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Mas que confusão! (Romamtismo/Arromantismo)

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Turunah
The 2D
6 participantes

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Hoje lendo um artigo sobre um casal assexual vi que eu nao compreendia os dois comceitos da forma que eu imaginava.
Bom, acho que ate agora nao entendo muito bem.
"2D, nao estou entendendo nada!"
Vou deixar mais claro, expondo o que seria um relacionamento perfeito pra mim:
Um casal assexual romantico que tambem nao gosta de beijo na boca. Mas esse casal mora sob o mesmo teto e compartilham as coisas legais da vida.
"Voce quer dizer Colegas, 2D?
Naao, uma coisinha a mais que isso, entende? Seria otimo usar o termo "Amizade Colorida" se ele ja nao estivesse em uso...
Tambem nao gosto de "namorados" pois passa uma impressao errada...
Enfim... Tambem nao tenho pressa pra encontrar uma garora que preencha esse "requisitos" e tenho certeza que nao vou culpar o cosmos por ser injusto comigo.
Abracos, povo!
-Assexual [Heterorromantico] Desinteressado

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Isso aí eu chamo de Parceria.
Eu também já procurei uma parceira. Uma mulher que compartilhasse comigo de um modo de vida e de um modo de ver a vida e com a qual eu gostaria de passar junto o tempo todo.
- Mas, Tuh, por que precisa ser uma parceira e não um parceiro? Você pretende fazer algo mais com ela e que não consideraria ser feito com um homem?
Não, tem de ser uma mulher. Porque? Não tenho a menor ideia. Isso nos leva novamente àquela questão do que é que sobra da mulher (ou do homem) quando relativizamos toda a identidade de gênero tradicional feminina (ou masculina) e também excluímos a sexualidade. Será que é puro instinto determinado por condições meramente biológicas? Será que os homossexuais contrariam este instinto? Ou será que é um resquício de homofobia não traduzido em conceitos conscientes?

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Nossa, Turunah. dificil responder isso.
Biologico ou social?
Talvez um pouco dos dois. Pode ser algo proprio nosso e que a sociedade de certa forma "reafirme"?
Ate porque a discriminacao é uma ferramenta que a sociedade usa para preservar os seus conceitos, nao é?
Pode ser bobeira mas é assim que eu penso.

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Esse texto serve para você, 2D, botar os pingos nos i's.

http://amoreslivres.wordpress.com/2013/12/21/o-fantasma-do-amor-romantico-nas-relacoes-livres/

Acho que acima do que for (namoro, amizade colorida, o que for). O que deveria ser procurado são relacionamentos francos, sexo não válida nada, em primeiro lugar.

Podem existir amigos que transam e como bem sabemos, casais casados com filhos que não transam. Tem muito mais a ver com o que se sente do com o que se faz com o sentimento. Quanto a achar a palavra "namoro" , acho que devia ignorar as impressões que as pessoas poderiam ter.

Percebe?

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Que texto perfeito!
Serviu muitio bem pra mim mesmo porque apontou coisas que eu nem prestava atencao.
Muito obrigado! Agora esta tudo mais claro.

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Ainda não está claro para mim... e acho que nunca estará. Porque assexuais podem ser exclusivamente hetero-românticos? A primeira resposta é que eles ainda operam suas preferências com base nas tradicionais identidades de gênero. Se é isto, basta o esclarecimento sobre a falta de objetividade das definições destas identidades de gênero? Pois bem, temos muitos artigos para ler que tratam da fluidez da identidade de gênero, mas isto basta? Será preciso um tratamento de choque? Uma experiência radical junto ao universo dos gêneros e transgêneros?

Será que estou muito velho para isto? Ou será que estou condenado a ser um troglodita assexual?

