matéria conosco Jo.
Concordo com o Frank_Hase. Acho que temos de ter uma visão crítica e imparcial do que vemos na mídia. Na pratica não será nada do que pressupõe essa lei de internação, exatamente pela escassez de vagas.
É igual dizer que sai uma lei baixando a maioridade penal. Neste caso, iriam colocar estes jovens aonde?
As cadeias, sejam de qualquer cidade, já funcionam com capacidade acima do que comportam, e, a população carcerária só aumenta. E é muito dificil ouvir que estão construindo novas vagas.
Daí quero dizer que a lei é linda na teoria, agora quero ver aplicar.
Outra coisa...sabemos que prisão não ressocializa ninguém. Quem dirá uma internação involuntária contra a vontade. Só pode ser ajudado quem procura por ajuda.
Agora uma pessoa que possui algum tipo de deficiência mental, já não saberá nem pedir ajuda e, neste caso, será necessário uma intervenção dos parentes ou do poder público.
Enfim, problemas sociais e/ou políticos afetam a população como um todo e não apenas a um grupo.

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O usuário de drogas que deve ser internado contra a própria vontade é aquele -e somente aquele- que já não tem uma vontade a ser observada. É o usuário de drogas que se tornou disfuncional na família, no trabalho e na sociedade, ou seja, o usuário que ameaça e\ou agride familiares, que se prostitui, que comete furtos e\ou roubos para conseguir se abastecer da droga, que, devido ao vício, não tem a menor condição de estudar e\ou trabalhar, etc. A pessoa que fuma um cigarro de maconha ou cheira uma carreira de cocaína no fim de semana só para "curtir uma onda", mas que trabalha normalmente, tem bom rendimento nos estudos, convive bem com amigos e familiares e consegue ficar longos períodos sem consumir a droga não é um viciado, e não deve ser internado, assim como a pessoa que bebe uma cervejinha ou uma taça de vinho numa sexta-feira a noite depois do trabalho ou em uma festa com os amigos não é um alcólatra.

Porém, conhecendo o nosso "respeitável" presidente, eu tenho 99,99% de certeza que não é esta a intenção da lei.

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Ai, gente, eu fico admirada com o otimismo de alguns de vocês.
Eu até gostaria de concordar com você, Frank, mas apesar de a população negra não ser presa simplesmente por ser negra (eu ainda não consigo acreditar muito nisso, pode passar algumas referências?), é imprescindível que a gente tenha consciência de que a população negra está, em sua grande maioria, presa num círculo vicioso de marginalização, pobreza, falta de educação básica, etc. A pobreza leva à falta de educação (quem precisa estudar quando é muito mais importante trabalhar para sustentar a casa?), a falta de educação leva à marginalização, a marginalização leva à falta de trabalho com carteira assinada e ao subemprego (ou seja, perda de direitos), a falta de trabalho leva à pobreza e por aí vai.

Ainda, eu sou mulher e somente enquanto mulher eu posso dizer que é difícil você sair quando precisa se planejar para voltar para casa, combinar com as amigas para ninguém voltar sozinha a noite, ter tudo muito certinho para não correr riscos desnecessários. Não posso cometer o erro de passar da dose e ficar bêbada, porque vai que um cara acha que eu quero sexo porque estou rindo à toa? Às vezes me vejo rejeitando uma roupa porque não quero "passar a impressão errada", porque ela é mais justa ou mais decotada. Só uma mulher sabe o que é ter medo de alguém que vem andando atrás de você. Ou ter que atravessar a rua porque mais a frente tem um homem meio suspeito. E se alguém vier me falar que isso é paranoia eu vou descer do salto! u.u



Agora, mulher e negra. Eu não sou negra, mas consigo imaginar o sofrimento por trás de ver o policial não como alguém que pode ajudar, mas como uma possível ameaça.


E a maior questão do internamento talvez nem seja o internamento em si (apesar de ser totalmente contra a internação compulsória), mas o estigma. A letra escarlate que fica em você. Como a "paranoia" que mencionei mais cedo. Como a histeria. E como provar, depois de ser internada, que não sou doente mental? Como provar que sou "normal"? O que é ser "normal"? Vocês já leram um conto do Gabriel García Marquéz chamado "o telefone"? Leiam, porque ele é muito mais feliz do que eu para explicar isso.


Agora, quanto à política da tolerância zero e de guerra às drogas. Vocês sabem, não sabem, que muitas vezes a droga ilícita é considerada droga de pobre? Por que ir pra cocaína, pra heroína, pro crack quando é muito mais fácil conseguir uma receita médica para um rivotril, para uma ritalina? É só ter o valor na mão, tanto pela receita quanto pelo medicamento. É fato que o número de viciados em medicamentos tem aumentado nos últimos anos. Dêem uma olhada na sua vizinhança. Quantas farmácias a mais abriram nos últimos anos? Vocês acham que elas estão aumentando porquê?


