Há três décadas, os homens se sentiam mais ansiosos sobre a primeira vez porque estavam muito preocupados com seu desempenho. Ainda assim, eles sentiam mais prazer durante esse primeiro encontro do que as mulheres –para quem a culpa era a emoção mais evidente, apontou a pesquisa.
De lá para cá, a ansiedade masculina diminuiu, da mesma forma que a culpa entre as mulheres, levando a uma primeira vez melhor para os dois.
Segundo a pesquisadora-chefe Susan Sprecher, isso acontece porque a perda da virgindade não é vista como uma coisa tão importante quando era há 20, 30 anos.
"Homens atualmente se sentem menos inclinados a encarar a primeira relação sexual como um rito de passagem", afirma.
A pesquisa revela ainda que a perda da virgindade é parte da relação em boa parte dos casos.
"Isso significa que a intimidade parece ter aumentado gradualmente com o passar dos anos", diz a pesquisadora, "o que talvez explique por que o prazer nas mulheres aumentou nos últimos anos, à medida que diminuiu o sentimento de culpa".
Segundo Susan Sprecher, as razões que levariam a essas mudanças positivas são culturais.
"A culpa que as mulheres sentiam diminuiu também porque há uma redução de regras sociais sobre a sexualidade feminina e por conta do aumento de novos modelos para a sexualidade que podem ser vistos na mídia feminina", explica. Ainda assim, ela conclui que a perda da virgindade continua a ser uma experiência mais positiva para homens, do que para mulheres.
Pesquisas anteriores apontaram que aqueles que perdem a virgindade quando não são mais adolescentes tendem a ter relações muito mais satisfatórias na vida adulta.
Pesquisadores da Universidade do Texas-Austin analisaram os relatos de homens e mulheres que só tiveram sua primeira relação perto dos 20 anos ou que o fizeram mais tarde na vida. Eles concluíram que eles haviam estabelecido relações muito mais felizes, além de se casar e ter menos parceiros sexuais na vida adulta.