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que texto perfeito velho *-----* , eu tb tinha essas mesmas duvidas do 2d e do mesmo modo dele esse texto tb me ajudou muito a clarear as coisas, me identifiquei bastante com essa "necessidade" de encontrar alguem com quem eu possa viver e partilhar minha vida, é uma coisa que eu gostaria muito, mas, se eu nao puder ter ou não achar a pessoa pra mim nao vai ser o fim do mundo sabe? é aquele tipo de coisa que seria muito legal porém não nescessáriamente preciso ter, e calma turunha kkkk nao comece a se dar chques não ein!!, tipo eu nao sei sobre isso muito, até pq eu nao tenho dtinção de geero na minha cabeça, acho que se eu for gostar de alguem ela pode ter qualquer sexo/genero que nao vai afetar em nada, talves isso seja culpa da sociedade.... ou até do instinto humano mesmo..... que ainda pode estar programado pra pensar que amor=sexo=reprodução da espécie :p

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Acho que ao longo de gerações fomos forçados a adotar determinados padrões. A bilhões de anos atrás eramos nômades, depois começamos a estabelecer várias relações padrões a partir do momento em que deixamos de ser nômades, a partir do momento em que alguma pessoa muito ruim inventou algo conhecido por "propriedade privada", foi aí que começamos a criar hierarquias e regra binárias (pra tudo).

Foi aí que tudo começou a ter nomes, padrões, preconceitos e derivados. A base da sociedade é isso, basicamente.

o que fazemos aqui todo o dia ao debater, é discutir esses preceitos e fragmentá-los, dissecá-los aos poucos, há um texto do Júlio a respeito desses detalhes que é fascinante! vou procurar linkar aqui.

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Isso ai mesmo Lee!
Haha, essas questoes sao de virar a cabeca mesmo, turunah. Nao fique preocupado

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Sim, são questões tensas.

Mas é pior pra quem é trans* e/ou não-binário, há estados disfóricos terríveis de se tolerar. A maioria desse pessoal tem sempre um psicólogo pra acompanhar, o sistema é muito cruel e ele possuí nuances bem difíceis de se perceber.

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Lipe de Freitas escreveu:
Sim, são questões tensas.

Mas é pior pra quem é trans* e/ou não-binário, há estados disfóricos terríveis de se tolerar. A maioria desse pessoal tem sempre um psicólogo pra acompanhar, o sistema é muito cruel e ele possuí nuances bem difíceis de se perceber.


Lipe, vc sabe me explicar oq é disforia? Na verdade eu queria saber oq seria uma crise disfórica... vejo algumas trans falando mas não entendo muito bem como seria uma crise assim.

E tb amei o texto!! Muito bom!!

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2D tenho muito esta dúvida que você falou. Veja, estou lendo muitos tópicos aqui no fórum para entender mais sobre o assunto. E, embora ainda não tenha um repertório de conhecimento para argumentar qualquer coisa que seja sobre este assunto, me permita talvez a insistência em querer compartilhar algo: percebi que nós assexuais somos muito voláteis em nossa identidade/estado assexuais, deixa eu explicar melhor. Percebi em relatos aqui que muitos estão ainda em fase de definição de sua personalidade assexual. Alguns oscilam entre o romantismo e o arromantismo por exemplo, justificando ser mais um estado de momento do que algo engessado em sua personalidade - por dizerem estar romântico ou arromântico, outros também (não é meu caso mas entendo como sendo naturalmente humano) passeia em um estado de héteroromantico ou homorromantico - numa espécie de "birromantismo" em construção ou até mesmo indefinido (talvez para sempre), mais ainda, alguns naquela situação de não saberem se são demisexual ou gray-a...

No meu caso por exemplo - já peço desculpas se eu estiver bagunçando os termos e definições - nem sei quem sou. Só o que me vem é uma quase certeza de que sou assexual mesmo (no sentido que extrapola a etimologia da palavra). Pois nunca procurei um relacionamento pela conveniência do sexo, sempre idealizei um relacionamento PRINCIPALMENTE e me arrisco a dizer /unicamente/ pela afinidade, digo, do ser enquanto manifestação privada e/ou social. Assim, quero dizer que o mais importante para mim em um relacionamento é a companhia, como você bem citou "compartilhar as coisas legais da vida". Seja em momentos de esporte (caminhas, corridas, andar de bicicleta...), lazer (cinema, passear no parque, assistir a uma peça de teatro, assistir a orquestra sinfônica, dançar...), dias de descanso (passar tardes chuvosas assistindo sessão da tarde, tomar sorvete em dias ensolarados...).

