Bem, oi, eu moro no norte do estado do Rio de Janeiro, acabei de fazer 18 anos e me descobri ace e demiaro tem uns 3 meses.
Esse ano foi uma loucura na minha cabeça kkk
Para mim, as pessoas que eram estranhas por se preocuparem tanto com vida amorosa e eu tinha mais coisas para fazer (só assistia anime o dia todo, mas ok), depois de um tempo fiquei angustiada por todas as minhas amigas terem namorados ou ter pelo menos uns 5 cruches (com uns 12 anos), até que, do nada, me apaixonei por um garoto e comecei a me sentir “normal” (um dos meus melhores amigos para completar o sofrimento). Eu já estava a MUITO tempo na friendzone então não rolou nada entre nós, mas eu o usava como barreira para toda vez que me perguntavam sobre relacionamentos ou cruches (“Já gosto de alguém, me deixem em paz”). Aí, do nada, eu me desapaixonei no início desse ano e passei achar seres humanos super desinteressantes, tipo, romanticamente (muito menos de um jeito sexual). Não me sentia hétero, nem homo, muito menos bi kkk mas era até aí que meu repertório ia (e isso me enlouquecia do tipo de deixar a noite acordada). Até em uma linda madrugada de outubro, no meio das fanarts de “She-Ra”, achei a bandeira ace e a explicação da orientação. Tive uns flashbacks da infância e as pecinhas se encaixaram. Eu quase morri quando vi que um dos símbolos assexuais é o bolo. Minha família possui todos os estereótipos de allos e eu lembro claramente que desde pequena, sempre que eles falam sobre sexo, quanto é bom e bla bla bla, eu pergunto se eles não preferiam comer algum doce (eu sempre falei ou bolo, ou chocolate ou bolo de chocolate kkk) eles sempre me olhavam com aquela cara de “NÃO! ” só entendi agora o porquê kkkk. Nessa animação, cometi o lindo erro de ir falar com meu primo e vieram os clássicos: “Mas como você sabe se nunca ficou com ninguém? ”, “Mas fica com fulano-de-tal mesmo sem querer”, “po, mas você já fez um exame de hormônios? ”, “É melhor não falar para ninguém. Você sabe como é nossa família”. Eu sei que ele não falou por mal, mas realmente me senti com uma doença rara. O bom dele ter baixado minha bola, é que minha vontade era de sair lançando fogos de artifício e gritando “Não tem nada de errado comigo!!”. Eu lembro que aquela semana foi horrível porque eu não pensava em mais nada, mas ainda tinha que estudar e fazer provas. Lembro que eu mal dormia e ficava lendo qualquer coisa que achava do assunto, inclusive umas paradas científicas e teses (foi em uma tese que achei esse fórum, aliás, muito obrigada por todos os diálogos que me ajudaram muito a me entender). Enfim, depois dessa semana eu conversei com um amigo que também é da comunidade LGBTQ+ e ele me confortou demais (inclusive, quebrei as regras da quarentena, mas eu precisava de um abraço). Aé, para completar, do nada, me apaixonei pela melhor amiga (DEPOIS DE 3 ANOS), descobri que sou demi-birromântica e não sei o que fazer com isso yey
É isso, falei demais kkk obrigada pela paciência
Esse ano foi uma loucura na minha cabeça kkk
Para mim, as pessoas que eram estranhas por se preocuparem tanto com vida amorosa e eu tinha mais coisas para fazer (só assistia anime o dia todo, mas ok), depois de um tempo fiquei angustiada por todas as minhas amigas terem namorados ou ter pelo menos uns 5 cruches (com uns 12 anos), até que, do nada, me apaixonei por um garoto e comecei a me sentir “normal” (um dos meus melhores amigos para completar o sofrimento). Eu já estava a MUITO tempo na friendzone então não rolou nada entre nós, mas eu o usava como barreira para toda vez que me perguntavam sobre relacionamentos ou cruches (“Já gosto de alguém, me deixem em paz”). Aí, do nada, eu me desapaixonei no início desse ano e passei achar seres humanos super desinteressantes, tipo, romanticamente (muito menos de um jeito sexual). Não me sentia hétero, nem homo, muito menos bi kkk mas era até aí que meu repertório ia (e isso me enlouquecia do tipo de deixar a noite acordada). Até em uma linda madrugada de outubro, no meio das fanarts de “She-Ra”, achei a bandeira ace e a explicação da orientação. Tive uns flashbacks da infância e as pecinhas se encaixaram. Eu quase morri quando vi que um dos símbolos assexuais é o bolo. Minha família possui todos os estereótipos de allos e eu lembro claramente que desde pequena, sempre que eles falam sobre sexo, quanto é bom e bla bla bla, eu pergunto se eles não preferiam comer algum doce (eu sempre falei ou bolo, ou chocolate ou bolo de chocolate kkk) eles sempre me olhavam com aquela cara de “NÃO! ” só entendi agora o porquê kkkk. Nessa animação, cometi o lindo erro de ir falar com meu primo e vieram os clássicos: “Mas como você sabe se nunca ficou com ninguém? ”, “Mas fica com fulano-de-tal mesmo sem querer”, “po, mas você já fez um exame de hormônios? ”, “É melhor não falar para ninguém. Você sabe como é nossa família”. Eu sei que ele não falou por mal, mas realmente me senti com uma doença rara. O bom dele ter baixado minha bola, é que minha vontade era de sair lançando fogos de artifício e gritando “Não tem nada de errado comigo!!”. Eu lembro que aquela semana foi horrível porque eu não pensava em mais nada, mas ainda tinha que estudar e fazer provas. Lembro que eu mal dormia e ficava lendo qualquer coisa que achava do assunto, inclusive umas paradas científicas e teses (foi em uma tese que achei esse fórum, aliás, muito obrigada por todos os diálogos que me ajudaram muito a me entender). Enfim, depois dessa semana eu conversei com um amigo que também é da comunidade LGBTQ+ e ele me confortou demais (inclusive, quebrei as regras da quarentena, mas eu precisava de um abraço). Aé, para completar, do nada, me apaixonei pela melhor amiga (DEPOIS DE 3 ANOS), descobri que sou demi-birromântica e não sei o que fazer com isso yey
É isso, falei demais kkk obrigada pela paciência