Por outro lado, apesar de não ser a regra em 100% das vezes, pessoas com ensino superior costumam ter um nível econômico mais elevado. Se ela pode pagar, porque se preocupar de ir atrás de traficante que vende essas drogas que são mais qualquer outra coisa do que a droga (é necessário fazer o pó render para ter mais lucro, gente. Quem acha que essas cocaína de quinta serve pra alguma coisa, não sabe da missa a metade) quando ele pode fazer uma rápida consulta com um psiquiatra, conseguir uma linda receita e ligar na farmácia para seu medicamento ser entregue na porta de casa?

E quanto ao problema de onde internar esse monte de gente? Bom, acho que a gente pode analisar os presídios: apesar de já estarem superlotados e operando com o número de presos acima da capacidade, são muitas vezes como coração de mãe: sempre cabe mais um. Hospitais psiquiátricos são e serão basicamente a mesma coisa, com uma única diferença: enquanto os presos têm um período certo em que estão internados; doentes mentais não têm previsão de quando serão "curados".

Pensem sobre isso

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Komorebi-san escreveu:
Ai, gente, eu fico admirada com o otimismo de alguns de vocês.
Eu até gostaria de concordar com você, Frank, mas apesar de a população negra não ser presa simplesmente por ser negra (eu ainda não consigo acreditar muito nisso, pode passar algumas referências?), é imprescindível que a gente tenha consciência de que a população negra está, em sua grande maioria, presa num círculo vicioso de marginalização, pobreza, falta de educação básica, etc. A pobreza leva à falta de educação (quem precisa estudar quando é muito mais importante trabalhar para sustentar a casa?), a falta de educação leva à marginalização, a marginalização leva à falta de trabalho com carteira assinada e ao subemprego (ou seja, perda de direitos), a falta de trabalho leva à pobreza e por aí vai.
...........


Poxa! Desculpa mas eu não guardei o documento. A FUNAP deu para a gente (que lecionamos) um documento impresso de um recenseamento levado a cabo pela própria FUNAP. Mas os dados eram tratados como "oficiais".
Acho que devo destacar que a FUNAP não adulteraria pesquisas. Além disso, não me lembro de haver qualquer referencia à metodologia, mas tenho certeza de que não foi feito por autodeclaração.

Quanto às tuas outras afirmações, me parecem muito coerentes. Também sua preocupação é válida, pois assim como a colega Rhoda destacou, o clima não é para pessoas progressistas (inclusive eu) manterem o otimismo.

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Frank_Hase escreveu:
Poxa! Desculpa mas eu não guardei o documento. A FUNAP deu para a gente (que lecionamos) um documento impresso de um recenseamento levado a cabo pela própria FUNAP. Mas os dados eram tratados como "oficiais".
Acho que devo destacar que a FUNAP não adulteraria pesquisas. Além disso, não me lembro de haver qualquer referencia à metodologia, mas tenho certeza de que não foi feito por autodeclaração.


Ai, sério? Eu confesso que sou muito levada pelas opiniões de colegas e seria muito legal ver estudos oficiais, mas, pra ser realmente sincera, eu nem sequer sabia onde começar a procurar. BUT NOW I KNOW!!!! muhUAHuhaUAHuhaUH okay, não é algo tão terrível assim hahaha
Apesar de não ter o estudo, Frank, agora eu já sei onde procurar! Valeu pela dica! xD


E fico feliz que meus questionamentos tenham feito você pensar um pouco.




*risadenhas dissimuladinhas* nem tô me sentindo a tal agora haha

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Komorebi-san escreveu:


...........
E fico feliz que meus questionamentos tenham feito você pensar um pouco.



*risadenhas dissimuladinhas* nem tô me sentindo a tal agora haha


Komorebi,
"una salus victis nullam sperare salutem".

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Rhoda Penmark escreveu:
A pessoa que fuma um cigarro de maconha ou cheira uma carreira de cocaína no fim de semana só para "curtir uma onda", mas que trabalha normalmente, tem bom rendimento nos estudos, convive bem com amigos e familiares e consegue ficar longos períodos sem consumir a droga não é um viciado, e não deve ser internado, assim como a pessoa que bebe uma cervejinha ou uma taça de vinho numa sexta-feira a noite depois do trabalho ou em uma festa com os amigos não é um alcólatra.