Amo as coisas que o Lipe fala, me acho incrivelmente parecido com ele. Não me vejam como stalker, ok?  :P  É que o ato da leitura aqui no fórum, que é construído por meio de manifestações de ideias, nos fazem, necessariamente, conhecer os respectivos donos destas mesmas ideias. Nada de pânico  ideia :

[quote="Lipe de Freitas"]Acho que acima do que for (namoro, amizade, colorida, o que for). O que deveria ser procurado são relacionamentos francos, sexo não válida nada, em primeiro lugar.[quote]

Ou seja, acho que relacionamentos são construídos principalmente sob esta ideia de franqueza e cumplicidade "sexo não valida nada"! Voltando a filigrana de pensamento que estou tentando transmitir. Gostaria de dizer que me sinto ainda indefinido. Acho que sou heteroromântico, porque idealizo um relacionamento com outra assesexual - ratifico isto por todas as coisas que citei acima. Mas tem um lado em mim, muito franco até, de não ser uma pessoa que que toma iniciativas (iniciais, tipo flerte) para começar um relacionamento, talvez eu seja mais a pessoa que vai construir e manter no, dia-após-dia, do que começar um relacionamento. Sou mais de cuidar do jardim do que ir a caça às borboletas, não que eu não ache elas lindas  língua  . Poucas vezes tomo a iniciativa da aproximação. Fato que me desperta a ideia de que sou arromantico. Gostei da definição da Lara em outro tópico atrás, ela disse em estar arromantica e é bem possível que possa ser isto também. Vou citar mais a frente sobre (o ser humano e sua transformação que tende a ser constante).

Enfim, acho a assexualidade muito complexa...

Entrando agora no assunto especificamente e considerando todas estas variáves citadas, me vem sempre o questionamento de como seria um casal assexual enquanto família - como construção de um espaço a dois até cogitando filhos, não sei... Visto que somos seres em "metamorfose ambulante", citando o Raul, que estamos em constante evolução e transformação. Fico pensando o como a temática família é complexa pro assexual? Imagino que no devir do dia-a-dia as coisas parecem mais fácil, e talvez seja mesmo! Pois se há afinidades, é certo que haverá comprometimento e poucas discordâncias. Mas não é um assunto fácil, né?! Considerando a questão do autoconhecimento e, a partir disto, o voltar-se para relacionamentos (românticos) ou não (arromanticos)

Talvez 2D, a resposta a este questionamento seria o motor de arranque de muitos namoros/paqueras/amizades-coloridas/casamentos assexuais.

Ah! Se alguém quiser comentar fique a vontade, direcionei pro 2D como uma forma de crédito a sua ideia. Já até tentei resgatar um tópico lá atrás sobre este assunto, mas não gerou interesse, fato que compreendo.

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Elemento Neutro escreveu:
Lipe de Freitas escreveu:
Sim, são questões tensas.

Mas é pior pra quem é trans* e/ou não-binário, há estados disfóricos terríveis de se tolerar. A maioria desse pessoal tem sempre um psicólogo pra acompanhar, o sistema é muito cruel e ele possuí nuances bem difíceis de se perceber.


Lipe, vc sabe me explicar oq é disforia? Na verdade eu queria saber oq seria uma crise disfórica... vejo algumas trans falando mas não entendo muito bem como seria uma crise assim.

E tb amei o texto!! Muito bom!!


Acredito ter isso vez a outra por me entender como um agênero, digo, a minha forma de me entender assim (embora ser em uma quantidade baixa).
Então é você se sentir e ser mulher (supondo que vc tenha nascido sendo considerado homem por ter um pênis), você acorda e se olha no espelho, você vê barba que não deveria ser sua, você veste roupas que não deveriam ser suas, você vê as pessoas te tratarem como algo que você não é. Enfim, seu corpo não representa quem você é de fato, isso gera angustia, isso gera disforia de gênero, sabe?

Daí tem os ~trigger~ que são ~gatilhos~ que ativam o sentimento disfórico, então sempre quando tu for num grupo, site, blog sobre Trans*/ Queer tu ver algum aviso acompanhado da palavra ~trigger~ como um aviso informando que tal conteúdo lá postado pode causar esses sentimentos dolorosos.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Disforia

e

http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_identidade_de_g%C3%AAnero

Esse é um texto de um amigue meu (note que eu estou terminando a frase com uma palavra modificada para ficar neutra. Não falei "amigo" nem "amiga", falei "amigue"):

http://plataformadeeixos.blogspot.com.br/2013/11/um-corpo-que-nao-era-seu.html

Isso explica mais a coisa toda.

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Turunah escreveu:
Isso aí eu chamo de Parceria.
Eu também já procurei uma parceira. Uma mulher que compartilhasse comigo de um modo de vida e de um modo de ver a vida e com a qual eu gostaria de passar junto o tempo todo.
- Mas, Tuh, por que precisa ser uma parceira e não um parceiro? Você pretende fazer algo mais com ela e que não consideraria ser feito com um homem?
Não, tem de ser uma mulher. Porque? Não tenho a menor ideia. Isso nos leva novamente àquela questão do que é que sobra da mulher (ou do homem) quando relativizamos toda a identidade de gênero tradicional feminina (ou masculina) e também excluímos a sexualidade. Será que é puro instinto determinado por condições meramente biológicas? Será que os homossexuais contrariam este instinto? Ou será que é um resquício de homofobia não traduzido em conceitos conscientes?


Turunah não é pq uma pessoa é assexual q ela deixará de se importar com sua preferencia de gênero. Acho perfeitamente compreensível um assexual preferir um gênero a outro. Afinal nós assexuais tb sentimos atração estética, romântica entre outras, só o sexo mesmo é q não é algo importante pra querermos ter um relacionamento.

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Sim, concordo com a Elemento nesse aspecto.

Quer dizer, tudo isso fala sobre nós, como nos sentimos e como queremos ser compreendidos. Como gostaríamos de ser amados e respeitados.

Isso é vital na vida das pessoas, creio eu.
Por isso esse debate.

Quer dizer, eu nasci sendo registrado como menino por motivos "óbvios", fui criado como tal embora eu me sentisse diferente, mas daí quando tentei ir pro mundo feminino vi que não me sentia também exatamente como mulher.

Me vejo como os dois e ao mesmo tempo nenhum dos dois, entende? minha "agenderisse" consiste disso, embora um termo correto pra isso seja "genderfluid" ou sei lá "agenderflui"? quer dizer, em todo caso, não me identifico exatamente como homem seja lá o que ser homem signifique, embora seja determinado pela sociedade que ser homem é tomar a dianteira, ter atitude e se impor, conquistar, subjulgar e gostar de mulher que ( na cabeça do muito binárista) é quem tem uma vagina.

Agora me digam qual sentido em determinar gêneros pela genitália que vem inbutida na pessoa  Rolling Eyes 

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Lipe de Freitas escreveu:
Daí tem os ~trigger~ que são ~gatilhos~ que ativam o sentimento disfórico, então sempre quando tu for num grupo, site, blog sobre Trans*/ Queer tu ver algum aviso acompanhado da palavra ~trigger~ como um aviso informando que tal conteúdo lá postado pode causar esses sentimentos dolorosos.


Triggers!! Isso é outra coisa q vejo elas falarem muito e q eu queria entender!

Valeu Lipe!! Me explicou até oq mais do q eu queria! Parece até leu os meus pensamentos pra descobrir as as minhas dúvidas! xD
Vou ler os textos q vc recomendou! Esses assuntos me interessam bastante!

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Atraente dúvida 2D!
Seja o termo que se use, parceirx, namoradx, amadx, xodó... penso, que antes deve-se ser encontrada uma amizade especial. E essa, composta assim como já disseram através do compartilhamento de alegria, momentos, histórias e diversas outras coisas que estes se interessem. Compartilhar a vida, os pensamentos, os sentimentos, os medos, as inseguranças, os segredos. Se sentir consigo mas com mais alguém que te entenda.

Tenho pensado que o que você disse formaria uma ideia de um casal assexual romântico em relação a amizade e sem aquela dependência "carinhosa", ou seja, um romance não tão romântico. Desculpem, desafiar a criação de um novo conceito, rs. >>>> o nome disso é squish huehehe [atualização] :D

Última edição por ruthjamison em 5/8/2014, 16:47, editado 1 vez(es)

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Bem, eu imagino que amor romântico não existe, tenho até meio pavor quando alguém vem pra cima de mim com muito apego do tipo, sabe?

Quer dizer, pra mim vale quando você conhece alguém e com o tempo vão vinculando uma confiança, uma simbiose instintiva e natural sem pressão, sacas? acho mó fofo isso. Fico assustado quando tudo é rápido demais. Fico assustado, sinto meu ritmo interno perturbado.