Essa ideia seria maravilhosa, todavia, não funciona desta forma, infelizmente. O problema é o efeito poderoso que certos habitos tem sobre nosso corpo e mente, a ponto de não ficar só no fim de semana ou de vez em quando.
Tipo:
Quem rouba uma vez e dá certo, vai roubar de novo e de novo pq vai achar que nunca será pego...
Quem trai uma vez, com certeza trairá de novo. A sensação da conquista, de poder, do proibido fala mais alto...
Quem fuma um baseado, por exemplo, fuma pela onda que sente, mas com o tempo o corpo se acostuma e será preciso fumar mais para ter a mesma sensação...daí pra pular pra outras drogas é um salto...

Aquela velha frase que dizem que a carne é fraca, é verdade. Depois que entrou é difícil de sair.

Eu gostaria muito de acreditar ser possível da forma que vc explicitou Rhoda, seria bom demais pra ser verdade.

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Desculpa Shipow, mas comparar uma pessoa que usa drogas e não está fazendo mal a ninguém a não ser si mesma com uma pessoa que pratica roubos ou que trai o cônjuge me parece uma comparação muito forçada...

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Rhoda Penmark escreveu:
comparar uma pessoa que usa drogas e não está fazendo mal a ninguém a não ser si mesma com uma pessoa que pratica roubos ou que trai o cônjuge me parece uma comparação muito forçada...


Não fiz comparações Rhoda, citei exemplos de forma geral. Assim é o comportamento das pessoas.
Qualquer vício, seja qual for, se inicia aos pouquinhos e a pessoa acha que sempre vai estar no controle.
E ela não faz mal só a si mesma, toda a família sofre junto. Veja bem, se uma pessoa é viciada uma hora ela percebe não conseguir manter o proprio vício, daí iniciando pequenos roubos em casa ou na rua. Aumenta-se a agressividade e a violencia para quem estiver próximo , e a família não consegue ter mais sossego.
Quando citei o exemplo de quem trai é a mesma coisa, pois a pessoa acha que nunca será pego e tem total controle sobre a situação. Essa pessoa não pensa que suas ações terão consequencias. Até que e um dia a coisa aparece e será mais uma família exposta e destruída. Ou seja, a pessoa não estará fazendo mal só a si mesma.
Enfim, o vício seja de droga, de jogo, de alcool, de sexo e etc, eu não sei qual seria melhor ou pior. No final nunca acaba bem.

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Concordo com você, se estivermos falando de viciados. Porém, nem todos os usuários de drogas (lícitas ou ilícitas) são viciados. Assim como existem pessoas que conseguem beber álcool sem tornar-se alcólatra e existem pessoas que conseguem fumar cigarro sem tornarem-se dependentes da nicotina (meu caso), existem pessoas que conseguem usar outras drogas, inclusive ilícitas, sem tornarem-se dependentes.

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Fraannnk! Eu ainda não sei latim... T-T Essa língua tá na minha lista de coisas para aprender antes de morrer, mas ainda não seeeeeeeeiiii... E a tradução que o google fez não faz sentido hahah

Mas super me intrometendo... Shipow, Rhoda tem razão quando diz que nem todo mundo que experimenta drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, se tornará um viciado. Se assim fosse, a humanidade como um todo ia estar super fudida (sorry pelo palavreado).
Mas psicólogos e médicos e outros pesquisadores da área estão chegando à conclusão que o que leva ao vício não é a substância ou o comportamento em si, mas o desejo de fugir da realidade. Pensemos naquele estudo de mil e novecentos e lá vai cacetada, clássico, do ratinho apertando a barrinha para receber cocaína direto no cérebro, que comprovou que a cocaína vicia, já que o ratinho ficou apertando a barrinha enlouquecidamente até sofrer uma overdose. Recentemente recriaram esse mesmo experimento, mas com dois grupos: enquanto um seguia as mesmas características do estudo clássico, o segundo grupo tinha na gaiola uma espécie de paraíso dos ratos: tinham outros ratos pra eles se socializarem, tinham brinquedos, outros alimentos e tudo o mais que um ratinho gosta. Se o "fator viciante" estivesse na cocaína, ou seja, na substância em si, o esperado era que independentemente do que mais estivesse na gaiola, os ratos ainda apertariam a barrinha loucamente até sofrerem overdose. Mas não foi isso que aconteceu. Os ratinhos do segundo grupo, que estavam no "paraíso dos ratos", foram ser felizes com os outros ratinhos e, se não me engano, nenhum apertou a barrinha loucamente até sofrer overdose (eu preciso encontrar esse estudo de novo para confirmar). Os do primeiro grupo morreram de overdose.
Enfim, agora é só estender esse raciocínio para os outros exemplos: uma pessoa não vai se viciar em cocaína se a realidade em que ela vive for do seu agrado, como acontece, por exemplo, com os caras de WallStreet (eles podem até fazer uso de drogas com regularidade, mas não é abusivo a ponto de atrapalhar seu trabalho e seu dia-a-dia). Agora, se ela, por exemplo, passa fome, se tem que se prostituir, se precisa lidar com transtornos e doenças mentais, ela vai querer fugir da realidade e acaba se viciando. Se a pessoa se torna cleptomaníaca, muitas vezes tem uma doença mental por trás. Uma pessoa que se vicia em trair o cônjuge, muitas vezes não o faz por causa da adrenalina de trair, mas porque o casamento está insustentável, mas ele (ou ela) simplesmente não pode sair do relacionamento. Se alguém fuma pela onda, ótimo; mas a onda traz uma sensação de bem-estar que a pessoa simplesmente não tem no seu dia-a-dia e o estresse da rotina faz a pessoa querer sentir-se bem de novo com a onda do baseado. Só então entra o fator da tolerância, ou seja, que a quantidade inicial da substância já não é mais o suficiente para alcançar "a melhor onda" e daí a pessoa procura mais da substância.