:s

As pessoas deveriam descobrir seus ritmos próprios, vejo muito rapaz indo (vivendo a vida) por 'default', sabe? durante os 20 e poucos anos toca o foda-se, depois chega os trinta e quer se casar e "namorar sério", daí é como se o cara não tivesse mais vida.

"Aproveite o máximo que puder!"


Tipo, for god sake:


Aproveitar o que?!


Aliás, tava falando isso com uma amiga minha, reclamando sobre como os homens fazem isso com suas vidas, depois vem o inevitável divórcio e sofrimento emocional pelo rompimento.

Pra cês verem, como são as coisas, né? rs

 Rolling Eyes 

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Porque hoje casamento é sinonimo de cobrança.
"Aproveita agora que voce é livre porque depois do casamento, adeus liberdade!"

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ruthjamison escreveu:

Tenho pensado que o que você disse formaria uma ideia de um casal assexual romântico em relação a amizade e sem aquela dependência "carinhosa", ou seja, um romance não tão romântico. Desculpem, desafiar a criação de um novo conceito, rs.


ain ruth que lindo!!! é exatamente assim que funciona <3 e concordo muito contigo lipe e 2D, é muito wtf isso de ser totalmente irresponsavel quando se é jovem pq mais tarde terá que se "prender" a alguem e nao poderá mais ser "livre" é triste o jeito que a sociedade impõe como as relações deve ser

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lee nunes escreveu:
ruthjamison escreveu:

Tenho pensado que o que você disse formaria uma ideia de um casal assexual romântico em relação a amizade e sem aquela dependência "carinhosa", ou seja, um romance não tão romântico. Desculpem, desafiar a criação de um novo conceito, rs.


ain ruth que lindo!!! é exatamente assim que funciona <3 e concordo muito contigo lipe e 2D, é muito wtf isso de ser totalmente irresponsavel quando se é jovem pq mais tarde terá que se "prender" a alguem e nao poderá mais ser "livre" é triste o jeito que a sociedade impõe como as relações deve ser

Nessa hora, cadê o Leo pra dizer que tu serás eternamente responsável por aquele que cativas?

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Turunah escreveu:

Nessa hora, cadê o Leo pra dizer que tu serás eternamente responsável por aquele que cativas?


awwwwwn <3 bem pensado tuh

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2DWill escreveu:
Porque hoje casamento é sinonimo de cobrança.
"Aproveita agora que voce é livre porque depois do casamento, adeus liberdade!"


Como o casamento é lindo! E eles viveram felizes para sempre!!

Só que não...

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Elemento Neutro escreveu:
2DWill escreveu:
Porque hoje casamento é sinonimo de cobrança.
"Aproveita agora que voce é livre porque depois do casamento, adeus liberdade!"


Como o casamento é lindo! E eles viveram felizes para sempre!!

Só que não...


Esse é o típico pensamento por 'default', sabe? não se conhece direito e zás, acaba seguindo o padrão, o tal do default.

E a sociedade é implacável com quem pensa ao contrário disso tudo:




Isso que mostro para vocês é um mini documentário de uma argentina de 35 anos e as típicas questões da idade.
Interessante a conclusão do trabalho dela.

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Verdade Lipe, isto acontece muito! Só que ao mesmo tempo este tipo de afirmação me preocupa... Me preocupa quando tende a uma generalização. Quer um exemplo? Vou citar meu caso (não sou narcisista, viu?), é que de certa forma a sua afirmativa me atinge...

Veja meu caso! Desde de criança aprendi a acreditar no amor romântico. Minha mãe sofreu muito no casamento dela com meu pai e, devido a isto, ela queria que nossa educação enquanto "futuros maridos" fossem especial. Me ensinou - e aprendizado de berço tende a fixar mais - que enquanto homens, teríamos que viver um relacionamento de família com muito compromisso e valorização do outro.

Meu pai foi um cafajeste! Nunca teve compromisso algum com ela, só veio a ter com a família depois que ficou doente e dependente dos filhos. Não tenho ressentimento, embora eu não concordasse com ele, porque me apeguei ao valores da minha mãe.

Tenho trinta anos. Desde de criança me sentia alguém diferente, sempre fui apático com relação a ideia de sexo. Só fui saber o que significava masturbação com - maio ou menos - 15 ou 16 anos (falo sério!). Não sei que idade começa isso, já ouvi falar que é (~) aos 12. Nunca fui precoce neste sentido.

Na adolescência, tive um namoro. E embebedado pelo aprendizado que tive em casa, já me envolvi pensando em casamento e é claro, sexo só depois dele. Foram 2 anos de namoro e eu não sentia nada quando beija (ficar excitado), embora gostasse, muito menos contato sexual. Santa a minha ingenuidade... Eu imaginava que o romantismo era suficiente. Mal sabia eu se iria gostar de sexo ou não, ter filho ou não...

Na fase que se seguiu ao término deste namoro, eu fiquei sem namorar (nem ficar!) pelos 10 anos seguintes da minha vida. Como eu era de família pobre, tinha que me virar para trabalhar e pagar meus estudos. Foi terrível, muitas noites dormindo entre 3 a 5 horas. Foi nesta época que aconteceu a minha confusão de sentimentos toda. Pra variar... Sofri muito por idealizar este amor romântico e estar numa sociedade que este - amor romântico - não se encaixava de modo algum.

Fiquei em depressão por muitos anos, oscilações. Para mim não tinha diversão ou algo que pudesse tranquilizar minha mente. Sempre estive envolvido com muito trabalho, pois era preciso para manter meus estudos, e sofria, pois não tinha tempo nem para refletir. Nunca poderia ouvir falar de assexualidade, ou que eu poderia ser, nem da existência da AVEN, pois nem acesso a internet eu tinha direito...

Foram anos difíceis e sem resposta alguma. Quando ia tomar banho, pois era o meu espaço de privacidade, visto que não tinha meu quarto em casa, nem privacidade (meu quarto era/é tipo um corredor sem portas onde todos passam). Considerando isto, no momento do banho, eu chorava... Não sabia o que fazer.

Daí aconteceu de namorar de novo (10 anos depois) quase nos trinta. E, mais uma vez, embebedado pelo amor romântico (do jeito que aprendi e SOU). Idealizei casamento, e é claro, mais uma vez, sexo só depois dele. Só que dessa vez não era um namoro adolescente, ela era adulta e cobrou isto. Não dei... e tomei chifre. Tudo bem até aí. Porque se preocupar? Ela estava satisfazendo sua necessidade sexual. A questão é que ao mesmo tempo eu fui ridicularizado por ela, me chamava de fraco, essas coisas. Me senti muito diminuído. Acabaram aí 3 anos de namoro. Só fiz sexo com 1 vez na vida. E foi com ela depois disso tudo.

Minha vida não foi regada entregas sexuais. Não sou assim. Sempre idealizei um relacionamento romântico. Mas NUNCA achei alguém disposta. Percebi no meio disso tudo, que minha expectativa era sempre com o outro. E pensei, porque não fazer uma expectativa de mim mesmo. Dai pensei em voltar-me pra mim. Foi onde encontrei o termo assexual.

Agradeço a Deus por ter passado por isto tudo, de certa forma. Pois minha vida profissional e acadêmica hoje é bem madura. Arrisco a dizer que mais dois anos será suficiente para eu estar junto aos quase 5% da população que é economicamente ativa DE VERDADE. Pois eu só pensei nisto durante estes anos, como mecanismo de fuga a cobrança furiosa que meu coração fazia para mim mesmo em relação a namoro.

Aprendi também, nesta caminhada, a buscar grandes valores e virtudes. Desenvolvi minhas "inteligências" emocional, psicológica, afetiva, social... Quero acertar, sou jovem, me acho bonito, hoje pratico esporte e busco uma vida saudável, tanto mente como corpo. Quero um relacionamento! Como estou me descobrindo, estou em um relacionamento comigo mesmo, e feliz. Parece que arromantismo me definiu bem como eu disse no post passado. Mas ainda sinto aquela cobrança interior "feroz", como eu, disse para dividir isto. Para compartilhar bons momentos, não estar só. Afetivamente falando (não socialmente).

Por isto que disse que pode ser perigoso esta maneira de pensar. Pode gerar preconceito com quem tem mais idade... A idade em alguns casos podem dizer muito pouco sobre a pessoa... Ninguém sabe o que ela viveu...
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