Mas não estou dizendo que o vício se tornou um problema apenas social, ok? Um humano possui um cérebro e um organismo muito mais complexo do que um rato. Entretanto, é bem provável que o vício seja um problema epigenético: existem fatores genéticos latentes, mas eles só são desencadeados em vício a partir de fatores ambientais.

Países como a Holanda são exemplos por conta das políticas públicas para acabar com a reincidência de uso abusivo de drogas ilícitas. A Holanda não segue a política de guerra às drogas, mas de reinserção do indivíduo na sociedade e a reincidência de uso abusivo das drogas caiu loucamente (agora não vou lembrar o número exato, mas chutando por baixo foi 30%, que é um número altíssimo).

Se a gente for pensar bem, qualquer comportamento que nos traga um mínimo de prazer tem um potencial de ser viciante. A gente gosta, a gente quer de novo haha. Agora, se formos podar todo e qualquer comportamento que possa se tornar um vício, não iremos mais viver, apenas sobreviver e com uma qualidade de vida péssima, ainda por cima.

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Obrigado por compartilhar conosco Komorebi-san, See ya!!!!!
Adoro essas trocas de ideias, pois é assim que podemos ter outros pontos de vista que muitos nos ajudam a formar ou reformular velhos conceitos.
Concordo totalmente com seu ponto de vista, principalmente ao dizer que se podarmos qualquer comportamento por se tornar um vício não iremos mais viver. Realmente. É que estou acostumado em ver mais o lado ruim do ser humano que, opto por acreditar que seria melhor evitar.
Torço para que um dia as drogas estejam todas liberadas, por exemplo, e as pessoas saibam fazer bom uso delas.
Tipo: Quando eu era adolescente, adorava viajar pro interior no carnaval e conheci o lóló e lança perfume. Era bom demais curtir essa onda no meio da muvuca. hahaha!!!
Apesar de eu não ter conhecimento de pessoas viciadas nestas substancias, não sei pq, legalmente, sao proibidas.
Tipo em um filme, que não me lembro o nome, em que uns cientistas investigavam uma esfera misteriosa no fundo do oceano. Depois descobriram que ao tocar a esfera ganhavam a habilidade de manifestar qualquer coisa no mundo exterior, e poderiam externar o melhor de si mesmos para o melhoramento do mundo, mas ao inves disso, manifestaram seus piores pesadelos.
E fica a pergunta: Será que as pessoas estão prontas para ter poder ou certas liberdades?
Existe o velho ditado: "Para conhecer realmente um ser humano dê-lhe poder."
Não estou sendo pessimista, estou sendo realista.
Espero no futuro poder ver as pessoas, como o grupo de ratinhos felizes, que serão felizes com outras pessoas sem precisarem recorrer a prazeres ilusórios e passageiros.


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Komorebi-san escreveu:
Fraannnk! Eu ainda não sei latim... T-T Essa língua tá na minha lista de coisas para aprender antes de morrer, mas ainda não seeeeeeeeiiii... E a tradução que o google fez não faz sentido hahah
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kkkk! E você acha que eu sei?
É da Eneida, do Virgílio (li a tradução, lógico!!)
Significa que a única salvação do vencido é saber que ele não tem salvação.
Eu usei no sentido figurado, porque o heroi (no contexto onde fui buscar a frase) estava tentando levar os companheiros a uma luta suicida. Resumindo, eu quis dizer que você venceu completamente.
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